sábado, 30 de janeiro de 2010

Na 163° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER


Na 163° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 24 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio CLube de Valença 650 KHZ AM apreciamos a belíssima poesia da escritora paulistana Betty Vidigal.
Olhar
Vou começar do começo:
em primeiro lugar,
um olhar, você sabe, não tem preço;
não é algo que se possa avaliar,
pagar com cartão credicard,
visa internacional, amex,
com um ou vários cheques,
cheque especial e coisa e tal.
Não insista:
um olhar não se compra
nem à vista.
O meu é meu e eu carrego
para onde vou:
cedo, empresto, dou,
entrego quando quero.
Deixando de lero-lero:
o meu olhar, como o Amor, é cego,
não escolhe com discernimento a quem se dar.
Um olhar é uma jóia em si:
não se troca por diamante nem rubi.
Como o Amor e a Justiça,
que vive sempre vendada e não vê nada,
mas leva espada e balança,
o meu olhar não se cansa
desses duelos de capa-e-espada
tipo folhetim – cada romance chinfrim!
“Entre les deux mon cœur balance” –
mas cada vez que o espadachim
descendo a escada de lance
em lance derruba um adversário,
percebo que a lança
é um mal necessário.
E voltando ao assunto,
olha: o meu olhar não vou vender,
eu sinto muito,
doa a quem doer.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Quadro: a hora da poesia





Na 163° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 24 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, desfrutamos da poesia de Fernando Pessoa.

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.


Fernando Pessoa

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Quadro: a hora do conto



  • Na 163° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 24 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, iniciamos a leitura do livro: o homem que calculava de Malba Tahan.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Boletim 190 - 18 a 24/01/2010

Dicas de leitura





Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino, de Eça de Queirós

"Ontem, em casa de Madame de Tressan, quando passei, levando para a ceia Libuska, estava sentada, conversando consigo, por debaixo do atroz retrato da marechala de Mouy, uma mulher loura, de testa alta e clara, que me seduziu logo, talvez por lhe pressentir, apesar de tão indolentemente enterrada num divã, uma rara graça no andar, graça altiva e ligeira de deusa e de ave. Bem diferente da nossa sapiente Libuska, que se move com o esplêndido peso de uma estátua! E do interesse por esse outro passo, possivelmente alado e diânico (de Diana), provém estas gratujas."

Leia o texto na íntegra


A uma poetisa, de Antônio Gonçalves Dias
"- Donde vens, viajor?
- De longe venho.
- Que viste?
- Muitas terras.
- E qual delas
Mais te soube agradar?
- São todas belas;
Fundas recordações de todas tenho.
- E admiraste o que?
- Ah! onde as flores
Cada vez a manhã tornam mais linda,
Onde gemeu Paraguaçu de amores
E os ecos falam de Moema ainda;
Ali, Safo cristã, vigem formosa,
A vida aos sons da lira dulcifica:
D’escutar a sereia harmoniosa
O de vê-la, a vontade presa fica!"

Favoritos

Lord Byron (1788 – 1824)


O derradeiro amor de Byron

"I
Num desses dias em que o Lord errante
Resvalando em coxins de seda mole...
A laureada e pálida cabeça
Sentia-lhe embalar essa condessa,
Essa lânguida e bela Guiccioli ...
II
Nesse tempo feliz... em que Ravena
Via cruzar o Child peregrino,
Dos templos ermos pelo claustro frio...
Ou longas horas meditar sombrio
No túmulo de Dante — o Gibelino."

Trecho de Os escravos, de Castro Alves

Obras

· A uma taça feita de um crânio humano (tradução de Castro Alves)
· As trevas (tradução de Castro Alves)
· Eutanásia (tradução de João Cardoso de Menezes e Souza)
· O Crepúsculo da Tarde (tradução de Francisco Otaviano)
· Don Juan (em inglês - versão digitalizada da edição de 1824)
· Manfredo (em ingles)
· Manfredo (em espanhol)
· Obras de Byron no projeto Gutenberg

Multimídia

· Poesia em formato audio
· Versão do poema She Walks in Beauty para o musical O fantasma da ópera
· Primeiro movimento da Sinfonia Manfred , de Tchaikovsky
· Trecho de Il Corsaro, de Verdi, baseado no poema The Corsair Sinfonia Haroldo na Itália, de Berlioz, inspirado no Childe Harold's Pilgrimage
Fonte:
Boletim 190 - 18 a 24/01/2010

O pássaro que visitou o ALACAZUM esta semana


Na 163° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 24 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio CLube de Valença 650 KHZ AM, fomos agraciados pela visita do pássaro CURIÓ que nos presentiou com seu canto.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Humberto de Campos



Humberto de Campos Veras, nasceu na cidade de Miritiba no dia 25 de outubro de 1886 e faleceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 5 de dezembro de 1934. Foi um jornalista, político e escritor brasileiro.


  • Era filho de Joaquim Gomes de Farias Veras e Ana de Campos Veras. Nasceu no então município maranhense de Miritiba - hoje batizado com o seu nome. Com a morte do pai, aos sete anos, mudou-se para São Luís e, aos dezessete, foi para o Pará, onde trabalhava como jornalista.



Além do Conselheiro XX, Campos usou os pseudônimos de Almirante Justino Ribas, Luís Phoca, João Caetano, Giovani Morelli, Batu-Allah, Micromegas e Hélios. Deixou Humberto de Campos um diário secreto, publicado postumamente, causou enorme polêmica, destilando o autor críticas e comentários mordazes aos seus contemporâneos.



Mais informações: wikipédia

O TROCO: DE HUMBERTO DE CAMPOS

Na 163° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 24 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, apreciamos a leitura da crônica "O troco" de Humberto de Campos.





