segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Na 242° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 242° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 23 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos na abertura do programa a poesia: Poema Onírico de Kátia Deummond.

Convido-te a esquecer a ingloriosa labuta
A passear prazerosamente pelo bosque
Provar o doce sumo dos sapotis
Deslizar na ribanceira sobre palhas secas
Nadar na poça enlameada pela chuva
Beber as gotas do sereno madrugal
Deliciar-se com o doce azedo dos tamarindos
Colher mangabas no pomar conventual
Sentar sobre o oitizeiro a ouvir cigarras
Pisar, pés descalços no tapete de sargaço
Bordar delicados carneirinhos de nuvens
Comer flocos de neve na floresta
Brincar de roda e de peteca no quintal
Bailar sob floridos caramanchões
Conversar com as borboletas no jardim
Lamber o mel dourado das abelhas
Contar as estrelas cintilantes do céu
Voar, mundo afora nas asas do vento
Convido-te a deitar comigo na relva
Adormecer sobre o meu corpo cálido
Entrar suavemente nos meus sonhos
Onde serás verdadeiramente feliz
Até que a passarada anuncie o amanhecer.

Kátia Drummond

Vai Levando com Trio Mocotó


Na 242° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 23 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a música: Vai levando com o trio mocotó, banda de samba-rock, ritmo brasileiro, formado no ano de 1968.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A BUSCA PELO JASMIN BUGARIN CONTINUA!

Este belíssimo ramalhete representando uma espécie de jasmin, recebi do garoto Talisson - ouvinte- leitor do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que vai ao ar aos domingos das 8 às 9 da manhã, transmissão Rio Una FM 87,9. O programa está oferecendo 100 reais para quem encontrar o jasmin BUGARIN. O perfume é intenso, parecido com uma pequena rosa pela distribuição das pétalas e do tamanho da flor da laranjeira.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Super-Herói de Raul Seixas e Paulo Coelho


Na 242° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 23 de outubro de 2011, domingo das 8 às 9 da manhã, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a música: super- herói com Rauzito após leitura do conto: Nossa rainha de Marcelino Freire.

Nossa rainha, conto de Marcelino Freire

Na 242° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 23 de outubro de 2011, das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos o conto: Nossa rainha de Marcelino Freire contido no livro: Contos Negreiros.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Na 241° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER


Luz alheia

Não sou
tua estrela guia

Algum cometa
desvia olhares,
alguma noite
é mais escura,
algum céu
é leviano.

Não sou
teu porto seguro.

Algum farol
seduz a proa,
alguma gaivota
voa à-toa,
algum vento
é fugaz.

Carine Araújo

Vem da cidade serrana de Muritiba. Lugar aprazível pelo seu clima, sua história, sua gente.
Terra onde as Filarmônicas enchem as ruas com seus dobrados; terra de pessoas devotas de Nosso Senhor do Bonfim que, em janeiro, embalsa a cidade com muita água de cheiro nesse Recôncavo Baiano.
Carine, como todos os muritibanos, aprendeu desde cedo a respeitar um certo Castro Alves, poeta e filho ilustre daquela terra, quiçá de todas elas.
Em 2004, com a performance Mãe África foi selecionada para a Bienal do Recôncavo, recitando ao som ancestral do rum, rum pi, rum lé o poema Vozes d’África, do poeta e mestre conterrâneo.
Estreou a sua pena aos 13 anos de idade quando venceu o 1º Concurso de Poesia do CECA, escola da região.
Mas o poeta não se faz por concursos ou prêmios, se faz talvez pela quase maldição de querer traduzir o Eu, o Outro, o Ser e as Coisas, o Nada.
Eis os versos de Carine Araújo, palavras riscadas no papel dessa filopoesia que traz Idéias sobre Si e sobre o Mundo.
Versos que traduzem uma admiração incomensurável pela vida, um amor inefável pela Literatura e uma vontade ímpar de compartilhar as alegrias e as angústias da arte de Ser Poeta.

