quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
116° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER
Divina
Das espirais da tua vã matéria.
Não quero cogitar da paz funérea
Que envolve todo ser inconsolável.
Bem sei que no teu círculo maleável
De vida transitória e mágoa séria
Há manchas dessa orgânica miséria
Do mundo contingente, imponderável.
Mas o que eu amo no teu ser obscuro
É o evangélico mistério puro
O sacrifício que te torna heroína.
São certos raios da tu´alma ansiosa,
É certa luz misericordiosa,
É certa auréola que te faz divina!
CRUZ E SOUSA
Arnaldo Antunes in tudos
Eu apresento a página branca.
Contra: burocratas transvestidos de poetas.
Sem-graças, transvestidos de sérios.
Anões, transvestidos de crianças.
Complacentes, transvestidos de justos.
Jingles, transvestidos de rock.
Estórias, transvestidos de cinema.
Chatos, transvestidos de coitados.
Passivos, transvestidos de pacatos.
Medo, transvestido de senso.
Censores, transvestidos de sensores.
Palavras, transvestidas de sentido.
Palavras caladas, transvestidas de silêncio.
Obscuros, transvestidos de complexos.
Bois, transvestidos de touros.
Fraquezas, transvestidas de virtudes.
Bagaços, transvestidos de cérebros.
Celas, transvestidas de lares.
Paisanas, transvestidas de drogados.
Lobos, transvestidos de cordeiros.
Pedantes, transvestidos de cultos.
Egos, Transvestidos de Eros.
Lerdos, transvestidos de zen.
Burrice, transvestida de citações.
Água, transvestida de chuva.
Aquário, transvestido de Tevê.
Água, transvestida de vinho.
Água solta, apagando o afago do fogo.
Água mole, sem pedra dura.
Água parada onde estagnam os impulsos.
Água que turva as lentes e enferrujam as lâminas.
Água morna do bom gosto, do bom senso e das boas intenções.
Insípida, amorfa, inodora, incolor.
Água que o comerciante esperto coloca na garrafa para diluir o whisky
Água onde não há seca
Água onde não há sede
Água em abundância
Água em excesso
Água em palavras
Eu apresento a página branca
A árvore sem sementes
O vidro sem nada na frente
Contra a água.
Quadro: A nossa Saúde!
O que escutamos?
1- A água lava tudo com Emilinha Borba
2-Pierro Apaixonado
3-Cordão dos puxa-sacos
4-Cachaça não é água
5-História do Brasil- Almirante
6-Serpentina com Nelson Gonçalves
7-El dia en que me quieras com Osní Silva
8-Mamãe eu quero
BG- Frevo em Maceió
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Quadro: Despertando os Sentidos
Na 1156 edição do ALACAZUM, que foi ao ar no dia 22 de fevereiro de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 Khz AM, oferecemos como estímulo aos sentidos o som da folha de papel, acrescentando as seguintes informações:
A maioria dos historiadores concorda em atribuir a Ts'ai Lun da China a primazia de ter feito papel por meio da polpação de redes de pesca e trapos, e mais tarde usando fibras vegetais. Este processo consistia em um cozimento forte de fibras, após o que eram batidas e esmagadas. A pasta obtida pela dispersão das fibras era depurada e a folha, formada sobre uma peneira feita de juncos delgados unidos entre si por seda ou crina, era fixada sobre uma armação de madeira. Conseguia-se formar a folha celulósica sobre este molde, mediante uma submersão do mesmo na tinta contendo a dispersão das fibras ou mediante o despejo da certa quantidade da dispersão sobre o molde ou peneira. Precedia-se a secagem da folha, comprimindo-a sobre a placa de material poroso ou deixando-a pendurada ao ar. Os espécimes que chegaram até os nossos dias provam que o papel feito pelos antigos chineses era de alta qualidade, que permite, até mesmo, compará-los ao papel feito atualmente.
Curiosidade:
No início da chamada "era dos computadores", previa-se que o consumo de papel diminuiria bastante, pois ele teria ficado obsoleto. No entanto, esta previsão foi desmentida na prática: a cada ano, o consumo de papel tem sido maior.
Quadro: por quê canta o Sabiá?
No quadro: Por quê canta o Sabiá? Que tem por objetivo divulgar atitudes coletivas e individuais de pessoas e instituições locais nacionais e internacionais que contribuam para a convivência harmoniosa e cuidados com planeta terra; atitudes que contribuam para o uso racional dos recursos naturais renováveis e não-renováveis, alternativas ecológicas e principalmente atitudes que resgatem a humanização dos seres humanos que esquecem muitas vezes que são mortais, iguais, que desfrutam de alegrias e dores com outros tantos iguais. Neste domingo, 22 de fevereiro de 2009, o Sabiá-Laranjeira, ave-símbolo do Brasil e também do ALACAZUM, cantou pela ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE EM FAVOR DA VIDA- ABEFAVI, da cidade de Valença, Bahia e coordenado pela senhora SILERINDA XAVIER DE ANDRADE. A associação tem 4 anos de existência e trabalha também pró do récem nascido. Aceita doações de todo tipo. Vamos ajudar?
