Quem São:
Os bosquimanos são homens do bosque que representam um tipo étnico muito interessante. Continuam a viver em estado semi selvagem, da caça.
Este povo com um passado antigo não tem praticamente registos históricos escritos.
Ao desembarcarem nas praias da África Austral, há mais de 350 anos, os colonos europeus chamaram-lhes apenas homens do mato, ou do bosque - bosquímanos. Considerando-os "indomáveis" e uma ameaça para os animais domésticos, os colonos trataram-nos como ralé, matando-os em grande número.
Num estudo de antropologia publicado no século XIX, J.C. Prichard resume assim a vida dos bosquímanos: "Nunca os seres humanos viveram em condições de tanta indigência e miséria".
Nas populares feiras de horrores da época vitoriana, pequenos grupos de bosquímanos eram anunciados como "os anões de África". Os primeiros antropólogos classificaram-nos como "fósseis vivos" e não completamente humanos, encarando-os como o elo em falta na evolução da Humanidade. Outro antropólogo considerou a fantástica língua dos bosquímanos, com os seus estalidos, mais próxima dos sons dos animais do que da fala humana.
Hoje cerca de 85.000 bosquímanos vivem à beira da extinção cultural.
Fisicamente eram similares aos pigmeus em tamanho e tinham também um castanho claro como cor de pele.
Onde vivem:
As evidências arqueológicas encontradas em Lunda, Congo e no Deserto do Namibe, a área conhecida actualmente como Angola tem sido habitada desde tempos pré-históricos. Contudo, foi somente milhares de anos mais tarde, no inicio da história registada, que apareceram as sociedades mais desenvolvidas. Os primeiros as estabelecerem-se foram os Bosquímanos, que eram conhecidos como grandes caçadores.
A maior parte reside nas regiões mais distantes do deserto do Kalahari, no Botswana, na Namíbia, na África do Sul, em Angola e na Zâmbia.
Como vivem:
Este interesse é reforçado pela ideia de que o bosquímano é um dos últimos elos que nos une à antiga existência de caçadores-recolectores, um modo de vida comum a toda a humanidade até há cerca de 10.000 anos, no tempo em que os seres humanos ainda não domesticavam os animais nem semeavam cereais.
Uma época em que dependíamos directamente da natureza para sobreviver. Desde há algum tempo que os bosquímanos deixaram de viver como caçadores-recolectores, em total isolamento.
Uma das vantagens principais dos bosquímanos em relação a outras sociedades humanas era a sua capacidade para sobreviverem sem água de superfície.
Guardando segredo sobre a forma de encontrar água em melancias e tubérculos, e aprendendo a enterrar ovos de avestruz cheios de água na estação das chuvas para recuperá-los durante a estação seca, os bosquímanos mostraram-se capazes de sobreviver onde os outros não conseguiam.
Curiosidade:
Perto do final do século XVIII, apenas 150 anos depois da chegada dos holandeses ao Cabo da Boa Esperança, milhares de bosquímanos foram abatidos e mortos, e muitos mais foram obrigados a trabalhar para os colonizadores.
O novo governo britânico prometeu solenemente acabar com a guerra - esperavam conseguir civilizar os bosquímanos, encorajando-os a adoptar um estilo de vida mais agrícola, mas sem êxito.
Por volta de 1870, os últimos bosquímanos do Cabo foram perseguidos até à extinção. Outros grupos de bosquímanos conseguiram sobreviver às invasões dos europeus, apesar das ameaças constantes.
Embora não esteja confirmado, diz-se que a última licença para capturar bosquímanos foi dada na Namíbia pelo governo sul-africano, em 1936.
Bibliografria:
www.nationalgeographic.pt
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