quinta-feira, 30 de abril de 2009

125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 26 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, prestigiamos novamente as fábulas de Monteiro Lobato, como desafio para a conquista de muitos premios: caixa de chocolate, (oferecimento da ouvinte-leitora Dona Lurdes Castro que vive no bairro do Tento -Valença-Bahia) blusa com tema ecológico (oferecimento do nosso parceiro cultural CONSTRUART), livro de história infantil (oferecimento da ouvinte-leitora Maria Lúcia da rua Marechal Deodoro-cidade de Valença-Bahia); vaso decorativo de vidro (oferecimento do parceiro cultural GRANART) e 2 litros de óleo para motocicleta (oferecimento do parceiro cultural MAX MOTOS- peças e serviços). Oferecemos quadrinhas, advinhas, ditos e crenças populares. Muitas ligações. Participação ativa do público e presença decisiva de crianças incentivadas pelos pais, tios e avós. O ALACAZUM agradece o carinho e reconhecimento do público que a cada dia faz o sucesso do ALACAZUM juntamente com os parceiros culturais: Strega Spaghetteria, São Lucas Motos; A Lojinha Confecções; Granart; Construart; Supermercado e Casa de Carne da Bolívia e Max Motos- peças e serviços.

José Paulo Paes



José Paulo Paes, nasceu na cidae de Taquaritinga, em 1926 e faleceu na cidade de São Paulo, São Paulo, no dia 9 de outubro de 1998. Foi um poeta, tradutor, crítico e ensaísta brasileiro.

Fonte: Wikipédia

Convite


Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?

José Paulo Paes

Cocadas

Preciosas guloseimas feitas pela ouvinte-leitora Dona Nita que vive na rua Duque de Caxias na cidade de Valença-Bahia


As imagens acima representadas, são cocadas confeccionadas pela ouvinte-leitora Dona Nita, que em um gesto de carinho ofereceu a locutora Celeste Martinez que apresenta o programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER aos domingos das 9 às 12 horas, transmissão pela Rádio Clube de Valença AM. Uma amizade construida através do Rádio. ALACAZUM PARA VOCÊ, dona Nita. Obrigada pelo carinho.




O julgamento da ovelha




Lido na 125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 26 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença AM.

Um cachorro de maus bofes acusou uma pobre ovelhinha de lhe haver furtado um osso.


- Para que furtaria eu esse osso – alegou ela – se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de pau?


- Não quero saber de nada. Você furtou o osso e vou já levá-la aos tribunais.


E assim fez.


Queixou-se ao gavião penacho e pediu-lhe justiça. O gavião reuniu o tribunal para julgar a causa, sorteando para isso doze urubus de papo vazio.


Comparece a ovelha. Fala. Defende-se de forma cabal, com razões muito irmãs das do cordeirinho que o lobo em tempos comeu.


Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber de nada e deu a sentença:


-Ou entrega o osso já e já ou condenamos você à morte!


A ré tremeu: não havia escapatória!...Osso não tinha e não podia, portanto restituir; mas tinha a vida e ia entregá-la em pagamento do que não furtara.


Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, espostejou-a, reservou para si um quarto e dividiu o restante com os juízes famintos, a título de custas...



Retirado do Livro: Fábulas de Monteiro Lobato

Fragmentos do PicaPau Amarelo

Fragmento do livro: “ O PicaPau Amarelo” de Monteiro Lobato, lido na 125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 26 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença AM.

- Olhe, lá está a residência da Xarazada, a contadeira de histórias. E à esquerda, a caverna de Ali Babá e os quarenta ladrões. O palácio de Aladino fica à direita, atrás do morro.


Pedrinho esta sequiosíssimo por encontrar-se com Aladino, para novas experiências com a lâmpada.


Ao se apresentado a Branca de Neve, o Principe não deu nenhum sinal de amor instantâneo. E vice-versa: o coração de Branca de Neve não palpitou pelo Príncipe.


