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Havia vento.
Era o momento em que talvez o sol nascesse,
mas em vão aguardamos que viesse.
Havia vento e, à minha volta, tanta gente,
que minha solidão era um mistério.
(Que eu me sentia uma figura solitária,
uma figura pequena e esquecida
na imensidão macia do gramado.)
Havia vento,
fazia frio,
e eu estava - sabe? - tão cansada!
Era um fim de madrugada.
A grama estava úmida e gelada.
As pessoas pareciam tão distantes!
E, súbito, cobriu-se o universo
de um silêncio tão grande,
de um tão intenso silêncio sossegado!
Eu não sentira nunca, meu amor tanta saudade!
Betty Vidigal
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