domingo, 25 de novembro de 2007

LIVRO: "CANTADORES" DO LEONARDO MOTA


Na 60ª edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, Celeste Martinez interpretou as quadras de amor do poeta repentista Cearense, João Mendes de Oliveira, retirado do livro: "Cantadores" do professor Leonardo Mota.
PASSEI PONTE, PASSEI RIO,
PASSEI TAMBÉM UM RIACHO:
QUANTO MAIS VEZ EU TE VEJO,
MAIS BONITINHA EU TE ACHO...
EU QUERO FALÁ CONTIGO
DEBAIXO DUM BOM SOMBRIO,
ONDE NÃO VENTE NEM CHOVA,
NÃO FAÇA CALÔ NEM FRIO.
DESDE A HORA EM QUE TE VI,
PERDIDO POR TI FIQUEI:
SE EU DE TI NÃO FÔ VALIDO,
NÃO SEI MAIS DE QUEM SEREI...
O MEU PÉ DE CRAVO BRANCO,
MINHA VARANDA DE PRATA,
TUA CHEGADA ME ALEGRA,
TUA SAÍDA ME MATA.
ESCREVI PRO CÉU SABENDO
TOU À ESPERA DO DESPACHO:
UM CORPO COMO ESSE TEU
CAÇO NA TERRA E NÃO ACHO!
QUEM TIVÉ SEU BEM NA VIDA
NÃO DIGA QUE SÓ É SEU:
QUANDO VÊ-LO EM BRAÇOS DE OUTRO,
HÁ DE CHORÁ CUMO EU!
João Mendes de Oliveira, o cantador de Juazeiro (Ceará)

PROVÉRBIOS POPULARES: "A PREGUIÇA É A MÃE DE TODOS OS VÍCIOS"

Celeste Martinez, idealizadora, produtora e apresentadora do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER em sua 60ª edição.

OPORTUNIZAMOS A DIVULGAÇÃO DE TUA MARCA NA HORA DO BRINDE

O programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, oportuniza aos empreendedores cujo produto seja "água" a divulgação de seu produto dentro do quadro: A HORA DO BRINDE. Contatos: (75) 8133 6005 ou endereço eletrônico: alacazum@hotmail.com

1º CONCURSO ALACAZUM DE LITERATURA

O programa radiofônico: ALACAZUM, PALAVRAS PARA ENTRETER, institui o primeiro concurso ALACAZUM de literatura, aberto a todos os países de lingua hispano-americano. Poderão participar qualquer pessoas que tenha afinidade com a literatura, compreendendo os seguintes requisitos:
1- o texto deve se restringuir a uma lauda em qualquer estilo literário : poesia, conto, crônica, cordel, etc.,
2-serão aceitos textos no idioma espanhol desde que seus autores autorizem a produção do ALACAZUM, traduzir para o idioma português,
3- o prazo de entrega dos trabalhos , é até o dia 31 de dezembro de 2007,
4- os textos poderão ser enviados para o seguinte endereço eletrônico: alacazum@hotmail.com 5-os textos serão avaliados conforme a contextualização do tema,
6- os autores dos textos selecionados, serão presenteados com a gravação em forma de CD ROM,
7-todos os textos deverão ser assinados, não se comprometendo a produção do programa pelo conteúdo expresso,
8-os melhores textos serão divulgados no blog e no site ALACAZUM
9- o tema é o seguinte: QUE RELACÕES HÁ ENTRE A JANELA, O TREM E UMA OUTRA JANELA QUE SE ABRE PARA O MUNDO, A TELEVISÃO? ESCREVA. FAREMOS UM PROGRAMA ESPECIAL, BASEADO NO ARTIGO " A JANELA, O TREM E A TV" do professor e escritor bahiano Aloisio da Franca Rocha Filho. Aguardamos tua produção literária!

QUADRO: A SÉTIMA ARTE





Violeta Martinez no quadro a sétima arte em sua 60ª edição, comentando a respeito do filme: "Cama de Gato", produção brasileira, do gênero drama, dirigido por Alexandre Stockler e lançado em 2002.
Cama de gato é o primeiro filme do manifesto Trauma, bem-humorada resposta brasileira ao movimento Dogma 95.
Teve orçamento de 13 mil reais e toda a equipe técnica e elenco não cobraram cachê.
A trilha sonora é composta por músicas de bandas desconhecidas, selecionadas por meio de campanha pela internet.