Fábio Batista Pereira
Historiador e músico

EU FUI A FLICA 2011!


Na 241° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 16 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9, domingo das 8 às 9 informamos sobre Flica 2011.

Samba de Roda Suerdieck da cidade de Cachoeira


Samba de Roda Suerdieck da cidade de Cachoeira

Na 241° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 16 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos o samba de roda Suerdieck da cidade de Cachoeira Bahia com Dona Dalva.

Crédito da imagem:
http://jornaloguarany.blogspot.com/2009/09/samba-de-roda-suerdieck.html

Caixa- Preta de Damário Dacruz


Na 241° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 16 de outubro, domingo, das 8 as 9 da manhã, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos os versos de Damario Dacruz, poeta cachoeirano.

Caixa - preta

Sou um homem.
Portanto,
mais que palavra.

Não pronuncio
o sentimento
apenas como palavra.

O que foi dito
ao entardecer
não se confirma
na madrugada.
O que foi visto
no sonho
não se confronta
com a realidade.


Sou um homem.
Portanto,
uma surpresa.



Magary, inventando moda

Na 241° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 16 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a música: Inventando Moda com o cantor Magary que esteve presente na Festa Literária Internacional de Cachoeira- FLICA 2011.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Os Tincoãs


Na 241° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 16 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a poesia na música dos Os Tincoãs, grupo musical originário da cidade de Cachoeira- Bahia.

Previsão Metereológica de Damário Dacruz


Na 241° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 16 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a poesia do poeta cachoeirano Damário Dacruz.


Previsão Metereológica

Nenhum
dia é triste!
Nós é que chovemos
na hora errada.

Celeste Martinez interpreta "Totonha" do escritor Marcelino Freire

Celeste Martinez e o escritor Marcelino Freire na Festa Literária Internacional de Cachoeira- FLICA 2011

Na 241° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 16 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a interpretação do conto: Totonha do escritor Marcelino Freire, por Celeste Martinez, apresentadora do ALACAZUM.
Aprecie o linken:

http://www.youtube.com/watch?v=pgNVuk2NfnY

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Na 240° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER


Na 240° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 9 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a fábula: O lobo ferido e a ovelha de Esopo. Traduzido do espanhol para o português por Celeste Martinez.

Um lobo que foi mordido por uns cachorros jazia no chão ferido.
Ao ver-se impossibilitado de buscar comida nessa situação, pediu a uma ovelha que por ali passava que lhe levasse um pouco d´água de um rio perto.
- Se você me trouxer água para beber - disse- eu mesmo me encarrego da comida.
- Se eu te levo água para beber - respondeu a ovelha - eu mesma serei a tua comida.

sábado, 15 de outubro de 2011

Vandalismo, de Augusto dos Anjos

Na 240 edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, que foi ao ar no dia 9 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos os versos de Augusto dos Anjos.

Vandalismo

Meu coração tem catedrais imensas
templos de priscas e longíncuas datas,
onde um nume de amor, em serenata
canta a aleluia virginal das crenças.

Na ogina fúlgida e nas colunatas
vertem lustrais irradiações intensas
cintilações de lâmpadas suspensas
e as ametistas e os florões e as pratas.

Como os velhos templários medievais
entrei um dia nessas catedrais
e nesses templos claros e risonhos

E erguendo os gládios e brandindo as hastas
no desespero dos iconoclastas
quebrei a imagem dos meus próprios sonhos.

Augusto dos Anjos

Praça, para que te quero

Na edição 240° do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 9 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 informamos sobre projeto do argentino Manuel Rapoport sobre praças móveis.

Rafael Tonon
Vida Simples- 08/2011


As grandes cidades vivem um paradoxo: o desperdício do espaço público e, ao mesmo tempo, a falta de áreas verdes. Pensando nisso, o argentino Manuel Rapoport criou o projeto Praças Móveis.