-Mau, mau, mau! – murmurrou o Dunga para a Emília. – O coração destes príncipes não bate um pelo outro.


Emília teve uma idéia luminosa.


- Escute, Dunguinha.Quem governa o amor eu sei quem é: um tal Cupido que mora no bairro dos gregos. Ele usa uma flechinhas infalíveis. Coração espetado é coração assanhado. Podemos trazer Cupido para flechar o coração de Branca de Neve e Codadade...


Dunga achou a coisa possível e como justamente no fim das terras da “Mil e Umas Noites” ficava a zona dos deuses e heróis gregos, era fácil chegar até lá para um entendimento com o deusinho do Amor.



O que escutamos na 125° edição do ALACAZUM

Na 125° edição do ALACAZUM que foi ao ar no dia 26 de abril de 2009, escutamos as seguintes músicas:

1-Lindo balão azul
2-Hollywood- com los hermanos
BG- Mr. Funky Samba
Bg- Pantera cor de rosa

Neste domingo escutamos pouca música devido aos telefonemas constantes e o atendimento ao ouvinte-leitor ALACAZUM

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A hora do sorteio ALACAZUM

Gugui Martinez- produtor do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, no momento do sorteio. Compenetrado!


Prêmios ofertados na 125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER. Livro (embalagem verde) oferecimento da ouvinte-leitora Maria Lúcia que vive na rua Marechal Deodoro na cidade de Valença-Bahia; caixa de chocolate, oferecimento da ouvinte-leitora Lurdes Castro que vive no bairro do Tento e a camisa com tema ecológico, oferecimento do parceiro cultural CONSTRUART- construir um gesto que passa pelas suas mãos.



A via látea


Lido na 125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 26 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença AM.

Lá no sítio, quando Dona Benta falou da Via Látea que os meninos enxergavam no céu, Emília veio com a asneirinha do costume. Estavam na varanda por uma noite muito límpida, a espiar as estrelas.


- “E aquela espécie de nuvem branca que estou vendo lá? – tinha perguntado Narizinho; e depois de Dona Benta contar que era a Via Látea, e que Látea queria dizer ”de leite”, Emília as´ra-se com esta:


-“Com que leite teriam feito aquilo? Para mim foi com leite da Grande Ursa...”


Dona Benta explicou que naquele caso a palavra “látea” não queria dizer “feito de leite”, como são os queijos e requeijões e sim que tinha a aparência duma coisa leitosa.


-“E “leitosa” não quer dizer “feita de leite?


-Não, Leitosa quer dizer que dá idéia da cor do leite ou da consistência do leite. Aquilo lá no céu é o que os astrônomos chamam “nebulosa”. A Via Látea é uma das muitas nebulosas que com o telescópio eles enxergam no espaço. Deram-lhe o nome de Via Látea por causa da cor branquicenta com que a vemos daqui.


- E que é nebulosa? – perguntara Pedrinho.


Dona Benta coçou a cabeça. Não é fácil explicar às crianças o que é uma nebulosa. Por fim disse:


- Há várias hipóteses, meu filho. A hipótese mais aceita hoje é que são verdadeiros universos dentro do Universo- arquipélagos de estrelas em tais quantidades que à distância parecem uma nebulosa, uma nuvem. São milhões de estrelas afastadíssimas.


-Todas como o Sol?


- Sim, meu filho. O sol é uma estrela da infinidade de estrelas que há no espaço infinito. Está apenas a 150 milhões de quilômetros daqui, tão pertinho que sua luz leva só 8 minutos e 18 segundos para chegar até cá, caminhando com a velocidade que vocês sabem...


- Trezentos mil quilômetros por segundo- lembrou Pedrinho.


- Isso mesmo. Veja como é perto o Sol! Em 8 minutos e 18 segundos a sua luz chega até nós. Depois do Sol a estrela mais próxima da Terra está a 40 trilhões de quilômetros ou 4 anos-luz. Quer dizer que a luz dessa estrela leva 4 anos para chegar até nós.


