quarta-feira, 30 de março de 2011

Hora do Planeta de Nicolas Behr

Instalação da artista visual Celeste Martinez para a Hora do Planeta 2011- na pizzaria OS MARTINEZ (Rua Quintino Bocaiúva, 57, Valença -Bahia. Tel: 75-3641-9416/8131-1416) o ALACAZUM (também participante) enviou mensagem a vários escritores solicitando poemas para serem recitados. Enviaram poemas: Galeno Amorim (atual presidente da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro); Nicolas Behr, Tereza Yamashita; Myriam Rozenberg e Angela Lago. Segue a mensagem enviada pelo escritor Nicolas Behr.



HORA DO PLANETA- ORA O NOSSO PLANETA.
ORAR POR ELE. POIS A NATU REZA POR NÓS. E NÓS POR ELA.


terça-feira, 29 de março de 2011

Abraços Dobrados, Tereza Yamashita

Para a Hora do Planeta 2011 comemorado na Pizzaria OS MARTINEZ (Rua Quintino Bocaiúva, 57, Valença -Bahia. Tel: 75-3641-9416/8131-1416) o ALACAZUM (também participante) enviou mensagem a vários escritores solicitando poemas para serem recitados. Enviaram poemas: Galeno Amorim (atual presidente da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro); Nicolas Behr, Tereza Yamashita; Myriam Rozenberg e Angela Lago. Segue a mensagem enviada pela escritora Tereza Yamashita.


Oi, Celeste.
Gosto muito deste conto/poema.
Se apreciar, fique a vontade para recita-lo em seu sarau.
Parabéns e sucesso pra você.
Obrigada pelo convite e divulgação.
Ah, por favor, mande o seu endereço físico, mandarei uns livros.
Abraços Dobrados,
Tereza


21 horas e 30 minutos

Mãe, fala “boa noite, Grace”.

Boa noite, Grace.

Boa noite.

Sempre que sinto medo minha mãe me recita uma poesia.

Hoje estou com muito medo. Acabo de perder um amigo.

Estamos no hospital, estou com leucemia. Aqui todos têm câncer.

Minha mãe disse que viemos só para uma consulta de rotina, coisa boba, e acabei sendo internada. Meu nariz estava sangrando.

Tenho nove anos e um irmão de cinco. Ele é muito traquina. Hoje ele pegou o triciclo e percorreu toda a ala pediátrica. Atropelou enfermeiros, pacientes e arrancou olhares curiosos de todos.

Meninos sempre são mais levados que as meninas, eu acho.

A minha médica é superlegal e carinhosa. Ela tem uma pulseira linda, com um coração e muitos pingentes, ela diz que ganhou de um velho amigo. Acho que foi do seu ex-marido, ela estava triste.

Estou sentindo muitos calafrios e estou chamando o Hugo a toda hora. As crianças dizem assim, aqui, quando vomitam muito, é divertida a expressão. É a quimioterapia. Vou ficar careca. Eu sei onde comprar uma peruca.

A doutora diz que sou muito corajosa.

Minha mãe foi levar o meu irmão pra ficar alguns dias com a minha tia, em outra cidade, ele está muito gripado.

Ela sempre se despede de mim com um selinho. Te amo mãe!

Meu nariz está sangrando, chamei o Hugo outra vez, e outra, e outra.

Uma hora e meia de choques e mais choques. O meu coração parou, a médica inconformada foi obrigada a marcar o horário do meu óbito.

Mãe, você recita lindamente as poesias, mesmo de longe, escutei sua voz e o medo passou.

Mãe, fala “Boa noite, Grace”.

Boa noite, Grace.

Boa noite.

Obs: O poema já foi publicado em: Escritoras Suicidas e Um Olhar.

Curiosidade: A História de Sadako Sazaki

Quando a bomba de Hiroshima foi lançada, Sadako Sasaki estava prestes a completar dois anos. Apesar de se encontrar apenas a três kms do “ground zero” (ponto de impacto), escapou aparentemente ilesa. Na fuga com a mãe e o irmão, foi encharcada pela chuva radioativa que caiu ao longo do dia.

Até aos doze anos, Sadako parecia uma criança saudável. Estudava e brincava como outras crianças e uma das coisas de que mais gostava era de correr. Um dia, durante uma corrida na escola sentiu-se mal e caiu, ficando estendida no chão. Sadako estava com leucemia. Muitas outras crianças de Hiroshima começaram a apresentar os mesmos sintomas decorrentes da radiação provocada pela bomba. Quase todas morriam e Sadako ficou assustada, pois não queria morrer.

Ouvindo falar na lenda dos pássaros, segundo a qual aquele que dobrar mil aves de origami será curado das suas doenças, Sadako resolveu tentar. Enfraquecida, não teve força para dobrar os mil pássaros, e em 25 de outubro de 1955 faleceu rodeada pela família.

Seus amigos dobraram os tsurus restantes a tempo para seu enterro. Mas eles queriam mais, desejaram pedir por todas as crianças que estavam morrendo em conseqüência da explosão da Bomba Atômica. Então formaram um clube e começaram a pedir dinheiro para um monumento.

Estudantes de mais de três mil escolas no Japão e de nove outros países contribuíram, e em cinco de maio de 1958, o Monumento da Paz das Crianças foi inaugurado no parque da Paz de Hiroshima. Todos os anos no Dia da Paz (06/08) pessoas do mundo inteiro enviam tsurus de papel para o Parque. As crianças desejam espalhar ao mundo a mensagem esculpida à base do monumento de Sadako:

Este é nosso grito

Esta é nossa oração:

Paz no mundo

Dessa forma a sua mensagem de Paz está sendo transmitida ao mundo todo.



Rapness, de Angela Lago

Para a Hora do Planeta 2011 comemorado na Pizzaria OS MARTINEZ (Rua Quintino Bocaiúva, 57, Valença -Bahia. Tel: 75-3641-9416/8131-1416) o ALACAZUM (também participante) enviou mensagem a vários escritores solicitando poemas para serem recitados. Enviaram poemas: Galeno Amorim (atual presidente da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro); Nicolas Behr, Tereza Yamashita; Myriam Rozenberg e Angela Lago. Segue a mensagem enviada pela escritora Angela Lago acompanhada do poema, escolhido especialmente para este dia.

Celeste, que maravilha! E na Bahia! Escolhi um que chamo Rapness. Lá vai, mais um abraço muito apertado e agradecido:

Dois bicudos não se beijam,
mas gambá cheira gambá.
Apressado come cru.
Come frio, o devagar.
Quem cochicha, rabo espicha,
quem escuta, rabo encurta,
mentira tem perna curta,
mas como corre depressa,
vamos já ao que interessa:
resumindo muito, é pouco.
É de criança e de louco
que se escuta a verdade.
Antes tarde que mais tarde.




segunda-feira, 28 de março de 2011

A vida, de Valdelice Barreto

Na 212° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 27 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 apreciamos o poema da D. Valdelice Barreto que vive na cidade de Valença-Bahia e que é ouvinte-leitora do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER.


A vida

A vida é linda
A vida é bela,
A vida é para ser aberta
Como se abre uma janela.

A vida é para ser vivida
Assim como Deus deixou
Tudo na natureza
É obra do criador.