LITERATURA DE CORDEL


Celeste Martinez, idealizadora, produtora e apresentadora do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER interpretando os versos do poeta repentista Cearense Anselmo Vieira de Sousa, do livro "Cantadores" do Leonardo Mota.
P´RA EU CANTÁ NA SUA CASA,
MEU PATRÃO, ME DÊ LICENÇA!
SE A CANTIGA NÃO FÔ BOA,
DESCULPE VOSSA INCELENÇA
QUE, ÀS VEZES, AS COISA NÃO SAI
DO JEITO QUE A GENTE PENSA.

QUADRO: A HORA DA CRÔNICA

Violeta e Celeste Martinez, interpretando a crônica: "Quem casa..." do professor Aldroaldo Ribeiro Costa

QUADRO: PARTICIPAÇÃO DO OUVINTE-LEITOR

Neste domingo, 25 de novembro de 2007, 60ª edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER contamos com a participação dos seguintes ouvintes-leitores que colaboraram no envio de algumas curiosidades populares:

1- Qual o nome do peixe estampado na nota de 100 reais?
R- Garoupa
Colaboração de JOÃO DA EMARC

2-Antigamente se escrevia "Fármacia" com PH e hoje?
R- Hoje se escreve: H O J E.
Colaboração de MARISE MENDES

3-Lá se vão 20 bois na estrada, morre um. Quantos ficam?
R- Um. Fica o boi que morreu
Colaboração do JUAREZ DA GAMBOA

EXPRESSÕES E SEUS SIGNIFICADOS: " NÃO ME VENHA COM O SEU NHEN NHEN NHEN"

Significado: conversa interminável, cansativa, monotona.
Histórico: Ñhen, em tupi quer dizer "falar". Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os ameríndeos não entendiam aquela falação estranha e então diziam que os portugueses ficavam a dizer: "nhen nhen nhen"
Do livro: Locuções tradicionais no Brasil de Luis da Câmara Cascudo

PROVÉRBIOS POPULARES: "BRASILEIRO SÓ FECHA A PORTA DEPOIS DE ROUBADO"

Provérbio ou ditado popular é uma sentença de caráter prático e popular, que expressa em forma sucinta, e não raramente figurativa, uma idéia ou pensamento. Existem os provérbios chineses ensinamentos milenares conservados popularmente na China.
Alguns provérbios chineses:
"Uma longa viagem começa com um passo."
"Dê um peixe a um homem faminto e você o alimentará por um dia . Ensine-o a pescar, e você o estará alimentando pelo resto da vida."
"Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida."
"A mais alta das torres começa no solo."
"O cão não late por valentia e sim por medo."

Tem ainda o livro dos provérbios do antigo testamento da Bíblia.Conforme declara a sua introdução, tem como propósito ensinar a alcançar sabedoria, a disciplina e uma vida prudente e a fazer o que é correto, justo e digno. Em suma, ensina a aplicar e fornecer instrução moral. O título do livro vem originalmente de sua forma hebraica Míshlê Shelomoh ("Provérbios de Salomão"). Como é comum na Bíblia Hebraica, o título hebraico do livro é simplesmente um conjunto de palavras do primeiro verso do livro. Na Septuaginta esse livro se chama Paroimiai, que significa “provérbios, parábolas”. O Livro de Provérbios ocupa o terceiro lugar na ordem dos Hagiógrafos no Cânon Judaico, e foi um dos que foram discutidos no Sínodo de Jâmnia. A tendência não era excluí-lo do Cânon Sagrado, mas da leitura pública, na sinagoga. A questão básica girava em torno de Pv. 26.4,5, pois alguns rabinos viam contradições nessas passagens; a conclusão deles é que o primeiro versículo diz respeito à Lei e o segundo fala sobre a vida secular.