Convidados da 116° edição do ALACAZUM
Na 116° edição do ALACAZUM, ao ritmo das marchinhas de carnaval, contamos com a presenças de convidados especiais: Gerson Muniz Ferreira, Ana das Castanholas e Crisolêda Mendes. O Sr. Gerson Muniz Ferreira foi vereador por 18 anos. Presidente do Legislativo Municipal da cidade de Valença Bahia, durante os anos de 1965, 1966 e 1968, tendo assumido a prefeitura municipal de Valença, Bahia, no ano de 1966, na condição de presidente da Câmara por que naquele tempo não existia a função de vice-prefeito. Presidente do Rotary Valença por três vezes tendo assumido todos os cargos . Governador do Distrito do Rotary Internacional; Ex- empresário sendo inclusive exportador de produtos da região. Atualmente é fazendeiro. Dono de uma bagagem cultural vastíssima, fruto de inúmeras viagens e informações adquiridas ao longo dos anos. Detalhe: cultiva a arte da declamação e nesta visita ao ALACAZUM, nos ofertou belíssimos poemas inéditos do poeta valenciano, Nilton Libertador.
Dona ANA DAS CASTANHOLAS- é uma figura singular. Tem habilidades artísticas para o canto, dança e toca pandeiro, bandolim e castalholas. Para DONA ANA tudo é motivo de histórias. Nesta visita ao ALACAZUM, DONA ANA que elaborou uma vasta lista de marchinhas (55) onde algumas foram cantadas por ela e noutras vezes acompanhada por dona Crisolêda Mendes.
DONA CRISOLÊDA MENDES- já visitou o ALACAZUM no mês de novembro de 2008, onde relembrou modinhas escritas por seu pai. Nesta edição, dona Crisolêda Mendes, reviveu as marchinhas escritas por seu pai, o senhor Sinô.
O ALACAZUM agradece.
33 lugares para conhecer antes que acabem
Quem é o Pierrot?
O PIERROT- é um personagem da commedia dell'arte, apaixonado pela colombina, mas não é correspondido. Teve como origem o personagem italiano pedrolino.Representa a idealização do amor, é um sonhador, tradicionalmente retratado com uma lágrima escorrendo pelo rosto e vestindo blusa e calças bufantes brancas.
Quem é a Colombina?
Quem é o Arlequim?
O ARLEQUIM- é uma personagem da commedia dell'arte, cuja função no início se restringia a divertir o público durante os intervalos dos espetáculos. Sua importância foi gradativamente afirmando-se e o seu traje, feito de retalhos multicoloridos geralmente em forma de losango, mais ainda o destacava em cena. O Arlequim foi um personagem disseminado no Brasil principalmente através dos blocos carnavalescos de rua. O carnaval nordestino e baiano soube transferir o fenótipo típico do bobo-da-corte para o artista brasileiro, malandro brincalhão cujas peripécias e aventuras sempre acabam prejudicando as pessoas que se relacionam com ele e, vez ou outra, resultam em lições de moral. No Carnaval, o arlequim procura pelas ruas encontrar seu par, a Colombina.
Imagem: Arlequim em um café-Pablo Picasso
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Boletim PNLL n° 143 de 16 a 22/02/2009
Nasce uma Criança Leitora
Toda vez que nasce uma criança na maternidade de Sinhá Castelo, localizada em Caxias, no Maranhão, ela recebe livros infantis. O ato simbólico do projeto Nasce uma Criança Leitora, que integra o Eixo 1 do PNLL (Democratização do Acesso), busca conscientizar os pais da importância do livro para a formação cultural de seus rebentos, bem como da leitura no desenvolvimento dos jovens. Assim, ao mesmo tempo em que facilita o acesso às obras literárias, conscientiza a população carente, além de também oferecer oficinas de narração e leitura de histórias para as mães.
Boletim PNLL n° 143 de 16 a 22/02/2009
Vale-livro, vale-cultura
Durante o Encontro Nacional com os Novos Prefeitos e Prefeitas, realizado em Brasília nos dias 10 e 11 de fevereiro, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, anunciou que o lançamento do vale-cultura deve ocorrer logo após o Carnaval. Trata-se de uma medida que integra o programa Mais Cultura e visa facilitar o acesso da população a livros, CDs e espetáculos artísticos. De modo análogo ao funcionamento do vale-refeição, os trabalhadores vão receber cupons que poderão ser trocados por livros.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
115° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER
Na 115° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 15 de fevereiro de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650Khz AM, oferecemos a continuação do conto: “Sarapalha” de João Guimarães Rosa, crônica: "O momento do Amor", de João do Rio; Conto: “Ela quase disse sim, mas....” de Lima Barreto; oferecemos como estímulo sensorial o som do fósforo; no desafio musical: " A marchinha de carnaval" Bandeira Branca; informamos sobre a origem das marchinas, a origem do carnaval, dos cordões, o por quê rei momo,etc., a produção e seleção musical ficou a cargo de Gugui Martinez. A audiência tem crescido a cada domingo o que demonstra que a proposta cultural do ALACAZUM tem atingido uma extraodinária camada da população local e internacional.
Sentimentos Carnais de Cruz e Sousa
Todo o teu ser e o tornam convulsivo...
Sentimentos indômitos que gritam
Na febre intensa de um desejo altivo.
Ânsia mortais, angústias que palpitam,
Vãs dilacerações de um sonho esquivo,
Perdido, errante, pelos céus, que fitam
Do alto, nas almas, o tormento vivo.
Vãs dilacerações de um Sonho estranho,
Errante, como ovelhas de um rebanho,
Na noite de hóstias de astros constelada...
Errante, errante, ao turbilhão dos ventos,
Sentimentos carnais, vãos sentimentos
De chama pelos tempos apagada...
Cruz e Sousa
O QUE ESCUTAMOS NA 115° EDIÇÃO ALACAZUM?
1- Marchinha: Cidade Maravilhosa
2- Marchinha: Turma do Funil
3- Marchinha: Jardineira
4- Sabor do Frevo com Simão
5- Cadê o Trio com Armandinho, Dodô e Osmar
6- Zé Pereira com Rogério Duprat
7- Marchinha: Allah lá ô
8- Marchinh: Ó abre alas
9- Marchinha: Taí
10- Marchinha: Mulata Le Le Le
11- Marchinha: Está chegando a hora
BG- Marchinha: Vassourinha
João do Rio
Por Thereza Pires
Primeiro homem de imprensa a se interessar pela crônica social, estreou no jornal 'Cidade do Rio' (1899) , fundou, em 1915, a revista Atlântica e em 20, 'A Pátria'. Em 1917, fundou também a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, tendo sido seu primeiro presidente.Foi a Portugal várias vezes.
Fonte:http://mixbrasil.uol.com.br/cultura/biografias/joao/joao.shtm
"O momento do amor"
Chama-se "O momento do amor" esta crônica de João do Rio publicada em 26/2/1916 na Revista da Semana. Pseudônimo de Paulo Barreto, João do Rio aqui se vale de outro pseudônimo, Joe, assinatura de muitos dos seus textos para a Revista. Na voz de um fictício conselheiro, o carnaval é tratado como o tempo do triunfo do amor, uma euforia anual que transcende - ou melhor, transcendia - os dias de folia para resultar em casamentos. Em tempos de exaltação na imprensa a trocas de casais e ao "ninguém é de ninguém", vale revisitar o estilo elegante e sarcástico de João do Rio. Este texto foi retirado da antologia Crônicas efêmeras (Ateliê Editorial).
O conselheiro é um homem encantador. Baudelaire dizia:
"Cá temos um homem que fala do seu coração – deve ser um canalha." O conselheiro não fala do seu coração, mas é um homem sensível. Com 75 anos, teso, bem vestido, correto, possuidor de doze netos e cinco bisnetos, a sua conversa é sempre cheia de alegria e de mocidade. Outra noite, estávamos no seu salão, e de repente rompeu na rua um "zé-pereira".
O conselheiro exclamou:
– Eh! Eh! As coisas esquentam!
Como o conselheiro é idoso, pensei vê-lo atacar os costumes e o carnaval. Para gozar da sua simpatia, refleti:
– Temos cada vez mais a dissolução da moral!
– Quem lhe fala nisso? – indagou o conselheiro. Talvez por ter sido sempre um homem moral nunca precisei de descompor os costumes para julgar-me sério. Sabe o que eu sinto quando ouço um "zé-pereira"?
– Francamente, conselheiro...
– Sinto que chega o grande momento do amor no Rio...
– De fato, a liberdade dos costumes.
– Heim?
– Sim, os préstitos, as cortesãs, a promiscuidade, as meninas de pijama cantando versos pouco sérios, os lança-perfumes, a bacanal...
– Meu filho, quando se chega a uma certa idade, o resultado é tudo. Se quisermos ver nos três dias de carnaval a folia como depravação, posso garantir que as brincadeiras de antanho com o entrudo, os banhos d'água fria, o porta-voz eram livres como as de hoje com os lança-perfumes, os confetes e as serpentinas. Mas não se trata disso. Trata-se de coisa mais séria. Eu casei aos 18 anos, isto é, há quase 58 anos fiz a loucura de tomar por esposa a minha querida Genoveva. Mas, passado o primeiro ano, essa alucinação causou-me tal pasmo que resolvi estudar-lhe as causas. E descobri.
– Quais foram?
– Uma só: o momento do amor!
– Conselheiro!
Há uma época no Rio absolutamente amorosa, quer no tempo da monarquia, quer na República. Consultei estatísticas, observei, indaguei, procedi a inquéritos pessoais... Sabe qual é essa época? A do carnaval! Note você como aumentam os casamentos nos meses seguintes ao carnaval. A maioria das inclinações, dos namoros que terminam em casório, começam no carnaval. Três meses depois estava casado. Cinco dos meus filhos namoraram no carnaval. Minha filha Berenice com 30 anos arranjou o marido que lhe faz a vida feliz, no carnaval. Nove dos meus netos seguiram a regra...
– Mas, conselheiro, se é verdade o que V. Exa. diz, era o caso de fazer uns quatro carnavais por ano...
– Não daria resultado, meu amigo. O carnaval é uma embriaguez d'alegria. Quem se embriaga uma vez por ano não está acostumado. Quem se embriaga quatro, raciocina na bebedeira. Veneza acabou pelo abuso da máscara. Nós acabaríamos pelo abuso do "zé-pereira". Mas uma vez por ano é bem o verão impetuoso do desejo, o momento do amor.
Depois suspirando:
– Aproveite-o você. Eu infelizmente não posso mais. A velhice é como o maître d'hotel da vida. Indica ao cliente o prato ótimo do cardápio e não o come: abre o champanhe e olha apenas a taça. Coma o prato, engula o champanhe. O carnaval chegou!
Agenda Internacionala ALACAZUM
Ficámos a ainda com a agenda de concertos e algumas curiosidades.
Ouve aqui a emissão do dia 15 de Fevereiro de 2009.
http://www.zshare.net/audio/5588297241a15603/
Escute :RADIONOVELA - http://www.radionovela.com.pt/
Aos Domingos das 20h às 21h POPULAR FM 90.9MHz (Lisboa) ou em http://www.popularfm.com/
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Quadro: Por quê canta o Sabiá?
Nesta 115° edição do ALACAZUM, criamos um novo quadro: "Por quê Canta o SABIÁ?" Que tem por objetivo divulgar atitudes coletivas e individuais de pessoas e instituições locais, nacionais e internacionais que contribuam para a convivência harmoniosa e cuidados com o planeta terra. Atitudes que contribuam para o uso racional dos recursos naturais renováveis e não-renováveis, alternativa ecológicas e principalmente atitudes que resgatem a humanização dos seres humanos que esqueçem muitas vezes que são mortais, iguais, que desfrutam de alegrias e dores com outros tantos iguais. Neste domingo, 15 de fevereiro de 2009, o Sabiá-Laranjeira, ave-símbolo do brasil e ave-símbolo do ALACAZUM, cantou para as Obras Sociais da Irmã Dulce.
Marchinha: Ó abre alas
Na 115° edição do ALACAZUM escutamos a marchinha: "Ó abre alas".
Composta em 1899, Ó abre alas é a primeira marcha registrada na História do Carnaval Brasileiro, inaugurando um gênero que seria retomado apenas 20 anos mais tarde, influenciado pelo ragtime e pelas big-bands emergentes na época. Segundo Tinhorão, “foram os ranchos que ao adotarem a formação das procissões religiosas, instituíram um mínimo de disciplina em meio ao caos do carnaval, sugerindo desde logo à maestrina Chiquinha Gonzaga, em 1899, motivo para a marcha ‘Ó abre alas’, declaradamente inspirada na cadência que os negros imprimiam à passeata, enquanto desfilavam cantando suas músicas ‘bárbaras’.”
Origem das Marchinhas de Carnaval
A marcha de carnaval, também conhecida como "marchinha", é um gênero de música popular que esteve no carnaval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60 do século XX, altura em que começou a ser substituída pelo samba enredo.
Na origem foi, no entanto, um estilo musical importado para o Brasil. Descende directamente das marchas populares portuguesas, partilhando com elas o compasso binário das marchas militares, embora mais acelerado, melodias simples e vivas, e letras picantes cheias de duplos sentidos. Marchas portuguesas faziam grande sucesso no Brasil até 1920, destacando-se Vassourinha, em 1912, e A Baratinha, em 1917.
A verdadeira marchinha de carnaval brasileira começou a surgir no Rio de Janeiro com as composições de Eduardo Souto, Freire Júnior e Sinhô, e atingiu o apogeu com intérpretes como Carmen Miranda, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Black-Out, que interpretavam, ao longo dos meados do século XX, as composições de João de Barro, o Braguinha e Alberto Ribeiro, Noel Rosa, Ary Barroso e Lamartine Babo. O último grande compositor de marchinha foi João Roberto Kelly.
O samba é um dos estilos musicais característicos de nosso país. Porém, na disputa entre gêneros, a marchinha reinou soberana nos salões de baile nos carnavais por muitos anos. Elas começaram a fazer sucesso no início do século XX e tinham uma fórmula simples: compassos binários, como a marcha militar, melodias simples e com forte apelo popular. Os temas tratados eram geralmente cotidianos, quando não tinham forte conotação política, o que faz muitas delas continuarem atuais. O duplo-sentido era muito explorado, na tentativa de dar leveza a temas difíceis de serem tratados.
As marchinhas tiveram seu auge nos anos 30, 40 e 50. A primeira música feita exclusivamente para o Carnaval foi a marcha "Ó abre alas", da maestrina Chiquinha Gonzaga, composta em 1899 e que animou os bailes cariocas por três anos consecutivos. No acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS) é possível encontrar livros que narram a trajetória marcante da compositora, como a coleção “História da Música Popular Brasileira”, lançada pela Editora Abril, com texto de José Ramos Tinhorão. Na mesma coleção, Haroldo Lôbo, João de Barro, Alberto Ribeiro e Lamartine Babo também são homenageados, com encartes de vinil incrementados com histórias dos carnavais no início do século e imagens dos bailes da época.
Algumas das marchinhas que fizeram muito sucesso foram: “Chiquita Bacana” (1949), de João de Barro e Alberto Ribeiro, “O Teu Cabelo Não Nega” (1932), dos Irmãos Valença e de Lamartine Babo e “Mamãe eu Quero” (1937), de Jararaca e Vicente Paiva, que levada por Carmen Miranda aos Estados Unidos chegou a ser gravada por Bing Crosby. A pequena notável também tem seu espaço no acervo do MIS. O destaque é o livro “Carmen Miranda” (1985), de Cássio Emmanuel Barsante, que ilustra com muita qualidade toda a carreira da cantora. Do Brasil para a Broadway, Nova Iorque, e o mundo, a vida de Carmen pode ser visualizada em 246 páginas, diagramadas com muitas imagens e cartazes, além da completa discografia e filmografia da artista.
Origem do Carnaval
A origem do carnaval é um assunto controverso. Alguns historiadores associam o começo das festas carnavalescas aos cultos feitos pelos antigos para louvar boas colheitas agrárias, dez mil anos antes de Cristo.
Já outros dizem que seu início teria acontecido mais tarde, no Egito, em homenagem à deusa Ísis e ao Touro Apis, com danças, festas e pessoas mascaradas.
Há quem atribua o início do carnaval aos gregos que festejavam a celebração da volta da primavera e aos cultos ao Deus Dionísio.
E outros ainda falam da Roma Antiga com seus bacanais, saturnais e lupercais em honra aos deuses Baco, Saturno e Pã. Hiram Araújo, em seu livro Carnaval, relata que a origem das festas carnavalescas não tem como ser precisamente estabelecida, mas que deve estar relacionada aos cultos agrários, às festas egípcias e, mais tarde ao culto a Dionísio, ritual que acontecia na Grécia, entre os anos 605 e 527 a.C. Uma coisa, porém é comum a todos: o carnaval tem sua história, como todas as grandes festas, ligada a fenômenos astronômicos ou da natureza.
