quarta-feira, 28 de maio de 2008

No ALACAZUM: O processo criativo de Horacio Martinez

O artista plástico Horacio Martinez desenvolveu uma técnica no qual o seu instrumento é o fogo, ele transforma tochas em verdadeiros pincéis em busca da emoção.




No site www.alacazum.com este vídeo está disponível para download.

terça-feira, 27 de maio de 2008

A nossa língua é internacional

A Nossa Língua é Internacional

Manifesto da associação Galega da língua (AGAL) pelos direitos lingüísticos individuais e coletivos dos galegos. Vale participar desta campanha neste ano internacional dos idiomas.
http://www.agal-gz.org/manifesto08/index.php

domingo, 25 de maio de 2008

Na 82° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na foto(da esquerda para a direita): Ana Josefina Tellechea, Celeste Martinez e Ícaro Santos Silva
Na foto(da esquerda para a direita): Ana Josefina Tellechea, Celeste Martinez e Bruno Danilo Santos Silva

Na foto(da esquerda para a direita):Ícaro Santos Silva, Celeste Martinez e Bruno Danilo Santos Silva

Na 82° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER contamos mais uma vez com a participação de Ana Josefina Tellechea que nos presenteou com sua belíssima voz; Ícaro Santos Silva (violão) e Bruno Danilo Santos Silva (triângulo)

TREN para TODOS

Hola,
¿Viste este sitio? http://www.trenparatodos.com.ar/index.php
Yo acabo de participar.
Se trata de una campaña cuyo objetivo es la recontrucción del sistema ferroviario nacional y estatal argentino para todos y la anulación del proyecto del TREN BALA.Necesitamos tu apoyo, participá con tu firma ONLINE!!!
Un abrazo.

Quadro: artes visuais

Na foto: o artista plástico Horacio Martinez
Na 82° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER o artista plástico Horacio Martinez teceu comentários sobre Oscar-Claude Monet que nasceu em (Paris, França, 14 de novembro de 1840 —e morreu em Giverny, 5 de dezembro de 1926). Ele foi um pintor francês, o mais célebre entre os pintores impressionistas.


Impressionismo

O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", quando de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy:
"Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha."
A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.

Claude Monet

Retrato de Claude Monet fotografado por Nadar em 1899.


Auto-retrato

Este poema
que escrevo em uma casa a sós
sonha a convidado íntimo, a visita noturna.
A porta
se fechou a noite por fora
e o vento bate
na caixa do céu como um pássaro ferido
datas equivocadas, paredes rompidas,
nomes falsos para que ninguem responda
somente eu, o regressado.
Aqui
voou minha infância, refém de pássaros
e minha mãe chorou sem escutar-me
e o bastão da avó atravessou o pátio
tropecando entre tosses e jasmins.
A noite está
segue, se foi
e tudo segue caindo em um poço
e passa uma criança
jogando amarelinha por minha sombra
e uns olhos abertos que não olham
e um bastão que tropeça debaixo do céu
sonhando como um osso entre suas pedras.

No relógio de parede se enrosca o tempo
fecho os olhos e regresso
e a casa navega até o vazio.
Jorge Meretta - poeta Uruguaio
Na 82° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER fizemos a leitura do poema "Auto-retrato" do poeta Uruguaio Jorge Meretta. O poema foi traduzido do castellano para o português por Celeste Martinez

O que escutamos?


Na 82° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER a seleção musical ficou a cargo de Ana Josefina Tellechea(voz) e Ícaro Santos Silva(violão) e acompanhamento de Bruno Santos Silva (triângulo).

Expressão popular

Expressão popular "Pode tirar o cavalo da chuva"
Significado:indicação de desistência de algo ou problema que vai demorar em solucionar.
Histórico:Durante muito tempo, o meio de transporte mais comum era o animal. O costume era chegar, apear e amarrar a montaria frente das casas. Porém quando a pessoa que chegava deixava seu animal debaixo de alguma árvore ou cobertura era sinal de que iria demorar. E quando isso não acontecia e o dono da casa, gostava da "prosa" aconselhava ao comprade ou amigo: "É mió ocê tirar o cavalo da chuva"
Assim como quem diz: "Guarde o seu animal para que possamos conversar com tranquilidade"

Dica de Leitura

Na foto: capa do livro "Quando fui outro" de Fernando Pessoa

Livro: "Quando fui outro" Fernando Pessoa. Antologia organizada pelo escritor Luiz Ruffato. É uma seleção não- acadêmica, destinada aos apaixonados em que o organizador garimpou cartas que o poeta Fernando Pessoa enviou para Ophélia, sua namorada. O livro: "Quando fui outro do Fernando Pessoa" você só encontra na LIVRARIA CRIATIVA. Rua Conselheiro Cunha Lopes, 17 Centro- Valença- Bahia Telefax: (75) 3643 -1858

Quadro: a sétima arte


Na 82° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, Violeta Martinez, estudante de cinema e audiovisual, teceu comentários sobre as várias curiosidades do mundo do cinema.