Alguns provérbios e sentenças em latim:
Agentes et consentientes pari poena puniuntur
Tão bom é o ladrão como o consentidor
Amicitia tibe junge pares
Escolhe os amigos entre os teus iguais
Consuetudo altera natura
O costume é uma segunda natureza
Dubitando ad veritatem parvenimus
(Cícero) Duvidando é que chegamos à verdade.
Dulcia non meruit qui non gustavit amara
Não merece o doce quem não prova o amargo
Exempla movent magis quam verba
Os exemplos movem mais do que as palavras
Ex aspectu nascitur amor
O amor entra pelos olhos
Ex ore parvulorum veritas
A verdade sai da boca das crianças

domingo, 18 de novembro de 2007

"SE O DESTINO SOUBESSE A MINHA DOR, NÃO FURAVA O MEU CORPO DESSE JEITO"


Celeste Martinez apresentadora do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER interpretando a poesia do mestre BULE BULE na 59ª edição.
SE O DESTINO SOUBESSE A MINHA DOR
NÃO FURAVA O MEU CORPO DESSE JEITO
Ao nascer cada qual trás seu destino
Mas o meu está sendo destorcido
Se projeto um negócio sai perdido
Quando eu peço a roela vem um pino
Quando eu compro um turíbulo vem um sino
Quando eu marco bem largo sai estreito
Estou preso entre a causa e o efeito
Sem saber quem é mesmo o opressor
SE O DESTINO SOUBESSE A MINHA DOR
NÃO FURAVA O MEU CORPO DESSE JEITO
O punhal do destino é perfurante
E usado sem ter necessidade
Se aguça na lima da saudade
E sai furando de forma ignorante
Cicatriz que ele faz não tem implante
O mais forte guerreiro vai ao leito
Recebi sua lâmina no meu peito
Peço a morte que venha por favor
SE O DESTINO SOUBESSE A MINHA DOR
NÃO FURAVA O MEU CORPO DESSE JEITO
O meu pai foi meu maior amigo
Deu-me a regra fiel do bom costume
O destino tremendo de ciúme
Não deixou mais papai viver comigo
Sua ausência eu lamento, penso e digo
Não está pra fazer já está feito
Meu colega de chapa nesse pleito
Transformou-se num grande opressor
SE O DESTINO SOUBESSE A MINHA DOR
NÃO FURAVA O MEU CORPO DESSE JEITO
Companheiro destino tenha calma
Venha manso com quem lhe admira
Eu só tenho a visão e você tira
Como eu vejo poejo arruda e palma
Como eu leio os salmos que a alma
Limpa as manchas e fica sem defeito
Você só me dá bolo sem confeito
E não quer que eu reclame do sabor
SE O DESTINO SOUBESSE A MINHA DOR
NÃO FURAVA O MEU CORPO DESSE JEITO
O meu pai me ensinou tudo que sei
Me inspirou pra ser tudo o que sou
Se na arte cheguei aonde estou
Foi seguindo os seus passos que cheguei
Morreu pobre, mas fez tudo direito
Deu ao mundo uma taça de respeito
Com o máximo de essência de amor
SE O DESTINO SOUBESSE A MINHA DOR
NÃO FURAVA O MEU CORPO DESSE JEITO
Antonio Ribeiro da Conceição, BULE BULE. Poeta repentista bahiano.

M`BOI - TATÁ


Celeste Martinez, apresentadora do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER interpretando a lenda do m`boi tatá (boi tatá) na 59ª edição.
"Foi assim: num tempo muito antigo, muito, houve uma noite tão comprida que pareceu que nunca mais haveria luz do dia. E a noite velha ia andando... andando... Minto: no meio do escuro e do silêncio morto, de vez enquando, ora duma banda ora doutra, de vez enquando uma cantiga forte de bicho vivente furava o ar: era o téu-téu - que de vez enquando cantava o seu: quero, quero..."
Retirado do livro "Lendas do Sul de J. Simões Lopes Neto

EXPRESSÕES E SEUS SIGNIFICADOS: "NÃO ENTENDO PATAVINA"


Significado: Não entendo patavina, é não entender nada.

