sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Celulares

Na 114° edição do ALACAZUM, ofertamos como leitura o seguinte texto de Luís Fernando Veríssimo:


Meu celular, disse um, mostra quem está chamando, e se é um chato avisa.
O meu, disse o outro, acessa a internet, faz café e profetiza.
O meu é gravador, relógio, fax, macaco e granada de mão, e ainda faz logaritmos, disse um terceiro, é legal!
O meu, disse outro, codifica, decodifica e toca o hino nacional. E quando se perde, me chama.
E o meu? E o meu? Disse o quinto, pra não ficar atrás.
O seu o que que faz?
O meu, disse o quinto, me ama.

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