Enquete

A enquete realizada pelo programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER entre os dias 18 a 25 de maio de 2008, fez a seguinte pergunta:
O que foi o maio de 68 Francês? O ALACAZUM ofereceu 4 opções:
1- Revolução Industrial
2- Queda da Bastilha
3- Rebelião Estudantil
4- Assassinato de Martin Luther King
9% dos internautas optaram pelo ítem n°01
87% rebelião estudantil
9% assassinato de Martin Luther King
Parabéns aos internautas que optaram pelo ítem n° 03. O maio de 68 Francês foi uma rebelião estudantil não só ocorrida na França mas em diferentes partes do mundo.

Maio de 68 Francês

No dia 13 de maio de 1968, era convocada a greve geral na França. O que antes era um movimento restrito ao meio universitário se espalhava pela cidade e parecia ganhar proporções revolucionárias, questionando as estruturas de poder e os valores vigentes. Em seu auge, colocou em risco a autoridade do presidente Charles De Gaulle. O movimento não chegou a derrubar imediatamente o general De Gaulle, herói da resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial, mas seu governo ficou abalado e se manteve no poder apenas até abril de 1969.
O maio francês foi um dos eventos mais significativos de um ano de mudanças em todo o mundo. Em 1968, protestava-se contra tudo e contra todos. E em toda a parte – para o jornalista Zuenir Ventura, foi o primeiro movimento do mundo globalizado. Polônia, Espanha, Itália, Alemanha Ocidental, Japão e México são alguns dos países em que os jovens foram às ruas, pelas mais diversas razões – pelo direito de ter dormitórios mistos nas Universidades, contra a Guerra do Vietnã, contra a ditadura, pelo direito das minorias... Entre os países mais marcados por aquele ano, estão a França, os Estados Unidos, a Tchecoslováquia e o Brasil.
Na França, a agitação começou no dia 22 de março, quando um grupo de estudantes invadiu a reitoria da Universidade de Nanterre, subúrbio de Paris, para protestar contra a prisão de um militante da Juventude Revolucionária Comunista, detido durante manifestação contra a Guerra do Vietnã, e também contra a decisão de proibir a visita de rapazes nos dormitórios femininos. No dia 27 de abril, Daniel Cohn-Bendit, líder da ocupação em Nanterre, foi preso e, no início de maio, a Universidade de Nanterre foi fechada. Os estudantes foram para as ruas protestar no dia 3 de maio, no Quartier Latin, em Paris, e tentaram ocupar a Universidade de Sorbonne. No dia 13, a greve geral foi convocada e a Sorbonne foi invadida pelos estudantes. Com muitos confrontos entre a polícia e os manifestantes, o movimento se estendeu até o final do mês, quando De Gaulle assinou um acordo com os trabalhadores, demitiu o ministro da Educação e dissolveu o Parlamento. Ele convocou eleições para junho, obtendo vitória esmagadora. Nos Estados Unidos, o ano foi marcado por protestos contra a Guerra do Vietnã e a favor dos direitos civis. No dia 4 abril, foi assassinado o reverendo Martin Luther King, principal liderança da luta contra o racismo no país. Também em abril, na Tchecoslováquia, o secretário-geral do Partido Comunista, Alexander Dubcek, anunciou a criação de um “socialismo de rosto humano”, iniciando um período que ficaria conhecido como “Primavera de Praga”. Foi feita uma reforma que permitiu liberdade expressão e organização fora do Partido Comunista. Em agosto, Praga foi invadida por tropas da União Soviética e aliados e Dubcek foi destituído do poder. A violência com que foi reprimida, faz com que o jornalista Zuenir Ventura compare a geração de Praga à geração brasileira. No Brasil, desde o início do ano, ganhavam força os protestos estudantis por mais verba para a educação e contra a ditadura. No dia 28 de março, um choque entre estudantes e policiais no Rio de Janeiro causou a morte do estudante Edson Luís. O assassinato