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Há muito, muito tempo, no antigo reino da Pérsia, vivia um sultão chamado Chahriyar. Ele havia acabado de se casar. A princípio, tudo corria bem, apesar de o sultão passar muito tempo longe do palácio, guerreando ou caçando com seus amigos. Mas, um belo dia, sua jovem e linda sultana cansou-se de tanto esperar por ele e acabou fugindo com um dos ministros.
Chahriyar, então, enlouqueceu de dor e de raiva. Sentia-se humilhado. Decidiu vingar-se e decretou que a cada dia se casaria com uma moça, passaria a noite de núpcias com ela e no dia seguinte a infeliz teria a cabeça cortada, para não ter chance de pensar em trair o sultão.
As moças da Pérsia ficaram apavoradas e muitas foram se esconder em grutas e cavernas para escapar da vista do cruel monarca.
A filha do primeiro-ministro, a jovem Sherazade, entretanto, disse ao pai que queria se casar com o sultão. O pai bem que tentou fazê-la mudar de ideia, mas Sherazade, além de muito charmosa, era bastante decidida. Disse ao pai que se acalmasse, pois tudo ia dar certo: ela tinha um plano para salvar as moças do reino e seria sultana por um bom tempo. O pai teve de ceder.
Chahriyar, então, desposou Sherazade, com toda a pompa real. Após o banquete, no final do dia, os dois retiraram-se para os seus aposentos. O pai da moça chorava, desesperado, achando que, na manhã seguinte, o carrasco lhe entregaria a cabeça da filha numa bandeja de ouro.
No magnífico quarto real, todo iluminado pela lua cheia, Sherazade tomou coragem e assim se dirigiu ao sultão:
- Dizem que foi numa noite de lua cheia como esta que o jovem Aladim encontrou a lâmpada mágica.
Curioso, o sultão quis saber quem era esse tal de Aladim e por que a lâmpada era mágica. E Sherazade começou a contar-lhe as aventuras de Aladim e do gẽnio que havia na lâmpada.
Chegou o amanhecer, e com ele o carrasco. Como o sultana ainda não tinha terminado de contar a história, o sultão ordenou ao carrasco que voltasse só na manhã seguinte. O dia foi passando. O sultão cuidava de seus assuntos e Sherazade reconfortava o velho pai. Quando a noite chegou, o sultão quis ouvir o final das aventuras de Aladim, mas Sherazade começou a explicar por que o gênio havia sido condenado a morar naquela lâmpada.
Quando amanheceu, a história do gênio não estava nem pela metade e mais uma vez o carrasco foi mandado embora. Assim, durante mais de trezentas noites, Sherazade contou tudo o que sabia sobre Aladim. Quando finalmente acabou, pouco antes do nascer do sol, a esperta contadora de histórias assim falou ao sultão:
- Dizem que as viagens do marinheiro Simbad são mil vezes mais extraordinárias que as aventuras de Aladim.
Chahriyar, então quis saber quem era Simbad e aonde as suas viagens o haviam levado...
E assim, o tempo foi passando, noite após noite, histórias após histórias. Após as maravilhosas histórias de Aladim, de Simbad, de Ali Babá e de muitos outros personagens, a sultana da Pérsia ofereceu a Chahriyar uma preciosa história de amor:
A ÁRVORE QUE CANTA, O PÁSSARO QUE FALA E A FONTE QUE REJUVENESCE.
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