sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ 2012!

Poucos dias para a finalização do calendário 2011, encontro a professora Suzana Braga e porque é propicia a ocasião, recorda-se ela de um texto que escrevi por esta mesma época.

-Eu escrevi? Indaguei.

-Sim, ela afirmou. Eu li no blog do Alacazum Palavras para Entreter.

Por alguns segundos puxei um fio da memória para evidenciar à luz desta realidade o que havia escrito naquela época. Confesso que a tentativa foi inútil. Entretanto isso foi suficiente para mobilizar-me em averiguar no blog (http://alacazum.blogspot.com/search?updated-min=2010-01-01T00:00:00-03:00&updated-max=2011-01-01T00:00:00-03:00&max-results=50 ) o que havia escrito e estimular a vontade de escrever um novo texto.

Quantas coisas ficaram adormecidas no espaço de tantos calendários vividos?

Quantas realmente doem, latejam, pulsam, estremecem, lacrimejam, roncam, gritam e explodem em nossas vidas para que ao final do ano a gente recorde?

Apenas os incômodos, as decepções, os desencantos, os constrangimentos alfinetam em nossas mentes exalando odores nauseabundos em nosso corpo ao ponto de causar gastrites, úlceras e cânceres?

Quantas vezes lançamos no lixo do esquecimento gentilezas, flores, recados deixados em papel de embrulho por alguém que aparentemente não faz parte da nossa vida?

E por que nos esquecemos de lembrar as pequenas coisas?

Por que no jogo que participamos diariamente há um bombardeamento de informações que não cabem em nosso armário alcunha cérebro.

Por que motivo, armazenar tantas coisas se a um simples comando dos meus dedos tenho o mundo diante dos meus olhos e ouvidos?

Não é apenas um antigo calendário que termina, com ele encerram-se secretas e silenciosas páginas que clandestinamente nos abordaram, mas foram arrastadas pelo vento da rotina e agora não podemos resgatá-las. Só quando alguém (este bendito ser chamado “amigo”, “amiga”) que de repente nos aborda e acende a lâmpada da recordação.

Quisera lembrar de todas as pequenas coisas que me abordaram durante o ano de 2011 e nesta passagem do 31 para o 1° como em uma retrospectiva beijar novamente, abraçar outra vez, dizer que amo olhando nos olhos e reconhecer no outro a parte mais frágil de um mesmo. Entretanto não quero parar o tempo, voltar a palavra mal dita, atrasar a ida. Tudo que foi dito ou omitido tudo que se deixou romper, desbotar, ir-se, vale para a aprendizagem do prosseguir “SEMPRE”.

O que a gente tem mesmo que lembrar é de VIVER!

Viver cada dia como se fora o último.

E amar. Amar e Malamar como disse Drummond em seus versos:

Que pode uma criatura senão,

Entre criaturas, amar?

Amar e esquecer,

Amar e malamar,

Amar, desamar, amar?

Sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,

Sozinho, em rotação universal, senão

Rodar também, e amar?

Amar o que o mar traz à praia,

O que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,

É sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,

O que é entrega ou adoração expectante,

E amar o inóspito, o áspero,

Um vaso sem flor, um chão de ferro,

E o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,

Distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,

Doação ilimitada a uma completa ingratidão,

E na concha vazia do amor a procura medrosa,

Paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa

Amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

Em 2012, 110 anos de nascimento de Carlos Drummond de Andrade.

Texto de Celeste Martinez


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

CARAVANA ARCOIRIS POR LA PAZ - WIPALA




Camila

No dia 26 de dezembro quem passou pela rua Quintino Bocaiúva ( onde está localizada a Pizzaria OS MARTINEZ) observou um caminhão colorido estacionado. Era a Caravana Arcoiris por la paz- WIPALA. Cujo destino: a cidade de Ituberá, no Universo Paralello. Eles foram convidados para apresentar a nova proposta de comida viva. Uma alternativa na alimentação onde exclui a carne utilizando vegetais. Vale investigar um pouco mais sobre esse assunto. A apresentadora do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, Celeste Martinez, conversou com os integrantes da caravana arcoiris por la paz que já visitaram mais de 16 país da America Latina.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Lô Borges: Um Girassol da cor dos teus cabelos


Na 249° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 18 de dezembro de 2011, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a música: Um girassol da cor dos teus cabelos na interpretação de Lô Borges.