de Edson Luís por um policial comoveu a cidade do Rio de Janeiro, gerando muitos protestos. Em 26 de junho, a “Passeata dos 100 mil”, no Rio de Janeiro, reuniu políticos, artistas, trabalhadores e estudantes para protestar contra a ditadura. No início de outubro, em São Paulo, aconteceu a “Batalha da Maria Antônia”, que opôs alunos da Faculdade de Filosofia da USP a estudantes da Universidade Mackenzie, resultando em muitos feridos e na morte do estudante secundarista José Guimarães. Alguns dias depois, a polícia prendeu em Ibiúna, interior de São Paulo, cerca de mil estudantes que participavam do congresso da UNE, incluindo os principais líderes do Movimento Estudantil – José Dirceu, Flávio Travassos, Vladimir Palmeira, entre outros. No dia 13 de dezembro, o governo decretou o Ato Institucional número 5, o AI-5, em resposta a discurso contra as Forças Armadas proferido pelo deputado Márcio Moreira Alves. O AI-5 deu plenos poderes ao governo, fechou o Congresso e tirou liberdades individuais. Começavam então os “anos de chumbo” da ditadura, quando milhares foram presos e muitos torturados e mortos. O ato só foi revogado dez anos depois, em dezembro de 1978.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/1968/
Daniel Cohn-Bendit, figura emblemática na França na revolta de Maio de 68
Daniel Cohn-Bendit, hoje deputado europeu.
Leia entrevista concedida pelo ex-líder estudantil à agência de notícias France Presse:
France Presse: Qual o símbolo mais forte de Maio de 68 para você?
Daniel Cohn-Bendit: A imagem que permanece para mim de 68 é "Nós somos todos judeus alemães". É um slogan, e foi o grito de milhares de pessoas nas manifestações, que gritavam "todos nós somos judeus alemães", sejam negros, judeus, árabes, brancos. Para mim, isso simboliza esse espírito de solidariedade multirracial da época. Eu tenho um sentimento de reconhecimento. Estou muito kitsch (...) Isso me faz chorar... Estar em uma sociedade onde você tem a impressão de estar sozinho e, de repente, não está sozinho. É um senso de comunidade.
AFP: Qual é a herança de Maio de 68?
Cohn-Bendit: É um legado positivo. Em 1965, uma mulher casada tinha que pedir permissão ao marido para abrir uma conta bancária. Hoje, é possível fazer isso sem permissão. Hoje em dia, mesmo os católicos inveterados defendem que a base da democracia é a autonomia e a igualdade entre homens e mulheres. Hoje você tem uma aceitação da autonomia das crianças, uma aceitação da homossexualidade, apesar da igreja ainda ter seus problemas. Uma aceitação da diversidade dos indivíduos. Uma idéia de direitos humanos e democracia.
AFP- Será que podemos comparar 2008 a 1968?
Cohn-Bendit: Você tem que ter cuidado. A sociedade hoje não tem nada a ver com a de 40, 45 anos atrás. Ela é muito mais aberta, mas tem outros problemas. Em 68, não se conhecia o desemprego, a Aids, a degradação climática, ou a perversidade da globalização. Éramos uma geração que dizia: "O mundo nos pertence, somos capazes de governar nossas vidas e o planeta de forma diferente". Hoje o mundo é assustador, é uma sociedade que está ansiosa, uma sociedade em que temos um outro tipo de sofrimento. O ano de 68 participou da conquista da liberdade, da autonomia. Hoje em dia, nós queremos conquistar segurança. Comparar as duas épocas parece enganoso.
AFP - Como é que se define o espírito de 68?
Cohn-Bendit: O espírito de 68 é um desejo de liberdade. Essa é a matriz. Foi o espírito da liberdade, o desejo de autonomia e independência.
Fonte: Agência daFrance Presse em: 30/04/2008 - 16h14