O Joaquim P'reira acabava de chegar da "terra" com o seu chapelão de abas largas e seu sólido jaquetão de veludo, quando "sô" Manoel Guimarães, proprietário da Padaria "Flor de Braga", o convidou para caixeiro.
- O essencial - avisou, entretanto, "sô" Manoel, - é que sejas honesto. O outro rapaz que eu cá tinha, pu-lo eu ontem na rua por m'haver deitado fora dois mil réis que dele não eram.Toma tu juízo, que, cá, comigo, prosp'rarás.
O Joaquim prometeu não bulir, jamais, em dinheiro da casa, e, dois dias depois, era admitido, com todos os sacramentos da rosca e da farinha de trigo, como caixeiro da "Flor de Braga".
E estava já há uma semana no emprego, quando "sô" Manoel o chamou:
- "Sô" P'reira?
- Cá 'stou! - acudiu o Joaquim.
- Vá à casa do Almeida, no principio da rua, e receba esta conta de vinte mil réis.
E recomendou prudente:
- Cuidado com o dinheiro!
O Joaquim pegou na conta, foi à casa indicada, recebeu uma cédula de vinte mil réis, e vinha, reto, no rumo da padaria, quando se encontrou com um conterrâneo, o Zé Moreira, a quem não tinha visto desde a chegada. Trocados os primeiros abraços, o Moreira convidou:
- Vamos solenizar o encontro! Arre, lá! Vamos cá à cervejaria!
Aceito o convite, foram os dois, beberam duas garrafas, trocaram notícias e saudades, e ia o Joaquim despedir-se, quando o Zé reclamou:
- E quem paga isso?
- Tu; ora essa!
- Mas eu cá não tenho um vintém; e se não pagares tu, iremos os dois bater à cadeia, o que é pior!
Amedrontado e arrependido, o Joaquim arrancou do bolso a cédula de vinte, pagou os mil e seiscentos da cerveja, recebeu dezoito mil e quatrocentos de troco, e ia pensando no meio de justificar-se perante "sô" Manoel, quando teve uma idéia, que pôs em pratica. Entrou na padaria pela porta lateral e, chamando o "Leão", um canzarrão que tomava conta da casa,pôs-se a brincar com ele, aos pulos, até que, de repente, soltou um grito.
- Que é isso lá? - trovejou "sô" Manoel, acorrendo.
Com os olhos em lágrimas, o P'reira contou o desastre:
- Foi uma desgraça, patrão! Imagine o senhôre, que eu vinha cá com o dinheiro na mão, uma cédula de vinte mil réis, e o cachorro avançou-me neles, e engoliu-os!
"Sô" Manoel franziu a testa, calculou o prejuízo, e, de um salto, estava diante do "Leão", empunhando uma garrafa de óleo de rícino. Auxiliado pelo Joaquim, abriu a boca ao animal,e, depois de purgá-lo, recomendou ao rapaz:
- Agora, fica-te cá, junto do bicho, à espera do dinheiro. Logo que ele o deite, segura-o. Meia hora depois estava "sô" Manoel de volta, a saber noticias do purgante:
- Já deitou o dinheiro? indagou do empregado.
O Joaquim, que esperava, ansioso, por esse momento, abriu a mão, e mostrou, desafogado:
- Todo, todo, não senhôre; até agora só deitou 18$400!
E entregou o troco da cerveja.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

NINHO DO CURIÓ de HUMBERTO DE CAMPOS

Na 163° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 24 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio CLube de Valença 650 KHZ AM apreciamos a leitura da crônica: o ninho do curió de Humberto de Campos.


Rosto em brasa, olhos vivos, cabelos alvoroçados, atravessava o Luizinho a praça do povoado, denunciando no desalinho das roupas, no fogo das faces, no susto das maneiras, a sua última travessura, quando, ao passar pela frente da igreja, foi detido suavemente,brandamente, pela bondade do padre Guilherme.
- Venha cá, ó Luizinho!
O garoto tremeu, desconcertado, e o vigário, homem de uns quarenta anos, insistiu:
- Venha cá!
Luizinho chegou-se, respeitoso, de olhos no chão e chapéu entre os dedos, e o sacerdote indagou:
- Então, por onde andou você, hoje?
- Eu?
- Sim, você.
O pequeno corou, envergonhado, e o padre, excelente pastor, pegou-lhe da mão, puxando-o para dentro da igreja.
- Venha cá; venha se confessar.
Um minuto depois estava o Luizinho, com os olhos muito espantados, ajoelhado no confessionário, a contar ao padre Guilherme o seu grande pecado do dia.
- Eu estive hoje na mata do outro lado do rio, tirando uns ninhos de curió... confessava o garoto.
- Ninho de curió? - estranhou o confessor, franzindo a testa. - Você não sabe, então, que é pecado tirar os ninhos das avezitas, roubando os pobre passarinhos ao conchego de seus pais?
Luizinho mantinha-se cabisbaixo, vermelho de arrependimento e de vergonha, e não respondeu. O vigário insistiu, porém:
- E onde foi que você achou esses ninhos de curió?
- Na ingazeira, junto do morro.
- E havia muitos?
- Havia, sim, senhor.
- Pois, não tire mais, não. É pecado, e pecado mortal!
Na manhã seguinte, após uma noite de apreensões aflitivas, ia o garoto procurar urnas vacas na outra margem do rio, quando viu, ao longe, o vulto de padre Guilherme, que se aproximava, cauteloso, da ingazeira de que lhe falara na véspera. Luizinho escondeu-se, de um salto, em uma das moitas das proximidades, e observou tudo. Padre Guilherme chegou,com o breviário nas mãos e nariz no ar, examinou, sondou, olhou para um lado, olhou para outro, e, como não visse ninguém, descansou o livro na raiz da árvore, endireitou os óculos e subiu. Momentos depois, assinalados pelo piar dos passarito
implumes e pelo vôo das aves aninhadas, o servo de Deus descia da ingazeira, sustentando nas mãos os bolsos da batina,repletos de curiós.
Luizinho viu tudo isso, da sua moita, e não disse nada. Padre Guilherme apanhou o seu breviário e foi-se embora para a aldeia. Ele tomou, também, o seu varapau, e lá se foi pelo mundo ganhar a vida, até que, anos depois, homem feito, voltou, de novo, à terra do seu nascimento.
Forte, moço, querido das moças, ia, uma tarde, o Luiz pela praça da matriz, quando o detiveram pelo braço:
- Olá, Luiz, como vai?
- Oh! o Sr. padre Guilherme! - sorriu o rapagão, feliz.
E travou-se a palestra
- Então, veio à terra para casar, não?
- É verdade, sim, senhor.
O padre deu-lhe parabéns, mas, não satisfeito, insistiu:
- E a noiva?... Afinal, quem é a noiva?
Luiz encarou, firme, o reverendo, e trovejou:
- A noiva? Eu sou tolo, então, para lhe dizer quem é?
E, dando-lhe as costas, indignado:
- Pensa, então, que isto é ninho de curió?...
E afastou-se, resmungando.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Na 162° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER



  • Na 162° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos o belíssimo poema: El cisne enfermo de Alfonsina Storni.

Hay un cisne que muere cercado en un palacio.

Un cisne misterioso de ropaje de seda

que en vez de deslizarse en la corriente leda

se estanca fatigado de mirar el espacio.

El cisne es un enfermo que adora al dios de oro;

el sol, padre de razas, fecunda su agonía.

por eso su tristeza es una sinfonía

de flores que se entreabren en las sombras del lloro.

Tiene el pecho cruzado por un loco puñal,

gota a gota su sangre se diluye en el lago

y las aguas azules se encantarán bajo el mago

poder de los rubíes que destila su mal.

El alma de este cisne es una sensitiva...

no levantéis la voz al lado del estanque

si no queréis que el cisne con el pico se arranque

el puñal que sostiene su existencia furtiva.

