Assim é a alcunha da nordestina Maria Elizabeth que decidiu usar a internet para expandir a cultura popular de sua terra. Mãe de quatro filhos, Maria resolveu “para brincar em casa com os meninos” recuperar o coco de umbigada, dança e ritmo que tem origem nas tradições negras e indígenas. A brincadeira cresceu. Saiu do seu quintal e ganhou o terreiro em frente a sua casa. Que não foi suficiente para mestres percussivos, poetas e amigos que vinham dançar e cantar com a família de Beth. A moça resolveu ganhar o mundo. Fez isso ao associar a cultura popular a algo novo para ela: a tecnologia. Aprendeu a usar o teclado do computador para escrever um projeto para o Ministério da Cultura. Aprovado criou a Casa de Dona Oxum, onde se dá a alfabetização digital para muitos de sua comunidade, além de colocar músicas tradicionais na rede para democratizá-las. Ao fazer isso, recuperou a dignidade de antigos mestres de coco de roda e de maracatu preservando, como uma guardiã cibernética a cultura de seu lugar.
Un poema de Alina Diaconú
Há 5 dias
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