A palavra originalmente pertence à nomenclatura náutica e está assim definida no Aurélio:
“Botão provisório que se faz no tirador de uma talha, no colhedor de uma enxárcia, em um brandal ou em qualquer cabo de laborar, a fim de que o tirador, colhedor, brandal ou cabo não corra no gorne em que labora”
Em 1828, nasceu na cidade de Piacenza, Itália, Marietta Baderna. Não se sabe se o sobrenome teve origem em algum ancestral marinheiro. O pai, Antonio Baderna, nada tinha a ver com navegações. Era médico e se tornaria o maior incentivador da filha na carreira por ela escolhida: bailarina, um ato de coragem já que, para os padrões puritanos da época, bailarina, prostituta era tudo a mesma coisa. Aos 12 anos, a menina estreou em Piacenza e logo se destacaria na companhia de dança do teatro Scala de Milão e depois em palcos famosos da Europa.
Por razões políticas – a arte dos teatros foi banida enquanto a Itália esteve sob o domínio da Áustria -, pai e filha vieram parar no Rio de Janeiro, em 1849. Marietta Baderna fez tanto sucesso que formou uma legião de fãs apaixonadíssimos, entusiasmadíssimos, a ponto de discutirem e brigarem por ela nas ruas. Logo foram chamados de badernistas e daí surgiu a palavra baderna com o sentido de grupo de rapazes desordeiros, bagunça, confusão.
Em 1889, o dicionário de Antonio Joaquim de Macedo Soares foi o primeiro a registrar a palavra com o sentido de “súcia dançante”
Retirado do livro: A casa da Mãe Joana de Reinaldo Pimenta
Este livro pertence ao Kit ponto de leitura do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, conquistado no I CONCURSO PONTOS DE LEITURA 2008: HOMENAGEM A MACHADO DE ASSIS DO MINISTERIO DA CULTURA.
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