- Irra!


- E sabe que essa estrela está também muito perto de nós?


- Será possível? – exclamou Pedrinho assombrado- Haverá ainda coisas mais distantes?



Retirado do livro: Viagem ao Céu de Monteiro Lobato

As razões do porco




Lido na 125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 26 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença AM.



Lá ia para o mercado a carroça dum sitiante. Dentro, três animais: uma cabra, um carneiro e um leitão. Cabra e carneiro seguiam em silêncio, muito sossegados da vida. Já o porquinho espiava pelas frestas, cheio de apreensões. E quando avistou o mercado não se conteve: abriu a boca e berrou como se estivessem a sangrá-lo no coração.
-Para que isso? Disse a cabra.Também eu vou para a feira e no entanto a ninguém incomodo com esse berreiro descompassado.
- Também assim penso- ajuntou o carneiro. Vamos ser vendidos, quer dizer vamos mudar de dono. É tolice lamuriar dessa maneira pro coisa tão sem importância.
O porquinho berrou ainda mais, e por fim explicou:
-É verdade, vamos ser vendidos os três. Mas tu, cabra, teu destino é dar leite; e tu carneiro, tua função é produzir lã. Compreendo que seja indiferente para ambos que dês leite ou lã a este ou aquele. Mas eu – eu só presto para ser comido, e ir para o mercado não me é apenas mudar de dono mas mudar de mundo. Vou para o açougue – coim, coim! Como então quereis que me conforme com a sorte e vá nesse sossego de cabra e nessa indiferença de carneiro? Tivésseis o meu destino e havíeis de berrar ainda mais forte...
E continuou a botar a boca no mundo.



Retirado do Livro: Fábulas de Monteiro Lobato

Curiosidade


Lido na 125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER.
Você sabia que a arquiduquesa Leopoldina, filha do poderoso Francisco I, rei da Austria, foi o primeiro membro de uma família real européia a se casar em outro continente? Seu pai queria influir em Portugal aliado dos ingleses. Interessada em Ciências naturais, Leopoldina, dedicou-se ao tema no Brasil, realizando pesquisas minerais e botânicas. Sua flor predileta era Fuchia Coccinea ou brinco-de-princesa.

Fonte: Revista Super interessante de 2000


Crianças portadoras de necessidades especiais

Na 125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 26 de abril de 2009, transmisão pela Rádio Clube de Valença AM, ressaltamos informações a respeito das crianças portadoras de necessidades especiais, assunto em evidência em nossa cidade por esta ocasião e que necessitava de um momento de reflexão já que na 124° edição, falamos sobre os direitos da criança e do adolescente.


Crianças portadoras de necessidades especiais, que significa?

Este termo é muito genérico, abrange as mais diferentes síndromes infantis . Todas as crianças são muito especiais, mas algumas precisam de um apoio, de um olhar, de uma atenção especial, de um acompanhamento e acima de tudo muito carinho.

É sobre estas crianças que vamos tentar falar um pouco e chamar sua atenção. A criança portadora de necessidades especiais, além do direito, tem a necessidade de cursar uma escola normal, de ser tratada com muito carinho e respeito por todos nós.

Estes são alguns casos que integram o quadro de crianças portadoras de necessidades especiais:
Autismo
Deficiência mental
Obesidade Infantil
Sindrome de Down
Síndrome do Usher
Síndrome de Williams
Esclerose tuberosa
Deficiência auditiva
Deficiência visual
Depressão na Infância e Adolescência
Transtorno Obsessivo Compulsivo Infantil
Síndrome de Rubinstein-Taybi
Síndrome de Angelman
Síndrome de Prader-Willi
Síndrome de West

Síndrome de Hutchinson-Gilford
Deficiência em X-Frágil
Eplepsias




segunda-feira, 27 de abril de 2009

Dica de Leitura: Alice no País das Maravilhas

Na 125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 26 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença AM, oferecemos como dica de leitura o livro: Alice no País das Maravilhas ("Alice in Wonderland"), é a obra mais conhecida de Lewis Carroll e uma das mais célebres do gênero literário nonsense, sendo considerada obra clássica da literatura inglesa. O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai em uma toca de coelho e vai parar num lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas.

