sábado, 31 de janeiro de 2009
112° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER
O Corvo (tradução de Machado de Assis)
O AMOR DOS OUTROS
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Caranguejo Uçá(Ucides Cordatus) : ameaçado de extinção
Agenda Internacional ALACAZUM
Na emissão do passado Domingo, dia 25 de Janeiro, ouvimos muita música, tivemos algumas solicitações musicais vindas dos nossos ouvintes e continuámos com o passatempo "Dirty Dancing 2"!
Neste programa, demos ainda a conhecer dois temas pertencentes ao novo álbum que Caetano Veloso e Roberto Carlos gravaram, em tributo a Tom Jobim.
http://www.zshare.net/audio/54792940b05a3339/
Para fazer o download do ficheiro mp3 carrega aqui.
http://www.zshare.net/download/54792940b05a3339/
Aos domingos das 20 às 21 horas pela POPULAR FM 90.9 MHZ ou em http://www.popularfm.com/
Alceu Valença
Quadro: Hora do Conto
Conto: Viagem da raposa ao céu - de Juan Carlos Dávalos- Tradução do Castellano para o Português por Celeste Martinez
-Que triste a minha sorte, compadre – disse Malala. Encontrar uma ossada para beliscar como é seu costume é trabalho sem dificuldade nem riscos, pois a carniça jogada nos campos ninguém cuida. Em troca, sendo as galinhas minha comida favorita, com freqüência me vejo em sérios apuros, pois os galinheiros estão sempre vigiados pelo cachorro, quando não defendido por alguma armadilha.
- Isso é verdade, compadre. E já que andas tão triste pela fome passada, te convido para ir comigo ao céu onde lhe asseguro que hás de comer até arrebentar. Possuo nas alturas uma casa, alguns gados, horta de frutas... E todo isto, está a sua disposição.
-Muito obrigado, Alala. Mas que são frutas? É a primeira vez que escuto esta palavra.
- Você verá! Uma comida para paladares finos. Decida logo e monte em minhas costas com toda confiança.
- Estou encantado! Exclamou a raposa e upa! Subiu de um salto sobre Alala que no instante começou a correr contra o vento para conseguir impulso. Mais fracassou na tentativa por que o rabo da raposa atrapalhou a visão provocando um desconforto considerável.
-Olhe compadre, disse então Alala, rindo, não podemos decolar com este rabo atrapalhando. Aquele que deseja o céu que faça sacrifícios. Por que não deixa o rabo por aí? No céu não terá dificuldades nem necessitará dele.
- Se é assim, eu deixo, compadre e quando retorne coloco o rabo novamente.
E imediatamente, deu uma dentada e cortou o rabo e foi escondê-lo em um buraco que havia no tronco de uma árvore. Aliviado, saltou novamente nas costas do condor que desta vez alçou vôo sem dificuldades, depois da rápida carreira. E descrevendo imensos círculos, com as asas imóveis e entendidas, vôo, vôo, até que a noite preencheu a metade do caminho. E a metade do caminho vem a ser precisamente, o cume mais alto do pico mais alto da montanha mais alta do mundo. Aterrizou Alala e seu leve passageiro.
Naquela solidão nunca vista senão pelo condor reinava um frio intenso e caia uma neblina tremenda. Malala buscou uma caverna para esconder-se e assim que encontrou uma espécie de cova deu várias voltas, antes de esconder-se ali. Então lamentou a falta do rabo. Mesmo ali escondido, batia os dentes de frio, mais por orgulho nada dizia.
Quanto ao Condor a instantes que dormia, imóvel sobre uma pedra muito perto de Malala com a cabeça encurvada debaixo das asas.
A meia noite despertou o condor. Sacudiu a geada que estava sobre as asas e perguntou:
- Como está compadre Alala?
- A raposa respondeu que estava muito bem.
Então Alala satisfeito, voltou a dormir enquanto Malala se revirava de um lado para outro sem encontrar um lugar quente para aquecer os ossos.
Ao amanhecer, o Condor despertou e gritou:
-Raposa Malala.
Entretanto a pobre raposa estava congelada e nada respondeu. Então o compadre Condor, resolveu salvar o amigo e buscou alguns galhos secos e fez um fogo para aquece-lo e a raposa recuperou a vida. E ao recobrar a memória, suas primeiras palavras foram de gratidão e admiração para o amigo salvador. E lhe prometeu ser seu fiel servo e cuidar dele tanto na terra como no céu. Retornaram a viagem e o Condor vôo com Malala nas costas e ao cair da tarde chegaram ao céu onde muitos empregados já preparava a mesa para o tão esperado banquete.
Vovó Deus invisível, observava a cena sentado na cabeceira da mesa. O dono da casa com elegante postura sentou-se em uma cadeira ao lado do vovó Deus, dedicando-se a beliscar sua comida favorita, colocada em uma panela de pau. Malala dedicou-se a engolir com rapidez quanta comida lhe davam. E era tanta fome e tanta ansiedade em roer, que de vez em quando saia da mesa e ficava no chão. Depois da sobremesa, foram a horta, onde Malala, entusiasmado por tanta fartura, começou novamente a comer. E ali comeu muitas coisas que encontrou. Bebeu água fresca da fonte, caminhou pelos campos, se deitou na grama e caiu ao chão e se pos a dormir. E só despertou no outro dia quando o Condor, aborrecido de esperá-lo, decidiu retornar a terra deixando-o sozinho no céu.
