A garça velha
Certa garça nascera, crescera e sempre vivera á margem duma lagoa de águas turvas, muito rica em peixe. Mas o tempo corria e ela envelhecia. Seus músculos cada vez mais emperrados, os olhos cansados - com que dificuldade ela pescava!
- Estou mal de sorte, e se não topo com um bom viveiro de peixes em águas bem límpidas, certamente que morrerei de fome. Já se foi o tempo feliz em que meus olhos penetrantes zombavam ddo turvo desta lagoa...
E de pé bum pé nsó, o longo bico pendurado, pôs-se a matutar naquilo até que lhe ocorreu uma ideia.
- Caranguejo, venha cá- disse ela a um caranguejo que tomava sol à porta do seu barraco.
-Às ordens.Que deseja?
- Avisar a você duma coisa muito séria. A nossa lagoa está condenada. O dono das terras anda a convidar os vizinhos para assistirem ao seu esvaziamento e o ajudarem a panhar a peixaria toda. Veja que desgraça! Não vai escapar nem um miserável guaru.
O caranguejo arrepiou-se com a má notícia. Entrou na água e foi contá-la aos peixes.
Grandes rebuliço. Graúdos e pequeninos, todos começaram a pererecar às tontas sem saberem como agir. E vieram para a beira dágua.
- Senhora dona do bico longo, dê-nos um conselho, por favor, que nos livre da grande calamidade.
- Um conselho? e a matreira fingiu refletir. Depois respondeu. Só vejo um caminho. É mudarem-se todos para o poço da Pedra Branca.
-Mudar-se como, se não há ligação entre a lagoa e o poço?
- Isso é o de menos. Cá estou eu para resolver a dificuldade. Transporto a peixaria inteira no meu bico.
Não havendo outro remédio, aceitaram os peixes aquele alvitre - e a garça os mudou a todos para o tal poço, que era um tanque de pedra, pequenino, de águas sempre límpidas e onde ela sossegadamente poderia pescá-los até o fim da vida.
Ninguém acredite em conselho de inimigo.
2 comentários:
Um q massã amei viu qebrou um galhão meu agora vou ganhar meu ponto e passar na unidade
affs nem er tão legal assim viu tudo doido escrito tudo com umas palavra q eu nunca vi no dicionario brasileiro vio affs
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