Na 209° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 06 de março de 2011, transmissão pela Rio Una FM 87,9 cujo tema: Carnaval e Poesia, apreciamos mais um poema de Manuel Bandeira.
Bacanal
Quero beber! cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco...
Evoé Baco!
Lá se me parte alma levada
No torvelim da mascarada,
A gargalhada em doudo assomo...
Evoé Momo!
Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venenos...
Evoé Vênus!
Se perguntarem: Que mais queres,
Além de versos e mulheres?
-Vinhos!... o vinho que é o meu fraco!
Evoé Baco!
O alfanje rútilo da lua,
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que eu não domo...
Evoé Momo!
A lira etérea, a grande lira!...
Por que eu extático dessfira
Em seu louvor versos obscenos,
Evoé Vênus!
Quero beber! cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco...
Evoé Baco!
Lá se me parte alma levada
No torvelim da mascarada,
A gargalhada em doudo assomo...
Evoé Momo!
Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venenos...
Evoé Vênus!
Se perguntarem: Que mais queres,
Além de versos e mulheres?
-Vinhos!... o vinho que é o meu fraco!
Evoé Baco!
O alfanje rútilo da lua,
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que eu não domo...
Evoé Momo!
A lira etérea, a grande lira!...
Por que eu extático dessfira
Em seu louvor versos obscenos,
Evoé Vênus!
Manuel Bandeira
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