![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5qITxBhroG8cknU083_bMpcncA4kzjh0WqbpCWUcY6mwvpBGJd4i-WDhnKZi4iIg9zk6pXKExsxj34qBkoZmhPx8hSzOOqeH-4QqZjkFcvRP2EmyH404xMas1Wv1pE6uvZ6Y5Da6k4Kpe/s320/florbe03.gif)
Falo de tu às pedras das estradas,
E ao sol que é loiro como o teu olhar,
Falo ao rio, que desdobra a faiscar,
Vestidos de Princesas e de Fadas:
Falo às gaivotas de asas desdobradas,
Lembrando lenços brancos a acenar,
E aos mastros que apunhalam o luar
Na solidão das noites consteladas;
Digo os anseios, os sonhos, os desejos
Donde a tua alma, tonta de vitória,
Levanta ao céu a torre dos meus beijos;
E os meus gritos de amor, cruzando o espaço,
Sobre os brocados fúlgidos da glória,
São astros que me tombam do regaço.
Florbela Espanca
Nenhum comentário:
Postar um comentário