Não me digas “adeus”... mas sim, dize: “Até breve”
Quem parte, sempre deixa a esperança fugaz,
Se o passado se foi, e retornar não deve,
O futuro há de vir, bem ditoso e vivaz.
Lê-se no ignoto livro em que o destino escreveu
A inexorável lei de todos os mortais,
Este axioma que a mágoa abranda, e torna-a
Breve: “Quem vence a própria morte, é o
Amo; nada mais”.
Não me digas: “Adeus” – que a saudade tortura;
Vais partir, eu bem sei; mas eu te amo ainda,
Hei de rever-te um dia, o coração murmura.
Até breve” – eu direi.
A esperança é um fanal;
Suaviza a sua luz nossa tristeza infinda;
A vida é um sonho, sim; mas o amor é imortal.
Harry Kennedy- poeta e cantor popular dos Estados Unidos da América do Norte. Morreu muito moço. O soneto: “Não me digas adeus” foi composto pouco antes da sua morte. E foram cantados por amigos no momento do seu sepultamento em um cemitério de Brooklyn pele célebre cantora Helen Mora, acompanhada por todos os artistas. A tradução deste soneto é de J.B. Mello e Souza.
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