Tudo na vida tem
Alegria, tristeza
Felicidade e amor
Mas devemos aproveitar
Aquilo que Jesus ensinou.

Devemos nos amar
Como Jesus nos amou
Viver com alegria
paz e amor.

Valdelice Barreto

sexta-feira, 25 de março de 2011

Na 211° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 211° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 20 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 apreciamos o belíssimo poema de Konstantivos Kaváfis (1863- 1933 ) não publicou nenhum livro em vida, à exceção de dois pequenos volumes de poemas com 16 e 24 folhas, respectivamente. Sua única obra é póstuma e reune os 154 pomes que ele reescreveru repetidas vezes enquanto viveu. De poesia moderna da Grécia (seleção, tradução do grego, préfacio, textos críticos e notas de José Paulo Paes) Ed. Guanabara, 1986.

Á ESPERA DOS BÁRBAROS



O que esperamos na ágora reunidos?

É que os bárbaros chegam hoje.

Por que tanta apatia no senado?
Os senadores não legislam mais?

É que os bárbaros chegam hoje.
Que leis hão de fazer os senadores?
Os bárbaros que chegam as farão.

Por que o imperador se ergueu tão cedo
e de coroa solene se assentou
em seu trono, à porta magna da cidade?

É que os bárbaros chegam hoje.

O nosso imperador conta saudar
o chefe deles. Tem pronto para dar-lhe
um pergaminho no qual estão escritos
muitos nomes e títulos.

Por que os diis cônsules e os pretores
usam togas de púrpura, bordadas,
e pulseiras com grandes ametistas
e anéis com tais brilhantes e esmeraldas?
Por que hoje empunham bastões tão preciosos
de ouro e prata finamente cravejados?

É que os bárbaros chegam hoje,
ais coisas os deslumbram.

Por que não vêm os dignos oradores
derramar o seu verbo como sempre?

É que os bárbaros chegam hoje
e aborrecem arengas, eloquências.

Por que subitamente esta inquietude?
(Que seriedade nas fisionomias")
Por que tão rápido as ruas se esvaziam
e todos voltam para casa preocupados?

´Por que é já noite, os bárbaros não vêm
e gente récem-chegada das fronteiras
diz que não há mais bárbaros.

Sem bárbaros o que será de nós?
Ah! eles eram uma solução.

Konstantinos Kaváfis (1863-1933)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Fábula: O carvalho e o Caniço

Na 211° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 20 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 apreciamos aco readaptação da Ruth Rocha, 'O carvalho e o caniço".


O carvalho, que é sólido e imponente, nunca se curva com o vento.
Vendo que o caniço se inclinava todo quando o vento passava, o carvalho lhe disse:
-Não se curve, fique firme, como eu faço.
O caniço respondeu:
-Você é forte, pode ficar firme. Eu, que sou fraco, não consigo.
Veio então um pé-de-vento. O carvalho, que resistiu ao vento, foi arrancado com raízas e tudo. Já o caniço dobrou-se todo, não opôs resistência ao vento e ficou de pé.

terça-feira, 22 de março de 2011

Angela Lago


Na 211° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 20 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 apreciamos o poema da Angela Lago.

Tenho um amor insuficiente
Que sopra frio. Não agasalha.
Melhor não guarde o seu retrato. Nenhum recuerdo. Ele se cale.
Melhor esqueça seu nome próprio. Seu nome impróprio já desmanchado.
Melhor acolha o seu silêncio com o telefone já desligado.
Quem sabe então, principe tardio, o belo, venha depressa em seu cavalo alado e o sol se esbanje e esbanje praia e abrace o tal, abraço aquático.

Damário Dacruz


Na 211° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETE que foi ao ar no dia 20 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 apreciamos a poesia do Damário Dacruz.



Quando na arena
um touro me matar,
não me socorram,
pois ninguém socorre o touro quando o mato.

segunda-feira, 21 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

POESIA DE CELESTE MARTINEZ


Na 211° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 20 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 apreciamos a poesia de Celeste Martinez em homenagem ao DIA MUNDIAL DA POESIA (dia 21 de março).

Recordo-te
quando naquela tarde
de uma estação desconhecida
aproximar-te.
Jamais saberei
se caminho ou atalho
acaso ou providência
em NÓS nos ataram.
Sei que te acomodas-te
na sala de minha vontade
e ali permaneceste
como gotas de silêncio
na PAZ da PAZ.
Mas hoje,
noite de lua cheia...
a maior, dos últimos tempos...
Na história da história
nada consta da tua presença.
Nem uma vaga lembrança daquela tarde
em que tardei os passos,
por que aproximar-te clandestinamente,
trazendo na bagagem do teu corpo
a madrugada.
Que jamais saberei...
se caminho ou atalho
acaso ou providência
em NÓS que se desataram.



Celeste Martinez- Escritora. Idealizadora, Produtora e Apresentadora do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, que é reconhecido pelo Governo Federal como PONTO DE LEITURA no Brasil.


Paulo Leminski

Na 211° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 20 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 apreciamos a poesia do Paulo Leminski, nascido em Curitiba no ano de 1944 e falecido em 1989. Inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves.

AMEIXAS.
AME-AS OU DEIXE-AS.


Razão de Ser

ESCREVO. E PRONTO.
ESCREVO PORQUE PRECISO
PRECISO POR QUE ESTOU TONTO.
NINGUÉM TEM NADA COM ISSO.
ESCREVO POR QUE AMANHECE
E AS ESTRELAS LÁ NO CÉU
LEMBRAM LETRAS NO PAPEL,
QUANDO O POEMA ME ANOITECE.
A ARANHA TECE TEIAS.
O PEIXE BEIJA E MORDE O QUE VÊ.
EU ESCREVO APENAS.
TEM QUE TER PORQUÊ?

Aqui poemas de Paulo leminski
http://pauloleminskipoemas.blogspot.com/



sexta-feira, 18 de março de 2011

Na 210° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 210° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 13 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 cujo tema: Fábulas de Esopo de Ruth Rocha apreciamos a seguinte fábula:

O galo e a raposa


O galo e as galinhas viram de longe uma raposa que chegava.
Empoleiraram-se na árvore mais próxima para escapar da inimiga.
Usando de esperteza, a raposa chegou perto da árvore e dirigiu-se a eles:
- Ora, meus amigos, podem descer daí. Não sabem que foi decretada a paz entre os animais? Desçam e vamos festejar este dia tão feliz.
Mas o galo, que também não era tolo, respondeu:
-Que boas notícias! Mas estou vendo daqui de cima alguns cães que estão chegando. Decerto eles também vão querer festejar...
A raposa mais que depressa foi saíndo:
- Olha, é melhor que eu vá andando... Os cães podem não saber da novidade e me matar...

Dica de Leitura: Fábulas de Esopo de Ruth Rocha

Na 210° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 13 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 a dica de leitura foi o livro:Fábulas de Esopo de Ruth Rocha.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Uma Grande Mulher


Na 210° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 13 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9, cujo tema: Fábulas de Esopo, adaptação de Ruth Rocha, apreciamos a poesia da Professora Vera Trocoli dedicada à apresentadora Celeste Martinez a pedido da Professora Suzana Braga (ouvinte-leitora do ALACAZUM ). A poesia foi interpretada pela autora em uma gravação realizada no ano passado quando nos visitou na semana do Natal.


CELESTIAL!