Fonte: Wikipédia


Alice no País das Maravilhas

Boletim PNLL Edição nº 152 - 13 a 19/04/2009

Desde 1865, um conjunto de histórias elaboradas por Lewis Carroll provoca crianças e adultos, além de servir de inspiração para outros escritores e artistas (Tim Burton é um dos mais recentes cineastas a trabalhar com o livro, com seu Alice in Wonderland, que deve estrear em 2010). Aproveitando a fascinação que esta obra-prima desperta, o Sesc de Tocantins preparou a Mostra Literária Alice no País das Maravilhas, que acontece de 4 a 31 de maio e integra o Calendário Anual de Atividades e Eventos do PNLL. Além da exposição com banners ilustrativos da obra, estão programadas atividades como sessões de leitura e narração de histórias, debates, palestras, exibições de filmes, oficinas de criação literária, apresentações teatrais e exposição de livros. Clique aqui para ler, em inglês, Alice no País das Maravilhas na íntegra.

Carta da Terra é tema de 2º Fórum de Comunicação

Esta infomação foi lida na 125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 26 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença AM.

Representantes de diversos setores da sociedade se reúnem nos dias 6 e 7 de maio para debater a importância da comunicação no processo de conscientização de temas como educação, diversidade humana, mudanças climáticas e crise econômica.

Mais informações: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_451330.shtml

Papéis reciclados com esterco produzido por elefantes

Esta informação foi lida na 125° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 26 de abril de 2009 transmissão pela Rádio Clube de Valença AM.

Os elefantes digerem apenas 60% dos 130 a 270 quilos de comidas que abocanham diariamente. Logo eliminam todo dia cerca de 100 quilos de esterco, riquissimo em fibras vegetais. Fonte de celulose, devido a sua dieta vegetariana. O material é coletado em centros de pesquisa de elefantes, lavado, esterilizado e misturado a outras fibras como as de bananeiras e do abacaxi. Depois é seco e cortado em folhas que viram itens de papelaria. Agora a pergunta que não cala: fede? Os fabricantes juram que ão. Só se for aroma floral!



Fonte: Planeta Sustentável

sábado, 25 de abril de 2009

124° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 124° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 19 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, prestigiamos o Dia Nacional do livro Infantil e também a data de nascimento do escritor brasileiro Monteiro Lobato. Contamos com a colaboração de muitos amigos, dentre eles o jovem Fábio Costa que vive na cidade de Amargosa-Bahia que nos brindou com 2 belíssimos livros: Fábula de La Fontaine e D. Quxote de Miguel de Cervantes. Estes livros foram sorteados no programa mediante estimulo de desafios relacionados com a sabedoria popular. A Construart, nosso parceiro cultural, nos brindou com uma belíssima camisa com tema ecológico e o professor Reinaldo Varjão nos ofertou a tradicional caixa de chocolate. Tivemos uma dramatização do livro de Cervantes quando D. Quixote investe com os moinhos de vento pensando que são gigantes. Contamos nesta interpretação com a participação do produtor cultural ALACAZUM, Gugui Martinez e o Fábio Costa. Muitas ligações, muitos depoimentos e muita alegria, neste domingo, manhã ALACAZUM da literatura infanto-juvenil.

Te aguardamos no próximo encontro com mais palavras para entreter. ALACAZUM é palavra mágica. Experimente dizer: ALACAZUM PARA VOCÊ!

A Palavra Mágica


Lido na 124° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 19 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 Khz AM.