E aqui temos a raposa só, a pé e vagando pelo céu em busca de algum meio para retornar ao mundo. Depois de muito pensar se lembrou que no bosque havia visto índios que trançavam cordas com cipós de fibra muito resistentes. Procurou nas redondezas e começou a trançar. Depois de um longo dia conseguiu uma corda bem comprida, amarrou no tronco de uma árvore e começou a descer pela corda como equilibrista de circo.
E a medida que descia se balançava devido ao vento forte, de um lado para o outro como um pendulo. Ficou com medo de cair, principalmente lhe dava vertigens por que a barriga ainda estava cheia. E quando enfim avistou a terra sua alegria não teve limites e como já acreditava esta perto do chão, cantou louco de alegria:
- Toquem clarins e tambores que o rei do céu chegou.
Enquanto cantava passava bem perto um bando de papagaios, que vendo Malala agarrado na corda e se dizendo rei do céu, começaram a zombar dele, principalmente por que ele não tinha rabo e estava com a barriga inchada. E começaram a cantar também:
- Toquem clarins e tambores que um tonel cai do céu. Onde perdeste o rabo? Onde enchestes a barriga?
E os papagaios diziam isso com muita algazarra em volta do viajante que indignado respondeu:
- Calem-se papagaios, língua solta, bobos.
Então o bando de papagaios pousaram na corda e começaram a roe-la até cortá-la. E o infeliz Malala começou a cair na terra dando voltas e pedindo socorro:
-Ponham colchões, ponham colchões, quero cair em algodões.
Infelizmente Malala caiu no chão e se espedaçou como uma pedra e da sua barriga saíram muitas sementes das frutas do céu que havia comido e desde então em muitos lugares da terra existem frutas de diferentes cores, cheiros e sabores. E a raposa come de todas elas assim como muitos outros animais silvestres.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Quadro: Desafio Musical
Quadro: Despertando os sentidos
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
111° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER
Na 111° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 18 de janeiro de 2009 através da rádio clube de valença AM 650 HKZ, oferecemos algumas informações referentes ao tema das festas religiosas ocorridas na Bahia-Brasil. O programa que teria a duração de 1 hora ( das 9 às 10 horas) devido à transmissão da missa do Nosso Senhor do Bomfim, da cidade de Nilo Peçanha- Bahia (próximo à cidade de Valença-Bahia) contou apenas com 30 minutos de programação. É que fomos acometidos pela falta de energia elétrica em nossos estúdios e também em uma parte da cidade de Valença-Bahia.
Ausência misteriosa
Um instante sequer, um só minuto,
Desta casa que amo – vago luto
Envolve logo esta morada casta.
Para tudo tornar claro e impoluto...
Na tua ausência, da Saudade escuto
O pranto que me prende e que me arrasta...
Recuadas na Noite dos meus dias
Vêm para mim, lentas, se aproximando.
Um sentimento que não é da Terra
E que eu mudo e sozinho vou sonhando...
Agenda Internacional ALACAZUM
Ouve aqui a emissão do dia 18 de Janeiro de 2009.
Confira as principais regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa:
Brasília - Pelo novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa essas são as novas formas de se escrever. O documento unifica o idioma em todos os países que o adota e começa a valer hoje (1º) no Brasil. Até dezembro de 2012, a forma atual também é aceita. O resumo tem como colaboradora a professora Stella Bortoni, linguista da Universidade de Brasília (UnB).
ALFABETO-
Hoje tem 23 letras, agora passa a ter 26. O k, w e y voltam ao alfabeto oficial, porque o acordo entende que é um contra-senso haver nomes próprios e abreviaturas com letras que não estavam no alfabeto oficial (caso de kg e km). Além disso, são letras usadas pelo português para nomes indígenas (as línguas indígenas são ágrafas, mas os linguistas estudiosos desses idiomas assim convencionaram). Na prática: nenhuma palavra passa a ser escrita com essas letras - "quilo" não passa a ser "kilo" - por serem "pouco produtivas" ao português, na opinião da linguista.
SOMEM DA ORTOGRAFIA:
Trema: somem de toda a escrita os dois pontos usados sobre a vogal "u" em algumas palavras, mas apenas da escrita. Assim, em "linguiça", o "ui" continua a ser pronunciado. Exceção: nomes próprios, como Hübner.
Acento diferencial: também desaparecem da escrita. Portanto, pelo (por meio de, ou preposição + artigo), pêlo (de cachorro, ou substantivo) e pélo (flexão do verbo pelar) passam a ser escritos da mesma maneira. Exceções: para os verbos pôr e pode - do contrário, seria difícil identificar, pelo contexto, se a frase "o país pode alcançar um grande grau de progresso" está no presente ou no passado.
Acento circunflexo: Desaparece nas palavras terminadas em êem (terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo de crer, ver, dar...) e em oo (hiato). Caso de crêem, vêem, dêem e de enjôo e vôo.