História: Tito Livio, natural da Patavium (hoje Pádova- Itália) usava um latim horroroso, originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu: patavinismo que originalmente significava não entender Tito Livio. Não entender patavina.
Retirado do livro: Locuções Tradicionais no Brasil do Luis da Câmara Cascudo

PROVÉRBIOS POPULARES: DIA DE MUITO, VÉSPERA DE NADA"


Na 59ª edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER foram apreciados as duas primeiras estrofes da literatura de cordel "A gramática em cordel" do José Maria do Nascimento, nascido em Aracoiaba-CE. Ele participa do Projeto Acorda Cordel na sala de aula. Mais informaçõe: Rua Caio Prado, 2234- Caucaia-CE - Cep 61.645.220 Fotolog: www.fotolog.terra.com.br/acorda_cordel

CÔCO DE CACETE ( MANEIRO OU MINEIRO PAU )

É uma das típicas e autenticas danças do negro. Foi um côco dançado inicialmente pelos negros escravos, que aproveitavam os raros momentos de folga/descanso para ensaiarem uma dança guerreira de ataque e defesa, para o caso de uma fulga. Quem assistia, no caso dos feitores e senhores de engenho, viam apenas um bailado dançado com dois porretes.Enquanto a fuga não acontecia, o côco era dançado ao som dos porretes, temperado com o batuque, lundum e outras danças.Em alguns Estados é conhecido como maneiro pau, mineiro pau ou manejo o pau. Na Paraíba, é conhecido como CÔCO DE CACETE

PROVÉRBIOS POPULARES: "DEBAIXO DO ANGU, TEM CARNE"

Celeste Martinez, apresentadora do ALACAZUM, PALAVRAS PARA ENTRETER interpretando a poesia do poeta repentista Patativa do Assaré em sua 59ª edição

Você, caboclo que cresce
sem instrução nem saber
escuta, mas não conhece
folclore o que quer dizer
folclore é um pilão
é um bodoque, um pião,
garanto que também
é uma grosseira gangalha
aparelhada de palha
de palmeira catolé.
-posso lhe afirmar também
folclore é supertição,
o medo que você tem
do canto do corujão.
Folclore é aquele instrumento
para seu divertimento
que chamamos berimbau.
É também a brincadeira
ritmada e prazenteira
chamada mineiro- pau.*
Folclore, meu camarada
ouvimos a toda hora
é história de alma penada
de lubisome e caipora,
preste atenção e decore
pois com certeza, folclore
ainda posso dizer
que é aquele búzio de osso
que você coloca no pescoço
do filho para não morrer.

Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, nascido em 5 de março de 1909 e falecido em 8 de julho de 2002. Foi poeta popular, compositor, cantor e improvisador brasileiro.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

1º CONCURSO ALACAZUM DE LITERATURA

O programa radiofônico: ALACAZUM, PALAVRAS PARA ENTRETER, institui o primeiro concurso ALACAZUM de literatura, aberto a todos os países de lingua hispano-americano. Poderão participar qualquer pessoas que tenha afinidade com a literatura, compreendendo os seguintes requisitos:
1- o texto deve se restringuir a uma lauda em qualquer estilo literário : poesia, conto, crônica, cordel, etc.,
2-serão aceitos textos no idioma espanhol desde que seus autores autorizem a produção do ALACAZUM, traduzir para o idioma português,
3- o prazo de entrega dos trabalhos , é até o dia 31 de dezembro de 2007,
4- os textos poderão ser enviados para o seguinte endereço eletrônico: alacazum@hotmail.com
5-os textos serão avaliados conforme a contextualização do tema,
6- os autores dos textos selecionados, serão presenteados com a gravação em forma de CD ROM,
7-todos os textos deverão ser assinados, não se comprometendo a produção do programa pelo conteúdo expresso,
8-os melhores textos serão divulgados no blog e no site ALACAZUM
9- o tema é o seguinte: QUE RELACÕES HÁ ENTRE A JANELA, O TREM E UMA OUTRA JANELA QUE SE ABRE PARA O MUNDO, A TELEVISÃO?
ESCREVA. FAREMOS UM PROGRAMA ESPECIAL, BASEADO NO ARTIGO " A JANELA, O TREM E A TV" do professor e escritor bahiano Aloisio da Franca Rocha Filho. Aguardamos tua produção literária!

domingo, 11 de novembro de 2007

VOCÊ QUER DIVULGAR A SUA MARCA? DIVULGA NO ALACAZUM




Caros empreendedores, estamos disponibilizando o espaço: a hora do brinde, para a divulgação do seu produto. Contato: alacazum@hotmail.com ou telefone: (75)8133-6005

TRAVA-LÍNGUA

TRAVA-LÍNGUA – espécie de jogo verbal que consiste em dizer com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas dificies de pronunciar ou de silabas formadas com os mesmos sons, mais em ordens diferentes.

