Os Cordões, assim como os Ranchos, Blocos, Clubes e Sociedades, eram formados por grupos de foliões que invadiam as ruas do Rio de Janeiro durante o carnaval a partir da segunda metade do século XIX.
O nome parece derivar de um grupo de pessoas que se sucedem e não do fato de haver uma corda circundando os componentes. Entre a principal característica dos cordões estava o fato de ser formado por grupos de foliões mascarados com feições de velhos, palhaços, diabos, reis, rainhas, índios, baianas, entre outros, conduzidos por um mestre obedecendo a um apito de comando. Seu conjunto instrumental costumava ser excusivamete de percussão.
Os primeiros registros de cordões datam de 1886, quando é fundado o Estrela da Aurora, e 1895, com o Teimosos Carnavalescos. Em 1902 começa a Era dos Cordões na cidade do Rio de Janeiro, quando 200 cordões são licensiados pela polícia. Datam dessa época os cordões Estrela de Dois Diamantes, Filhos da Primavera, Filhos do Poder de Ouro, Destemidos do Catete, Maçãs de Ouro, Rainha das Chamas e Triunfo da Glória. Em 1906, o jornal Gazeta de Notícias organiza o primeiro concurso de cordões.
Porém, já em 1911, os ranchos começam a substituir os cordões no Carnaval carioca. Em 1918, surge o Cordão do Bola Preta, que na verdade nunca foi um cordão, mas sim um bloco que desejava, segundo seu próprio estatuto, "reviver as tradições dos antigos cordões", uma mostra de que já àquela época os cordões já estavam praticamente extintos no Rio de Janeiro. Com a satanização dos cordões promovida pela elite intelectual do país, bem como pela imprensa, estes começaram a se denominar blocos, ou se transformaram em ranchos. Ironicamente, o primeiro concurso do qual participou o Ameno Resedá, o maior dos ranchos cariocas, foi a "Festa dos Cordões".
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