Certa palavra dorme a sombra
De um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
A senha do mundo.
Vou procurá-la.

Vou procurá-la a vida inteira
No mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
Não desanimo,
Procuro sempre.

Procuro sempre, e minha procura
Ficará sendo
Minha palavra.


Carlos Drummond de Andrade

Monteiro Lobato

Imagem: Monteiro Lobato (Wikipédia)

José Bento Renato Monteiro Lobato, nasceu na cidade de Taubaté no dia 18 de abril de 1882 e faleceu na cidade de São Paulo no dia 4 de julho de 1948. Foi um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX. Foi o "precursor" da literatura infantil brasileira e ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo, bem como divertido, de sua obra de livros infantis, o que seria aproximadamente metade da sua produção literária. A outra metade, consistindo de inúmeros e deliciosos contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, críticas, prefácios, um livro sobre a importância do petróleo e do ferro e um único romance, O Presidente Negro, que não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças.

Mais informações:http://lobato.globo.com/


O que escutamos na 124° edição do ALACAZUM

Na 124° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER trabalhamos com o mundo encantado de Monteiro Lobato por isso privilegiamos as canções referentes ao Sítio do Pica Pau Amarelo.


1- O pato - MPB
2- Tema do Sítio do Pica Pau Amarelo
3- Bicharia- Chico Buarque
4-Carimbador Maluco- Raul Seixas
5-O gato- Marina
6- Tia Nastácia- Dorival Caymmi

BG- Bachianas Brasileiras
BG- Clara Schumann
BG- Moacir Santos- Coisas
BG- Tema de Tom e Jerry
Vinhetas com os direitos da Criança e do Adolescente



A produção musical a cargo de Gugui Martinez

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O patinho feio


Lido na 124° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 19 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 Khz AM.




Um dia, na fazenda de um bondoso camponês, nasceu um patinho muito estranho da ninhada da mamãe pata. Os outros patinhos da mesma ninhada começaram, então, a desprezá-lo e nem mesmo mamãe pata o quis mais. Todos os animais da fazenda, zombavam dele e o evitavam. Não restou ao pobre patinho outra alternativa a não ser fugir da fazenda. Até o cão, como último adeus, perseguiu-o latindo. Com a chegada do rigoroso inverno, o patinho teve que se cobrir com folhas secas para não morrer de frio. Depois de andar muito, encontrou abrigo na lenha amontoada de uma casa e ali permaneceu encolhido, até que a dona o descobriu. Com dó, a mulher o recolheu e o alimentou com comida quentinha e gostosa. O gato, com ciúmes das atenções dadas ao patinho,derrubou um saco cheio de farinha, para que a dona da casa culpasse o bichinho e o expulsasse dali. Quando a primavera surgiu, toda a natureza era um esplendor. Um dia o patinho feio foi a um lago onde viu uns cisnes lindos que o convidaram a se aproximar. Ao entrar na água, viu o seu reflexo e percebeu que era igual a eles. Aí finalmente compreendeu que havia encontrado uma família que nunca o abandonaria.
Com um majestoso vôo, junto aos outros cisnes, sobrevoou a fazenda onde nascera e, sem rancor, saudou de longe mamãe pata e seus irmãos, que ficaram espantados por ver como ele estava belo.

Hans Christian Andersen

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O gato Vaidoso


Lido na 124° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 19 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 Khz AM.

Moravam na mesma casa dois gatos iguaiszinhos no pêlo mais desiguais na sorte. Um amimado pela dona dormia em almofadões. Outro, no borralho. Um passava a leite e comia em colo. O outro por feliz se dava com as espinhas de peixe do lixo.

Certa vez cruzaram-se no telhado e o bichano de luxo arrepiou-se todo, dizendo:

- Passa de largo, vagabundo! Não vês que és pobre e eu sou rico? Que és gato de cozinha e eu sou gato de salão? Respeita-me, pois, e passa de largo...

