sábado, 28 de dezembro de 2013

Poesia de Varne Acosta

Na 332° edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 22 de dezembro de 2013 das  8 às 9 h da manhã, transmissão ao vivo  87,9 Rio Una FM, fizemos a leitura do texto do artista visual Varne Acosta.

Nenhuma casa tem

Nenhuma casa tem a doçura dos violinos mas folhas verdes desse mato orvalhado. Nenhuma a dança das borboletas, dos colibris e voos rasantes de pássaros canoros.
Quem tem essa sabedoria de falar em silêncio da natureza e minhas origens com tanta beleza e simplicidade. E a voz da brisa que vem do mar...
Qual delas tem formigas e besouros, nadando nas folha secas das árvores floridas. Aqui tem a música da cigarra e o canto distante de um galo pedrez. Que poeta, poetou essa clareira da mata atlântica que tanto me inspira. Não! Nenhum outro lugar é porta do céu! Nenhum outro lugar diz mais, compreende melhor e tolera tanto. Cenário sem paredes aprisionando meus voos, ao invés horizontes arborizados dando liberdade e saciando a sede do meu olhar. A cada ângulo, o espirito  da surpresa. Aqui, onde os troncos seduzem de amor os gravatás, enquanto as matracas tagareleiam verdade sem saber, que ouço e entendo tudo que elas dizem.

Autor: Varne Acosta 

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