Quando a onda dos desejos inquietantes,
Que do peito transborda,
Morrer, enfim, nas amplidões distantes,
Recorda-te, recorda...
Revive dessa música já finda
Que nas estrelas dorme.
Volta-te ao mundo sedutor ainda
Da ilusão multiforme!
Volta, recorda eternamente, volta
Aos faróis da esperança
Do sonho estranho as grandes asas solta
A celeste bonança,
Recorda mágoas, lágrimas e risos
E soluços e anseios...
Erguendo os véus de já passada aurora,
Recordando e sonhando...
Cada alma tem seu íntimo recato
Numa estrela perdida
E cada coração intemerato
Tem na estrela uma vida.
Aplica o ouvido à correnteza fria
Dos golfões da matéria
E recorda de que lama sombria
É composta a miséria.
Cruz e Sousa
Que do peito transborda,
Morrer, enfim, nas amplidões distantes,
Recorda-te, recorda...
Revive dessa música já finda
Que nas estrelas dorme.
Volta-te ao mundo sedutor ainda
Da ilusão multiforme!
Volta, recorda eternamente, volta
Aos faróis da esperança
Do sonho estranho as grandes asas solta
A celeste bonança,
Recorda mágoas, lágrimas e risos
E soluços e anseios...
Erguendo os véus de já passada aurora,
Recordando e sonhando...
Cada alma tem seu íntimo recato
Numa estrela perdida
E cada coração intemerato
Tem na estrela uma vida.
Aplica o ouvido à correnteza fria
Dos golfões da matéria
E recorda de que lama sombria
É composta a miséria.
Cruz e Sousa
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