Publicado no Facebook dia 25 de maio de 2017
Valença está cheia de “esperança”. Esta foi a frase, acompanhada de uma fotografia do inseto Tettigonia Viridissima, postada na página do facebook do amigo Fábio Aguiar, que eu li e imediato lembrei de Clarice Lispector, no texto: “Uma esperança” , quando inicia dizendo:
“Aqui em casa pousou esperança. Não a clássica que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto”.
Sim, Valença Bahia, está sendo visitada por esperanças que se multiplicam em inúmeras esperanças espalhadas pelas ruas, nas casas, nos quintais. A princípio levei pelo lado poético e fiquei feliz em saber que Valença está cheia de esperança. Pode ser um bom sinal. Pensei comigo mesma. Mais depois, quando prosseguir “bisbilhotando” a postagem com a leitura dos comentários, fiquei informada que em outros lugares também, a esperança visitou. São eles: Taperoá, Ituberá, Presidente Tancredo Neves, Rio de Janeiro. Em um momento tão difícil que passa a economia e a política brasileira, a chegada de esperança mesmo que seja em forma de insetos, sempre anima o coração da gente.
Se a esperança, apenas visitasse a cidade de Valença Bahia, a felicidade estaria completa entretanto com a constatação de outros locais, fiquei preocupada.
Seria um desequilibrio ecológico?
Fui pesquisar. Verdade que estes insetos não são predadores como os gafalhotos que destroem as lavouras e não são irritantes quando invadem as nossas casas, tipo o grilo. Cri, cri, cri, cri.
É com o final da estação outono, que estes insetos, morrem. Antes, porém, depositam os seus ovos na terra e estes conseguem sobreviver por todo o inverno. E voltam a nascer na primavera até a vida adulta no verão. Muitos que foram encontrados mortos, é por que cumpriram o ciclo. Na página do Fábio Aguiar, li o seguinte comentário:
“ Meu filho tentou salvar uma (esperança) essa noite, quase que não dorme querendo cuidar”.
Esta atenção do Fábio, em estar atento ao movimento da cidade, é importante para gerar diálogo e interações. Mais também a facilidade de comunicação proporcionada pelas ferramentas eletrônicas são responsáveis por divulgação de notícias que em outros tempos passou despercebido.
Será que estes insetos sempre visitaram Valença nesta estação ?
Eu não lembro. Recordo, sim, das tanajuras.
“Caí, caí, tanajura, na panela da gordura!
Quem lembra?
E saíamos, todos, meninas e meninos, pela rua afora – por que não tinham carros desgovernados naquela época para nos matar – atrás destes insetos e me desculpe a franqueza, com um espeto na mão.
Ah! tempo bom aquele!
Por que será que lembro da tanajura, dos tempos de minha infância e não lembro da esperança?
Deve ser por que naquele tempo, a esperança ficava guardada dentro da arca, bem lá no fundo, para caso de emergência.
Estava por escrever esta crônica sobre a esperança, no exato dia em que li a postagem na página do Fábio, e por algum motivo não fiz. Acontece que hoje, o amigo Iraildo, que trabalha na Pizzaria Os Martinez, trouxe-me um presente, enviado por sua mãe, a Dona Rita.
Advinha?
Livros e algumas frutas de rambutan. Os dois livros, ofertados por Dona Rita, têem como título: Esperança.
Vejam só quanta providência.
O tempo, é de esperanças. E ela, como parte da sabedoria dos tempos, apresenta-nos em formas diversas, sejam insetos, livro, leitura ou o próprio sentimento.
E Zefini!
Valença, Bahia, 25 de maio de 2017
Valença está cheia de “esperança”. Esta foi a frase, acompanhada de uma fotografia do inseto Tettigonia Viridissima, postada na página do facebook do amigo Fábio Aguiar, que eu li e imediato lembrei de Clarice Lispector, no texto: “Uma esperança” , quando inicia dizendo:
“Aqui em casa pousou esperança. Não a clássica que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto”.
Sim, Valença Bahia, está sendo visitada por esperanças que se multiplicam em inúmeras esperanças espalhadas pelas ruas, nas casas, nos quintais. A princípio levei pelo lado poético e fiquei feliz em saber que Valença está cheia de esperança. Pode ser um bom sinal. Pensei comigo mesma. Mais depois, quando prosseguir “bisbilhotando” a postagem com a leitura dos comentários, fiquei informada que em outros lugares também, a esperança visitou. São eles: Taperoá, Ituberá, Presidente Tancredo Neves, Rio de Janeiro. Em um momento tão difícil que passa a economia e a política brasileira, a chegada de esperança mesmo que seja em forma de insetos, sempre anima o coração da gente.
Se a esperança, apenas visitasse a cidade de Valença Bahia, a felicidade estaria completa entretanto com a constatação de outros locais, fiquei preocupada.
Seria um desequilibrio ecológico?
Fui pesquisar. Verdade que estes insetos não são predadores como os gafalhotos que destroem as lavouras e não são irritantes quando invadem as nossas casas, tipo o grilo. Cri, cri, cri, cri.
É com o final da estação outono, que estes insetos, morrem. Antes, porém, depositam os seus ovos na terra e estes conseguem sobreviver por todo o inverno. E voltam a nascer na primavera até a vida adulta no verão. Muitos que foram encontrados mortos, é por que cumpriram o ciclo. Na página do Fábio Aguiar, li o seguinte comentário:
“ Meu filho tentou salvar uma (esperança) essa noite, quase que não dorme querendo cuidar”.
Esta atenção do Fábio, em estar atento ao movimento da cidade, é importante para gerar diálogo e interações. Mais também a facilidade de comunicação proporcionada pelas ferramentas eletrônicas são responsáveis por divulgação de notícias que em outros tempos passou despercebido.
Será que estes insetos sempre visitaram Valença nesta estação ?
Eu não lembro. Recordo, sim, das tanajuras.
“Caí, caí, tanajura, na panela da gordura!
Quem lembra?
E saíamos, todos, meninas e meninos, pela rua afora – por que não tinham carros desgovernados naquela época para nos matar – atrás destes insetos e me desculpe a franqueza, com um espeto na mão.
Ah! tempo bom aquele!
Por que será que lembro da tanajura, dos tempos de minha infância e não lembro da esperança?
Deve ser por que naquele tempo, a esperança ficava guardada dentro da arca, bem lá no fundo, para caso de emergência.
Estava por escrever esta crônica sobre a esperança, no exato dia em que li a postagem na página do Fábio, e por algum motivo não fiz. Acontece que hoje, o amigo Iraildo, que trabalha na Pizzaria Os Martinez, trouxe-me um presente, enviado por sua mãe, a Dona Rita.
Advinha?
Livros e algumas frutas de rambutan. Os dois livros, ofertados por Dona Rita, têem como título: Esperança.
Vejam só quanta providência.
O tempo, é de esperanças. E ela, como parte da sabedoria dos tempos, apresenta-nos em formas diversas, sejam insetos, livro, leitura ou o próprio sentimento.
E Zefini!
Valença, Bahia, 25 de maio de 2017
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