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Vandalismo
Meu coração tem catedrais imensas
templos de priscas e longíncuas datas,
onde um nume de amor, em serenata
canta a aleluia virginal das crenças.
Na ogina fúlgida e nas colunatas
vertem lustrais irradiações intensas
cintilações de lâmpadas suspensas
e as ametistas e os florões e as pratas.
Como os velhos templários medievais
entrei um dia nessas catedrais
e nesses templos claros e risonhos
E erguendo os gládios e brandindo as hastas
no desespero dos iconoclastas
quebrei a imagem dos meus próprios sonhos.
Augusto dos Anjos
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