Acento agudo:
1 - Nos ditongos abertos éi e ói, ele desaparece da ortografia. Desta forma, "assembléia" e "paranóia" passam a ser assembleia e paranoia. No caso de "apóio", o leitor deverá compreender o contexto em que se insere – em "Eu apoio o canditato Fulano", leia-se "eu apóio", enquanto "Tenho uma mesa de apoio em meu escritório" continua a ser escrito e lido da mesma forma.
2 - Desaparecem no i e no u, após ditongos (união de duas vogais) em palavras com a penúltima sílaba tônica (que é pronunciada com mais força, a paroxítona). Caso de feiúra.
USO DO HÍFENDeixa de existir na língua em apenas dois casos:
1 - Quando o segundo elemento começar com s ou r. Estas devem ser duplicadas. Assim, contra-regra passa a ser contrarregra, contra-senso passa a ser contrassenso. Mas há uma exceção: se o prefixo termina em r, tudo fica como está, ou seja, aquela cola super-resistente continua a resistir da mesma forma.
2 - Quando o primeiro elemento termina e o segundo começa com vogal. Ou seja, as rodovias deixam de ser auto-estradas para se tornarem autoestradas e aquela aula fora do ambiente da escola passa a ser uma atividade extraescolar e não mais extra-escolar.
EM PORTUGAL
Caem o "c" e o "p" mudos, como "óptimo" e "acto". Passam a ser grafadas como o Brasil já fazia. Palavras como "herva" e "húmido" também passam a ser escritas como aqui: erva e úmido.
Semana Nacional da Leitura e da Literatura
O presidente Luís Inácio Lula da Silva assinou lei n° 11.899, instituindo o Dia Nacional da Leitura, que será comemorado no dia 12 de outubro. Também integrará o calendário oficial de celebrações relacionadas à cultura brasileira, a Semana Nacional da Leitura e da Literatura, que será comemorada no mesmo período em que recair o Dia Nacional da Leitura. Com isso, segundo o site do Ministério da Cultura, o "Governo Federal pretende ressaltar a importância do hábito da leitura no país, fundamental no processo de formação do indivíduo e de inclusão sociocultural". O mundo do livro e da leitura também conta com outras datas comemorativas: 12 de março (Dia do Bibliotecário), 18 de abril (Dia Nacional do Livro Infantil), 25 de julho (Dia Nacional do Escritor) e 29 de outubro (Dia Nacional do Livro).
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Quando...
Ladeiras...
Som de atabaques distantes
Quebram o silêncio da noite,
Adentrando o mosaico
De casas e ladeiras...
Na cidade do Salvador – nasci...
Noite sem lua, contavam...
Aos cuidados de Dona Anita,
Parteira experiente,
Ao mundo vim...
Casarão colonial – figuração...
Bairro do Garcia...
Meu pai...um padeiro galego...
Minha mãe, das letras era...
Da cidade de Valença veio...
Em Salvador se encontraram
e..., começaram uma família...
Éramos seis irmãos.
Cinco meninas e
Um solitário menino...
Enquanto meu pai
Vendia o pão que amassava,
Com nostalgia falava
De terras galegas distantes...
Minha mãe, serena pessoa...
Dotes culinários e artísticos tinha...
Nutria e nos embalava
Ao som do boi-da-cara-preta...
Pois...
Ao som de atabaques distantes,
Quebrando o silêncio da noite,
Adentrando o mosaico
De casas e ladeiras,
Na cidade do Salvador- nasci...
Retirado do livro: “Quando” de Amália Grimaldi
São Salvador da Bahia de Todos os Santos
A expressão “festa do Bomfim” encerra uma série de significados. Um deles é estar muito mais associada à lavagem da Igreja do Bomfim do que à festa católica promovida para o Bom Jesus no segundo domingo de janeiro. A lavagem do Bomfim é uma festa muito concorrida na cidade de Salvador. Ela atrai muitos turistas e já faz parte do calendário de festas da cidade organizado pelas agências de turismo. A lavagem do Bomfim é a segunda maior festa popular de Salvador. Só perde para o Carnaval. A fim de prservar sua característica religiosa, há mais de cinco anos, foi proibida a presença de trios elétricos. O cortejo é apenas acompanhado por bandas, blocos de percussão e afoxés, que seguem, juntamente com as tradicionais carroças enfeitadas.
Festa do Bomfim
(...) Estima-se que seu inicio tenda sido entre o final do século XVIII e começo do século seguinte, dando continuidade a uma tradição milenar trazida pelos portugueses da Península Ibérica, associada aos ritos de purificação.
Lavagem do Bomfim
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
São Francisco Xavier
Retirado do livro: Orixás santos e festas do Doutor Vilson Caetano de Sousa Júnior
sábado, 17 de janeiro de 2009
110° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER
Na 110° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 11 de janeiro de 2009, apresentamos como desafio musical o tema da novela: Irmãos Coragem. No quadro despertando os sentidos apresentamos o som de 2 latas de aço, apreciamos informações a respeito da fruta jambo, cuidado com o planeta terra, poesia de poetiza portuguesa Florbela Espanca, poesia da Celeste Martinez, poesia de Cruz e Sousa, várias informações e músicas das mais diversificadas eleitas pelo produtor do ALACAZUM o Gugui Martinez. E para finalizar a programação escutamos a música: Irmãos Coragem na interpretação do cantor Jair Rodrigues.