Em 1968, o sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso era professor na Universidade de Paris, em Nanterre, e vivia no Quartier Latin, em Paris, quando os protestos estudantis tomaram conta da capital francesa. Fernando Henrique foi testemunha privilegiada dos acontecimentos iniciados em Nanterre, no dia 22 de março, e que culminaram nos protestos ocorridos em maio, no Quartier Latin. Além da proximidade com os fatos, alguns dos líderes estudantis eram seus alunos, entre eles, Daniel Cohn-Bendit, o “Dany le Rouge”, que comandou as agitações do maio de 68.
O senhor estava em Paris quando ocorreram os famosos acontecimentos. Onde o senhor estava hospedado? Foi a algum protesto de rua?
Em maio de 1968, eu morava em Paris na rua Antoine Dubois, uma travessa do Boulevard Saint-Germain, no Quartier Latin, e era professor da Universidade de Paris, em Nanterre. Passei praticamente todo o tempo do movimento estudantil ou na Universidade, em Nanterre, ou nas ruas do Quartier Latin assistindo aos protestos.
O que ficou de 1968?
De positivo ficou uma reivindicação permanente de mais liberdade, o sentimento de que as condutas individuais podem ser refeitas e de que a cultura e a comunicação entre as pessoas (permitida com maior intensidade pelas novas tecnologias, desde a TV) pesam. Agitações como as de Paris ocorreram também nos Estados Unidos, no Brasil, em Praga, e outros lugares.
O que explica essa simultaneidade? Quais as principais diferenças e semelhanças entre as manifestações?
O que explica a simultaneidade é o que eu disse acima: o mundo se tornou intercomunicado em tempo real, graças às novas tecnologias da comunicação. O efeito, por exemplo, da ofensiva dos vietcongs contra Saigon, em fevereiro de 68, mostrou a guerra e seus horrores cotidianos a populações que estavam distantes milhares de quilômetros dela. As diferenças se devem às peculiaridades de cada situação nacional: no Brasil, se lutava para frear a ditadura; nos Estados Unidos, por romper os guetos negros e outros; na Europa, por mais liberdade individual e por quebrar a rigidez das estruturas burocráticas.
É preciso romper com o espírito de 68, como propôs o presidente francês Nicolas Sarkozy? O que exatamente significa “romper com o espírito de 68”?
Acho que Sarkozy tem horror à qualquer contestação. É a velha rigidez da direita francesa. A “geração 68” está hoje no poder. No Brasil, podemos citar nomes como os de José Dirceu, Fernando Gabeira e Aloysio Nunes Ferreira.
O que os une? O que os afasta? Que avaliação o senhor faz da atuação desta geração no poder?
Não é possível imaginar que uma geração chegue ao poder mantendo valores e condutas homogêneas. Além da idade parecida e da experiência em comum em alguns períodos da vida, há interesses pessoais e grupais diferentes, bem como as pessoas divergem quanto aos valores em que crêem. Não se pode imaginar que exista similitude de crenças e condutas entre os que hoje estão servindo ao poder, nem dizer que eles estejam grupalmente “no poder”. O poder tem muitos donos e diferentes dimensões.
O ano de 1968 influenciou de alguma forma as políticas que o senhor implantou no Brasil durante o período em que foi presidente?
Certamente, a ênfase na igualdade racial e de gênero que eu incentivei tem a ver com o espírito de 1968. A valorização da sociedade civil e a busca de parcerias entre o setor estatal e o não governamental, visando a formação de um espaço público, também encontram ressonância no que se dizia em 1968.
O que o senhor lia naquele ano?
Eu dava aulas de teoria sociológica na faculdade (alguns dos líderes estudantis da época, como Daniel Cohn-Bendit, eram meus alunos). Ensinava os clássicos da sociologia, Marx, Weber, Durkheim. Lia-se muito Althusser (que nunca foi santo de meu altar) e se começava a ler Marcuse, que, na verdade, não teve repercussão direta nenhuma sobre maio de 68 na França. Eu escrevia a tese de cátedra que defendi na volta ao Brasil, em outubro de 68, e lia a teoria de ciência política americana, para criticá-la à luz do que na época se chamava, impropriamente, de “teoria da dependência”.

