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AMOR
Nas largas mutações perpétuas do universo
O amor é sempre o vinho enérgico, irritante
Um lago de luar nervoso e palpitante
Um sol dentro de tudo altivamente imenso.
Não há para o amor rídiculos prêambulos,
Nem mesmo as convenções as mais superiores
E vamos pela vida assim como os noctâmbulos
Á fresca exalação salúbrica das flores.
E somos uns completos, célebres artistas
Na obra racional do amor - na heroicidade
Com essa intrepidez dos sábios transformistas
Cumprimos uma lei que a seiva nos dirige
E amamos com vigor e com vitalidade
A cor, os tons, a luz que a natureza exige.
Cruz e Sousa
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