![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOR57zR8lbSCdhMWcLrV3z0lDS8zXRLb2bnhTmUaEQTxqcU1pfEy7ZFAQif0sUZJA-R2J6T-AE8Bd1bNIr3tQPdxH11q7vy4uYK1aSD8fQBBECuYqdF_vI_Y6HCcbCkyAeUmWqWrFEgoYL/s320/bocage%5B1%5D.jpg)
Vós crédulos mortais, alucinados
De sonhos, de quimeras, de aparências,
Colheis por uso erradas consequências
Dos acontecimentos desastrados:
Se à perdição correis precipitados
Por cegas, por fogosas impaciências,
Indo cair, gritais que são violências
D (e) inexoráveis céus, de negros fados:
Se um celeste poder, tirano e duro,
As vezes extorquisse as liberdades,
Que prestava, ó Razão, teu lume puro?
Não forçam corações as divindades;
Fado amigo não há, nem fado escuro:
Fados são as paixões, são as vontades.
Retirado do livro: Sonetos de Bocage
Nenhum comentário:
Postar um comentário