82° edição do ALACAZUM

ALACAZUM PARA VOCÊ!
Fábio Costa - técnico em informática direto de Amargosa-Bahia-Brasil
Etevaldo Santos - vocalista da banda de rock ET2
Linda Queiroz - Sport Ciclo (parceiro cultural ALACAZUM)
Graciene e Cláudio - Bairro da Graça- Valença-Bahia-Brasil
Erik Martinez -Argentina

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Cercas elétricas

Sabe uma dessas manhãs em que ao acordar, você se depara com algo inusitável em termos de deformação da paisagem? Não foi o dendezeiro do quintal ao lado que arrancaram depois da nossa ousadia em defende-lo. Não foi também o restante dos manguezais que cercam a nossa casa. Pois é, foi em uma dessas manhãs aterrorizantes ao olhar, que meu ser ficou congestionado de impressões inusitáveis. Não inusitável em termos de euforia que dignifica a alma e sim o choque diante da angustia do cotidiano em que as surpresas são sempre na maioria das vezes malignas. Abri a porta de casa e olho em frente. A casa do vizinho toda cercada por essa tal de cerca elétrica. Não ficou só nisso, dobro a esquina e outra e mais outra. De repente toda a vizinhança estava fantasiada com este apetrecho recente, criado como forma de afastar o perigo do intruso em sua residência. Mais um recurso dos engendrosos do comércio. E fiquei com aquela sensação de que estava fora do rol dos que se acautelam ante um perigo eminente. Como ser cauteloso se a vida é um vendaval constante? Sou artista. Não aquele do seriado norte-americano que nunca morre e que você sabe desde o começo do filme que ele é o “mocinho”. Não, não sou este tipo de artista comercial. Sou dos que carregam pedras, dos que sangram as mãos, dos que machucam os pés, dos que transpiram e gosta das gotículas que caem salgando a boca. Eu aprecio essa vida de ser artista. Sim, voltemos as cercas elétricas. Naquele instante me senti fora do contexto. E pensei: algo está por vir. Não é possível que toda essa gente de repente se prepare com cercas elétricas por nada. E então me posicionei a pensar qual o perigo eminente. Uma invasão por seres extra-terrestres? Uma invasão do exército além do atlântico? Uma invasão por supostos inimigos de todos os vizinhos do meu bairro? Por que essas questões devem ser levadas em conta já que no cotidiano já está impresso a violência urbana, a marginalidade, os assaltos, as violações, arrombamentos, a fome, a diferença de classe, as injustiças, o despotismo, a falta de oportunidade e outros tantos efeitos e ações dos que regem o lugar em que vivemos. Isto eu já sei e todos vocês também. Obviamente voltei a refletir que não poderia ser uma invasão extra-terrestre, não creio que estes seres estejam tão atrasados e tão deseducados para invadir o planeta terra. Tão pouco além do atlântico ou entre os nossos vizinhos mais próximos. Agora se todos esses distúrbios da vida social mal gerenciado, nos afetam diariamente e não temos as vantagens ou o direito que prescreve a lei, que é a segurança, não creio que cercas elétricas vão inibir o “inimigo”, que é um ser humano, que não é privilegiado, que não é avantajado por falsos títulos, que não comanda nenhuma instituição, que não desfruta de uma residência no mínimo estruturada com saneamento básico, que não desfruta do lazer, etcetera e etcetera e tal. Não creio que estas ditas cercas elétricas vão inibir o mal de não ser acometido pelo sobressalto. Sabe por quê? Por que simplesmente estamos vivos. Basta está vivo para ser suceptivel aos sobressaltos. Esta manhã, meus olhos ficaram embotados de cercas elétricas e senti um calafrio percorrendo todo o meu corpo, talvez o choque por tantas cercas elétricas, talvez por pensar que o pânico chegou ao meu bairro e se instalou na casa de todos os meus vizinhos que têm cercas elétricas e que eu acordei tarde e não vi a mensagem escrita nos jornais que dizia que devemos nos preparar para os próximos dias de inverno.
Celeste Martinez- escritora

Direto de Lisboa- Portugal

Na foto: Adriana Calcanhoto

Nessas andanças pelo mundo da virtualidade, um termo até visionário. Pode não ser palpável, pode não ser transitável materialmente mas é sem sombra de dúvidas um mundo imaginário e formidável para quem sabe desfrutar de suas delicias ou de seus atributos. Bom, deixemo-nos estas performances interiores para falar realmente do que tenho a dizer a você ouvinte-leitor ALACAZUM. Foi em uma dessas viagens pelo livro virtual que me deparei com o termo: "Radionovela". Cliquei. http://radionovela.blogs.sapo.pt/ Entrei em uma sala decorada com tecidos escuros, (lembrava um palco)e onde luzes a neon de variadas cores, indicavam pontos de informação. Eureka! Eu havia encontrado um espaço em que a música me levava ao rádio. Um programa radiofônico direto de Lisboa- Portugal, apresentado pelo comunicador Sérgio Teixeira. Que vai ao ar todos os domingos das 20 às 21h (hora de Portugal). Para nós, brasileiros das 16 às 17 (hora de Brasilia). Segue informações enviadas pelo Sérgio sobre Adriana Calcanhoto em digressão nacional onde o RADIONOVELA prestou-lhe homenagem com um especial de 30 minutos na segunda parte do programa.