EX: CASA SUJA CHÃO SUJO

TRÊS PRATOS DE TRIGO PARA TRÊS TIGRES

BAGRE BRANCO, BRANCO BAGRE

ENQUANTO ORSINE BALA DAVA, O SINO BADALAVA

QUEM A PACA CARA COMPRA, CARO A PACA PAGARÁ

SABIA QUE A MÃE DO SABIÁ SABIA QUE SABIÁ SABIA ASSOBIAR?

ALÔ, O TATU TÁ AI? – NÃO, O TATU NUM TÁ. MAS A MULHER DO TATU TANDO É O MESMO QUE O TATU TÁ.

NO VASO TINHA UMA ARANHA E UMA RÃ. A RÃ ARRANHA A ARANHA. A ARANHA ARRANHA A RÃ.

PAULO PEREIRA PINTO PEIXOTO, POBRE PINTOR PORTUGUES, PINTA PERFEITAMENTE PORTAS, PAREDES E PIAS, POR PARCO PREÇO, PATRÃO.

" ROMANCE DO PAVÃO MISTERIOSO" de José Camelo de Melo


Nesta 58ª edição do ALACAZUM, PALAVRAS PARA ENTRETER, apreciamos a música: "Pavão Misteriosos" do Ednardo, baseado na literatura de cordel. Para ter acesso ao texto: " Romance do Pavão Misteriosos" acessa o site: www.revistaepoca.globo.com/revista/epoca ou visita a banca dos cordelista no mercado modelo em Salvador- Bahia.

AMÁCIO MAZZAROPI

Filho de Bernardo Mazzaroppi, imigrante italiano e Clara Ferreira, portuguesa, com apenas dois anos de idade sua família muda-se para Taubaté, no interior de São Paulo.
Já com quatorze anos, regressa à capital paulista ainda com o sonho de participar em espetáculos de circo e, finalmente, entra na caravana do Circo La Paz. Nos intervalos do número do faquir, Mazzaropi conta anedotas e causos, ganhando uma pequena gratificação. Sem poder se manter sozinho, em 1929, Mazzaropi volta a Taubaté com os pais, onde começa a trabalhar como tecelão, mas não consegue se manter longe dos palcos e atua numa escola do bairro.
Com a morte da avó materna, Dona Maria Pita Ferreira, Mazzaropi recebe uma herança suficiente para comprar um telhado de zinco para seu pavilhão, podendo assim estrear na capital, com atuações elogiadas por jornais paulistanos. Depois, parte com a companhia em turnê pelo Vale do Paraíba. A grave situação de saúde de seu pai complica a situação financeira da companhia de teatro e, em 8 de novembro de 1944, falece Bernardo Mazzaroppi.
Convidado por Abílio Pereira de Almeida e Franco Zampari, Mazzaropi estréia seu primeiro filme, intitulado Sai da Frente, em 1952, rodado pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde filmaria mais duas películas. Com as dificuldades financeiras da Vera Cruz, Mazzaropi faz, até 1958, mais cinco filmes por diversas produtoras.
Seu 33º filme, Maria Tomba Homem, nunca será terminado. Depois de 26 dias internado, Mazzaropi morre vítima de um câncer na medula óssea aos 69 anos de idade no hospital Albert Einstein de São Paulo. É enterrado na cidade de Pindamonhangaba, no mesmo cemitério onde seu pai já repousava. Nunca se casou, mas deixou um filho adotivo, Péricles Mazzaropi.
Em 1994 é inaugurado o Museu Mazzaropi, localizado na mesma propriedade dos antigos estúdios, recolhendo a história da carreira de um dos maiores nomes do cinema, do teatro e da televisão brasileiros. Foi somente na década de 90 que a cultura brasileira começou a ver de uma outra óptica a obra de Mazzaropi, que durante sua vida sempre foi duramente atacado (ou ignorado) pela crítica e pela intelectualidade.

