Comi a noite e a esperança,
E expeli o fogo,
A chama que queima os inocentes.
A inocência equilibra a sobrevida
Entre o texto e o torrão negado.
Comi a sorte e o medo,
Repatriei/ rebatizei
O pecado.
Os pecadores se foram,
Já não há cerca a cruzar.
Retornemos em passos sólidos.
As janelas fechadas,
Dizem adeus às partidas e
lembranças.
E o tempo já não soa mais como
agora: linear.
Por isso comi o ontem e o amanhã
Meus arrotos são: o presente desesperado.
José Rodrigues de Carvalho é professor e poeta
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