Agradecemos a participação e te aguardamos no próximo domingo das 9 às 10 horas da manhã, através da Rádio Clube de Valença AM http://www.radioclubedevalenca.com.br/.
ALACAZUM PARA VOCÊ!
Canção Negra
A Nestor Vitor
Ó boca em tromba retorcida
Ó boca em chamas, boca em chamas,
Da mais sinistra e negra voz,
Que clamas, clamas, clamas, clamas,
Num cataclismo estranho, atroz.
Ó boca em chagas, boca em chagas,
Ó bocas de uivos e pedradas,
Visão histérica do Mal,
Cortando como mil facadas
Dum golpe só, transcendental.
Sublime boca sem pecado,
Boca de ventos inclemente
De universais revoluções,
Alevantando as hostes quentes,
Os sanguinários batalhões.
Abençoada a canção velha
Parece a furna do Castigo
Jorrando pragas na canção,
A tua boca de mendigo,
Tão tosco como o teu bordão.
Boca fatal de torvos trenos!
Tudo precisa um ferro em brasa
Para este mundo transformar…
Nos teus Anátemas põe asa
E vai no mundo praguejar!
Ó boca ideal de rudes trovas,
Nas vãs misérias deste mundo
Dos exorcismos cospe o fel…
Que as tuas pragas rasguem fundo
O coração desta Babel.
Mendigo estranho!
Resume todos esses travos
Que a terra fazem languescer.
Das mãos e pés arranca os cravos
Das cruzes mil de cada Ser.
A terra é mãe! -- mas ébria e louca
Cruz e Sousa
Plásticos
Cerca de 70% dos sacos plásticos, latas, garrafas e pneus são depositados no fundo do mar. O restante navega pela superfície ou fica preso nos grandes giros oceânicos. Esses lixões são devastadores para a vida marinha. Golfinhos, focas e tartarugas ficam presos em redes de pesca e morrem sufocados. Peixes e pássaros engolem pedaços de plásticos e metal e também perdem a vida. Estima-se que o lixo acumulado nos mares seja o responsável direto pela morte de 1 milhão de aves e mamíferos marinhos por ano. Quase todo esse lixo chega aos oceanos levados pelas águas dos rios ou é arrastado pela maré de praias emporcalhadas. São despejados 675 toneladas de resíduos sólidos por hora no mar – e 70% desse total é constituído de objetos feitos de plásticos. (SCHELP, 2008).
Fonte:http://www.webartigos.com/articles/10704/1/sacolas-plasticas-o-lixo-em-circulacao/pagina1.html
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Quadro: Hora da Poesia
As árvores deitadas para o nunca
Ressecam
E a terra
Roxa de vergonha
Um braço quebrado de árvore
Sem jeito para engessar
Um côncavo pedaço de terra
Careca de queimaduras
Dentes de rochas
Soltos na boca da terra roxa
E na estrada
Vida e morte se encontram na curva.
ACEITAMOS CARTÃO VISA!
Jacas entumecidas de carnes
Aguardam as bocas.
DEVAGAR A 500 METROS!
Caminhos de rios nos tabuleiros da terra.
POUSADA.
Terras de band aid de asfalto.
Frutos de fruta pão
Generosos
Dispostos
Aguardam.
POUSADA.
E um carro passa
E outro fica na estrada.
Poesia II
Não transforme nada
Não processe nada
Não transgrida o raciocínio
Siga
É tão denso e fatal
O tempo de embarque
Que é impossível
Pensar tudo de vez
Por isso
Siga
Veja
Prossiga
O momento
É este fio
E tua vida
É uma linha.
Fruto: Jambo
Há três espécies principais de Syzygium cujos frutos são conhecidos como jambo, todas nativas do continente asiático:
1- S. malaccense: Jambo-vermelho, com frutos vermelhos, adocicados e levemente ácidos;
2- S. jambos: Jambo-branco, com frutos esbranquiçados, de sabor fraco;
3- S. jambolana: Jambo-rosa, com frutos rosados, sabor semelhante ao jambo-vermelho.
Em algumas regiões, o jamelão, fruto pequeno e negro da Syzygium cumini, é conhecido em certos lugares como "jambo", ou "jambolão".
Quadro: Desafio Musical
Maria Rita
Quadro: Despertando os sentidos
Na 110° edição do ALACAZUM oferecemos como estimulo à percepção dos sentidos: duas latas de conservas de aço.A reciclagem do aço é tão antiga quanto a própria história da utilização do metal. A lata que você joga no lixo pode voltar infinitas vezes à sua casa, em forma de tesoura, maçaneta, arame, automóvel ou uma nova lata. O aço se funde à temperatura de 1.300 graus centígrados e assume um novo formato sem perder nenhuma de suas características: dureza, resistência e versatilidade. Ele é infinitamente reciclado.