O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas. A palavra carnaval também apresenta diversas versões e não há unanimidade entre os estudiosos. Há quem defenda que o termo carnaval deriva de carne vale (adeus carne!) ou de carne levamen (supressão da carne).
Esta interpretação da origem etimológica da palavra remete-nos ao início do período da Quaresma que era, em sua origem, não apenas um período de reflexão espiritual como também uma época de privação de certos alimentos, dentre eles, o a carne.
Outra interpretação para a etimologia da palavra é a de que esta derive de currus navalis, expressão anterior ao Cristianismo e que significa carro naval.
Esta interpretação baseia-se nas diversões próprias do começo da primavera, com cortejos marítimos ou carros alegóricos em forma de barco, tanto na Grécia como em Roma.No Brasil, o carnaval era chamado de Entrudo por influência dos portugueses que trouxeram, em 1723, brincadeiras e festejos carnavalescos.
Muitos atribuem o início do nosso carnaval à celebração feita pelo povo para comemorar a chegada da Família Real. As pessoas saíram comemorando pelas ruas com música, usando máscaras e fantasias.
Fonte:http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=29200.0
Carnaval da cidade de São Salvador da Bahia de Todos os Santos
Carnaval de Porto Alegre
Carnaval de Olinda
Outra característica é a mais popular festa de rua do povo brasileiro, onde reúne mais de um milhão de pessoas, durante o evento. São mais de 500 grupos carnavalescos participando.
Evite que seu bife derrube a Amazônia!
As principais fontes de emissão de gases do efeito estufa do Brasil são o desmatamento e as queimadas, que respondem por volta de 70% das emissões nacionais. O principal vetor de desmatamento é a expansão da fronteira agrícola, que por sua vez, empurra a pecuária para a derrubada de mata nativa. Dessa forma, a pecuária tem uma relação direta com o desmatamento e as queimadas, já que a atividade se concentra também em fazendas localizadas no chamado arco do desmatamento da Floresta Amazônica.
O Idec enviou cartas para as três maiores redes varejistas do país, questionando sobre sua preocupação em relação à rastreabilidade da carne bovina vendida por elas: Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart.
As respostas de todos eles foram, para o Idec, insuficientes. Em várias delas, as empresas afirmaram possuir cláusulas contratuais — “garantindo” que não há desmatamento ou trabalho escravo, por exemplo, nas propriedades que produzem a carne que comercializam — porém sem informar se fazem ou como fazem o controle para de fato garantir seu cumprimento.
Só o Grupo Pão de Açúcar detalhou a forma como faz esse controle — restrito a apenas 1% de toda a carne bovina comercializada pela empresa. Mas a iniciativa demonstra que é possível, sim, que os varejistas tenham grande controle sobre a forma como é produzida a carne bovina que o consumidor encontra na gôndola. E que ela deve ser louvada.
Quer saber mais? http://www.climaeconsumo.org.br/default.asp
Quadro: A hora do Conto
Na 115° edição do ALACAZUM, prosseguimos com a leitura do conto: "Sarapalha" de João Guimarães Rosa. Vale ressaltar o envolvimento do ouvinte-leitor com este quadro e principalmente com as leituras de maior duração. Este conto: "Sarapalha", iniciado na 114° edição, empolgou tanto que o público exigiu que continuasse a leitura. Na próxima edição continuaremos. ALACAZUM PARA VOCÊ!
Continuação do conto: ‘SARAPALHA” de João Guimarães Rosa
O rio, lá adiante, vê-se agora a três dimensões; porque o rolo da névoa, alagartado, vai, volta a volta, pela várzea, como fumaça cansada que só quer descer e adormecer.
Primo Ribeiro dormiu mal e o outro não dorme quase nunca. Mas ambos escutaram o mosquito a noite inteira. E o anofelino é o passarinho que canta mais bonito, na terra bonita onde mora a maleita.
É de-tardinha, quando as mutucas convidam as muriçosas de volta para casa, e quando o carapaña rajado mais o mossorongo cinzento se recolhem, que ele aparece, o pernilongo pampa, de pés de prata e asas de xadrez. Entra pelas janelas, vindo dos cacos, das frinchas, das taiobeiras, das bananeiras, de todas as águas, de qualquer lugar.
- Olha o mosquito-borrachudo nos meus ouvidos, Primo!...
- É a zoeira do quinino... Você está tomando demais...
Vem soturno e sombrio. Enquanto as fêmeas sugam, todos os machos montam guarda, psalmodiando tremido, numa nota única, em tom de dó. E, uma a uma, aquelas já fartas de sangue abrem recitativo, esvoaçantes, uma oitava mais baixo, em meiga voz de descante, na orgia crepuscular.
Mas, se ele vem na hora do silêncio, quando o quinino zumbe na cabeça do febrento, é para consolar. Sopra, aqui e acolá, um gemido ondulado e sem pouso... Parece que se ausenta, mas está ali mesmo: a gente chega a sentir-lhe os feixes de coxas e pernas, em linhas quebradas, fazendo cócegas, longas, longas... Arrasta um fio, fino e longínquo, de gonzo, fanho e ferenho, que vem de longe e vai dar no longe... Estica ainda mais o fiapo amarelo de surdina. Depois o enrola e desenrola, zonzo, ninando, ninando...E, quando a febre toma conta do corpo todo, ele parece, dentro da gente, uma música santa, de outro mundo.
Manhãnzinha fria. Quando os dois velhos – que não são velhos – falam, sai-lhes da boca uma baforada branca, como se estivessem pitando. Mas eles ainda não tremem: frio mesmo frio vai ser d´aqui a pouco.