Cuentan viejas leyendas que está enfermo de amor.

Que el corazón enorme se le ha centuplicado

y que tiene en la entraña como El Crucificado

un dolor que cobija todo humano dolor.

Y cuentan las leyendas que es un cisne-poeta...

Que la magia del ritmo le ha ungido la garganta

y canta porque sí, como el arroyo canta

la rima cristalina de su corriente inquieta

...................................................................

Yo he soñado una noche que el viejo palacio

era el cisne cansado de mirar el espacio.

O CISNE DOENTE



EXISTE UM CISNE QUE MORRE DENTRO DE UM PALÁCIO.
UM CISNE MISTERIOSO DE ROUPAS DE SEDA
QUE AO INVÉS DE SEGUIR COM A CORRENTEZA LENTA SE MANTEM ESTÁTICO A OLHAR O ESPAÇO.

O CISNE É UM DOENTE QUE ADORA O DEUS DE OURO;
O SOL, PAI DAS RAÇAS, FECUNDA SUA AGONIA.
POR ISSO SUA TRISTEZA É UMA SINFONIA DE FLORES QUE SE ENTREABREM NAS CHAMAS DO CHORO.

TEM O PEITO TRANSPASSADO POR UM LOUCO PUNHAL,
GOTA A GOTA SEU SANGUE SE DILUI NO LAGO E AS ÁGUAS AZUIS SE ENCANTARÃO SOB O MÁGICO PODER DOS RUBÍS QUE DESTILA SEU MAL.

A ALMA DESTE CISNE É SENSÍVEL...
NÃO AUMENTES A VOZ AO LADO DA PRISÃO
SE NÃO QUEREIS QUE O CISNE ARRANQUE COM O BICO, O PUNHAL QUE MANTEM SUA EXISTÊNCIA EFÊMERA.

CONTAM VELHAS LENDAS QUE ESTÁ DOENTE DE AMOR.
QU O CORAÇÃO ENORME SE MULTIPLICOU CEM VEZES E QUE TEM NO INTERIOR COMO O CRUSCIFICADO,
UMA DOR QUE ABRIGA TODA A HUMANA DOR.

E CONTAM AS LENDAS
QUE É UM CISNE POETA...
QUE A MAGIA DO RITMO LHE UNGIU A GARGANTA
E CANTA POR QUE SIM,
COMO CANTA O RIACHO A RIMA CRISTALINA DA SUA CORRENTEZA INQUIETA.

EU SONHEI UMA NOITE COM O VELHO PALÁCIO
ERA O CISNE CANSADO DE OLHAR O ESPAÇO


Tradução do espanhol para português por Celeste Martinez


Música: Alfonsina y el mar con Mercedes Sosa

Mercedes Sosa

Na 162° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM escutamos a música: Alfonsina y el mar na voz de Mercedes Sosa.

Composição: Ariel Ramirez / Felix Luna
Por la blanda arena
Que lame el mar
Su pequeña huella
No vuelve más
Un sendero solo
De pena y silencio llegó
Hasta el agua profunda
Un sendero solo
De penas mudas llegó
Hasta la espuma.

Sabe Dios qué angustia
Te acompañó
Qué dolores viejos
Calló tu voz
Para recostarte
Arrullada en el canto
De las caracolas marinas
La canción que canta
En el fondo oscuro del mar
La caracola.
Te vas Alfonsina
Con tu soledad
¿Qué poemas nuevosFuíste a buscar?
Una voz antigüa
De viento y de sal
Te requiebra el alma
Y la está llevando
Y te vas hacia allá
Como en sueños
Dormida, Alfonsina
Vestida de mar.
Cinco sirenitas
Te llevarán
Por caminos de algas
Y de coral
Y fosforescentes
Caballos marinos harán
Una ronda a tu lado
Y los habitantes
Del agua van a jugar
Pronto a tu lado.
Bájame la lámpara
Un poco más
Déjame que duerma
Nodriza, en paz
Y si llama él
No le digas que estoy
Dile que Alfonsina no vuelve
Y si llama él
No le digas nunca que estoy
Di que me he ido.
Te vas Alfonsina
Con tu soledad
¿Qué poemas nuevos
Fueste a buscar?
Una voz antigua
De viento y de sal
Te requiebra el alma
Y la está llevando
Y te vas hacia allá
Como en sueños
Dormida, Alfonsina
Vestida de mar.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

I CONCURSO LITERÁRIO ALACAZUM 2010: GÊNERO POESIA! INSCREVA-SE!


Regulamento


1- Do Prêmio


I. O programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER e em parceria com a HD AUDIO E VIDEO resolve criar o I CONCURSO LITERÁRIO ALACAZUM 2010- GÊNERO POESIA com a finalidade de estimular a criação literária, descobrir novos talentos e promover a literatura brasileira.


II. Serão concedidos os seguintes prêmios:


· 01 (Hum) celular MP7· 01 (Hum) CD ROOM, ( para o Primeiro colocado) com a gravação do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER contendo a declamação do poema vencedor.

· Menções Honrosas;

· Divulgação no blog ALACAZUM

2- Das Incrições:


I. As inscrições dos trabalhos concorrentes serão realizadas no período de 6 de dezembro de 2009 a 06 de março de 2010.


II. Serão considerados inscritos os trabalhos entregues na sede do ALACAZUM, rua Vereador Mozart de Queiroz Rosas, 16, bairro da Graça Valença Bahia CEP: 45.400.000


III. Os concorrentes não residentes na cidade de Valença Bahia enviarão seus trabalhos acompanhados por via postal registrada com Aviso de Recebimento (AR) sendo que a data da postagem não poderá ultrapassar o período estabelecido para as inscrições.


3- Das Condições:

I. Poderão concorrer alunos da rede pública de ensino e escolas privadas do município de Valença Bahia e demais municípios adjacentes que estejam cursando o ensino médio, fundamental e universitário. A poesia premiada poderá ser em qualquer destas categorias(ensino médio, fundamental e universitário). Somente 1 pessoa terá direito ao prêmio.


II. Os textos deverão ser rigorosamente inéditos, escritos em língua portuguesa. Tema livre.

III. Os originais deverão ser digitalizados ou reproduzidos por outro meio, em 03 (três) vias legíveis numa só face do papel, formato ofício, fonte: The New Roman, ou ARIAL.