É ela que lá vem !
Não sei...Sei que vem ... e vê !
Vê tudo com olhos aguçados,
Olhos que espreitam,descobrem coisas...
Coisas que,normalmente, não se vê,pois...
Estão escondidas nos horizontes humanos.
Mas,ela sabe ! descobre mesmo !
E cutuca e futuca... Pronto !...
Diante dela estamos denudos de nós mesmos.


Ela já nos conhece por dentro

Que Figura !!! Figuraça !!!...Psicóloga itinerante.
Chapéu quase não dispensa,roupas simples, também
Cabelos anelados,combinando perfeitamente com o seu todo...
Com o seu jeito infantil,
Com o seu pensar de artista
Com a sua própria e incansável luta
De ser correta,ímpar sem ser imperiosa.
De ser meiga, educada delicada...

Artista que, a cada passo apressado,
Cria,sonha,alcança metas!...
Do mundo conhece muito
Terras distantes andou e andará,
Pois uma encantadora VIOLETA
De longe a requisita...


Encanto de um argentino,também,artista
Orgulho de amigos que reconhecem o seu valor
Abençoada é a cidade que a recebe como filha...

Ela é tesouro valenciano !
Celeste Martinez
Você é CELESTIAL !

Vera Trócoli ( 1999) Palavras para uma pessoa muito especial

Visite o Blog da Vera:http:www.verapoema.blogspot.com

O Cão e a Carne, Fábulas de Esopo


Na 210° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 13 de março de 2011, transmissão pela Rio Una Fm 87,9, cujo tema: Fábulas de Esopo, adaptação de Ruth Rocha, apreciamos a seguinte fábula:

O cão e a Carne

Um cão vinha caminhando com um pedaço de carne na boca.
Quando passou ao lado do rio, viu sua própria imagem na água.
Pensando que havia na água um novo pedaço de carne, soltou o que carregava para apanhar o outro.
O pedaço de carne caiu na água e se foi, assim como a sua imagem.
E o cão, que queria os dois, ficou sem nenhum.



Retirado do livro: Fábulas de Esopo, de Ruth Rocha, Ilustração de Adalberto Cornavaca.
Este livro pertence ao Kit Pontos de Leitura do ALACAZUM conquistado no ano de 2008, no I CONCURSO PONTOS DE LEITURA , HOMENAGEM A MACHADO DE ASSIS DO GOVERNO FEDERAL


terça-feira, 15 de março de 2011

Livro por R$10 é um dos projetos do novo presidente da Biblioteca Nacional


A Biblioteca Nacional tem mais de nove milhões de livros e muitos destes exemplares estão sendo digitalizados.


Galeno Amorim, jornalista e escritor, acaba de tomar posse, assumindo também o posto de homem forte do Ministério da Cultura para o setor de livro e leitura no país. Além da Biblioteca Nacional, o órgão no qual Amorim atuará vai incentivar a produção de livros mais baratos.


Visite o Blog do Galeno:http://www.blogdogaleno.com.br/



segunda-feira, 14 de março de 2011

Ouvinte-leitora ALACAZUM visita a Pizzaria Os Martinez

Nilda Santos Barbosa, Celeste Martinez e Alexandro


"Amigo é coisa pra se guardar, debaixo de sete chaves.. " assim diz a canção. Digo mais: amigo é um ser de exclusiva escolha nossa. É uma conquista que gradativamente faz parte de nossa vida. O trabalho que tenho realizado através do Rádio nestes quase 5 anos, me possibilitou conquistar amigos. Conquistar amigos através das ondas do rádio, onde o penhor é a voz . No caso do programa radiofônico ALACAZUM : PALAVRAS PARA ENTRETER.
E quando as palavras para entreter não entram mais na casa das pessoas por algum motivo?
O que fazer?
É o caso da Nilda Santos Barbosa, que vive na zona rural da cidade de Valença e que por motivos de abrangência das ondas eletromagnéticas já não usufrue mais dos textos, da música, da interação com outras pessoas de outras localidade...
O que fazer?
A Nilda fez que nem o provérbio: Se Maomé não vai a montanha... Ela planejou um tempo e foi até a Pizzaria Os Martinez me visitar e degustar a deliciosa pizza com a família.
O esposo, simples e tímido (principalmente) preferiu não participar da fotografia. Disse que não gosta. Sente vergonha. Respeitei a decisão dele e fiz questão de registrar este momento tão singular com a fantástica fotografia, acima representada (Nilda, Eu e Alexandro, seu filho). Muitas imagens tenho guardado ao longo deste caminho feito de PALAVRAS PARA ENTRETE e uma delas é a coleção de amizades, tal rosário de pequenas contas de sentimentos reservados que se refletem em alguns momentos quando um escuta o outro.

Recordando

Experimentem o que aconteceu após eu escrever um texto sobre o Dia Internacional da Mulher contextualizando alguns pensamentos de escritores, poetas e músicos... inclusive o da escritora Tereza Yamashita. Ela simplesmente divulgou o blog ALACAZUM no seguinte endereço eletrônico:
yamashitatereza.wordpress.com


http://yamashitatereza.wordpress.com

Da: Celeste Martinez (www.alacazum.blogspot.com)
Olá, Tereza Yamashita. Visite o meu blog. Escrevi um texto sobre o dia Internacional da Mulher e contextualizei com tua poesia.

Eu já não me lembrava mais. Celeste, obrigada pela recordação e parabéns pelo seu trabalho na rádio. A crônica foi publicada no site das Escritoras Suicidas.

[mulheres criam sapos e sonham com príncipes]
(pequena crônica tipo conto de fadas)


Ouvinte-Leitora do ALACAZUM visita a Pizzaria Os Martinez

Jaqueline (ouvinte-leitora do ALACAZUM) com Celeste Martinez (apresentadora do ALACAZUM e proprietária da Pizzaria os Martinez)

A Jaqueline foi contemplada com a tradicional caixa de chocolate neste domingo, 13 de março de 2011, oferecimento da minha irmã Linda, que trabalha na Pizzaria Os Martinez.

domingo, 13 de março de 2011

ALACAZUM PARA VOCÊ!


Celeste Martinez (apresentadora do ALACAZUM) em mais um dia de aprendizagem frente a mesa de som da Rio Una Fm 87,9


E a vida lhe diz: Siga.
Você é obrigado a prosseguir.
Não há outro meio.
A engrenagem da máquina está coordenada apenas para movimentos progressivos.
Se você se deixar levar pelo desanimo... se você se deixar levar pelo medo... você ficará para trás. " O tempo não para".
Sim, envelhecemos fisicamente, é a lei da física, mais equivale dizer que neste amadurecimento você tenha aprendido a ser mais tolerante com as pessoas, escutar mais que falar... ponderar suas palavras antes de proferi-las (lembra? a palavra é que nem a flecha uma vez lançada não volta).
O ALACAZUM não é mais de Celeste Martinez.
O ALACAZUM é do povo da cidade de Valença-Bahia.
Por que assim decidiram.
As ligações de hoje, dia 13 de março são evidências do carinho, do respeito, do reconhecimento pelo trabalho que desenvolvemos a quase 5 anos interuptos.
E por que o ALACAZUM ainda resiste?
E por que o ALACAZUM ainda é sucesso apesar de toda dificuldade de apoio cultural em uma cidade com quase 90 mil habitantes ?
Por que existe acima do dinheiro a necessidade de humanização.
Entre outras palavras: AMOR.
O ALACAZUM é realizado por uma familia de artistas: OS MARTINEZ que busca melhorias de vida para a nossa cidade (por isso continuamos aqui). E o que temos a oferecer é a ARTE.
Obrigada a todos vocês que escutam o ALACAZUM, que ligam, participam, que contribuem com a caixa de chocolate, que enviam mensagens... que mesmo calados continuam torcendo por esta causa. E tenham paciência comigo. Eu estou aprendendo a operar a máquina.