QUADRO: A SÉTIMA ARTE




Nesta 58ª edição do ALACAZUM, PALAVRAS PARA ENTRETER, Violeta Martínez reviveu uma das mais respeitáveis figuras do cinema brasileiro: Amácio Mazzaropi.

"ARTE, CULTURA E CIDADANIA" da AMÁLIA GRIMALDI


"Segundo citação do filósofo da antiga Grécia, Anaxágoras, o homem pensa porque tem mãos" Texto refletido na 58ª edição do ALACAZUM, PALAVRAS PARA ENTRETER

O QUE É O QUE É?

Porque a coca-cola e a fanta sempre se deram bem?R.:porque se a fanta quebra, a coca cola.
Qual a semelhança entre a nuvem e o chefe?
R- Quando eles somem o dia fica lindo
Por que a manga cai do pé?R.: porque ela não sabe descer.
Por que o abominável homem das neves nunca ganha na loteria?R.: porque ele é pé-frio.
O que é que tem escamas, mas não é peixe, tem coroa, mas não é rei?R.: o abacaxi.
O que aconteceu na briga entre um dentista e uma manicure?R.: lutaram com unhas e dentes.
O que tem debaixo do tapete do hospício?R.: louco varrido!
O que as ostrinhas querem ser quando crescer?R.: ostronautas
Por que as estrelas não fazem miau? R.: por que "astro-no-mia".
Sabe por que a água foi presa?R.: porque matou a sede.
Por que a comida foi presa?R.: porque matou a fome.E onde ela foi presa?R.: na cadeia alimentar.
Um dia duas caixas de leite estavam atravessando a rua, passou um carro e atropelou a duas. Por que só uma xícara morreu?R.: porque o leite da outra era "longa vida".

UUUUUUUUUAUAUAUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!

O artista plástico, Horacio Martínez, imitando o uivo do lobisomem, quando da interpretação do conto "Lobisomem" da Monica Stahel, na 58ª ediçaõ do ALACAZUM, PALAVRAS PARA ENTRETER.

"O BEM SE PAGA COM O BEM" do Luís da Câmara Cascudo


















A onça caiu numa armadilha preparada pelos caçadores e, por mais que tentasse escapar, ficou prisioneira.
Resignara-se a morrer, quando viu passar um homem.
Chamou-o e lhe pediu que a libertasse.
- Deus me livre! – disse o transeunte. – Se você ficar solta, vai me devorar.
A onça jurou que seria eternamente agradecida, e o homem desatou as cordas que seguravam a tampa do alçapão e ajudou a onça a deixar a cova. Logo que esta se encontrou livre, agarrou seu salvador por um braço, dizendo: -Agora você é meu jantar. Debalde o homem pediu e rogou. A onça, finalmente, decidiu: -Vamos combinar uma coisa. Ouvirei a sentença de três animais. Se a maioria for favorável ao meu desejo, eu o como. O homem aceitou e saíram os dois. Encontraram um cavalo, velho, doente, abandonado. A onça narrou o caso. O cavalo disse: - Quando eu era moço e forte, trabalhei e ajudei o homem a enriquecer. Qual foi o meu pagamento? Largaram-me aqui para morrer, sem um auxílio. O bem só se paga com o mal. Adiante depararam-se com um boi. Consultado, opinou pela razão da onça. Contou sua vida de serviços ao homem e, quando julgava que ia ser recompensado, soube que fora vendido para ser morto e retalhado pelo açougueiro. O bem só se paga com o mal. O homem, triste, acompanhava a onça que lambia o beiço, quando viram um macaco. Chamaram o macaco e pediram seu parecer. O macaco começou a rir. E saltava, fazendo caretas e rindo. A onça ia-se zangando: - Por que tanta risada, camarada macaco? - Não é fazendo pouco- explicou o macaco- é que eu não acredito que o homem caísse na armadilha que ele mesmo preparou. - Ele não caiu. Quem caiu fui eu- contava a onça. - Foi você? Então como é que esse homem fraquinho pôde libertar um bicho tão grande e forte como a camarada onça? A onça, despeitada pelo macaco julgá-la mentirosa, foi até o alçapão e saltou para o fundo do fosso, gritando lá de baixo: - Está vendo? Foi assim! Mais que depressa o macaco empurrou o engradado de varas pesadas que fazia de tampa e a onça tornou a ficar prisioneira. -Camarada onça – sentenciou o macaco - O BEM SÓ SE PAGA COM O BEM . E você fez o mal, receba o mal. E se foi embora com o homem, deixando a onça na armadilha.