Há mais de duas horas que estão ali assentados, em silêncio, como sempre. Porque, faz muito tempo, entra ano e sai ano, é toda manhã assim. A preta vem com os gravetos e a lenha. Os dois se sentam no cocho, Primo Argemiro da banda do rio, Primo Ribeiro do lado do mato. A preta acende o foguinho. O cachorro corre, muitas vezes, até lá na tranqueira, depois se chega também cá para perto. A preta traz café e cachaça com limão. Primo Argemiro sopra os tições e ajunta as brasas. E, um pouco antes ou um pouco depois do sol, que tem um jeito de aparecer sempre bonito e sempre diferente, Primo Ribeiro diz:
- Ei, Primo, aí vem ela...
-Danada!...
-Olhe` ele aí... o friozinho nas costas...
E quando Primo Ribeiro bate com as mãos nos bolsos, é porque vai tomar uma pitada de pó. E quando Primo Argemiro estende a mão, é pedindo o corniboque. E quando qualquer dos dois apóia a mão no cocho, é porque está sentindo falta-de-ar.
E a maleita é a “danada!; “coitadinho” é o perdigueiro: “eles”, a gente do povoado, que não mais existe no povoado; e “os outros” são os raros viajantes que passam lá em –baixo, porque não quiseram ou não puderam dar volta para pegar a ponte nova, e atalham pelo vau.
Primo Argemiro olha o rio, vendo a cerração se desmanchar. Do colmado dos juncos, se estira o vôo de uma garça, em direção à mata. Também, Primo Argemiro não pode olhar muito: ficam-lhe muitas garças pulando, diante dos olhos, que doem e choram, por si sós, longo tempo.
-Está custando, Primo Argemiro...
-É do remédio... Um dia ele ainda há-de dar conta da danada!...
O sol cresce, amadurece. Mas eles estão esperando é a febre, mais o tremor. Primo Ribeiro parece um defunto – sarro de amarelo na cara chupada, olhos sujos, desbrilhados, e as mãos pendulando, compondo o equilíbrio, sempre a escorar dos lados a bambeza do corpo. Mãos moles, sem firmeza, que deixam cair tudo quanto ele queira pegar. Baba, baba, cospe, cospe, vai fincando o queixo no peito: e trouxe cá para fora a caixinha de remédio, a cornicha de pó e mais o cobertor.
- O seu inchou mais, Primo Argemiro?
-Olha aqui como é que está... E o seu, Primo?
- Hoje está mais alto.
-Inda dói muito?
- Melhorou.
É da passarinha. No vão esquerdo, abaixo das costelas, os baços jamais cessam de aumentar. E todos os dias eles verificam qual foi o que passou à frente.
Um barulho. É o cachorro magro, que agita as orelhas dormindo, e dorme alertado, com o focinho cúbico encostado no chão.
Primo Argemiro espera um pouco. Aí, ele se espanta. De há muito anos, dia trás dia, tem a hora do perdigueiro dormir ali perto, e a horinha do perdigueiro sacudir as orelhas, que é o momento de Primo Ribeiro dizer:
- Vida melhor do que a nossa...
Para Primo Argemiro, eternamente, responder:
- É sim...
E agora, Primo Ribeiro não falou. Por quê? Ficou mudo, espiando as três galinhas, que ciscam e catam por ali. Por quê?... Está desfiando a beirada do cobertor, com muita nervosia de unhas. É preciso perguntar-lhe alguma coisa.
-Será que chove, Primo?
-- Capaz.
- Ind`hoje? Será?
-Manhã.
-Chuva brava, de panca?
-Às vez...
-Da banda de riba?
- De trás.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Quadro: Desafio Musical
Na 115° edição do ALACAZUM, que foi ao ar no dia 15 de fevereiro de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 kHZ AM, oferecemos como desafio musical a machinha de carnaval: "Bandeira Branca". Esta marchinha foi composta para o carnaval de 1970. Gravada por Dalva de Oliveira. Foi o último grande sucesso tanto de Dalva como das músicas ditas carnavalescas porque predominavam as músicas compostas para as escolas de samba tipo, samba-enredo. Segue a letra da música.
Por quê o uso da bandeira branca?
Quadro: Despertando os sentidos
. É um elemento químico de símbolo P, número atômico 15 (15 prótons e 15 elétrons) e massa atómica igual a 31 u.O fósforo , vem do grego “ phosphorus”- portador de luz. Antigo nome do planeta Vênus, foi descoberto pelo alquimista alemão Henning Brand em 1669, na cidade de Hamburgo, ao destilar uma mistura de urina e areia na procura da pedra filosofal. Ao vaporizar a uréia obteve um material branco que brilhava no escuro e ardia com uma chama brilhante. Ao longo do tempo, as substâncias que brilham na obscuridade passaram a ser chamadas de fosforescentes. Brand, a primeira pessoa conhecida a descobrir o elemento químico, manteve esta descoberta por um tempo em segredo. Na Mitologia Grega, Fósforo (ou Eósforo) era um Deus Menor retratado como um cavaleiro armado com uma tocha. Sendo o representante do Planeta Vênus (que apenas era identificado com a Deusa do Amor, pelos romanos), Fósforo foi, mais tarde, com o advento do Cristianismo, identificado com a figura de Lúcifer, o Anjo portador da Luz que, por sua vaidade, caiu ao se julgar superior a Deus.