Celeste Martinez- apresentadora do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER



sábado, 12 de março de 2011

Na 209° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER


Na 209° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 06 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 cujo tema: Carnaval e Poesia apreciamos na abertura o poema: Evocação do Recife de Manuel Bandeira.

Evocação do Recife

Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritssatd dos amadores das Índias Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois -
Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância

A Rua da União onde eu brincava de chicote-queimado e partia as vidraças
[da casa de Dona Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincenê na ponta do nariz
Depois do Jantar as famílias tomavam a calçada com cadeiras, mexericos,
[namoros, risadas
A gente brincava no meio da rua
Os meninos gritavam:

Coelho sai!
Não sai!

A distância as vozes macias das meninas politonavam:

Roseira dá-me uma rosa
Craveiro dá-me um botão
(Dessas rosas muita rosa
Terá morrido em botão...)

De repente
nos longes da noite
um sino

Uma pessoa grande dizia:
Fogo em Santo Antônio!
Outra contrariava: São José!
Totônio Rodrigues achava sempre que era São José.
Os homens punham o chapéu saíam fumando
E eu tinha raiva de ser menino porque não podia ir ver o fogo

Rua da União...
Como eram lindos os nomes das ruas da minha infância
Rua do Sol
(Tenho medo que hoje se chame do Dr. Fulano de Tal)
Atrás de casa ficava a Rua da Saudade...
...onde se ia fumar escondido
Do lado de lá era o cais da Rua da Aurora...
...onde se ia pescar escondido

Capibaribe
- Capibaribe
Lá longe o sertãozinho de Caxangá
Banheiros de palha
Um dia eu vi uma moça nuinha no banho
Fiquei parado o coração batendo
Ela se riu
Foi o meu primeiro alumbramento

Cheia! As cheias! Barro boi morto árvores destroços redomoinho sumiu
E nos pegões da ponte do trem de ferro os cablocos destemidos em jangadas
[de bananeiras

Novenas
Cavalhadas

Eu me deitei no colo da menina e ela começou a passar a mão nos meus
[cabelos
Capibaribe
- Capibaribe

Rua da União onde todas as tardes passava a preta das bananas com o xale
[vistoso de pano da Costa
E o vendedor de roletes de cana
O de amendoim
que se chamava midubim e não era torrado era cozido
Me lembro de todos os pregões:
Ovos frescos e baratos
Dez ovos por uma pataca
Foi há muito tempo...

A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errado do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
A vida com uma porção de coisas que eu não entendia bem
Terras que não sabia onde ficavam
Recife...
Rua da União...
A casa de meu avô...
Nunca pensei que ela acabasse!
Tudo lá parecia impregnado de eternidade

Recife...
Meu avô morto.
Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro como a casa de meu avô

Rio, 1925

Manuel Bandeira

Origem do Carnaval

Na 209° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 06 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 cujo tema: Carnaval e poesia, informamos sobre a origem do Carnaval segundo muitas óticas. Alguns historiadores associam o começo das festas carnavalescas aos cultos feitos pelos antigos para louvar boas colheitas agrárias, isto a 10 mil anos A. C. Já outros dizem que seu início teria acontecido mais tarde no Egito em homenagem a deus Isis e ao touro Apis com danças, festas e pessoas mascaradas. Há quem atribua o início do carnaval aos gregos que festejavam a celebração da volta da primavera e aos cultos ao Deus Dionísio. E outros ainda falam da Roma Antiga com seus bacanais, saturnais e lupercais em hora aos deuses: Baco, Saturno e Pã. Assim também como o significado da palavra carnaval. Há quem defenda o termo carnaval de carne vale ou adeus carne ou de carne levamen ou supressão da carne. Outros dizem derivar de currus navalis, expressão anterior ao cristianismo e que significa carro naval. No Brasil o carnaval era chamado de ENTRUDO por influência dos portugueses que trouxeram brincadeiras e festejos carnavalescos no ano de 1723.



sexta-feira, 11 de março de 2011

Dica de Leitura: Bandeira de Bolso- uma antologia Poética

Na 209° edição do programa radiofõnico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 06 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 cujo tema: Carnaval e poesia indicamos como dica de leitura o livro: Bandeira de bolso- uma antologia poética.

Bacanal, de Manuel Bandeira

Na 209° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 06 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 cujo tema: Carnaval e Poesia, apreciamos mais um poema de Manuel Bandeira.

Bacanal

Quero beber! cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco...
Evoé Baco!


Lá se me parte alma levada
No torvelim da mascarada,
A gargalhada em doudo assomo...
Evoé Momo!

Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venenos...
Evoé Vênus!

Se perguntarem: Que mais queres,
Além de versos e mulheres?
-Vinhos!... o vinho que é o meu fraco!
Evoé Baco!

O alfanje rútilo da lua,
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que eu não domo...
Evoé Momo!

A lira etérea, a grande lira!...
Por que eu extático dessfira
Em seu louvor versos obscenos,
Evoé Vênus!


Manuel Bandeira

BG: CARNAVAL COM O TRIO TAPAJÓS

Na 209° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 06 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 cujo tema: Carnaval e poesia, apreciamos como BG, o Trio Tapajós tocando várias músicas do carnaval.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Evocação n° 01 com Quinteto Violado e Zélia Barbosa


Na 209° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 06 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9, cujo tema: Carnaval e poesia, escutamos Evocação n° 01 com o Quinteto Violado e Zélia Barbosa, contido no disco: MP 12 -Quintento Violado & Banda Municipal do Recife/ Música Popular do Nordeste 1 (1973)

Discos Marcus Pereira – MPA 9317 – Tracks: 11 Playing time: 30:05

1 Recife – Quinteto Violado & Zélia Barbosa – (Antônio Maria) (2:05)

2 De Chapéu De Sol Aberto – Quinteto Violado & Zélia Barbosa – (Capiba) (2:15)

3 Um Sonho Que Durou Três Dias – Quinteto Violado & Zélia Barbosa – (Irmãos Valença) (2:14)

4 Saudade – Quinteto Violado & Zélia Barbosa – (Luís Bandeira) (3:02)

5 Trio Elétrico – Trio Tapajós – (Trio Elétrico Tapajós) (6:06)

6 Tubarão Na Onda – Banda Municipal Do Recife – (Luiz Gonzaga De Figueiredo) (1:57)

7 Aí Vem Os Palhaços – Banda Municipal Do Recife – (Ademir Araújo) (2:40)

8 Batendo Biela – Banda Municipal Do Recife – (Geraldo Santos) (2:28)

9 Evocação No 1 – Quinteto Violado & Zélia Barbosa – (Nelson Ferreira) (2:20)

10 Hino De Batutas De São José – Quinteto Violado & Zélia Barbosa – (João Santiago) (2:31)

11 Valores Do Passado – Quinteto Violado & Zélia Barbosa – (Edgar Morais) (2:27)

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Este disco faz parte da Série Musica Popular, publicada pelo Marcus Pereira, cujo conjunto foi considerado " um dos 300 discos impostantes".


