Na 117° edição do ALACAZUM, ofertamos o poema: Vaca Estrela e Boi Fubá de Patativa do Assaré na interpretação de Raimundo Fagner.
- Seu doutor me dê licença pra minha história contar.
- Hoje eu tô na terra estranha, é bem triste o meu penar
- Mas já fui muito feliz vivendo no meu lugar.
- Eu tinha cavalo bom e gostava de campear.
- E todo dia aboiava na porteira do curral.
- Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê
- Vaca Estrela,
- ô ô ô ô Boi Fubá.
- Eu sou filho do Nordeste , não nego meu naturá
- Mas uma seca medonha me tangeu de lá pra cá
- Lá eu tinha o meu gadinho, num é bom nem imaginar,
- Minha linda Vaca Estrela e o meu belo Boi Fubá
- Quando era de tardezinha eu começava a aboiar
- Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê
- Vaca Estrela,
- ô ô ô ô Boi Fubá.
- Aquela seca medonha fez tudo se atrapalhar,
- Não nasceu capim no campo para o gado sustentar
- O sertão esturricou, fez os açude secar
- Morreu minha Vaca Estrela, já acabou meu Boi Fubá
- Perdi tudo quanto tinha, nunca mais pude aboiar
- Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê
- Vaca Estrela,
- ô ô ô ô Boi Fubá.
- Hoje nas terra do sul, longe do torrão nat
- Quando eu vejo em minha frente uma boiada passar,
- As água corre dos olho, começo logo a chorá
- Lembro a minha Vaca Estrela e o meu lindo Boi Fubá
- Com saudade do Nordeste, dá vontade de aboiar
- Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê
- Vaca Estrela,
- ô ô ô ô Boi Fubá.
Um comentário:
Adoro essa música!
Roberto.
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