Os estudos dos recifes de coral no Brasil foram iniciados em 1828, com uma expedição dos naturalistas alemães Von Spix e Von Martius (Spix & Martius, 1828). Darwin (1841) descreveu os bancos de arenito em frente à cidade do Recife. Um estudo mais detalhado foi publicado por Hartt (1870), o qual está relacionado principalmente com aspectos geológicos e algumas observações biológicas dos recifes. Esses primeiros estudos tiveram continuidade com o trabalho de Branner (1904), que fornece uma descrição detalhada dos bancos de arenito da costa nordeste brasileira.
O trabalho mais abrangente sobre o assunto, no entanto, foi realizado mais tarde, na década de 60, por Jaques Laborel, durante sua tese de doutorado pela Universidade de Marseille (Laborel, 1970). O pesquisador francês forneceu uma descrição qualitativa e semi-quantitativa dos recifes brasileiros, ao longo de quase toda a costa Nordeste. Apesar de ter enfrentado em muitas áreas sérios problemas logísticos, o trabalho de Laborel permanece uma referência aos estudos de hoje.
Na busca de ampliar esses estudos e ordenar o uso do ecossistema recifal na costa nordeste, foi criada, por decreto federal, em 1997, a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, situada ao longo dos 135 km de costa, entre os municípios de Tamandaré – PE e Paripueira – AL (Ferreira et al., 2001). A APA Costa dos Corais é a maior Unidade de Conservação Federal Marinha do Brasil, em extensão, (Maida & Ferreira, 2003) e a primeira a proteger grande parte dos recifes costeiros que estão distribuídos por cerca de 3 mil km da costa do nordeste (Ferreira et al., 2001).
http://www.recifescosteiros.org.br/recifes.php
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