Os fósforos feitos em papelão apareceram anos mais tarde e o responsável por esta invenção foi Joshua Pusey, um conhecido advogado americano da Pensilvânia que amava fumar charutos. Um dia, Joshua foi convidado para jantar pelo prefeito da Filadélfia e ao se vestir, reparou que a caixa de fósforos que levava no bolso de seu colete era grande demais. Joshua Pusey levou adiante uma idéia e em 1889 patenteou fósforos de papelão, mas oito anos se passaram antes que alguém mostrasse interesse por seu invento. Fato que ocorreu em 1897, quando a Companhia de Ópera Mendelsohn o procurou. Eles queriam algo de diferente para divulgar a abertura da estação nova-iorquina. Pusey então, utilizou fósforos de papel com o nome da companhia impresso. A partir daí, os fósforos de papelão começaram a vender com incrível rapidez. Anos mais tarde, Joshua Pusey vendeu sua patente para a Diamond Match Company.
No Brasil, os palitos de fósforo são vendidos em caixinhas, que além de proporcionar o fogo, geralmente, a cozinha do brasileiro, é usada como instrumento de percussão de baixa renda. Em rodas de Samba, alguns ritmistas usam a caixinha de fósforos como marcador de ritmo para os enredos, ou alguns seresteiros usam a mesma como chocalho para incrementar o ritmo original do violão.
Mais de 500 bilhões de fósforos são usados a cada ano.
POR QUE OS CORDÕES?
O nome parece derivar de um grupo de pessoas que se sucedem e não do fato de haver uma corda circundando os componentes. Entre a principal característica dos cordões estava o fato de ser formado por grupos de foliões mascarados com feições de velhos, palhaços, diabos, reis, rainhas, índios, baianas, entre outros, conduzidos por um mestre obedecendo a um apito de comando. Seu conjunto instrumental costumava ser excusivamete de percussão.
Os primeiros registros de cordões datam de 1886, quando é fundado o Estrela da Aurora, e 1895, com o Teimosos Carnavalescos. Em 1902 começa a Era dos Cordões na cidade do Rio de Janeiro, quando 200 cordões são licensiados pela polícia. Datam dessa época os cordões Estrela de Dois Diamantes, Filhos da Primavera, Filhos do Poder de Ouro, Destemidos do Catete, Maçãs de Ouro, Rainha das Chamas e Triunfo da Glória. Em 1906, o jornal Gazeta de Notícias organiza o primeiro concurso de cordões.
Porém, já em 1911, os ranchos começam a substituir os cordões no Carnaval carioca. Em 1918, surge o Cordão do Bola Preta, que na verdade nunca foi um cordão, mas sim um bloco que desejava, segundo seu próprio estatuto, "reviver as tradições dos antigos cordões", uma mostra de que já àquela época os cordões já estavam praticamente extintos no Rio de Janeiro. Com a satanização dos cordões promovida pela elite intelectual do país, bem como pela imprensa, estes começaram a se denominar blocos, ou se transformaram em ranchos. Ironicamente, o primeiro concurso do qual participou o Ameno Resedá, o maior dos ranchos cariocas, foi a "Festa dos Cordões".
Quadro: A nossa Saúde!
Este quadro tem como objetivo mostrar a importância da água na vida dos seres humanos e estimular para que as pessoas consumam água diariamente para um melhor funcionamento das funções vitais do corpo.
A vida e a água, são dois temas indissociáveis. Nenhum ser vivo pode prescindir da água, por isso esta relação marca as possibilidades de vida que temos como espécie humana juntamente coma s demais espécies que habitam o planeta terra. Por ser um elemento fundamental para a vida, a água é o centro articulador entre a natureza e a sociedade. Contaminar a água é como contaminar a própria vida, já que o ciclo biológico reprodutivo e alimentício dos seres humanos e das diversas espécies de flora e fauna acaba afetado. A água representa aproximadamente 70% do peso corporal dos seres humanos. Se uma pessoa perde 10% da água de seu corpo sua vida está em situação de risco. E se perde 20% a condição é tão grave que pode levar à morte. Sabe-se que uma pessoa deve ingerir diariamente uma quantidade de água que represente pelo menos 3% de seu peso o que significa que a média necessária de água por pessoa, é aproximadamente 2 litros por dia.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Lima Barreto
- Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro em 1881 e aqui morreu em 1922. Estudou engenharia, mas interrompeu o curso e foi ser funcionário da secretaria do Ministério da Guerra. Dedicou-se, desde o tempo de estudante, às letras. Escreveu nas principais revistas de sua época, como "Fon-Fon", "Careta", "O Malho", "Brás Cubas" e muitas outras. Grande parte de sua notável obra literária foi de cunho satírico e humorístico, servindo de exemplo "Os Bruzundangas" e "Triste Fim de Policarpo Quaresma". Merecem também destaques seus romances "Recordações do Escrivão Isaias Caminha", "Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá" e "Clara dos Anjos". Deixou muitos contos, além dos constantes de seu livro "Histórias e Sonhos".
Quase ela deu o "sim", mas...
(mantida a grafia da época)
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Rei Momo
Na 115° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, que foi ao ar no dia 15 de fevereiro de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650Khz AM, o tema foi: Marchinhas e curiosidades sobre o carnaval, uma destas informações foi a respeito do rei momo.
A mitologia grega trata Momo, filho do Sono e da Noite, como o deus da zombaria, do sarcasmo, da galhofa, do delírio, da irreverência e do achincalhe. Diante do seu costume de criticar e ridicularizar os outros deuses, a divindade maior do Olimpo perdeu a paciência com ele e o despachou para a Terra, onde o divino deportado passou a ser representado por um jovem tirando a máscara e mostrando o rosto zombeteiro, ao mesmo tempo em que sacudia guizos e apresentava o estandarte da folia que era a razão da sua existência.