IV. Os participantes poderão se inscrever com até 03 (três) poesias, apenas 1 (UMA) será escolhida.

V. Os trabalhos deverão ser colocados em envelope fechado contendo em seu interior o nome completo do candidato, pseudônimo, título das poesias, endereço completo, telefone, endereço eletrônico (E.Mail) CEP, fotocópia do Documento Nacional de Identidade e do CPF. Na parte externa do mesmo envelope colocar apenas o nome do concurso, títulos dos poemas e pseudônimo do autor. É vedada a inclusão de qualquer elemento que permita a identificação do autor;

VI. As condições acima deverão ser cumpridas rigorosamente, caso contrário os trabalhos não serão aceitos pelo ALACAZUM


4-Do Julgamento


I. A Comissão julgadora será constituída por 03 (Três) membros da sociedade literária escolhidos pelo programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER.

II. Será facultado á Comissão o direito de negar a concessão do Prêmio


III. A decisão da Comissão Julgadora será irrecorrível.


5- Das Disposições Gerais:


I-A remessa dos originais configurará, por si só, a inscrição para concorrer ao Prêmio e significará aceitação plena, por parte do autor, de todas as condições deste regulamento.


II. O resultado do Concurso será divulgado através dos meios de comunicação local e eletrônico após concluídos os trabalhos da Comissão Julgadora.

III. O Prêmio será entregue em programa radiofônico conseqüente ao resultado,


IV. O programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER se encarregará de avisar os finalistas no prazo máximo de 01 (uma ) semana após a proclamação dos resultados;

V. O programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER não se obriga a devolver as obras inscritas.

VI. Membros do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER assim como parentes dos patrocinadores não poderão participar do Concurso.VII. Os casos omissos serão decididos pela Comissão Julgadora.

Canzone per te com Nico Fidenco


Na 162° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2010 transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM recordamos a música: canzone per te con Nico Fidenco.
La festa appena cominciata è già finita
Il cielo non è più com noi
Il nostro amore era l'invidia di chi è solo
La mia ricchezza, la tua allegria
Perché giurare che sarà l'ultima volta
Il cuore non ti crederà
Qualcuno ti darà la mano
E con un bacio un'altra storia nascerà
E tu, tu mi dirai
Che sei felice come non sei stata mai
E un'altra volta io dirò
Le cose che dicevo a te
Ma oggi devo dire che ti voglio bene
Per questo canto e canto te
La solitudine che mi haii regalato
Io la coltivo come un fiore
E tu mi dirai
Che sei felice come non sei stata mai
E un'altra volta io dirò
Le cose che dicevo a te
Ma oggi devo dire che ti voglio bene
Per questo canto e canto te
La solitudine che mi haii regalato
Io la coltivo come un fiore
Ma oggi devo dire che ti voglio bene
Per questo canto e canto te

My Life com Michael Sullivan



Na 162° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM escutamos a música: My life na interpretação de Michael Sullivan.



Can't you tell me why
You ran away, but no goodbye
And love is dead inside
But you'll revive
If you come back
If you see my life
Then you'll know
That i can't go on alone
In this life i'm living, anymore
If you see my life
Then you'll know
That i just can't live
Without your sweet love
You can be so far
But i came here
To hang around
And i start to cry
Please come to me
For all my life

FINALIZAÇÃO DA LEITURA DO LIVRO: O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ DO JORGE AMADO



  • Na 162° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM finalizamos a leitura do livro: O gato malhado e a andorinha sinhá do Jorge Amado. O livro utilizado pelo ALACAZUM faz parte do acervo KIT PONTO DE LEITURA conquistado pelo programa no ano de 2008 quando participou do I CONCURSO PONTOS DE LEITURA: HOMENAGEM A MACHADO DE ASSIS DO MINISTERIO DA CULTURA.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Quadro: A hora da crônica



Na 162° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos a leitura da crônica: Grande Edgar do Luis Fernando Verissimo contido no livro: As cem melhores crônicas brasileiras. Este livro utilizado pelo ALACAZUM faz parte do KIT PONTOS DE LEITURA conquistado pelo programa no ano de 2008 quando participou do I CONCURSO PONTOS DE LEITURA: HOMENAGEM A MACHADO DE ASSIS do MINISTERIO DA CULTURA.

Trigo

O trigo (Triticum spp.) é uma gramínea que é cultivada em todo mundo. Globalmente, é a segunda-maior cultura de cereais, a seguir ao milho; o terceiro é o arroz. O grão de trigo é um alimento básico usado para fazer farinha e, com esta, o pão, na alimentação dos animais domésticos e como um ingrediente na fabricação de cerveja. O trigo é plantado também estritamente como uma forragem para animais domésticos, como o feno.


O trigo foi primeiramente cultivado no Crescente Fértil, no Médio Oriente. Os arqueólogos demonstraram que o cultivo do trigo é originário da Síria, Jordânia, Turquia e Iraque. Há cerca de 8.000 anos, uma mutação ou hibridização ocorreu, resultando em uma planta com sementes grandes, porém que não podiam espalhar-se pelo vento. Esta planta não poderia vingar como silvestre, porém, poderia produzir mais comida para os humanos e, de fato, ela teve maior sucesso que outras plantas com sementes menores e tornou-se o ancestral do trigo moderno.



Na colheita do ano 2002, a produção internacional do trigo totalizou 563,2 milhões toneladas e os países que mais produziram trigo foram:

China: 89 milhões toneladas
Índia: 71.5 milhões toneladas
Rússia: 50.6 milhões toneladas
Estados Unidos: 44 milhões toneladas
França: 39 milhões toneladas
Canadá: 15.7 milhões toneladas
Portugal: 10,29 milhões de toneladas

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Tecnologia o que é?

Tecnologia (do grego τεχνη — "ofício" e λογια — "estudo") é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento. Dependendo do contexto, a tecnologia pode ser:


As ferramentas e as máquinas que ajudam a resolver problemas;


As técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas, e processos usados para resolver problemas ou ao menos facilitar a solução dos mesmos;


Um método ou processo de construção e trabalho (tal como a tecnologia de manufatura, a tecnologia de infra-estrutura ou a tecnologia espacial);


A aplicação de recursos para a resolução de problemas;


O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada cultura;


Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de como combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso conhecimento do que pode ser produzido).


A tecnologia é, de uma forma geral, o encontro entre ciência e engenharia. Sendo um termo que inclui desde as ferramentas e processos simples, tais como uma colher de madeira e a fermentação da uva, até as ferramentas e processos mais complexos já criados pelo ser humano, tal como a Estação Espacial Internacional e a dessalinização da água do mar. Freqüentemente, a tecnologia entra em conflito com algumas preocupações naturais de nossa sociedade, como o desemprego, a poluição e outras muitas questões ecológicas, filosóficas e sociológicas.