Nos fins de semana, carros dão lugar às pessoas. Bancos, brinquedos, quadras esportivas, tudo é instalado para transformar a cidade em um espaço mais agradável para se viver. Manuel não se conforma com a diminuição crescente de praças e bosques urbanos. Ao descobrir que Buenos Aires tem 3,5 m2 de áreas de lazer por habitante - sendo que o recomendável pela Organização Mundial da Saúde são 15 m2 -, ele resolveu desenhar o projeto das praças itinerantes para bairros que ofereçam menos diversão aos moradores.

"Acredito que as praças móveis sejam um potencial gerador de cidadania. Um local para encontros, descanso, dividir momentos, para o esporte e o lazer, ou seja, para a saúde e o bem-estar", sonha ele.

Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/rapoport-pracas-moveis-argentina-espaco-lazer-639753.shtml

domingo, 9 de outubro de 2011

O ladrão de sonhos

Celeste Martinez- apresentadora do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 240° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 9 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a história: O ladrão de sonhos, retirado do livro: Lá vem história de Heloisa Prieto.


Certa noite, um jovem chamado Makibito teve um sonho tão belo que, ao acordar, foi consultar uma sábia anciã. Contou-lhe o sonho, que o mostrava num palácio vivendo com uma linda princesa. A mulher lhe disse apenas que seu sonho não passava de mera ilusão. Porém, antes que terminassem de conversar chegou outro rapaz que desejava falar com a sábia, e ela pediu a Makibito que aguardasse na sala ao lado. O jovem, que era muito rico, também lhe contou seu sonho. E a sábia lhe disse:
- Esse é um sonho de sorte. Mas para que se realize é preciso guardar segredo. Jamais conte seu sonho a ninguém.
Quando Makibito voltou à presença da anciã, disse-lhe:
- Como eu gostaria de estar no lugar daquele jovem! Mas por que a senhora lhe pediu que guardasse segredo daquel sonho tão lindo?
-Porque o sonho pode ser roubado, e ele perderia a sorte.
-Quer dizer - disse Makibito- que, se eu entrasse aqui novamente e repetisse as palavras dele, também teria sorte?
- Creio que sim.
-Não acredito- disse Makibito- isso, não é possível.
-Então saia, bata de novo à porta e me conte o sonho que ouviu há pouco.
Makibito obedeceu e a anciã também lhe prometeu um futuro de sorte. Anos depois, ele se tornou um sábio. O rei foi pedir-lhe conselhos e gostou tanto dele que o convidou para ser seu conselheiro. Em seguida, Makibito foi nomeado primeiro-ministro e casou-se com uma linda princesa. E assim viveu até os cem anos. Mas, pouco antes de morrer, resolveu contar ao neto a história do sonho.
- O que será que aconteceu ao outro jovem? - perguntou ao neto.
E concluiu: -De qualquer modo, aquela jovem anciã era maluca. Até hoje acho tudo isso uma bobagem. Você não concorda?
- Mas, vovô, você teve mesmo uma vida de muita sorte.
Ao que Makibito respondeu:
-Pois é, exatamente como no meu primeiro sonho!


Na 239° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 239° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 9 de outubro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a poesia: O peixe do escritora nascido em Curitiba, Paraná, Emilio de Menezes ( 1866-1918)


O Peixe


O peixe nada as águas
entre eiras e beiras
afunda e emerge
as águas fundas, turvas, frias
do seu mundo liquefeito
do seu elementum
do seu habitat e vicio
Um peixe feito um míssil
um signo, um mito
nada entre algas e alvas sombras
reticentes...
Um peixe sobrevivente (objeto de estudo)
Um peixe mudo, um ente mutável
supantando a lama, a lida, o lodo
Mais liso que o limo, o peixe se esvai
simétrico, quase lúcido ( quase lúdico o peixe no aquário)
Rasgando o leito feito gumes
de uma lâmina de escamas
Um peixe cheio de gana
que se seduz, se reproduz e debrota
na biologia muda onde o peixe brota
( o verbo úmido que se torna poesia)

Emílio de Menezes ( 1866-1918)