Adriana Calcanhotto na sua digressão por Portugal:
Dias 19 e 20 de Maio, no Coliseu de Lisboa;
Dia 21 na Praça Marques de Pombal;
Dia 24 no Palácio dos desportos em Torres Vedras;
Dias 29 e 30 no coliseu do Porto;
Dia 31 em Guimarães no Pavilhão Multiusos
Dia 6 de Junho em Ponta Delgada no Teatro Micaelense
Dia 29 de Julho Adriana vai participar no Festival Delta Tejo em Lisboa.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Na 81° edição do ALACAZUM

Na foto: o robô ASIMO
Na 81° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, o artista plástico Horacio Martinez apresentou ao ouvinte-leitor ALACAZUM, algumas curiosidades do mundo tecnológico e artístico. Uma delas foi o fato ocorrido no dia 13 de maio nos Estados Unidos quando um robô regeu a orquestra sinfônica de Detroit na execução de "Man of la Mancha". O robô de nome "Asimo" consegue correr, andar em solos irregulares e reagir a comandos de voz simples. Asimo regeu os músicos copiando os movimentos de um maestro em vídeo.
A outra curiosidade diz respeito ao famoso quadro "O grito" de Edvard Munch e "A Madona" de sua própria autoria que foram roubados em 2002 do museu Edvard Munch em Oslo. O quadro "O grito" sofreu danos irreparáveis e então revelou-se uma outra curiosidade: No processo de restauração de 2007 descobriu-se que a data de criação do quadro, é incorreta, informou o jornal Norueguês. O museu de Oslo adiou a comunicação oficial ao público devido a que no dia 23 de maio 2008 será realizada a abertura de uma exposição do artista em que serão apresentados documentos e a obra restaurada.

domingo, 18 de maio de 2008

Quadro: a sétima arte


Na 81° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, Violeta Martinez, estudante de cinema e audiovisual, teceu comentários sobre as várias curiosidades do mundo do cinema.

Quadro: artes visuais

Na foto: Celeste Martinez e Horacio Martinez

Na 81° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, o artista plástico Horacio Martinez comentou sobre Diego Maria de la Concepción Juan Nepomuceno Estanislao de la Rivera, popularmente conhecido como Diego Rivera. Nasceu em Guanajuato, México, no dia 8 de dezembro de 1886 e faleceu em San Angel em 24 de novembro de 1957 aos 70 anos de idade. Foi um dos maiores pintores das Américas.

Diego Rivera

Na foto: Diego Rivera





Quais músicos escutamos








Quadro: a hora da crônica

Na foto: Professor Adroaldo Ribeiro Costa

Na 81° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER desfrutamos da crônica: "Da Feiúra" do professor Adroaldo Ribeiro Costa.

Fragmento: " Então, só nos resta recitar, diariamente, ao levantar da cama, esta prece que passo a ensinar aos meus irmão em feiúra: -Amor, doce amor, poderoso, protetor e vigilante, vós que criais a beleza, que livrais do perigo, que venceis a morte, vinde, doce e milagroso amor, e salvai-me. Amém."

Mais informações sobre o professor Adroaldo Ribeiro Costa acesse :

Donde están los poetas? (Onde estão os poetas?)

Na foto: Maria Elena Walsh*

Donde estan los poetas?
los poetas por donde andaran?
Cuando cantan y nadie los oye
es señal de que todo anda mal
si están vivos los premia el olvido
pero a algunos quizas les haran homenajes después que se mueren en la carcel o en la soledad. Quienes son los poetas los testigos de un mundo traidor
Ellos quieren salir a la calle para hacer la revolución y en la esquina se van por las ramas donde un pájaro se les voló y se encierran de nuevo en sus libros que no encuentran lector ni editor.
Y quizás, los poetas. no se venden ni mientes jamás. es posible que a veces alquilen sus palabras por necesidad ó que un par de ilusiones perdidas cada día las cambien por pan.
pero son la conciencia de todos y ratones de la eternidad.
Aqui están, los poetas ayudándonos a suspirar
aqui estan….ooh Ooh!! (ayudandonos a suspirar)


Letra de Maria Elena Walsh e música de Boom Boom Kid

*Maria Elena Walsh nasceu em 1 de fevereiro de 1930 em Ramos Mejía, subúrbio da cidade de Buenos Aires, Argentina. Desde o ano de 1959 escreve roteiros para TV, obras de teatro, canções para crianças. A letra e a música de suas canções são cantadas por milhares de crianças na Argentina de geração em geração.

http://www.me.gov.ar/efeme/mewalsh/


O ALACAZUM dedica este belo poema da escritora argentina Maria Elena Walsh, a Marcos Vieira, que em visita ao espaço cultural ALACAZUM nos deixou uma singular mensagem a respeito do que é ser poeta.