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/reciclagem/aco.htmlHomenagem a Elvis Presley
Na 110° edição do ALACAZUM prestigiamos a data de aniversário do grande idolo do rock, Elvis Presley que nasceu no dia 8 de janeiro de 1935 e para brindar o momento escutamos a música: It's Now Or Never".("É agora ou nunca" em português) é uma canção que tornou-se em um dos maiores êxitos da carreira de Elvis Presley; é uma versão do clássico italiano chamado O Sole Mio, composta no fim do século XIX no ano de 1898, sendo que em 1901 foi reconhecida oficialmente; O sole mio foi gravada pela primeira vez por Giuseppe Anselmi em 1907. A primeira versão em língua inglesa para a referida canção ocorreu em 1949, gravada por Tony Martin com o nome de "There's no Tomorrow". A versão de Elvis é datada de 1960 sendo lançada em single com "A Mess Of Blues" no "lado b". Atingiu a primeira posição da Billboard em agosto de 1960. Foi posteriormente relançada na coletânea Elvis Golden Records Vol.3 de 1963, além de diversos lançamentos ao longo dos anos em álbuns oficiais e piratas.
Expressão Popular: CONVERSA MOLE PARA BOI DORMIR
Na 110° edição do ALACAZUM oferecemos a expressão popular: Conversa mole para boi dormir que significa assunto sem importância. Esta frase nasceu quando o boi era tão importante que dele só não aproveitava o berro. Tratado quase como pessoa, com ele os pecuaristas conversavam, não, porém, para fazê-lo dormir. Nas touradas, quando o boi ainda é touro, até sua fúria compõe o espetáculo. Na copa de 1950, o Brasil venceu Espanha por 6 a 1 e quase 200 mil pessoas cantaram touradas em Madri, de Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, que termina com este verso: "Queria que eu tocasse castanholas e pegasse um touro a unha/ caramba, caracoles/ não me amoles/ pro Brasil eu vou fugir/ isso é conversa mole/ para boi dormir".
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Florbela Espanca
Alma perdida
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma de gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!
Tu és talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na dor, suavemente...
Talvez seja a alma, a alma doente
De alguém que quis amar e nunca amou!
Toda a noite choraste... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, advinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!
Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minha´alma
Que chorasse perdida em tua voz!
Brasil
Os estudos dos recifes de coral no Brasil foram iniciados em 1828, com uma expedição dos naturalistas alemães Von Spix e Von Martius (Spix & Martius, 1828). Darwin (1841) descreveu os bancos de arenito em frente à cidade do Recife. Um estudo mais detalhado foi publicado por Hartt (1870), o qual está relacionado principalmente com aspectos geológicos e algumas observações biológicas dos recifes. Esses primeiros estudos tiveram continuidade com o trabalho de Branner (1904), que fornece uma descrição detalhada dos bancos de arenito da costa nordeste brasileira.
O trabalho mais abrangente sobre o assunto, no entanto, foi realizado mais tarde, na década de 60, por Jaques Laborel, durante sua tese de doutorado pela Universidade de Marseille (Laborel, 1970). O pesquisador francês forneceu uma descrição qualitativa e semi-quantitativa dos recifes brasileiros, ao longo de quase toda a costa Nordeste. Apesar de ter enfrentado em muitas áreas sérios problemas logísticos, o trabalho de Laborel permanece uma referência aos estudos de hoje.
Na busca de ampliar esses estudos e ordenar o uso do ecossistema recifal na costa nordeste, foi criada, por decreto federal, em 1997, a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, situada ao longo dos 135 km de costa, entre os municípios de Tamandaré – PE e Paripueira – AL (Ferreira et al., 2001). A APA Costa dos Corais é a maior Unidade de Conservação Federal Marinha do Brasil, em extensão, (Maida & Ferreira, 2003) e a primeira a proteger grande parte dos recifes costeiros que estão distribuídos por cerca de 3 mil km da costa do nordeste (Ferreira et al., 2001).
http://www.recifescosteiros.org.br/recifes.php
Moçambique
Calcula-se que cerca de 60 % das pescarias de subsistência em Moçambique, a chamada pesca artesanal, tenha como base os corais, localizados essencialmente a norte do País. Os corais são conjuntos de diminutos animais que formam colónias em zonas de águas muita limpas e pouco produtivas, formando verdadeiras cidades submersas que se tornam o centro de atracção de milhares de espécies de animais e plantas.
Acropora, Montipora e Porites são os géneros mais abundantes de corais duros e Sinularia, Lobophytum de corais moles. Foram já identificadas cerca de 800 espécies de peixes de recife. Estima-se que os recifes de coral em Moçambique ocupem uma área entre 1 290 Km² e 2 500 Km2. Os recifes de coral constituem uma das principais atracções na indústria de turismo. Este ecossistema é uma importante fonte de recursos biológicos no que se refere à sua complexa biodiversidade e é a base das pescarias tropicais e ecoturismo marinho.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Recifes de coral
Os recifes de coral são sistemas complexos que incluem muitos animais e plantas, para além dos próprios corais, que são animais. Eles providenciam alimento e protecção a uma grande variedade de organismos vivos: trataram-se aliás, ao lado das florestas tropicais, dos sistemas com maior diversidade biológica concentrada.
Como se formam os Recifes de Coral?
O recife de Coral é composto por camadas muito finas de carbonato de cálcio que foram produzidos ao longo de milhares de anos por bilhões de pequeninos animais de corpo mole a que chamamos de pólipos de coral.