A coroação de um rei Momo na Terra vem de longa data, pois houve tempo em que na Roma antiga, durante a realização de determinadas festas, o soldado escolhido como o mais belo de todos era quem recebia a coroa de monarca brincalhão, o que lhe dava o direito de comer, beber e brincar até esgotar totalmente suas forças, sem que ninguém o impedisse de fazer coisa alguma.
Depois de finda a farra, e ao contrário do que acontece hoje em dia, ele era solenemente levado ao altar do deus Saturno e ali sacrificado com todas as honras que merecia. A figura de Momo no carnaval brasileiro surgiu em 1933, no Rio de Janeiro, graças a um cronista esportivo do jornal “A Noite” que apresentou aos carnavalescos um boneco feito em papelão e sugeriu sua indicação como comandante da folia.
Esse boneco desfilou no centro da cidade, sendo depois colocado em seu trono para presidir de forma simbólica as comemorações daquele ano. Mas como os proprietários do jornal não se contentaram com o resultado conseguido, foi então iniciada uma campanha para escolher um rei de carne e osso, que acabou sendo o muito gordo Moraes Cardoso, responsável pela seção de turfe da empresa jornalística. Após ser vestido como rei e saudado com um “Vive le Roi” pelos seus colegas de redação, o jornalista desfilou pelas ruas da cidade, onde foi saudado com muita serpentina, confete e lança-perfume. Estava criada, assim, a figura do rei Momo, primeiro e único.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
114° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER
Tristeza do Infinito
Uma tristeza ociosa,
Sem objetivo, latente,
Vaga, indecisa, medrosa.
Ondula, vagueia, oscila
E sobe em nuvens de fumo
E na minh´alma se asila.
Fico nela meditando
E meditando, por tudo
E em toda a parte sonhando.
De não sei quando nem como...
Flor mortal, que dentro esconde
Sementes de um mago pomo.
Esparsas, indefinidas...
Como almas vagas, desertas
No rumo eterno das vidas.
Tristeza sem causa forte,
Diversa de outras tristezas,
Nem da vida nem da morte
Gerada nas correntezas...
Tristezas de outros espaços,
De outros céus, de outras esferas,
De outros límpidos abraços,
De outras castas primaveras.
Com volúpias tão sombrias
Que as nossas almas alagam
De estranhas melancolias.
Sem origens prolongadas,
Sem saudades deste mundo,
Sem noites, sem alvoradas.
E acabam na Realidade,
Através do mar tristonho
Abstrata, como si fosse
A grande alma do sensível
Magoada, mística, doce.
Abismo, mistério aflito,
Torturante, formidável...
Ah! Tristeza do Infinito!
Cruz e Sousa
Zeca do Trombone
Glauco Mattoso
RHAPSODIA [1975] GLAUCO MATTOSO
Quadro: Desafio Musical
Na 114° edição do ALACAZUM oferecemos como desafio musical, a música: “Fica comigo esta noite” na voz da cantora romântica e popular, Núbia Lafaiente.
Quadro: A hora do brinde
A vida e a água, são dois temas indissociáveis. Nenhum ser vivo pode prescindir da água, por isso esta relação marca as possibilidades de vida que temos como espécie humana juntamente coma s demais espécies que habitam o planeta terra. Por ser um elemento fundamental para a vida, a água é o centro articulador entre a natureza e a sociedade. Contaminar a água é como contaminar a própria vida, já que o ciclo biológico reprodutivo e alimentício dos seres humanos e das diversas espécies de flora e fauna acaba afetado. A água representa aproximadamente 70% do peso corporal dos seres humanos. Se uma pessoa perde 10% da água de seu corpo sua vida está em situação de risco. E se perde 20% a condição é tão grave que pode levar à morte. Sabe-se que uma pessoa deve ingerir diariamente uma quantidade de água que represente pelo menos 3% de seu peso o que significa que a média necessária de água por pessoa, é aproximadamente 2 litros por dia.
Mamão: Carica Papaia
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Beijinho, beijinho
No carro, depois da festa, o Marinho comentou:
- Bonito, o discurso do Amaro.
-Não dou dois meses para eles se separarem – disse a Nair
- O quê?
-Marido, quando começa a elogiar muito a mulher...
Nair deixou no ar todas as implicações da duplicidade masculina.
-Mas eles parecem cada vez mais apaixonados – protestou Marinho.
- Exatamente. Apaixonados demais. Lembra o que eu disse quando a Janice e o Pedrão começaram a andar de mãos dadas?
- É mesmo...
- Vinte anos de casados e de repente começaram a nadar de mãos dadas?
- È mesmo...
-E não deu outra. Divórcio e litigioso.
-Você tem razão.
- E o Mário com a coitada da Marli? De uma hora para outra? Beijinho, beijinho, “Mulher formidável” e descobriram que ele estava de caso com a gerente da loja dela.
-Você acha então, que o Amaro tem outra?
- Ou outras.
Nem duas de 17 estavam fora de cogitação.
-Acho que você tem razão, Nair. Nenhum homem faz uma declaração daquelas assim, sem outros motivos.
-Eu sei que tenho razão.
-Você tem sempre razão, Nair.
- Sempre, não sei.
- Sempre. Você é inteligente, sensata, perspicaz e invariavelmente acerta na mosca. Você é uma mulher formidável, Nair.
Durante algum tempo, só se ouviu, dentro do carro, o chiado dos pneus no asfalto. Aí Nair perguntou:
-Quem é ela, Marinho?
Luis Fernando Veríssimo