Fonte:http://300discos.wordpress.com/2010/11/



quarta-feira, 9 de março de 2011

Cotovia, de Manuel Bandeira


Na 209° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 06 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 cujo tema: Carnaval e poesia, apreciamos a poesia: Cotovia de Manuel Bandeira.

Cotovia


- Alô Cotovia!
Aonde voaste,
Por onde andaste,
Que tantas saudades me deixaste?

-Andei onde deu o vento.
Onde foi meu pensamento.
Em sítios, que nunca viste,
De um país que não existe...
Voltei, te trouxe alegria.

-Muito contas, cotovia!
E que outras terras distantes
Visitaste? Dize ao triste.

-Líbia ardente, Cítia fria,
Europa, França, Bahia...


- E esqueceste Pernambuco,
Distraida?

-Voei ao Recife, no Caís
Pousei na Rua da Aurora.

-Aurora da minha vida,
Que os anos não trazem mais!

-Os anos não, nem os dias,
Que isso cave às cotovias.
Meu bico é bem pequenino
Para o bem que é deste mundo:
Se enche com uma gota de água.
Mas sei torcer o destino,
Sei no espaço de um segundo
Limpar o pesar mais fundo.
Voei ao Recife e dos longes
Das distâncias, aonde alcança
Só a asa da cotovia,
-Do mais remoto e perempto
Dos teus dias de criança
Te trouxe a extinta esperança
Trouxe a perdida alegria.


Manuel Bandeira

Por onde anda o Renato Batista dos Santos?

Renato Batista dos Santos
Na 75º edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, exibido em 06 de abril de 2008, entrevistamos o então estudante de Física pela Universidade Federal da Bahia-Brasil (UFBA) Renato Batista dos Santos. Depois de quase 3 anos retomamos o diálogo com Renato através do Facebook e descobrimos que ele se encontra na Suécia fazendo uns trabalhos de pesquisa. Quando retorne agendaremos uma entrevista com o dignissimo estudante.

Após contato via Facbook, o amigo Renato envia a seguinte mensagem:
Sobre mim,
Estudei até a minha sexta série na cidade de Taperoá (1998). Em 1999, me mudei para Valença, onde, no mesmo ano, cursei a sétima e oitava série (suplência) na Escola Gentil Paraíso Martins (Complexo), no turno noturno e durante a tarde estudei no colégio Augusta Messias (conhecido como colégio da Urbis), onde recebi a homenagem dos três melhores alunos da série. Neste mesmo ano, fiz o concurso do CEFET (hoje, Instituto Federal da Bahia - IFBA), para o ensino médio (o qual fui aprovado). Fiz o ensino médio no CEFET durante o período de 2000 a 2002, sendo que no final de 2001, prestei o concurso para técnico em informática, sendo aprovado em terceiro lugar. Assim, no ano de 2002, fiz terceiro ano do ensino médio durante o dia e à noite, fiz os dois semestres do curso de informática (o qual tinha duração de um ano e meio). No ano de 2003, por necessidade e insatisfação com curso, tranquei o técnico de informática. Comecei a dar aulas particulares no período matutino e no período vespertino, comecei a me preparar para o vestibular, estudando no pré-vestibular do antigo colégio Paulo Freire (o qual por falta de alunos, acabou fechando na metade do ano) e no período da noite dei aula de química, física e matemática no colégio Gentil Paraíso Martins. Neste mesmo ano ganhei uma bolsa de estudo na escola Fisk, a qual estudava todos os sábados pela manhã e, durante as horas livres. No final de 2002, me inscrevi para o vestibular na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e para o vestibular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) para o curso de física. Por curiosidade, me inscrevi, no último dia da segunda prorrogação da data de inscrição do vestibular da UFBA, por incentivo de um grande amigo (“Tiagão”, hoje formado em língua estrangeira na UFBA). Passei nas duas universidades, sendo aprovado em sexto lugar na UEFS. No segundo semestre de 2004 iniciei a graduação na UFBA (a qual, depois de dois meses, enfrentei uma greve de 4 meses), terminando no ano de 2008 o bacharelado e no mesmo ano iniciando o mestrado na mesma instituição. No ano de 2006, fui convidado a fazer parte do Grupo de Física de Superfícies e Materiais (GSUMA) do instituto de física da UFBA, o qual sou membro até hoje. Durante o período de graduação, participei de diversos congressos e escolas de verão. Sendo que em uma dessas escolas, recebi o prêmio de um dos melhores trabalhos do evento (Na escola de Verão do Instituto Tecnológico da Aeronáutica-ITA, onde são selecionados trabalhos de todo o Brasil). A notícia dessa premiação foi tema do caderno dez do jornal Atarde da semana do dia 03 de Março de 2008. No ano de 2010, concluir o mestrado e a licenciatura em física. Faltando menos de 8 meses para concluir o mestrado, fui convidado para uma visita de dois meses na universidade de Linköping (Suécia), onde pude desenvolver um bom trabalho, e assim retornando para mais três meses após a conclusão do mestrado.

terça-feira, 8 de março de 2011

Hoje, DIA INTERNACIONAL DA MULHER!

Não se mirem naquelas mulheres da Àfrica Sub- Saariana, por que apesar de resistirem as injustiças sociais elas continuam parindo homens e mulheres. Continuam amamentando crias que serão tão injustiçadas quanto elas e que quiçá sobreviverão naquelas terras. Não se mirem "naquelas mulheres de Atenas" como reza a canção do Chico por que a submissão entre os gêneros nunca manifestou qualquer laço de carinho entre os casais. Revelou sim, medo e afastamento, atraindo mentiras e dissimulações. Sim, existe um calendário mundial que nos lembra a cada ano este episódio trágico na carreira profissonal das mulheres de um determinado local mas também nesta data, o levante de encomendas do mercado, nos empurra para as compras de última hora. Ir ao shopping comprar fragâncias importadas, modelitos da última estação, sapatos, roupas íntimas... que serão presenteados as nossas mulheres (seja mãe, tia, irmã, prima, amiga, avó) em gratidão a vida que através dela respiramos. E somos seduzidos pelo consumo que se manifesta como redentor da auto estima e prolifera em nós, dentro de nossos intestinos, dentro de nossos cérebros, a fantasia de que somos poderosos e auto suficientes desde que compramos em demasia. E assim segue a humanidade a cada ano comemorando o Dia Internacional da Mulhere. Não que a data não seja importante de ser lembrada. Mais já repararam que a cada ano crescem os indices de violência contra a mulher? E as leis não estão sendo praticadas por que ainda impera nas mentes a velha concepção de submissão e do respeito que as mulheres devem ter aos seus maridos, seus namorados, seus... desde que seja do gênero masculino, é a figura do homem que prevalesce como mandatário e mantenedor do lar. A escritora Tereza Yamashita diz: " mulheres criam sapos e sonham com principes(...) Hoje, 08 de março de 2011, também data do carnaval brasileiro, a festa mais cobiçada em todo ano e que estimula muitas pessoas a trabalharem regularmente com a finalidade de criar sua fantasia para o grande espetáculo na avenida Sapucaí... traz-nos mais um paradoxo: reverenciar a mulher em detrimento da data que se comemora (O dia internacional da Mulher) e desmoralizar a mulher por outra data que tambem se comemora ( O carnaval). Consagrar o corpo da mulher em homenagem a função divina de parir homens e mulheres e profanar o mesmo corpo em função do estimulo consumista em que mais vale a imagem do que o conteúdo. E que a fantasia que desfila na passarela ante os olhos da platéia excitada não é a mulher imaculada, idolatrada, salve, salve". È uma lata de cerveja, uma fruta, uma palavra obsena, uma forma avolumada dos seios e nadegas...
Hoje também o noticiário, informa que a Suprema Corte da índia nega eutanásia a mulher em estado vegetativo desde 1973 enquanto outras mulheres ceivam a vida inconscientemente pelas pressões sociais e desequilibrios emocionais, esta mulher aparentemente morta é mantida sob aparelhos e custódia da Justiça. E outras mortas vivas mulheres seguem errantes pela estrada da vida, arrastando na barra da saia crias desnutridas, analfabetas e alienadas aguardando oportunidade para subir na escala das estatisticas, que poderiam um dia, divulgar as seguintes notícias:

"Mulher negra ganha tão bem quanto homem negro"; ou
"Desde o ano de 2012 já não se relata mais a violência física e psicologica contra a mulher por que agora todos os homens devido as experiências cientificas realizadas começaram a ingerir cápsulas que elevam a porção mulher que eles guardavam em si (segudo a canção: Super-homem do Gil).

Será que seria necessário a ingestão de cápsulas para se obter uma paz, uma igualdade, uma cumplicidade entre os seres humanos já que eles são detentores da razão, da eloquência, do discurso premeditado e o único que sabe exatamente por que trabalha?


Celeste Martinez- escritora
Apresentadora do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER
que vai ao ar aos domingos das 8 às 9 da manhã pela Rio Una Fm 87,9
Acesse: www.riounafm.com

P.S. O texto da Tereza Yamashita "
mulheres criam sapos e sonham com príncipes (pequena crônica tipo conto de fadas) você encontra no site:http://www.escritorassuicidas.com.br/edicao8_4.htm#terezayamashita8



MANIFESTO UNIVERSAL POETAS DEL MUNDO

Poetas do Mundo, é chegada a hora exata para unir nossas forças na defesa da continuação da vida: somos guerreiros da paz e mensageiros dessa nova história para da humanidade. Somos os poetas da luz – veículo que nos conduz para levar o chamado de alerta de que não podemos nos furtar. Atravessamos a morte de um período degenerado das eras, e assistiremos o nascimento de uma NOVA ERA – para a qual, nós, os poetas, recebemos nossos dons, nossas missões e obrigações. A humanidade vive momentos decisivos de luta pela sobrevivência, mas ainda não acordou para o fato de estar caminhando rumo a um precipício, direto para a extinção. Urge que tomemos o leme e mudemos o caminho para a elevação coletiva, para que recuperemos o patrimônio da vida como dom universal e direito de todos.

Desde os mais remotos tempos que o homem pode recordar, é sabido que a existência humana depara-se com os desafios de viver e progredir, enfrentados com escolhas que trouxeram e trazem a degradação do ambiente natural. O homem fez disso um confronto, uma batalha e apenas se preocupou em vencer, como qualquer mercenário numa guerra, a qualquer preço, apenas assegurando para si a sobrevivência momentânea – sem pensar nos prejuízos que seriam deixados às gerações futuras, nem sequer nas conseqüências em curto prazo. E assim tem sido, a satisfação instantânea da necessidade de sobrevivência ou da ganância do homem tem gerado e lançado sobre todos, homens e mulheres, as mais terríveis catástrofes. O homem em seu afã de ser mais, de crescer e crescer sempre e desmedidamente, degrada o planeta até os limites da exaustão dos recursos naturais conhecidos, leva à extinção até o que nem chegamos a conhecer – num jogo de ambição que coloca em risco a existência do próprio homem como espécie.

Por este querer sempre MAIS, a humanidade não só esgota as riquezas materiais do planeta, como também os bens humanos, transformando um a um em desesperado e criminoso, a ponto de nos matarmos uns aos outros para sobreviver, ou para alcançar ascensão e glória... Ou simplesmente para dizer: SOU, e SOU MAIS que você... Assim como exaurimos o planeta dia após dia, consumindo os recursos naturais e humanos, ainda somos capazes de construir armas de destruição em massa, que podem levar ao extermínio da humanidade em poucas horas. Isso tudo num cenário em que a supremacia e o poder concentram-se sempre nas mesmas mãos, dos mesmos impérios, que não são capazes de sequer olhar pelos semelhantes que morrem na miséria, apesar de atingirem a riqueza absoluta. Se os Homens e Mulheres não mudarem de rumo, E AGORA, as próximas gerações terão sólidas razões para nos odiar. E é nossa esperança de que isso é possível, porque o caos moral, político [guerras infames], econômico [o ser humano transformado em bem, escravizado pelo dinheiro], tudo isso é manifestação do “PARTO DA HISTÓRIA” – assim como uma mulher quando dá a luz a um bebê tem em si muitas dores; a história mesma anuncia o nascimento de uma NOVA ERA.

1 – Diante desta azáfama pelo domínio absoluto, que nos levará inevitavelmente à autodestruição [se não for impedida]; diante de tamanha barbárie, muitos já acordaram no susto quanto ao destino cruel que a humanidade constrói para si mesmo. Ao tempo que outros abrem os olhos à luz da anunciação dos novos tempos, de que os Poetas do Mundo são também portadores e empreenderão por isso e para isso o caminho do protesto; e da construção de um novo amanhecer, do raiar da libertação definitiva do homem.

2 – Os Poetas do Mundo, não todos, somente os Poetas do Mundo – porque não são todos os poetas do mundo que estão dispostos a dizer: não sou, SOMOS. Nós, os que estamos dispostos a abandonar o ego que nos mata; nós que somos capazes de olhar com IGUALDADE, iniciamos a cavalgada coletiva através do mundo e colocamos a arte da Poesia a serviço da humanidade.

3 – Ser poeta não significa simplesmente escrever bonitas poesias, a POESIA não é mero objeto de decoração. Temos que VIVÊ-LA e vivê-la não significa somente senti-la, temos que praticá-la. E praticá-la é a missão, a obrigação e a competência de todos os dias para os Poetas do Mundo.

4 – Ser Poeta do Mundo é um desafio maior. Ser Poeta do Mundo é assumir este manifesto por essência; é avocar a defesa da vida, do amor, da diversidade, da liberdade. E ser capaz de bradar: dou minha vida para a VIDA, pois amo minha vida. Por isso dizemos BASTA de estupidez, BASTA de egos; que não contribuem para crescimento coletivo, nem pessoal. Nossa arte nasce a serviço da preservação da humanidade.

5 – Ser Poeta do Mundo é atravessar os meandros da natureza humana, em busca da perfeição e do crescimento lícito da vida, cada um buscando o máximo de suas capacidades e possibilidades. E é por isso que não seremos passivos diante dos crimes que se cometem diariamente sob discursos falsos de liberdade e direito. Levantemos nossas vozes como um raio de luz e façamos tremer os covardes; a palavra é a melhor arma, que amedronta os assassinos; a palavra estremece as mãos dos opressores e assim derruba os petrechos de morte que carregam consigo.