Cada pólipo constrói uma estrutura calcária onde se aloja e vive em conjunto com uma alga que se chama zooxanthelae. É esta alga minuscula responsável pelas cores que observamos nos corais como verde, amarelo, azul, lilás, castanho e muitas outras.
Quando os pólipos morrem, novos pólipos crescem por cima dos esqueletos de calcário que ficam. Assim, quando vemos um recife de coral, apenas a fina camada superficial é que é constituida por pólipos vivos na verdade, um kg de coral pode ter nais de 80.000 pólipos.
Alguns pólipos chegam a medir 20 cm de diâmetro, tal como o coral cogumelo, e a viver independentemente. No entanto, a maior parte dos pólipos são muito pequenos (menos de um cm de diâmetro) e constituem colónias de muitos pólipos juntos tal como uma Acropora ramificada.
Apesar de se parecerem com as plantas, os corais são animais marinhos pertecentes à mesma familia das anêmonas e garrafas azuis, os chamados CNIDÁRIOS.
As Formas dos Corais
Porque são tão importantes?
Os recife de coral só crescem em águas pouco profundas, relativamente quentes (mais de 20o C) e transparentes. Em Moçambique, existem áreas com essas condições e por isso mesmo, nós temos muitos recifes de coral. Calcula-se que os recifes de coral em Moçambique ocupam uma área de cerca de 1.290 km2, o equivalente a 320 campos de futebol.
Que benefícios nos trazem os recifes:
2. Constituem uma fonte de proteínas para a dieta alimentar da população costeira-calcula-se que num km2 d recife de coral (um quadrado de 1000x1000 metros) se produzem cerca de 30 toneladas de pescado por ano;
3. Providenciam alimento, abrigo e protecção a cerca de um milhão de espécies marinhas, sendo um importante viveiro para os peixes em crescimento;
4. Proporcionam empregos através da pesca e da indústria do turismo;
5. São importantes atrativo turístico para os mergulhadores que querem vê-los, filmar e tirar fotografias;
6. São fontes de substâncias com valor medicinal que ajudando a combater várias doenças. Mais recentemente, os corais têm sido utilizados na reconstrução do tecido ósseo nos seres humanos.
Como São Destrúidos os Recifes de Coral em Moçambique
Há muitas causas de detruição dos corais, no mundo em geral e em Moçambique em particular. As causas podem ser divididas em causas naturais e causas humanas.
No que diz respeito às causas naturais, pouco podemos fazer: vendavais e tempestades que partem os corais, o aumento da temperatura da água pode causar mortes massivas de corais; noutros casos, os corais são fortemente atacados por predadores naturais como algumas espécies de peixe (os peixes papagaios, alguns peixes borboleta) e estrelas do mar e ouriços.
A ação do Homem é a que mais afeta neste momento os recife de coral no mundo:
2. Âncoras fixas atiradas sobre os recifes de coral podem destrui-los;
3. Métodos destrutivos de pesca, como a dinamite e os venenos, são usados para a pesca nos recife de coral acabando por destruir outros organismos marinhos;
4. A sobrepesca de algumas espécies com a retirada de demasiados exemplares de apenas uma espécie cria desiquilíbrios entre os seres vivos de um recife de coral;
5. A poluição das águas que circundam os corais provocada pelos esgotos das cidades, fábricas, pelo combustível dos barcos ou simples lixo podem levar à morte destes organismos.
E é muito símples proteger os recifes de corais. Eís algumas das medidas:
2. Não lançando âncoras e redes de pesca sobre os recifes de coral;
3. Não tocando nos corais quando se mergulha;
4. Não colhendo nenhum organismo quando se mergulha, por muito actrativos que eles possam ser;
5. Não caminhando em cima dos corais;
6. Não deitando lixo ou óleos combústiveis na água do mar;
7. Não utilizando venenos e/ ou dinamite para pescar nos recifes e em qualquer outro lugar do mar;
8. Contribuindo para a demarcação dos recifes que precisam de ser geridos protegidos de uma maneira especial;
9. Ajudando no estabelecimento de áreas de recifes de coral protegidos onde a sua pressão tem sido negativa e de alguma maneira, o recife precisa de recuperar;
10. Ajudando os membros da sua comunidade a terem acesso à informação contida neste panfleto e a distribuir a mensagem deste documento, lendo-o em voz alta para sabem ler;
11. Os recifes de coral precisam de ser protegidos para que possamos tomar benefício de todo o alimento que eles produzem, para que a nossa costa possa ser protegida, para que a indústria do turismo possa crescer entre outras vantagens.