Do livro: Contos tradicionais do Brasil para crianças de Luís da Câmara Cascudo

VIVA O FOLCLORE BRASILEIRO!!!!!

O Dicionário do Folclore Brasileiro é um livro do Luís da Câmara Cascudo publicado em 1952.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

QUADRO: A HORA DA POESIA

Celeste Martinez, declamando sua poesia na 57ª edição do ALACAZUM










Papoulas guardam o céu de Hórus
e no palco do Tártaro
a sede não é nada para Tântalus.



Lanço discos de sol
em minha boca
e nasce Aton.



E no ventre de Íris
o filho de Orfeu
traz poemas sacros
óraculos.


Quero desvestir
o leito
negro
ébano
onde os titãs se escondem.



Quero miosótis azuis em Gaia
Quero úteros de flores
palpitando um novo homem
Quero no vinte e um
no sétimo mês
do sétimo dia
à hora sétima
sete vezes
revelado nas estrelas
o sonho de uma nova primavera.

DEUS
ZEUS
GAIA
TERRA.
Celeste Martinez, do livro VALENCIANDO antologia de escritores de Valença-Bahia

CANTO ÓRFICO DE CARLOS DRUMMOND

La danza ya no suena,
la música dejó de ser palabra,
el cántico creció del movimiento.
Orfeo, dividido, anda en busca
de esa unidad áurea que perdimos.
Mundo desintegrado, tu esencia
reside tal vez en la luz, más neutra ante los ojos
desaprendidos de ver; y bajo la piel,
¿qué turbia imporosidad nos limita?
De ti a ti, abismo; y en él, los ecos
de una prístina ciencia, ahora exangüe.
Ni tu cifra sabemos. Ni aun captándola
tuviéramos poder de penetrarte.
Yerra el misterioen torno de su núcleo.
Y restan pocosencantamientos válidos. Quizás
apenas uno y grave: en nosotros
tu ausencia retumba todavía, y nos estremecemos
R una pérdida se forma de esas ganancias.
Tu medida, el silencio la ciñe, la esculpe casi,
brazos del no-saber. Oh fabulos
oudo paralítico sordo nato incógnito
la raíz de la mañana que tarda, y tarde,
do la línea del cielo en nosotros se esfuma,
tornándonos extranjeros más que extraños.
En el duelo de las horas, tu imagen
atraviesa membranas sin que la suerte
se decida a escoger. Las artes pétreas
recógense a sus tardos movimientos.
En vano: ellas no pueden ya.
Amplio
vacío un espacio estelar contempla signos
que se harán dulzura, convivencia,
espanto de existir, y mano anchurosa
recorriendo asombrada otro cuerpo.
La música se mece en lo posible,
en el finito redondo, donde se crispa
una agonía moderna.
El canto es blanco
,huye a sí mismo, ¡vuelos! palmas lentas
sobre el océano estático: balanceo
del anca terrestre, segura de morir.
Orfeo, reúnete! llama tus dispersos
y conmovidos miembros naturales
y límpido reinaugura
el ritmo suficiente que, nostálgico,
en la nervadura de las hojas se limita,
cuando no forma en el aire, siempre estremecido,
una espera de fustes, sorprendida.
Orfeo, danos tu número
de oro, entre apariencias
que van del vano granito a la linfa irónica.
lntégranos, Orfeo, en otra más densa
atmósfera del verso antes del canto,
del verso universo, lancinante
en el primer silencio,
promesa del hombre, contorno aún improbable
de dioses por nacer, clara sospecha
de la luz en el cielo sin pájaros,
vacío musical a ser poblado
por el mirar de la sibila, circunspecto.
Orfeo, te llamamos, baja al tiempo
y escucha:
sólo al decir tu nombre, ya respira
la rosa trimegista, abierta al mundo.
Versión de Jorge Gaitán Durán y Dina Moscovich
Este poema foi uma contribuição da escritora Uruguaia Laura Verônica Alonso, (visita o blog)http://www.depalabranofunciona.blogspot.com/ para a 57ª edição do ALACAZUM, PALAVRAS PARA ENTRETER quando falamos da cultura grega e a história de Orfeu.