O que escutamos na 162° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 162° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM escutamos as seguintes músicas:


BG otoño porteño com Astor Piazzola
Bg inverno de as quatro estações de Vivaldi
Chega de saudade com Toquinho
Canzone per te com Nico Fidenco
Bg chorindo antigo com Waldir Azevedo
Soy loco por ti america
My life com Michael Sullivan
Angie com Roling Stones
Alfonsina y el mar com Mercedes Sosa
Blues

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Boletim PNLL N°189 - 11 a 17/01/2010‏


Dicas de leitura


A Nova Califórnia, de Lima Barreto

"À proporção que avançava em anos, mais nítidas lhe vinham as reminiscências das cousas da casa paterna. Ficava ela lá pelas bandas da Rua do Conde, por onde passavam então as estrondosas e fagulhentas "maxambombas" da Tijuca. Era um casarão grande, de dois andares, rés-do-chão, chácara cheia de fruteiras, rico de salas, quartos, alcovas, povoado de parentes, contraparentes, fâmulos, escravos; e a escada que servia os dous pavimentos, situada um pouco além da fachada, a desdobrar-se em toda a largura do prédio, era iluminada por uma grande e larga clarabóia de vidros multicores."




Inconstância dos bens do mundo, de Gregório de Matos

“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,Depois da Luz se segue a noite escura,Em tristes sombras morre a formosura,Em contínuas tristezas a alegria.Porém, se acaba o Sol, por que nascia?Se é tão formosa a Luz, por que não dura?Como a beleza assim se transfigura?Como o gosto da pena assim se fia?Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,Na formosura não se dê constância,E na alegria sinta-se tristeza.Começa o mundo enfim pela ignorância,E tem qualquer dos bens por naturezaA firmeza somente na inconstância.”



Leia outras poesias de Gregório de Matos

Favoritos



Anton Pavlovitch Tchékhov (1860 – 1904)

“Há dias assisti a Tio Vânia. [...] A gente não sabe dizer bem e de maneira clara o que essa peça provoca na alma, porém, olhando para suas personagens, eu sentia como que se me serrassem com um serrote cego. seus dentes passam direto pelo coração e este se comprime, geme e se rompe. Para mim, seu Tio Vânia é algo terrível, é uma forma totalmente nova de arte dramática; um martelo com o qual o Sr. golpeia as cabeças vazias do público. Entretanto, este é invencível em sua estupidez e o compreende mal tanto na gaivota, quanto no Tio. Vai escrever outras dramas? O Sr. os faz de maneira supreendente.”


Trecho de carta de Górki a Tchékhov

Biografia (em inglês)

Obras

Página no projeto Gutenberg (textos em inglês)

Multimídia

Meeting with Chekhov, documentário de J. P. Allen (2008)

Three Sisters, adaptação de Laurence Olivier (1970)

Vanya on 42nd Street, adaptação de Louis Malle (1995)

Olhos negros, filme de Nikita Michalkov baseado em contos de Tchékhov (1987)

Moscou, filme de Eduardo Coutinho (2009) que documenta o processo de montagem d’As Três irmãs
Fonte: Boletim PNLL 189 - 11 a 17/01/2010‏

Você sabia que...


Não se sabe ao certo quando que o uso de roupas por parte do ser humano começou. Mas acredita-se que o uso de roupas por parte do homem começou e se espalhou provavelmente para providenciar proteção contra fatores naturais e por aparência. Um caçador pré-histórico poderia usar a pele de um urso para mantê-lo quente e/ou como um sinal de força, bravura e habilidade como caçador. Ralf Kittler, Manfred Kayser e Mark Stoneking, antropólogos do Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology, conduziram uma análise genética de espécies de piolhos que possuem preferência pela relativamente escassa pelagem do corpo humano (ao invés da pelagem do couro cabeludo. Tais espécies teriam se originado há cerca de 107 mil anos. Como a pelagem da maior parte dos humanos é relativamente escassa e que piolhos requerem pelagem para sobreviverem estima-se que o uso de roupas por parte dos humanos tenha se iniciado por volta do mesmo período - observando que as roupas deste período se resumem à peles de animais, que no geral possuem uma grossa pelagem. No entanto, um segundo grupo de pesquisadores utilizaram métodos genéticos similares e estimaram que tais espécies de piolhos surgiram há 540 mil anos atrás.



Na Rússia, em 1988, Arqueólogos identificaram agulhas primitivas, feitas com ossos e marfim, que foram feitas há mais de 30 mil anos. Acredita-se que ao final da Idade da Pedra, há 25 mil anos, o uso de roupas já fosse corrente e que a técnica de fabricação de fios já tenha sido dominada, usando pêlos de animais como a ovelha ou fiapos de certas plantas como o algodão. Técnicas na produção de roupas melhoraram gradualmente com o passar do tempo, permitindo eventualmente a conectar pedaços de pele entre si e, assim, formar peças de roupas mais elaboradas.

Fonte: Wikipédia

sábado, 16 de janeiro de 2010

Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Bule Bule

Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010 transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM oferecemos como poesia inicial o poema do grande poeta baiano Bule Bule.

Não me leve pro mar

Não me leve pro mar

Não me leve pro mar

Não me leve pro mar que eu não vou

Por que eu não sei nadar

Seu doutor meu lugar é a caatinga

Região que o governo mais despreza

Onde o pai de família muito reza

E a mãe de família menos xinga

onde um copo de água de moringa

Vale muito dinheiro no verão

Sei pilar mucunã pra fazer pão

De batata de umbu fazer cocada

Minha roupa de couro alaranjada

Lhe dá provas que venho do sertão

Não me leve pro mar...

Seu tapete eu garanto não sujar

Uma ponga em seu carro eu nunca peço

Brevemente eu estarei de regresso

No momento eu só quero escapar

Se o senhor permitir eu vou ficar

Por aqui arranjando meu pirão

Fico até de vigia em teu portão

Para a tua mansão não sofrer nada

Minha roupa de couro alaranjada

Lhe dá provas que venho do sertão

Não me leve pro mar...

A piscina que uso é um barreiro

O transporte que tenho é meu cavalo

Por relógio só tenho a voz do galo

Quando canta de noite no puleiro

Meu herói predileto é o vaqueiro

O meu ídolo incanável é Lampião

O meu mito é padre Cícero Romão

Entre as festas prefiro vaquejada

Minha roupa de couro alaranjada

Lhe dá provas que venho do sertão

Não me leve pro mar...

Por um planeta melhor para se viver: Projeto do parceiro cultural ÁGUIA COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES

Celeste Martinez (apresentadora do ALACAZUM) e Nadi Tanhan (parceira cultural do ALACAZUM)

Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM contamos com a presença da empresária Nadi Tanhan da Águia Comércio e Representações que desenvolve um projeto de coleta do óleo de soja e de dendê usado na cidade de Valença e Região do Baixo Sul da Bahia. Apesar das várias estrátegias da empresa para mobilizar a população local quanto a necessidade de rever as atitudes principalmente no que diz respeito a reciclagem e o não lançamento do óleo de soja e dendê usado nos ralos, solos, rios ou mares é árduo o trabalho. A empresa inclusive oferece produtos de limpeza em troca para quem leva até o posto de coleta até 1 litro de óleo usado. O ALACAZUM se sente honrado por participar desta campanha e contar com a parceria cultural desta corajosa empresária.