Lenine
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Agenda internacional ALACAZUM
O comunicador português Sérgio Teixeira que faz o programa radiofônico RADIONOVELA envia a seguinte mensagem para o endereço eletrônico do ALACAZUM:
Ouve aqui a emissão do dia 4 de Janeiro de 2008.
http://www.zshare.net/audio/53777414cf42a127/
Tratado descritivo do brasil em 1587 - Gabriel Soares de Sousa
Capítulo XXVIII
Em que se declara a costa do rio Joanne até a Bahia
O rio Joanne traz tanta água, quando se mete no mar, como o Zezere quando se mete no Tejo, o qual entra no mar por cima dos arrecifes, onde espraia muito, o qual se passa de maré vazia a vau por junto da barra; mas não pode entrar por ela nenhuma jangada, por ser tudo pedra viva, e de preamar não tem sobre si três palmos de água, a qual anda ali sempre mui levantada. Este rio está em altura de doze graus e dois terços. Deste rio até Tapuã são três léguas, cuja terra é baixa e fraca, e não serve, ao longo do mar, mais que para gado; e até quatro léguas pela terra adentro está este limite e a terra dele ocupada com currais de vacas. Esta terra e outra tanta além do rio de Joanne é do conselho da cidade do Salvador. A Tapuã é uma ponta saída ao mar, com uma pedra do cabo cecada dele, a que o gentio chama deste nome, que quer dizer “ pedra baixa”; defronte dessa ponta, num alto, está uma fazenda de Sebastião Luís, com ermida se São Francisco. Esta ponta é a que na carta de marear se chama os Lençois de Areia, por onde se conhece a entrada da Bahia; e para o sertão, duas léguas, está uma grossa fazenda de Garcia D´Ávila, com outra ermida de São Francisco, mui concertada e limpa. Desta ponta de Tapuã a duas léguas está o rio Vermelho, que é uma ribeira assim chamada, que se aqui vem meter no mar, até onde são tudo arrecifes cerrados, sem entrada nenhuma. Neste rio Vermelho pode desembarcar gente, com bonança, e estarem barcos da costa ancorados nesta boca dele, não sendo travessia na costa nem ventos mareiros; até aqui está toda a terra ao longo do mar ocupada com criações de gado vacum. E pela terra adentro, duas léguas, têm os padres da companhia uma grossa fazenda, com dois currais de vacas, na qual têm umas casas de refrigério, onde se vão recrear e convalescer das enfermidades, e levam a folgar os governadores, onde tem um jardim muito fresco, com um formoso tanque de água, e, uma ermida muito concertada, onde os padres, quando lá estão dizem missa. Deste rio Vermelho até a ponta do Padrão é uma légua, e corre-se a costa do rio Joanne à ponta do Padrão nor-nordeste sudoeste.
Tratado Descritivo do Brasil em 1587 de Gabriel Soares de Sousa ( disponível na biblioteca pública municipal de Valença-Bahia)
Dica de leitura
Cássia Eller
Sylvia orthof
QUADRO: HORA DO CONTO
sábado, 10 de janeiro de 2009
109° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER
Flor Perigosa
NO TEU PERFIL DE ÁSPIDE TRISTE, TRISTE,
NÃO SABE EM QUANTO ABISMO ESSA INFINITA
TRISTEZA AMARGA SINGULAR CONSISTE.
SECRETO DE UMA FLOR DE VAGO AROMA...
MAS NÃO SEI QUE DE MORNO E DE QUEBRANTO
VEM, LASSO E LANGUE, DESSA NEGRA COMA.
ÉS DAS ORIGENS MAIS DESCONHECIDAS,
DE UMA LONGÍNQUA E NEBULOSA INFÂNCIA.
A VISÃO DAS VISÕES INDEFINIDAS,
DE ATRA, SINISTRA, MÓRBIDA ELEGÂNCIA.
PÓLENS CELESTES O TEU SER INUNDAM,
MAS NINGUÉM SABE A ONDA NERVOSA E LARGA
DOS INSETOS MORTAIS QUE TE CIRCUNDAM.
QUEM TEU AROMA DE MULHER ASPIRA
FICA ENTRE ÂNSIAS DE TÚMULO FECHADO...
SENTE VERTINGENS DE VULÇÃO, DELIRA
E MORRE, SUTILMENTE ENVENENADO.
TEU OLHAR DE FULGÊNCIAS E DE TREVA,
ONDE AS VOLÚPIAS A PECAR SE AJUSTAM,
GUARDA UM MISTÉRIO QUE ENVILECE E ELEVA,
CAUSA DELÍQUIOS E EMOÇÕES QUE ASSUSTAM.
ÉS FLOR, MAS COMO FLOR ÉS PERIGOSA,
DO MAIS SOMBRIO E TÉTRICO PERIGO...
FENÔMENOS FATAIS DE LUZ ANCIOSA
VÃO PELAS NOITES SEGREDAR CONTIGO.
VÃO SEGREDAR QUE ÉS FEIA E QUE ÉS ESTRANHA
SENDO FEIA, MAS SENDO EXTRAVAGANTE,
DE ENORME, DE ESQUISITA, DE TAMANHA
INFLUÊNCIA DE ECLIPSE RADIANTE...
SEI! NÃO NASCESTE SOB A LUZ QUE ONDEIA
NA BELEZA E NOS ASTROS DA SAÚDE;
MAS SENDO ASSIM, MORBIDAMENTE FEIA,
O TEU SER FEIA TORNA-SE VIRTUDE.
ÉS FEIA E DOENTE, SURGES DESSE MISTO
DA EXÓTICA, DA INSANA, DA FUNESTA
AURÉOLA IDEAL DOS MÁRTIRES DE CRISTO
NAQUELA DOR ABSURDAMENTE MESTA.