2008 ano internacional dos idiomas

Segundo a revista National Geographic, quando morre uma língua, desaparece uma cultura. A perda de uma língua muitas vezes começa com a discriminação e termina com a assimilação de seus falantes. Nosso mundo urbano e globalizado é desfavorável a milhares de idiomas locais que antes estreitavam os vínculos de família, tribo e nação. Na época mais interconectada da história, estamos perdendo elos vitais com a história remota.
Você sabia que a última pessoa capaz de falar com fluência a língua "Makah" morreu no estado de Washington em 2002 ?.Alguns membros dessa tribo estão tentando reviver o idioma.

Mandioca

Na foto: Mandioca (Manihot esculenta)
Mandioca, Aimpim ou Macaxeira, é um arbusto que, teria tido sua origem mais remota no oeste do Brasil (sudoeste da Amazônia) e que, antes da chegada dos europeus à América, já estaria disseminado, como cultivo alimentar, até a Mesoamérica (Guatemala, México).

Utilização da mandioca na culinária

Na foto: Preparando o "Beiju"

Na foto: Farinha de mandioca

Mais informações sobre os variados produtos da mandioca, visite o endereço eletrônico:

Lenda de Mani

Em tempos remotos, revelou-se grávida a filha de um morubixaba nas margens do Amazonas. Seu pai, querendo punir o autor de tanta desonra, perguntou quem era seu pérfido amante. A jovem respondeu que não tivera contato com homem algum. Admoestou-a o velho e empregou para tanto, rogos e ameaças, e por fim castigos severos. Mas a jovem persistiu na negativa. O chefe tinha deliberado matá-la, quando em sonho, lhe apareceru Tupã, que lhe disse que a jovem era completamente inocente, e que a criança era o presente seu. Conteve-se, desta forma, o irritado morubixaba. Sua filha deu à luz a uma menina encantadora, branca, que com poucos meses já falava corretamente. Não só a gente da tribo, como também a das nações vizinhas vieram visitá-la para ver esta nova e desconhecida raça. Passou a chamar-se de Mani. De inteligência aguda, Mani passou a ser querida de todos de sua tribo. Mas ao cabo de um ano, sem qualquer doença, a pequenina Mani fechou os olhinhos negros e morreu. O chefe da tribo mandou enterrá-la ao lado de sua maloca. Diariamente regavam a sua sepultura, segundo antigo costume da tribo. Muito breve, brotou uma planta que, por ser inteiramente desconhecida, deixaram crescer. Floresceu e deu frutos. Os pássaros que deste comiam se embriagavam, fenômeno que, desconhecido dos índios, argumentou-lhes a admiração. Afinal fendeu-se a terra, cavaram-na e na forma de tubérculos ou raíz, limpando-a, viram que era muito branca, como o corpo de Mani. Acreditando ser a planta reencarnação da criança, comeram-na e fizeram uma bebida fermentada que foi seu vinho. Este vinho, preparado com a mandioca cozida, é o "cauim", bebida predileta dos índios do Brasil. A aldeia passou a chamar a planta de "Mandioca", em cujo som encontram-se "Mani", a criança morta, e Oca, a morada do índio, onde a maniveira é aproveitada das folhas às raízes, como símbolo de alegria e abundância.

Expressão popular

" É A CARA DO PAI CUSPIDO ESCARRADO"
Quantos de nós não escutou quando criança a seguinte expressão? E quantos não imaginaram a expressão literalmente falando e não se enojaram ou simplesmente não refletiram interiormente o porquê de comparar alguem desta forma, partindo do presuposto de que este alguém é parecido com o outro? E o histórico? Essa é mais uma digressão brasileira. A origem do ditado vem da expressão : "ESCULPIDO EM CARRARA". A frase, é uma alusão à perfeição das esculturas de Michelangelo, pois "Carrara" é um marmore de Itália e foi bastante usado pelo escultor. É um marmore em que se faz cópia perfeita da fisionomia de pessoas. Assim que no popular: "É a cara do pai cuspido escarrado" entretanto o correto: "É a cara do pai esculpido em carrara"

Curiosidade do mundo literário

Na foto: Guo Jingmin
Guo Jingmin, é o escritor de 24 anos mais famoso do mundo asiático. Vendeu mais de 1 milhão de exemplares de suas 4 novelas e no ano passado foi considerado o escritor chinês que mais lucrou com a venda dos seus livros: 1 milhão e meio de dolares. As novelas de Guo se concentram na mente torturada de seus personagens adolescentes, que curtem a melancolia passando horas sentados, na ociosidade e também o que está empolgando os leitores jovens de china é a forma como o jovem escritor se veste, transgredindo o padrão estabelecido em seu país.