Na 161° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Dodó " botina de couro e bico de aço"

Celeste Martinez (apresentadora do ALACAZUM) e Dodó

Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM contamos com a presença de Dodó "Botina de couro e bico de aço", além de grande artista popular, com ênfase a narração de rodeios, Dodó é um trabalhador da economia informal que vive na cidade de Valença Ba. Além do objetivo maior do ALACAZUM que é o incentivo a prática leitora na região do baixo sul da Bahia, o ALACAZUM oportuniza as pessoas da comunidade e região circunvizinha a mostrar suas habilidades artísticas. São estas pessoas como Dodó que enriquecem a cultura do lugar, da região e do país. O ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER agradece ao artista e trabalhador Dodó pela participação e pela contribuição através de textos belíssimos guardados em seu memória e que foram evidenciados para o ouvinte-leitor ALACAZUM.


8 dejaneiro de 1935: Nasce ELVIS PRESLEY



Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio CLube de Valença 650 KHZ AM recordamos o grande ídolo do rock Elvis Presley que se vivo completaria 75 anos no dia 8 de janeiro. Relembramos com a música: "Suspicious Minds"

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Boletim PNLL nº 188 - 04 a 10/01/2010‏



Dicas de leitura


A divina quimera, de Eduardo Guimaraens

"Das rosas do jardim a virginal tristezapor que, por esta noite azul de outono frio,vem embalar-te a doce e mística purezaque reflete, a um fulgor de estrelas erradio,das rosas do jardim a virginal tristeza?
Um desejo augural, sob o candor do linhoque do teu corpo aviva a palidez, palpita.Perfumaram-te a carne os lírios do caminho. . .Vela-a, agora, através do meu amor, Perdita,um desejo augural, sob o candor do linho.
Tal num sonho de amor que se dilui sereno,esqueceste a carícia rósea do sorriso;e a tua boca sente o acre sabor terrenode uma desilusão no destino indeciso,tal num sonho de amor que se dilui sereno."




Tópicos, de Aristóteles

"Nosso tratado se propõe encontrar um método de investigação graças ao qual possamos raciocinar, partindo de opiniões geralmente aceitas, sobre qualquer problema que nos seja proposto, e sejamos também capazes, quando replicamos a um argumento, de evitar dizer alguma coisa que nos cause embaraços. Em primeiro lugar, pois, devemos explicar o que é o raciocínio e quais são as suas variedades, a fim de entender o raciocínio dialético: pois tal é o objeto de nossa pesquisa no tratado que temos diante de nós.Ora, o raciocínio é um argumento em que, estabelecidas certas coisas, outras coisas diferentes se deduzem necessariamente das primeiras. (a) O raciocínio é uma "demonstração" quando as premissas das quais parte são verdadeiras e primeiras, ou quando o conhecimento que delas temos provém originariamente de premissas primeiras e verdadeiras: e, por outro lado (b), o raciocínio é "dialético" quando parte de opiniões geralmente aceitas."



Favoritos


Tomás Antônio Gonzaga (1744 - 1810)

"A poesia lírica de Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga representa o que de melhor se fez no período colonial brasileiro, no sentido estritamente literário. Já não são obras com o objetivo de louvar ou depreciar alguém, mas poesias que pretendem, acima de tudo e quase que exclusivamente, ser apreciadas pelos eu valor poético ou literário. [...] os poemas de Cláudio e Gonzaga são excelentes oportunidades para isso, para desenvolvermos a nossa capacidade de apreciar uma obra literária, suas qualidades enquanto trabalho delicado e elaborado. Porém servem também para conhecermos um nosso semelhante de outro tempo - o homem culto que viveu no Brasil do século XVIII -, o que é um modo de conhecermos a nós mesmos."

Trecho do livro Literatura brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos românticos, de Luiz RoncariTrecho sobre Tomás Antônio Gonzaga em História da literatura brasileira, de Massaud Moisés

Tomás Antônio Gonzaga, de Lucia Helena

Página no site da Academia Brasileira de Letras

Obras

Multimídia

A Marilia de Dirceu, programa Terra de Minas

Marilia de Dirceu, programa Retratos

Poesia dos Inconfidentes, programa Entrelinhas

Trailer de Os inconfidentes, filme de Joaquim Pedro de Andrade (1972)

Análise do livro Cartas Chilenas

Fonte: Boletim PNLL nº 188 - 04 a 10/01/2010‏

Manguinhos, a primeira Biblioteca Parque do país


O Rio de Janeiro recebeu, no final de 2009, a Biblioteca Parque Manguinhos, primeira do gênero no Brasil baseado em experiência bem sucedida em Medellín, na Colômbia. Conforme explica o site do Ministério da Cultura, "o conceito aplicado na unidade é o de uma biblioteca pública multifuncional para ser implantada em área de risco social. Ludoteca, filmoteca, sala de leitura para portadores de deficiências visuais, acervo digital de música, cineteatro, cafeteria, acesso gratuito à Internet e uma sala denominada Meu Bairro, para reuniões da comunidade, estarão disponíveis aos usuários". A Biblioteca Parque Manguinhos foi equipada com recursos do Programa Mais Cultura.

Fonte: Boletim PNLL nº 188 - 04 a 10/01/2010‏

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

TAJ MAHAL

Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM informamos sobre o TAJ MAHAL.


O monumento Taj Mahal foi declarado patrimônio da humanidade pela UNESCO. A magnífica construção é revestida de mármore branco e pedras semi-preciosas. Recebe cerca de 3 milhões de visitantes por ano. Situado na cidade indiana de Agra, a cerca de 200 km de Nova Dehli – o Taj Mahal é provavelmente o mais belo monumento da arquitetura Islâmica em todo o mundo.


A edificação que parece um suntuoso castelo, é na verdade um mausoléu erguido no século XVII pelo imperador Shah Jahan em memória de sua amada esposa Mumtaz Mahal ( a jóia do palácio) que faleceu após dar à luz seu 14° filho. A obra foi planejada por arquitetos da Ásia Central, Pérsia e Índia que utilizaram uma enorme quantidade de mármore, ouro e pedras semipreciosas. Para construir o fabuloso edifício – com 580 m de comprimento e 304 m de largura – foram necessários mais de 20 mil trabalhadores, além de elefantes, usados no transporte do material. Segundo estudos recentes, o Taj Mahal está ficando amarelo por causa da poluição. Há alguns anos é proibido o tráfego de veículos ao redor do monumento alem da instalação de industrias em um raio de 14 Km. Em 2007 o governo indiano anunciou que investiria mais de 19 milhões de dólares para proteger os tesouros arqueológicos dessa civilização milenar.

