segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Festa no céu


Na 269° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 27 de maio de 2012 das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos o conto: A festa no céu, readaptação da escritora Celeste Martinez para a história contada pelo Defensor Público Carlos Maia Filho no dia 20 de maio de 2012 no programa ALACAZUM.

A Festa no céu

Para Carlos Vasconcelos Maia Filho- Defensor Público

Era uma vez outra história sobre a origem da carapaça das tartarugas e cágados. São Pedro resolveu lavar o céu para a grande festa organizada por São Francisco de Assis. Jogou tanto sabão em pó que na hora de enxaguar deu o maior trabalho. E joga água daqui e joga água de lá e nada de retirar a espuma. Foi quando escutou a voz grave do pai eterno chamando-o para atender a porta do céu. Alguém batia com muita insistência que acordara o todo poderoso do seu sono matinal. São Pedro, que era o guardião das chaves, imediatamente saiu correndo e deixou um pouco de espuma em todo o piso do grande salão. Foi e não voltou. Atarefado que estava com os convidados que chegavam de todas as partes do mundo.
Quem? Gaviões, libélulas, borboletas, bem-te-vis, sanhaços, cotovias, urubus, cegonhas, corujas, condores, gansos canadenses, etc.
Afinal a festa fora organizada por São Francisco de Assis e só podiam participar aves.
Mais não é que apareceu em meio aos convidados uma tartaruga e um cágado?
 Como eles conseguiram chegar ao céu é outra história.
 E todos os alados seres convidados para grande festa de São Francisco, pousaram nas diversas colunas que sustentavam o magnífico palácio real. Somente o cágado e a tartaruga, vislumbrados com a beleza do edifício, ao chegarem afobados, deslizavam erradamente sobre o piso brilhante do divino espaço. Neste vai e vem que mal dava para equilibrar-se, acontece o inesperado. São Pedro, recordando-se que não havia enxaguado devidamente o piso, entrou afoito e não notando a presença dos quelônios no chão, esbarrou neles, acoitando-os abruptamente palácio a fora, até atingirem o amplo espaço do céu.
-Valei-me Nosso Senhor! Disse o cágado
- Socorrei-nos, Jesus! Falou a tartaruga
Porém nenhum apelo ajudou a frear a queda dos pequenos seres, que ao encontrar-se com o chão, espatifaram-se. Foram pedaços de tartaruga e cágado para todos os lados. Pobres criaturas. Mas eis que passa por ali, quatro belas crianças: Cláudio Paulo, Ilma, Kevily e Letícia, acompanhadas do Defensor Público Carlos Maia Filho e sua esposa Tati. Compadecendo-se com a cena, resolvem socorrer os pobres animais.
- A cola maluca! Disse Cláudio Paulo
- Quê? Indagaram em coro: Ilma, Kevily e Letícia.
- A cola maluca, cola tudo! Frisou Cláudio Paulo.
Desta maneira, dirigiram-se até o armazém do Zé das Ferragens e compraram algumas bisnagas. Todos se propuseram a catar as partes soltas da carapaça dos flagelados animais. E em árdua e difícil tarefa, colaram cada pedacinho encontrado formando um curioso mosaico.
 Tudo parecia concluído, quando percebeu que tanto a tartaruga quanto o cágado não saiam do lugar. Pareciam petrificados.
-Seria excesso de cola? Perguntou Kevily.
-Seria por que Ilma apertara  demais, os pobres animais com suas fortes mãos, como prova de carinho? Pensou Cláudio Paulo.
  Letícia permaneceu calada. E novamente Cláudio Paulo teve uma grandiosa idéia:
-Vamos chamar Celeste Martinez, do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, ela é a nossa fada madrinha.
Todos concordaram. Quando a fada chegou, não trazia uma vara mágica nas mãos e sim um guizo, presente da escritora e artista visual Amália Grimaldi.
 A palavra mágica, que deveria ser pronunciada, todas as famílias que moram na cidade de Valença, Bahia e que escutam o ALACAZUM aos domingos, já sabiam.
 E sob a regência do amor, ser supremo de toda a galáxia, todos entoaram:
- ALACAZUM PARA VOCÊ, TARTARUGA MARINHA E SENHOR CÁGADO.
Quando as vibrações das palavras atingiram os corpos dos frágeis répteis, estes estremeceram e bem, bem, bem lentamente começaram a andar. Foi daí que nasceu o andar vagaroso dos quelônios.
 Cláudio Paulo, Ilma, Letícia e Kevily, quiseram levar os animais para morar em suas residências, porém o  Defensor Público, Carlos Maia Filho, juntamente com sua esposa Tati, deram uma sugestão:
-Vamos todos a praia de Guaibim. Lá, é um belo lugar para uma tartaruga marinha e um cágado viverem.
Todos concordaram. E assim a senhora tartaruga marinha foi conduzida às águas do imenso oceano atlântico e o senhor cágado deixado em uma pequena lagoa ali perto.
Esta é uma adaptação da história (com acréscimos na narrativa), contada pelo amigo Carlos Maia Filho, nosso Defensor Público, no dia 20 de maio de 2012, no programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER.
 Valença, Bahia, tarde de domingo dia 20 de maio de 2012 e algumas horas da manhã de segunda feira, dia 21 de maio de 2012.


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