Dica de leitura


Na 81° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER oferecemos a seguinte dica de leitura:
Coleção na sala de aula, contendo 16 fascículos, pela editora Vozes -de autoria do escritor Celso Antunes. É uma coleção que visa contribuir para minorar problemas e dar pistas de soluções. Vai sugerir práticas, expor principios, discutir estratégias, propor modelos, citar exemplos concretos; enfim, atualizar o professor de maneira prática e simples. Você pode comprar os 16 fascículos ou separadamente conforme o tema que mais lhe agrada.
A "Coleção na sala de aula" você só encontra na
LIVRARIA CRIATIVA, rua Conselheiro Cunha Lopes, 17 Centro, Valença, Bahia. Telefax (75) 3643 -1858

Desafio ALACAZUM

Na 81° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, lançamos um desafio para a conquista de um belo livro, intitulado: "Quando", oferecimento da artista visual e escritora Amália Grimaldi.
O desafio foi o seguinte:
A palavra "você" deriva de que expressão?
O estudante e também vocalista da banda de rock ET2 da cidade de Valença- Bahia foi o ganhador. Ele enviou a seguinte resposta via MSN:
"Você é palavra derivada do intitulamento vossa mercê, usado desde remotos tempos na língua, e que com o correr dos séculos se foi transformando, até chegar no atual você, passando pelas formas intermédias abreviadas por sucessiva contracção de vossemecê e vomecê".
E o ALACAZUM complementou:
"Mercê", significa "graça", "concessão". Em Castellano "usted"
Parabéns e obrigada pela participação, Etevaldo Santos
ALACAZUM PARA VOCÊ!

Você

Na 81° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER nos reportamos novamente às informações contidas no blog do José Cunha de Coimbra, Portugal.
"você" (pron.) deriva da expressão cerimoniosa "Vossa Mercê". a marcha da evolução simplificou a distância de tratamento e a respetiva expressão, fazendo de toda a gente "sua mercê". e está certo. as formas evolutivas estão todas em uso, desde o mundo rural ao mundo urbano e suburbano.a distância de tratamento é tanto mais próxima quanto mais aferética é a forma evolutiva usada:vocemecê - etimologicamente, a grafia correta seria vossemecêvosmecê (Br.)vomecêvocêocê (Br.)
na Galiza coexiste com "vostede" e "vosté", mestiçagens entre o "vossa mercê" da nossa gente e o "vuestra merced" de Madrid e arredores .no Brasil, "você" é todo o mundo e todo o mundo é "você".o que cê acha?

Quadro: a hora do brinde

Água mineral natural DIAS D' ávila, nosso parceiro cultural, presente na 81° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

81° edição do ALACAZUM

ALACAZUM PARA VOCÊ!
Etevaldo Santos - vocalista da banda ET2- Valença- Bahia
Fábio Costa - Técnico em Informática
Linda Queiroz - da Sport Ciclo

domingo, 11 de maio de 2008

Alacazum para você!!

Ana Josefina Tellechea, Ícaro Santos Silva, Celeste Martinez e Bruno Santos Silva
O ouvinte-leitor do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, em sua 80° edição, foi privilegiado com belo repertório musical selecionado pelos jovens estudantes Ana Josefina Tellechea e Ícaro Santos Silva, que alegraram a manhã de domingo com a magia da boa música.

Ícaro Santos Silva, estudante do curso de Sistemas de Informação pela Faculdade Zacarias de Góes - FAZAG, Celeste Martinez e Bruno Santos Silva (irmão do Ícaro)

Ana Josefina Tellechea estudante de Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB- Campus XV e Celeste Martinez do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER
Ana Josefina Tellechea (voz), Ícaro Santos Silva (violão)e Bruno Santos Silva(triângulo)
Ana Josefina Tellechea se expressando musicalmente, na 80° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Quais músicos escutamos



Na 80° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER apreciamos as seguintes músicas: Equalize e Na sua estante (Pitty); Aquarela (Toquinho) e Olhos Coloridos (Sandra de Sá) na bela interpretação de Ana Josefina Tellechea (voz), Ícaro Santos Silva (violão) e Bruno Santos Silva(triângulo).