Você sabia que...

Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio CLube de Valença 650 KHZ AM informamos sobre:




As lâmpadas fluorescentes ou frias contem metais pesados? Se quebradas liberam vapor de mercúrio prejudicial a saúde.


O tamanho de um grão de areia possui entre 2 e 0,062 mm


Tempero é o nome que se dá ao conjunto de condimentos cuja função é realçar o gosto do prato e, posteriormente identificou-se algumas funções terapêuticas. Ex: de temperos: sal, canela, coentro, alho, louro, pimenta, etc.

Dados da pesquisa: “Retratos da Leitura no Brasil” apontam que 35% dos entrevistados dizem conhecer alguém que venceu na vida através da leitura.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Quadro: A hora do conto



Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos a seguinte leitura retirada do livro: Contos tradicionais do Brasil para jovens de Luis da Câmara Cascudo.




A princesa serpente




Era uma princesa bonita e boa que trouxera a sina de transformar-se em serpente um ano inteiro, desde o momento em que casasse. A princesa vivia triste porque o remédio seria descobrir uma amiga que a substituísse durante o ano do casamento e não a traísse. Como arranjar essa amiga fiel?

Nos fundos do palácio morava uma viúva remediada, que tinha três filhas bem formosas e parecidas. A princesa mandou convidar a mais velha para passar o dia com ela.

A moça veio e a princesa encheu-a de agrados, mostrando os vestidos e jóias, passeando todo palácio. Quando chegou a hora do almoço, a princesa mandou que ela esperasse no quarto.
Voltou meia hora depois trazendo o fígado de uma galinha, por todo almoço da convidada. A moça comeu o fígado e ficou com fome o resto do dia, não achando graça em cousa alguma. Assim que escureceu e a princesa mandou deixar a moça em casa, logo que ela foi chegando e entrando, foi logo gritando:

- Minha mãe, bote-me de comer que venho morta de fome. A princesa só sabe agradar, mas, na hora do almoço, tive um fígado de galinha!

A escrava que fora com a moça ouviu e contou à princesa e esta convidou a moça do meio. Esta foi, e se passou a mesma coisa, apenas a princesa lhe dera a metade do fígado da galinha.
Voltando para casa, a moça foi gritando do meio da rua que estava sucumbida de fome e botasse logo almoço, jantar e ceia para ela. A escrava tomou a contar o que ouvira e a princesa convidou a mais moça.

Esta passou o santo dia entretida com os vestidos, enfeites, jóias e móveis do palácio, recebendo apenas uma terça parte do fígado da galinha. Nem comeu. Embrulhou para levar para sua mãe e continuou alegre. De tarde, quando chegou não disse cousa nenhuma de mal, elogiando tudo quanto via, especialmente a bondade da princesa.

A princesa mandou buscar a mais nova e cobriu-a de presentes, vestidos e preparos ricos, dando-lhe um quarto pegado ao seu. Contou que tivera necessidade de arranjar uma amiga fiel e que soubesse guardar segredos e não mexericar, e a única maneira fora aquela de dar pedaços de fígado de galinha. Contou ainda que tivera a sina de virar serpente e que gostava muito de um rapaz, não casando porque não tinha quem a substituísse na alcova e lhe merecesse confiança.
Ficou tudo combinado. A princesa ia casar e deixaria a moça no seu quarto. A moça era parecidíssima com ela. Assim que acabasse a cerimônia, a princesa corria para o quarto e a moça vestiria o vestido de noiva e a outra, já virada em serpente, ia cumprir sua sina durante um ano. O resto confiava no coração da amiga.

Assim sucedeu diretinho. O noivo, quando a moça lhe apareceu já vestida com os trajes próprios, ficou convencido de que se tratava realmente da princesa, quando esta, coitada, corria os campos, virada numa serpente preta.

Houve festa e quando se agasalharam, a moça pegou na mão do noivo e disse que fizera uma promessa ao Jesus Crucificado para não ter vida comum com o marido durante um ano, dormindo no mesmo quarto mas em camas separadas. Abriu um gavetão da cômoda e mostrou um vulto do Crucifixo, que assistiria o cumprimento da promessa. O noivo conformou-se com a situação por tratar-se de promessa.

Passaram-se todos os meses até o dia em que a princesa devia desencantar.

Nessa tarde, num local bem escondido, a moça levou três bacias, uma com leite, uma com água da fonte e outra com perfume. A serpente chegou, comprida, e foi se metendo na bacia de leite e se enrolando, se enrolando. Saltou de dentro a princesa tal qual era antes de cumprir a sina. Lavou-se na água da fonte e depois tomou um banho de perfume. Vestiu as roupas que a amiga levava e veio para seu quarto, deitando-se na sua cama.

O marido, nas horas de dormir, veio e, passando a mão pelo rosto dela notou que a pele estava áspera, vermelha e pegando fogo de quente. A princesa levantou-se, chamou os pais e a amiga, contou toda a história, louvando a fidelidade e a prudência da moça. Finalmente como toda a mulher é maliciosa, perguntou à amiga referindo-se ao marido:

- Como você pôde livrar-se dele?

- Com esse aqui” – respondeu a moça. E abrindo o gavetão da cômoda mostrou Jesus Cristo Crucificado.

Todos acharam muito bonito o parecer e a princesa casou a amiga com um príncipe seu primo, ficando todos no palácio.


Contado por Clotilde Caridade Gomes em Natal, Rio Grande do Norte



Este livro utilizado pelo programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER faz parte do KIT PONTOS DE LEITURA conquistado pelo ALACAZUM no ano de 2008 quando participou do I CONCURSO PONTOS DE LEITURA: HOMENAGEM A MACHADO DE ASSIS.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Continuação da leitura do livro: O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ DO JORGE AMADO






Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM prosseguimos com a leitura do livro: O gato malhado e a andorinha sinhá do Jorge Amado. O livro que utilizamos faz parte do KIT PONTOS DE LEITURA conquistado pelo ALACAZUM no I CONCURSO PONTOS DE LEITURA 2008: HOMENAGEM A MACHADO DE ASSIS DO GOVERNO FEDERAL. PROGRAMA MAIS CULTURA.

O que escutamos na 161° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM escutamos as seguintes trilhas sonoras:



BG Verão Porteño com Astor Piazzola
BG Brincando com os dedos com Valdir Lima Batista- Cd Bahia Singular Plural 7
Adriana Calcanhoto
Beijo no escuro com Caju e Castanha
Pavão misteriorso com Ednardo
Suspicious Minds com Elvis Presley
Os oim do meu amor com Cordel do Fogo Encantado
Poesia (ou tambores do vento que vem) com Cordel do Fogo Encantado

Desafio musical



Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, oferecemos como desafio a música: beijo no escuro com a dupla nordestina Caju e Castanha. Esta música consta no cd ao lado especificado.