6 – Declaramos e doamos o valioso aporte – subsídios morais e sociais – dos poetas do mundo para o engrandecimento da humanidade. Daqueles que deixaram seus nomes marcados ao longo das eras, nos centenários livros da historia universal e na memória coletiva dos homens; como daqueles poetas anônimos, que passaram pela terra cumprindo suas missões legendárias através dos tempos. Cremos no valor que significaram estas majestosas contribuições em seus tempos, inclusive hoje. E vivemos uma época muito singular, onde toda a humanidade, em que se inclui os Poetas do Mundo do século XXI, e não queremos nos enraizar no passado tentando enxergar melhor o presente e o futuro. Os Poetas do Mundo deste século somos chamados a ser criativos, para sermos capazes de vibrar o grito atroante que se espera de nós frente ao descalabro que a humanidade impôs a si mesma ao longo das eras.

7 – Os Poetas do Mundo nos declaramos iguais – consagrados e menos conhecidos, famosos e anônimos, ricos e pobres, brancos e negros, mestiços e amarelos. Sempre e quando se situam neste lado da vida, empunhando as mesmas espadas para combater o que mata a vida, lutando corpo-a-corpo, ou ante a mesma barricada, para defender a JUSTIÇA [única para todos], a IGUALDADE [efetiva entre todos os habitantes da terra], a LIBERDADE [a verdadeira, não a dos discursos de instituições e arautos fraudulentos e corruptos] e o DIREITO dos povos de existir e viver em paz. Pois é apenas lutando por todos, que seremos cada um o vencedor. Não há vitória real na individualidade, no egoísmo, a vitória só é possível como uma conquista coletiva.

8 – Os Poetas do Mundo declaram todo espaço onde possam estar ou ser, como suas arenas de combate ao mal, sejam palácios ou cavernas perdidas, sejam os campos de trabalho onde se exploram os campesinos ou o fundo de uma mina onde se suga o sangue do mineiro. O Poeta do Mundo jamais se calará frente à dor de sequer um homem ou mulher, enquanto lhe houver fôlego. Porque o poeta não deixará de ir ao encontro de sua missão, levando a palavra, levando chuva sobre a terra, espetáculo de graça, beleza para os olhos dos homens e das mulheres. O Poeta será a luz que guiará os guerreiros, será o farol na escuridão da noite.

9 – Os Poetas do Mundo nos declaramos pacifistas, mas não covardes, nem passivos. Antimilitaristas, mas de nenhuma maneira ingênuos, mesmo que sentimentalistas por natureza, porque na expressão artística, a tinta da escrita é o sangue de nossas almas. Vivemos embriagados pelo encanto da arte, até a vertigem dolorosa da criação. Criação que terá sempre um objetivo: “APERFEIÇOAR A VIDA”, a nossa [individual], a de todos [coletivamente]. Somos pacifistas em busca da paz universal, mas sabemos que A PAZ não chega do nada, temos que ganhá-la, lutar por ela; por isso somos Guerreiros. E a PAZ não existirá se não for garantida a JUSTIÇA. A PAZ reinará a partir da justiça. Senão a única paz que teremos com os desmandos dos Impérios será PAZ DE CEMITÉRIO.

10 – Um Poeta do Mundo assume o dever de se aperfeiçoar sempre, crescer em humanidade, aceitando a pluralidade e a complexidade da existência. O Batalhão dos Poetas do Mundo é o espaço de luta para os que crêem ou não, ateus ou religiosos, justos ou equivocados, heterossexuais, bissexuais ou homossexuais, TODOS movidos e alimentados pelo e para o AMOR nobre. Poetas do Mundo é a fileira em que se reúnem os guerreiros de outrora e os combatentes modernos, militantes do BEM e da lealdade. Onde trazemos a grande revelação que pode unir o mundo, correntes por correntes, num grupamento de poetas repartidores de esperança e sorrisos, para a luta que dura desde a aurora dos tempos.

11 – E mesmo que o homem torpe busque um terceiro para impor suas culpas ou atribuir responsabilidade por sua salvação; nossa é que cada qual assuma sua essência, seu próprio espírito, sem ter que acusar outrem para calar a voz de sua culpa pelos seus erros e derrotas, nem para depender da verdade alheia para se salvar. Nossa esperança é alcançarmos, através da palavra, o acender do verbo nos corações de cada um, para o verso das montanhas, para a noite sigilosa da alma; assumindo e ascendendo os dons guardados no invólucro cuidadoso do ventre da natureza, até ver o anunciado amanhecer, em que cada um acrisolará sua alma com amor, movido pelas palavras. A Poesia é do mundo - e nós somos da Poesia.


Poeta do Mundo,

Una-se a esta batalha pela existência humana!

Pela continuidade da VIDA!



VERA SALBEGO
CONSULESA DA CIDADE DE GUAÍBA RS
MOVIMENTO POETAS DEL MUNDO
Luis A. Manzo
Secretario General Poetas Del Mundo
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=2339

VeraSalbego
Publicado no Recanto das Letras em 17/07/2007
Código do texto: T568565

O Beco, de Manuel Bandeira


Crédito da imagem: Retirado do : blogdobergaraujo.blogspot.com


QUE IMPORTA A PAISAGEM,
A GLÓRIA,
A BAÍA,
A LINHA DO HORIZONTE?
- O QUE EU VEJO, É O BECO.



Manuel Bandeira
Retirado do livro: Bandeira de bolso- uma antologia poética
pela L& Pm Pocket

Marchinhas

Na 209° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 06 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9; cujo tema: Carnaval e poesia, informamos sobre a origem das Marchinhas.

A marchinha é produto da mistura de ritmos da polca ao one-step e rag-time norte-americano e aparece no carnaval carioca no ano de 1920. A marchinha caracteriza-se por ser de modalidade de fundo brejeiro, fácil de reter e dançar e por prestar-se a crítica e a sátira. Ao lado do samba a marchinha passou a formar a dupla principal dos ritmos da grande festa do povo.
O Ô ABRE ALAS é a primeira marcha registrada na história do carnaval brasileiro; composto por Chiquinha Gonzaga no ano de 1899.

segunda-feira, 7 de março de 2011

O Bicho, de Manuel Bandeira

Na 209° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRA PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 06 de março de 2011, transmissã pela Rio Una FM 87,9 cujo tema: Carnaval e poesia, elegemos a poesia de Manuel Bandeira como base para leitura. Abaixo uma destas poesia, contextualizando a informação a respeito dos residuos sólidos produzidos diariamente pelos seres humanos e que amarrotam áreas enormes, os ditos "lixões".

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um ção,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Rio, 27 de dezembro de 1947

Pilhas usadas, o que fazer?


