Na 86° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER apresentamos como proposta de abertura do programa, um fragmento do conto: "Noite de São João" de Bernardo Élis, seguida pela trilha musical "Choro" com Bazinho do Cavaco da cidade de Itiúba- Bahia.
_ "Viva São João Batista". O mastro principiou a levantar-se e foguetes rápidos sangraram com arranhões felinos a bondade azul de um céu agora todo empapado de luar. A fogueira batia palmas na noite doce, jogando contra as estrelas punhados de áscuas rubras, iluminando a frente da casa, o curral fronteiriço, os campos longes.
Serviam café com bolo de mandioca. O pessoal barulhento, risonho, cercou a fogueira. Um balão começou a subir. Não. É mentira. Não há balões nos são-joões analfabetos das roças. O que começou a subir no céu, mais belo que um balão, foi uma moda de vi0la. Chorosa, longa, com sabor arrependido de banzo.
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*Bernardo Élis Fleury de Campos Curado, nasceu em Corumbá de Goiás, no dia 15 de novembro de 1915 e faleceu na mesma cidade no dia 30 de novembro de 1997 foi um advogado, professor, poeta, contista e romancista brasileiro.
Seu pai, Erico Curado, também poeta, era de família tradicional, porém só pode proporcionar uma criação humilde aos filhos.
Bernardo Élis publicou várias obras, dentre elas Apenas um Violão, O Tronco (que posteriormente virou filme), e Ermos e Gerais, sua mais premiada obra.
Foi o primeiro goiano a entrar para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de Machado de Assis, a número um.
Seu pai, Erico Curado, também poeta, era de família tradicional, porém só pode proporcionar uma criação humilde aos filhos.
Bernardo Élis publicou várias obras, dentre elas Apenas um Violão, O Tronco (que posteriormente virou filme), e Ermos e Gerais, sua mais premiada obra.
Foi o primeiro goiano a entrar para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de Machado de Assis, a número um.
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