![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnqCmanMHkoAyzm92hqI-uvOxtH7pErYGdlQkuK2kE1XfcTpswCWnhucePBLWgc2xOXQAgIKZc2mIyY4hOYjRg_qt9YU2MUBpnRU_PKLZGwd-nMs2WKU_Pa_lINYvnz4ayPvXgq6Bmm0E/s280/100_1140.jpg)
Antigamente os bichos
Um com outro conversava
Semelhante aos homens
Dia e noite trabalhava,
E em questão de comércio
Cada qual negociava.
O macaco, por exemplo,
Negociava com banana,
Raposa vendia aves
Sempre no fim de semana,
O rato vendia queijo
E Guará vendia cana.
Galinha vendia ovos
E cavalo rapadura,
Canguru era parteira,
Cachorro sem compostura
Bebia com mestre porco
Somente aguardente pura.
Papagaio locutor
Em toda festa que havia,
Urubu vendia carne
Na sua mercearia,
E o leão governava
A turma da bicharia.
Gato era vigilante
Pelo dia cochilava
Pois a noite não dormia
Quando o rato passeava,
O pavão-ave de luxo
Com jóias negociava.
O sariguê trambicava
Com perfume de Paris,
A cachorra era devassa
No viver de meretriz
Por isso que seu marido
Não se sentia feliz.
O macaco com a raposa
Viviam um pouco intrigados
Devido que no passado
Tinham sido namorados
Agora macaco e onça
Andavam muito chegados.
Devida essa amizade
Raposa andava enredando
Do macaco com a onça
Chegou a andar espalhando
Que a onça não era virgem
A coisa foi se esquentando.
A onça também por isso
Jurou até se vingar
Para pegar a raposa
Começou a se preparar
E foi falar com o cachorro
Para ele lhe ajudar
“O casamento do macaco com a onça” autoria de Rodolfo Coelho Cavalcante
Nenhum comentário:
Postar um comentário