Cantiguinha de Verão, de Mário Quintana


Na 249° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 18 de dezembro de 2011, das 8 ás 9 h da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a poesia de Mário Quintana.

Cantiguinha de Verão

Anda a roda
Desanda a roda

E olha a lua a lua a lua!

Cada rua tem a sua roda
E cada roda tem a sua lua

No meio da rua
Desanda a roda: Oh,

Ficou a lua
Olhando em roda...

Triste de ser uma lua só!

Mário Quintana

Crédito da imagem: Google

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Alceu Valença: Girassol

Na 249° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 18 de dezembro de 2011, das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a belíssima música: Girassol com Alceu Valença.

Como a aranha salvou o menino Jesus de Luís da Câmara Cascudo


Na 249° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 18 de dezembro de 2011, das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a história: Como a aranha salvou o menino Jesus de Luís da Câmara Cascudo retirado do livro: Contos tradicionais do Brasil.

Fugindo para o Egito, Nossa Senhora, seu Bento Filho e São José eram perseguidos pelos soldados do rei Herodes. Como os inimigos iam avançando sempre, a Sagrada Família estava cada vez mais arriscada a cair nas mãos dos carrascos.
Numa tarde, São José avistou uma gruta e entrou com Nossa Senhora para descansar. Uma aranha que estava na abertura teceu uma longa teia tomando toda a entrada da gruta. Logo depois chegaram os soldados no rasto do jumentinho que carregava Nossa Senhora e seu Divino Filho. Vieram até a caverna e pretendiam entrar quando o comandante reparando na teia de aranha, exclamou:
- Nem devemos perder tempo, companheiros! Aí dentro não tem viva alma. Reparem que há uma teia de aranha na boca dessa furna. Se alguém tivesse entrado a teia estava rasgada. E, como estão vendo, está inteira e perfeita. Vamos embora.
E foram embora. A Sagrada Família dormiu tranquilamente a noite e na manhã seguinte. Nossa Senhora abençoou a aranha e sua teia, que haviam defendido o Menino-Deus.
Por isso não devemos matar aranha porque dá infelicidade.

Benvenuta de Araújo, Natal, Rio G. do Norte

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Na 248° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER


Na 248° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 4 de dezembro de 2011, das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a beleza dos versos de Fernando Pessoa.


Segue o teu destino

Rega as tuas plantas,

Ama as tuas rosas,

O resto é a sombra

De árvores alheias.

A realidade

Sempre é mais ou menos

Do que nós queremos.

Só nós somos sempre

Iguais a nós- próprios.

Suave é viver só.

Grande e nobre é sempre

Viver simplesmente.

Deixa a dor nas aras

Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.

Nunca a interrogues.

Ela nada pode

Dizer-te. A resposta

Está além dos deuses.

Mas serenamente

Imita o Olimpo

No teu coração.

Os deuses são deuses

Porque não se pensam.

Fernando Pessoa

Compostagem


Na 248° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 4 de dezembro de 2011, das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 na interação com o público discutimos sobre a importância da compostagem.

Quando ela fala, de Machado de Assis

Na 248° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 4 de dezembro de 2011, das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a poesia: Quando ela fala, de Machado de Assis.

Quando ela fala, parece
Que a voz da brisa se cala;
Talvez um anjo emudece
Quando ela fala.

Meu coração dolorido
As suas mágoas exala,
E volta ao gozo perdido
Quando ela fala.

Pudesse eu eternamente,
Ao lado dela, escutá-la,
Ouvir sua alma inocente
Quando ela fala.

Minha alma, já semimorta,
Conseguira ao céu alçá-la
Porque o céu abre uma porta
Quando ela fala.


OTTO MTV


Na 248° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 4 de dezembro de 2011, das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a música: Pra quem tá quente com Otto MTv.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Judas, com Raul Seixas


Na 248° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 4 de dezembro de 2011, das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos a belíssima música na voz saudosa de Rauzito.

Expressão Popular: Onde Judas perdeu as botas

Na 248° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 4 de dezembro de 2011, das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 informamos sobre a expressão popular: Onde Judas perdeu as botas, retirado do site:http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br

Na opinião de Mário Prata, escritor e roteirista mineiro, a expressão “onde judas perdeu as botas” significa simplesmente um lugar distante e inacessível, e sua origem é explicada da seguinte maneira: "depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar, enforcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele. Lo-go os soldados partiram em busca das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é omissa daí para frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos".