Na 198° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 21 de novembro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 Khz AM, apreciamos a leitura do causo: Um caso de viajante de Rolando Boldrin.
Ninguém conhece e conta mais piadas do que os chamados viajantes. Aqueles representantes de empresas, que saem pelo interior do Brasil, fazendo suas visitas aos clientes e renovando seus pedidos.
Como eles passam por muitos lugares e convivem com muita gente, é bem explicável o carroção de histórias engraçadas que eles passam a contar. Essa gente maravilhosa deixa suas famílias pra trabalhar viajando por este país grande e, pra empurrar a vida, tem que aprender histórias engraçadas para repassá-las pra adiante.
Conheci um viajante japonês que era um verdadeiro artista na arte de contar piadas e fazer imitações. Tem uma história dele que quero contar agora.
Um viajante, seguindo por uma estrada, tenta localizar uma pousada, pois já passava da meia-noite. Sem encontrar uma casa especializada arrisca pedir pouso numa casa de um caipira que já ia pra o quinto sono.
VIAJANTE: (bate na janela da casinha) - Õ de casa? O senhor poderia deixar eu dormir esta noite em sua casa? Eu pago bem. Não consigo nenhuma pensão por esta estrada.
CAIPIRA (de dentro da casa, meio sonolento) - O sinhô por acaso trouxe cobertô?
VIAJANTE: Não, senhor. Não tenho cobertor comigo, não.
CAIPIRA- O sinhô por acaso trouxe lençô?
VIAJANTE: Claro que não, meu amigo. Estou viajando apenas a trabalho.
CAIPIRA: O sinhô trouxe então trabicerô?
VIAJANTE: Meu senhor. Por favor. Eu preciso de uma noite de sono e não trouxe nada disso que o senhor está falando.
CAIPIRA: ( na bucha_ Qué dizê que de drumí, o sinhô só trouxe os óio, né?
Retirado do livro:Proseando causos do Brasil de Rolando Boldrin
Un poema de Alina Diaconú
Há 5 dias
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