VENS DE LÁ, VENS DE LÁ – FUNDOS REMOTOS
ADELGAÇADOS COMO OS VÉUS DE UM RIO...
ABRINDO DO MAGOADO E VELHO LÓTUS
DO SENTIMENTO, TODO O SOL DOENTIO...
VENS DE LÁ, VENS DE LÁ – FUNDOS REMOTOS
ADELGAÇADOS COMO OS VÉUS DE UM RIO...
ABRINDO DO MAGOADO E VELHO LÓTUS
DO SENTIMENTO, TODO O SOL DOENTIO...
CRUZ E SOUSA
Chico Science e Nação Zumbi
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Sonho De Uma Flauta
FEIJOADA DE SORVETE
Na 109° edição do ALACAZUM como complemento de relembrarmos alguns fragmentos da 99° edição exibida no dia 12 de outubro de 2008, cujo tema foi feijão, acrescentamos a receita retirada do blog: moqueca com pimenta da Aline Neme de Vitória-Es. O cliente é que cria sua própria FEIJOADA DE SORVETE. Siga as instruções:
Após entrar na sorveteria, escolha uma destas vasilhas descartáveis que estão disponíveis. O tamanho eleito fica a critério de sua vontade e de seu orçamento. Eleja o sabor do sorvete. Agora siga para o setor dos confeitos: Aí é só acrescentar os vários confeitos de chocolates com formatos e tamanhos de feijões. Também podem ser usados, jujubas, uvas passas, amendoins ou outra guloseima que se ajuste a sua criatividade. Para substituir as lingüiças comum a qualquer feijoada tradicional pasta acrescentar balas de goma rosa ou vermelha no formato cilíndrico. A carne pode ser comparada com pé de moleque, bis, cocada em formato retangular ou quadrado. A farofa, na versão doce pode ser substituída por castanhas moídas, leite em pó e açúcar. O arroz pode ser substituído por chocolate granulado, coco ralado ou cereal. A laranja podem ser facilmente arranjadas pelas balas de goma com formato de laranja. Arrume tudo na vasilha e está pronta a sua FEIJOADA DE SORVETE.
Quadro: Desafio Musical
Fragmentos do livro CARAMURU de frei José de Santa Rita Durão
Tudo a terra produz, se se transplanta;
Fructa também, o pomo, a pêra, o figo
Com bifera colheita e em cópia tanta;
Que mais que no paiz que o dera antigo
No Brasil fructifica qualquer planta;
Assim nos deu a Persia e Lybia ardente
Os que a nós transplantamos de outra gente.
O quiabo, o jiló, os maxixeres,
A maniçoba peitoral prezada,
A taioba agradável nos comeres,
O palmito de folha delicada,
E outra mil hervas, que se usar quizeres,
Acharás na opulenta natureza
Sempre com mimo preparada a mesa.
Que, quando a mão chegando, alguém lhe ponha,
Parece que do tacto se confunda
E que fuja o que o toca por vergonha.
Nem torna a si da confusão profunda,
Quando ausente o aggressor se lhe não ponha,
Documento á alma casta, que lhe indica
Que quem cauta não foi nunca é pudica.
Tem no matto do Brasil e na campina,
Que quem toda a virtude lhe explorara
Por demais recorrêra á Medicina.
Nasce a gelapa alli, a sene amra,
O filopodio, a malva, o pão da China,
A caroba, a capeba, e mil que agora
Conhece a bruta gente e a nossa ignora.
Aos que usamos na Europa mais prezados:
Gingibre, gergelim, que os mais excedem,
Mendubim, mangaló, que usam guizados;
Alguns medicinais, com que ddespedem
Do peito estilicidios radicados;
Tem o cará, o inhame, e em cópia grata
Mangarás, mangritos e batata.
O POEMA: CARAMUMU de Frei José de Santa Rita Durão foi impresso no ano de 1781, é um poema épico do Descobrimento da Bahia.
Quadro: Despertando os Sentidos
Maria Bethânia
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Na 109° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER
Jaca
Na 109° edição do ALACAZUM falamos sobre:
A jaqueira (Artocarpus heterophyllus) é uma árvore tropical cujo fruto é conhecido como jaca.
Árvore perenifólia, lactescente, de cerca de vinte metros de altura, provida de copa mais ou menos piramidal e densa, com tronco robusto, de 30 a 60 centímetros de diâmetro, revestido por casca espessa. Folhas simples, alternas, inteiras (lobadas apenas nos indivíduos jovens), afixadas aos ramos através de um curto pecíolo de cerca de um centímetro de comprimento.
Planta cauliflora e monóica, ou seja, as flores masculinas e femininas estão separadas em diferentes inflorescências na mesma planta. As flores masculinas estão agrupadas em espigas claviformes e as femininas em espigas compactas.
O nome científico Artocarpus deriva dos vocábulos gregos artos = pão e karpos = fruto, e o epíteto específico heterophyllus deriva dos vocábulos também gregos heteron = distinto e phyllus = folha, relativo às folhas que são distintas (sem lobos) às da planta da fruta-pão.
A árvore é originária da Índia e cultivada em todos os países tropicais do mundo.
Fonte: Wikipédia