sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sonho Antigo

Na 182° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 25 de julho de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos a poesia: Sonho Antigo de Ivanmar Batista de Queiroz (assina Ivanmar de Queiroz) nasceu na cidade de Valença Bahia, em 1956, filho de Ivan Araújo de Queiroz e Maria Batista de Queiroz. Desde a sua juventude escreve crônicas, poesias e letras musicais, participando ativamente de movimentos artísticos culturais e literários na sua cidade e em outros lugares da Bahia. Entre os anos de 1970 e 1980 ganha três festivais de música popular brasileira, um concurso de textos literários e, juntamente com outros artistas e poetas locais, organiza e realiza a I Semana de Artes de Valença. Paralelamente as suas atividades profissionais, a partir de 1970 até aos dias atuais envereda pelas atividades jornalísticas, sendo fundador, diretor, redator e editor de vários jornais em Valença e ocupando em dois governos deste municipio, a Assessoria de Imprensa e comunicação social. Em 1990 assume a cadeira de n° 37 da Academia de Letras do Recôncavo - ALER-, sendo o primeiro Valenciano a ingressar nessa entidade. O poema que apreciamos na edição n° 182 do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER faz parte da II Antologia de Escritores de Valença- Bahia, organização de Araken Vaz Galvão.



Sonho Antigo


Não me condeno porque sonho,
Atravesso o tempo sonhando
E vago
Em cada carruagem de fogo,
Em cada velho navio apodrecido
Que trago no peito
Arcabouço
Visionário da minha odisséia,
Clausuro desatino,
Delírio que me alheia da guerra.
Enquanto minha quimera torna,
Minha alma é uma fogueira medieval
E o meu coração
Um argonauta do céu.
Não sei onde estão os sonhos da minha infância
E da minha juventude,
Não importa onde guardo os meus sonhos.
Sonho é o que chega na hora de eu acordar.
Só quero seguir sossegado
Guardando cinzas e o gozo náufrago.
Por que não te amo?!
Por que não te odeio?!
O acaso não é o que sonho.
Por isso não sei se te amo,
Por isso não sei se te odeio.
Fito-te e te desejo
E o teu silêncio,
Aríete de frente ao meu exílio,
Rompe a bruma densa que nos separa
E em qualquer dia virá
Sem sentido
O sol que perdi.

Ivanmar de Queiroz- retirado do livro: II Antologia de Escritores de Valença- Ba

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