Beijo no escuro
Composição: Dimarco/ Ed Martins/ Castanha



Se eu fosse você eu corria pros meus braços de novo
Mais vale um abraço sincero que um beijo no escuro


Seu rosto colado no meu
Minha mão atrevida no fruto proibido
Tô sonhando que isso de novo aconteça
Mais cá entre nós
Até mesmo eu duvido, eu duvido


Você aparenta ter trinta saudades no bolso
As coisas, eu sei, não são facéis
Eu acho difícil.
Já vi tanta gente chorando na metade do filme
E o navio se afundando.
Também muitos gozos anulados e a mocinha fogosa pro mocinho se dando.
Se bem que uma coisa é uma coisa
E outra coisa é outra coisa.
Mas se eu fosse você eu corria e pulava em meus braços de novo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dicas de Leitura





Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, a dica de leitura ficou a cargo do Presidente Luis Inácio Lula da Silva que indicou: As veias abertas da América Latina de Eduardo Galeano e Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Hollanda.

Na 161° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER



Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, apreciamos como BG a música: Brincando com os dedos. Da região de Serrinha- Bahia. A presente faixa apresenta a formação original e acústica do trio de forró com sanfona pé de bode. A harmônica de teclas, é instrumento tradicional em várias culturas européias; no Brasil, é utilizada no repertório da música tradicional do sul e do nordeste, em cada uma com formação própria. No nordeste, encontrando a companhia da zabumba e do triangulo, passou a ser conhecida como 8 baixos ou ainda como pé de bode, instrumento indispensável à quadrilha junina e ao arrasta pé, a festa tradicional do sertanejo. A sanfona pé de bode não tem um teclado como o acordeon – instrumento que viria a substitui-la a partir dos anos 1940. – e sim um sistema de botões de âmbito limitado, assim como na harmonia, feita com apenas 8 baixos (botões harmônicos da mão esquerda) como anuncia o próprio nome do instrumento. A cidade de Serrinha, nos anos de 1960, já havia projetado nacionalmente o virtuoso conhecido como negão dos 8 baixos, mesmo instrumento executado agora por Valdir Lima Batista, chamado artisticamente de Capetinha do pé de bode. A música: Brincando com os dedos foi gravada na cidade de Serrinha no ano de 2002 e consta no encarte do CD Bahia Singular e Plural que nesta época Valdir Lima Batista trabalhava como vigilante alem de ser líder do grupo Tempero Nordestino, que se apresenta com guitarra, bateria, baixo, dois vocalistas e dois casais dançarinos. Capetinha do pé de bode toca nos festejos juninos e nas famosas vaquejadas de Serrinha e outras cidades da região ( Feira de Santana, Sátiro Dias, Conceição do Jacuipe e Conceição de Feira). Brincando com os dedos é de autoria do próprio executante. Representa bem o repertorio típico da pé de bode: técnica exigente para músicas rápidas que exploram os limites do instrumento.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Na 160° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER



Na 160° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 03 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, apreciamos o poema: Supremo verbo de Cruz e Sousa.


Supremo verbo


−Vai, Peregrino do caminho santo,
Faz da tua alma lâmpada do cego,
Iluminando, pego sobre pego,
As invisíveis amplidões do pranto.

Ei-lo, do amor o cálix sacrossanto!
Bebe-o, feliz, nas tuas mãos o entrego...
És o filho leal, que eu não renego,
Que defendo nas dobras do meu manto.

Assim ao poeta a natureza fala!
Em quanto ele estremece ao escutá-la,
Transfigurado de emoção, sorrindo...

Sorrindo a céus que vão se desvendando,
A mundos que se vão multiplicando,
A porta de ouro que se vão abrindo!



Cruz e Sousa- retirado do livro:Antologia poética que faz parte do acervo KIT PONTOS DE LEITURA conquistado pelo ALACAZUM no I CONCURSO PONTOS DE LEITURA 2008: HOMENAGEM A MACHADO DE ASSIS DO GOVERNO FEDERAL.


O ALACAZUM OPORTUNIZANDO AOS JOVENS ESPAÇO PARA DIVULGAÇÃO DE SUAS HABILIDADES ARTÍSTICAS


Cristina Alves, Luiza Alves do Nascimento e Celeste Martinez


Na 160° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 03 de janeiro de 2010 transmissão pela Rádio CLube de Valença 650 KHZ AM contamos com as presenças das irmãs Cristina e Luiza Alves do Nascimento que nos brindou com poemas e música. O ALACAZUM oportunizando aos jovens espaço para demonstrar as suas habilidades artisticas.



sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Quadro: A hora da Poesia



Na 160° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 03 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, apreciamos o soneto do amor maior de Vinicius de Moraes.


Soneto do maior amor

Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.

E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal-aventurada.

Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer – e vive a esmo

Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.



Vinicius de Moraes- Retirado do livro: nova antologia poética que faz parte do acervo KIT PONTOS DE LEITURA conquistado pelo ALACAZUM no I CONCURSO PONTOS DE LEITURA 2008: HOMENAGEM A MACHADO DE ASSIS DO GOVERNO FEDERAL.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

CONTINUAÇÃO DA LEITURA: O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ DO JORGE AMADO





Na 160° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 03 de janeiro de 2010 transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM continuamos com a leitura do livro: O gato malhado e a andorinha sinhá do Jorge Amado. O livro utilizado pelo programa radiofônico ALACAZUM faz parte do KIT PONTOS DE LEITURA conquistado pelo programa no I CONCURSO PONTOS DE LEITURA 2008: HOMENAGEM A MACHADO DE ASSIS DO MINISTERIO DA CULTURA e está disponivel ao público no PONTO DE LEITURA localizado na rua Vereador Mozart de Queiroz Rosas, 16 Bairro da Graça Valença Bahia Brasil Cep: 45 400 000

O Chuchu (Sechium Edule )



Na 160° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 03 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM contamos com a contribuição da ouvinte-leitora Dona Damiana Campelo que informou como descascar um chuchu em seco sem que as mãos soltem a pele. Corta-se a extremidade do chuchu e começa a friccionar até que saia uma espuma branca. A ouvinte-leitora Priscila também contribuiu só que ao invés de cortar a extremidade ela informou de corta as bandas do chuchu. Segue o mesmo processo. O ALACAZUM agradece a colacoração do ouvinte-leitor. ALACAZUM PARA VOCÊ!

Dicas de Leitura



Na 160° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 03 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, a dica de leitura ficou a cargo da atriz Fernanda Torres que indicou o livro:Tábula rasa - a negação contemporânea da natureza humana de Steven Pinker pela Companhia das Letras. Informação retirada do blog do Galeno.