Dicas de leitura
Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino, de Eça de Queirós
"Ontem, em casa de Madame de Tressan, quando passei, levando para a ceia Libuska, estava sentada, conversando consigo, por debaixo do atroz retrato da marechala de Mouy, uma mulher loura, de testa alta e clara, que me seduziu logo, talvez por lhe pressentir, apesar de tão indolentemente enterrada num divã, uma rara graça no andar, graça altiva e ligeira de deusa e de ave. Bem diferente da nossa sapiente Libuska, que se move com o esplêndido peso de uma estátua! E do interesse por esse outro passo, possivelmente alado e diânico (de Diana), provém estas gratujas."
Leia o texto na íntegra
A uma poetisa, de Antônio Gonçalves Dias
"- Donde vens, viajor?
- De longe venho.
- Que viste?
- Muitas terras.
- E qual delas
Mais te soube agradar?
- São todas belas;
Fundas recordações de todas tenho.
- E admiraste o que?
- Ah! onde as flores
Cada vez a manhã tornam mais linda,
Onde gemeu Paraguaçu de amores
E os ecos falam de Moema ainda;
Ali, Safo cristã, vigem formosa,
A vida aos sons da lira dulcifica:
D’escutar a sereia harmoniosa
O de vê-la, a vontade presa fica!"
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