Na 209° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 06 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9, cujo tem: Carnaval e poesia. Informamos sobre as pilhas usadas. Elas contém pelo menos 3 metais pesados: Zinco, Chumbo e Manganês. A pilha alcalina contém ainda o mercúrio. Além dos metais pesados, as pilhas e baterias possuem também elementos químicos PERIGOSOS, como o cádmio, cloreto de amônia e negro acetileno. Quando as pilhas e baterias são lançados fora, no lixo comum ou em terrenos baldios, quintais, áreas rurais, praias, manguezais, há o risco desses metais pesados e elementos químicos perigosos entrarem na cadeia alimentar humana, causando sérios danos a saúde. Uma vez em contato com o sol, vento, chuva e umidade, as pilhas e baterias se oxidam e o invólucro de proteção se rompe. Os metais pesados e elementos químicos perigosos saem misturados a um líquido que acaba contaminando tudo ao redor, podendo atingir o lençol freático local.

Na cidade de Valença, Bahia já existe um local para recolhimento das pilhas usadas: Repartiçaõ do Jornal Valença Agora. Praça da Independência.

domingo, 6 de março de 2011

Trucidaram o rio, de Manuel Bandeira

Garoto nadando em rio poluído - foto Blog "O Buteco da Net"- Retirado do blog:sosriosdobrasil.blogspot.com



Na 209° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 6 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 cujo tema: Carnaval e poesia. Elegemos o livro: Bandeira de bolso- uma antologia poética de Manuel Bandeira. Entre uma marchinha de carnaval e outra apreciamos alguns poemas contidos no livro. Este foi para contextualizar o quadro: A hora do Brinde.

Trucidaram o rio



Prendei o rio
Maltratai o rio
Trucidai o rio
A água não morre
A água que é feita
De gotas inermes
Que um dia serão
Maiores que o rio
Grandes como o oceano
Fortes como os gelos
Os gelos polares
Que tudo arrebentam.


Manuel Bandeira




sábado, 5 de março de 2011

Na 208° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER


Crédito da imagem:http://setepalavrasdeprata.blogspot.com/2010/05/o-milagre-de-fatima-velha-historia-6.html



HOMENAGEM À NOSSA SENHORA DA LUZ • Morro de S. Paulo
SENHORA DA LUZ

Ela! Só Ela!
Majestosa, majestosíssima
Em seu andor-trono
Em amarelo e branco
Mais amarelo...mais branco
Já não sei quem mais... Se branco, se amarelo
Só sei que são lindas aquelas flores!...

Ela passeia nas ruas estreitas da vila.
Ela e seus fiéis a segui-la.
O sol tímido, a chuva também.
Sol e chuva chamam as nuvens,
As brisas, os ventos e todos conversam entre si,
Agitando as flores, os cabelos e...
Até as saias das mulheres.

Todos querem, ao mesmo tempo,
Homenageá-la, até a natureza.
Só os homens daqueles recintos,
Não entendem,... só eles...
Homens tão sós, não tão sóbrios
Tão cercados de aparatos materiais... Tão sem fé...

Eles não param, não vêem, não sentem o instante belo.
Pior! Não fazem silêncio, não escutam as batidas do seu coração
Não oram... certamente não sentem a bênção
Do Deus nosso de cada dia, de cada segundo
Maria... a Mãe de Jesus passa...
Eles não vêem.

Eu vejo, sinto aquele momento
E... espero poder sempre assim viver
Com meus andores e altares
Maria, Mãe Imaculada e Carinhosa
Majestosa em seu altar! ...
De flores amarelas e brancas
Nossa Senhora da Luz
Em branco, amarelo

FLORES,

BRANCAS,


AMARELAS...
Dai-nos LUZ.


Vera Trocoli
Festa de Nossa Senhora da Luz- Morro de S. Paulo (08.09)

Visite o blog da Vera Trocoli: http://www.verapoema.blogspot.com





BG: SMILE COM A BANDA OLODUM


Na 208° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 27 de fevereiro de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 apreciamos como BG principal a música Smile com a banda Olodum. Apreciamos também uma outra versão cantada por Djavan. Segue a letra original da canção autoria de Charles Chaplin.

Smile, though your heart is aching
Smile, even though it's breaking
When there are clouds in the sky
You'll get by...
If you smile
With your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile if you'll just...
Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you'll just...
If you smile
With your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
If you'll just Smile...
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you'll just Smile.

Apelo aos meus dessemelhantes em favor da paz de Carlos Drummond de Andrade

Na 208° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 27 de fevereiro de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 apreciamos o poema abaixo descrito.



Apelo aos meus dessemelhantes em favor da paz



Ah, não me tragam originais

para ler, para corrigir, para louvar
sobretudo, para louvar.
Não sou leitor do mundo nem espelho
de figuras que amam refletir-se
no outro à falta de retrato interior.
Sou o Velho Cansado
que adora o seu cansaço e não o quer
submisso ao vão comércio da palavra.
Poupem-me, por favor ou por desprezo,
se não querem poupar-me por amor.
Não leio mais, não posso, que este tempo
a mim distribuído
cai do ramo e azuleja o chão varrido,
chão tão limpo de ambição
que minha só leitura é ler o chão.
Nem sequer li os textos das pirâmides
os textos dos sarcófagos,
estou atrasadíssimo nos gregos,
não conheço os Anais de Assurbanipal,
como é que vou -
mancebos,
senhoritas,
-chegar à poesia de vanguarda
e às glórias do 2.000, que telefonam?
Passam gênios talvez entre as acácias,
sinto estátuas futuras se moldando
sem precisão de mim
que quando jovem (fui-o a.C.,
believe or not)
nunca pulei muro de jardim
para exigir do morador tranqüilo
a canonização do meu estilo.
Sirvam-se de exonerar este macróbio
do penoso exercício literário.
Não exijam prefácios e posfácios
ao ancião que mais fala quando cala.
Brotos de coxa flava e verso manco,
poetas de barba-colar e velutínea
calça puída, verde: tá!
Outoniços, crepusculinos, matronas, contumazes:
tá!
O senhor saiu. Hora que volta? Nunca.
Nunca de corvo, nunca de São-Nunca.
Saiu pra não voltar.
Tudo esqueceu: responder
cartas; sorrir
cumplicemente; agradecer
dedicatórias; retribuir
boas-festas; ir ao coquetel e à noite
de autógrafos-com-pastorinhas.
Ficou assim: o cacto de Manuel
é uma suavidade perto dele.
Respeitem a fera. Triste, sem presas, é fera.
Na jaula do mundo passeia a pata aplastante,
cuidado com ela!
Vocês, garotos de colégio, não perguntem ao poeta
quando ele nasceu.
Ele não nasceu.
Não vai nascer mais.
Desistiu de nascer quando viu que o esperavam garotos de colégio de lápis em punho
com professores na retaguarda comandando: Cacem o urso-polar,
tragam-no vivo para fazer uma conferência.
Repórteres de vespertinos, não tentem entrevistá-lo.
Não lhe, não me peçam opinião
que é impublicável qualquer que seja o fato do dia
e contraditória e louca antes de formulada.
Fotógrafos: não adianta
pedir pose junto ao oratório de Cocais
nem folheando o álbum de Portinari
nem tomando banho de chuveiro.
Sou contra Niepce, Daguerre, contra principalmente minha imagem.
Não quero oferecer minha cara como verônica nas revistas.
Quero a paz das estepes
a paz dos descampados
a paz do Pico de Itabira quando havia Pico de Itabira
a paz de cima das Agulhas Negras
a paz de muito abaixo da mina mais funda e esboroada
de Morro Velho
a paz
da
paz



Carlos Drummond de Andrade