NA 57ª EDIÇÃO DO ALACAZUM, FALAMOS DE OVÍDIO


Publius Ovidius Naso, poeta latino mais conhecido nos paísess de Língua Portuguesa, nasceu em 20 de março de 43 a. c. na Itália. Sua obra mais famosa: Metamorfoses. Dante,Milton e Shakespeare foram influenciados por ele. Ovídio é um clássico que exerceu grande influência na revitalização da poesia bucólica e mitologica do Renascimento.
Metamorfoses é uma obra onde em quinze livros este descreve a criação e história do mundo segundo o ponto de vista da mitologia greco-romana. Foi escrita em torno do ano XIV.
Foi uma dos mais populares livros sobre mitologia chegando a ser a obra mais conhecida pelos escritores medievos tendo, portanto, exercido grande influência na literatura do período.

DANÇA GREGA





Celeste Martinez arriscando passos da dança grega. Será mesmo dança grega? O certo é que ela bailou muitooooooooooo! Isto na 57ª edição do ALACAZUM, PALAVRAS PARA ENTRETER.

MITOLOGIA GREGA: ORFEU E EURÍDICE PARTE 1

Na mitologia grega, Orfeu era um poeta e um músico, filho da musa Calíope. Era o mais talentoso músico que já viveu. Quando tocava sua lira, os pássaros paravam de voar para escutar e os animais selvagens perdiam o medo.Orfeu apaixonou-se por Eurídice e casou-se com ela. Mas Eurídice era tão bonita que, pouco tempo depois do casamento, atraiu um apicultor chamado Aristeu. Quando ela recusou suas atenções, ele a perseguiu. Tentando escapar, ela tropeçou em uma serpente que a picou e a matou.Orfeu ficou transtornado de tristeza. Levando sua lira, foi até o Mundo dos Mortos, para tentar trazê-la de volta.Finalmente Orfeu chegou ao trono de Hades. O rei dos mortos ficou irritado ao ver que um vivo tinha entrado em seu domínio, mas a agonia na música de Orfeu o comoveu, e ele chorou lágrimas de ferro. Sua esposa, a deusa Perséfone, implorou-lhe que atendesse ao pedido de Orfeu. Assim, Hades atendeu seu desejo. Eurídice poderia voltar com Orfeu ao mundo dos vivos. Mas com uma única condição: que ele não olhasse para ela até que ela, outra vez, estivesse à luz do sol. Orfeu partiu pela trilha íngreme que levava para fora do escuro reino da morte, tocando músicas de alegria e celebração enquanto caminhava, para guiar a sombra de Eurídice de volta à vida. Ele não olhou nenhuma vez para trás, até atingir a luz do sol. Mas então se virou, para se certificar de que Eurídice estava seguindo-o. Por um momento ele a viu, perto da saída do túnel escuro, perto da vida outra vez. Mas enquanto ele olhava, ela se tornou de novo um fino fantasma, seu grito final de amor e pena não mais do que um suspiro na brisa que saía do Mundo dos Mortos. Ele a havia perdido para sempre. Em total desespero, Orfeu se tornou amargo. Recusava-se a olhar para qualquer outra mulher, não querendo se lembrar da perda de sua amada. Furiosas por terem sido desprezadas, um grupo de mulheres selvagens chamadas Mênades caíram sobre ele, frenéticas, atirando dardos. Os dardos de nada valiam contra a música do lirista, mas elas, abafando sua música com gritos, conseguiram atingi-lo e o mataram.

domingo, 4 de novembro de 2007

MITOLOGIA GREGA: ORFEU E EURÍDICE PARTE 2




Violeta e Celeste Martinez dramatizando a história mitológica de Orfeu e Euridice, na 57ª ediçaõ do ALACAZUM, PALAVRAS PARA ENTRETER.

QUADRO: A SÉTIMA ARTE





Violeta Martinez, comentando a respeito do filme "Alexandre o Grande", na 57ª edição do ALACAZUM, PALAVRAS PARA ENTRETER.