Na 174° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 09 de maio de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM desfrutamos da leitura: O Jabuti de asas de Rogério Andrade Barbosa, retirado do livro:Contos Africanos para crianças brasileiras. O livro utilizado para leitura faz parte do KIT PONTOS DE LEITURA conquistado pelo ALACAZUM quando do I CONCURSO PONTOS DE LEITURA 2008: HOMENAGEM A MACHADO DE ASSIS do Ministério da Cultura.
Os jabutis, contam os mais velhos, sempre foram respeitados por sua sabedoria e prudência. Mas, por causa da ganância de um deles, todos os parentes passaram a ter o casco rachado.
Há muito tempo, um jabuti soube que uma grande festa estava sendo organizada pelas aves que viviam voando entre os galhos das florestas.
-Eu também quero ir – disse ele, pondo a cabecinha para fora do casco.
-Mas a festa vai ser no céu – explicou um papagaio. – Como é que você vai voar até lá?
O jabuti ficou com uma cara tão triste, que os pássaros, com dó dele, resolveram ajuda-lo.
-Olhe, nós vamos emprestar algumas de nossas penas para você.
E assim foi feito. A passarinhada, com pedacinhos de cordas, amarrou plumas coloridas nas patas dianteiras e traseiras do jabuti.
-Pronto, agora você já pode voar- comemoraram os pássaros. – Mas tem outra coisa. Nessa festa cada um tem de usar um nome diferente. Qual vai ser o seu?
O jabuti, astucioso, depois de pensar um pouco, disse:
-Pra todos.
Na manhã seguinte, quando os galos começaram a cantar, os convidados já estavam acordados, prontos para partir rumo à festança.
Só que a viagem levou mais tempo do que pensavam, pois o jabuti não sabia voar direito e atrasou todo mundo.
Para ele decolar foi um custo. Os céus da África nunca tinham visto um ser voador tão desajeitado como aquele jabuti de asas reluzentes.
-Que lindo! – gritava o jabuti, deslumbrado com a visão dos cafezais e algodoais que ia desfrutando do alto.
O ar era tão claro que dava para o jabuti avistar os picos das montanhas ao longe, cobertos de neve.
-Olhe o tamanho daquele rio! – exclamava, apontando para o majestoso Nilo Branco.
Por isso, quando alcançaram o céu, a festa já tinha começado. Uma mesa enorme para o café da manhã, coberta de frutas, aguardava havia tempo pelos retardatários.
A passarada, de acordo com velhos costumes, perguntou:
-Pra quem a comida vai ser servida primeiro?
A dona da festa, uma águia imponente, foi quem respondeu:
-Pra todos.
- Então é pra mim – disse o jabuti, avançando nas guloseimas, enquanto os pássaros observavam, sem poder fazer nada.
A festa continuou animada até a hora do almoço. E, novamente, a cena se repetiu.
- Pra quem é o almoço? – tornaram a perguntar os pássaros.
-Pra todos- disse a anfitriã.
O jabuti, sem perder tempo, comeu tudo outra vez.
Na hora do jantar, foi a mesma coisa. O bando de aves, esfomeado, resolveu ir embora. Mas, primeiro, exigiu que o jabuti devolvesse as penas que haviam emprestado a ele.
- Entregue tudo- disseram os passarinhos, arrancando as plumas em torno das patas do jabuti.
Antes que os pássaros voassem de volta à floresta, o jabuti, fez um pedido:
-Por favor, passem na minha casa e peçam para minha mãe colocar um monte de capim em frente á nossa porta- implorou.
-Pra quê?
-Para eu não me machucar quando pular do céu- disse o espertalhão.
Os pássaros, zangados, quando chegaram à terra deram o recado errado para a mãe do jabuti:
- O seu filho pediu para a senhora colocar umas pedras bem grandes na entrada da casa.
Resultado: o jabuti se esborrachou contra os pedregulhos. Por sorte, não morreu. A mãe dele é que teve um trabalho danado para remendar os pedaços do casco todo arrebentado.
Por causa do tombo, os descendentes do jabuti, além de passarem a andar muito devagar, carregam essa couraça rachada até hoje.
Há muito tempo, um jabuti soube que uma grande festa estava sendo organizada pelas aves que viviam voando entre os galhos das florestas.
-Eu também quero ir – disse ele, pondo a cabecinha para fora do casco.
-Mas a festa vai ser no céu – explicou um papagaio. – Como é que você vai voar até lá?
O jabuti ficou com uma cara tão triste, que os pássaros, com dó dele, resolveram ajuda-lo.
-Olhe, nós vamos emprestar algumas de nossas penas para você.
E assim foi feito. A passarinhada, com pedacinhos de cordas, amarrou plumas coloridas nas patas dianteiras e traseiras do jabuti.
-Pronto, agora você já pode voar- comemoraram os pássaros. – Mas tem outra coisa. Nessa festa cada um tem de usar um nome diferente. Qual vai ser o seu?
O jabuti, astucioso, depois de pensar um pouco, disse:
-Pra todos.
Na manhã seguinte, quando os galos começaram a cantar, os convidados já estavam acordados, prontos para partir rumo à festança.
Só que a viagem levou mais tempo do que pensavam, pois o jabuti não sabia voar direito e atrasou todo mundo.
Para ele decolar foi um custo. Os céus da África nunca tinham visto um ser voador tão desajeitado como aquele jabuti de asas reluzentes.
-Que lindo! – gritava o jabuti, deslumbrado com a visão dos cafezais e algodoais que ia desfrutando do alto.
O ar era tão claro que dava para o jabuti avistar os picos das montanhas ao longe, cobertos de neve.
-Olhe o tamanho daquele rio! – exclamava, apontando para o majestoso Nilo Branco.
Por isso, quando alcançaram o céu, a festa já tinha começado. Uma mesa enorme para o café da manhã, coberta de frutas, aguardava havia tempo pelos retardatários.
A passarada, de acordo com velhos costumes, perguntou:
-Pra quem a comida vai ser servida primeiro?
A dona da festa, uma águia imponente, foi quem respondeu:
-Pra todos.
- Então é pra mim – disse o jabuti, avançando nas guloseimas, enquanto os pássaros observavam, sem poder fazer nada.
A festa continuou animada até a hora do almoço. E, novamente, a cena se repetiu.
- Pra quem é o almoço? – tornaram a perguntar os pássaros.
-Pra todos- disse a anfitriã.
O jabuti, sem perder tempo, comeu tudo outra vez.
Na hora do jantar, foi a mesma coisa. O bando de aves, esfomeado, resolveu ir embora. Mas, primeiro, exigiu que o jabuti devolvesse as penas que haviam emprestado a ele.
- Entregue tudo- disseram os passarinhos, arrancando as plumas em torno das patas do jabuti.
Antes que os pássaros voassem de volta à floresta, o jabuti, fez um pedido:
-Por favor, passem na minha casa e peçam para minha mãe colocar um monte de capim em frente á nossa porta- implorou.
-Pra quê?
-Para eu não me machucar quando pular do céu- disse o espertalhão.
Os pássaros, zangados, quando chegaram à terra deram o recado errado para a mãe do jabuti:
- O seu filho pediu para a senhora colocar umas pedras bem grandes na entrada da casa.
Resultado: o jabuti se esborrachou contra os pedregulhos. Por sorte, não morreu. A mãe dele é que teve um trabalho danado para remendar os pedaços do casco todo arrebentado.
Por causa do tombo, os descendentes do jabuti, além de passarem a andar muito devagar, carregam essa couraça rachada até hoje.
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