-Alto lá, senhor orgulhoso! Lembra-te que somos irmãos, criados no mesmo ninho.

-Sou pobre! Sou mais que tu!

-Em quê? Não mias como eu?

-Mio.

-Não tens rabo como eu?

-Tenho.

-Não caças ratos como eu?

-Caço.

- Não comes rato como eu?

-Como.

-Logo, não passas dum simples gato igual a mim. Abaixa, pois, a crista desse orgulho idiota e lembra-te que mais nobreza do que eu não tens – o que tens é apenas um bocado mais de sorte...


Fábula retirada do livro;”Fábulas” de Monteiro Lobato

Tia Nastácia

Lido na 124° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 19 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 Khz AM.

Enquanto conversavam, Tia Nastácia, sempre à distância, rezava, e volta e meia fazia um pelo-sinal.

-Como deram com ela aqui? – perguntou São Jorge, pondo os olhos na pobre negra.

Foi Emília quem respondeu:
-Ah, santo, tia Nastácia é a rainha das bobas. Veio conosco enganada. Cheirou o pirlimpimpim pensando que era rapé...

São Jorge quis saber o que era rapé e pirlimpimpim, e muito se admirou das prodigiosas virtudes do pó mágico. Depois fez sinal á tia Nastácia para que se aproximasse.

-Venha boba! – animou Emília – Ele não espeta você com a lança. É um santo.

Tia Nastácia fez três pelo - sinal todos errados, e foi se aproximando, tremula e ressabida. Estava ainda completamente tonta de tantas coisas maravilhosas que vinham acontecendo. O dragão, o sumiço que levaram o Visconde e o burro, aquele prodigioso santo vestido de armadura de ferro, com capacete na cabeça, escudo no braço e “espeto” em punho – e lá no céu aquela enorme “lua” quatro vezes do tamanho do Sol – tudo isso era mais que bastante para transformar a sua cabeça pelo resto da vida.

Mesmo assim veio toda a tremer, com os beiços pálidos como de defunto.

-Não tenha medo – disse-lhe Narizinho – São Jorge não come gente. É um grande amigo nosso e muito boa pessoa.

Tia Nastácia afinal chegou-se – mas embaraçadíssima. Tinha as mãos cruzadas no peito e os olhos baixos, sem coragem de erguê-los para o santo. Estar diante dum santo daqueles, tão majestoso na sua armadura de ferro, era coisa que a punha fora de si.

- Não tenha medo de mim – disse São Jorge sorrindo – Diga-me está gostando deste passeio à Lua?

O tom bondoso da pergunta fez que a pobre negra se animasse a falar.

-São Jorge me perdoe- disse ela com a voz atrapalhada. – Sou uma pessoa negra que nunca fez outra coisa na vida senão trabalhar na cozinha para Dona Benta e estes seus netos, que são as crianças mais reinadeiras do mundo. Eles me enganaram com uma história de rapé do Coronel Teodorico, o compadre lá de Sinhá Benta, e me fizeram cheirar um pó que mais parecer arte do canhoto. Agora a pobre de mim está aqui nesta Lua tão perigosa, sem saber o que fazer nem o que pensar. Minha cabeça está que nem roda de moinho, virando, virando. Por isso rogo a São Jorge que me perdoe se minhas humildes respostas não forem da competência e da fisolustria dum santo da corte celeste de tanta prepotência...

Todos riram-se. A pobre preta achava que diante dos poderosos era de bom tom “falar difícil”, e sempre que queria falar difícil vinha com aquelas três palavras, “competência”, “prepotência” e “fisolustria”. Ela ignorava o significado dessas coisas, mas considerava-as uns enfeites obrigatórios na “linguagem difícil”, como a cartola e as luvas de pelica que os homens importantes usam em certas solenidades.



Fragmento do livro: “Viagem ao Céu” de Monteiro Lobato


quarta-feira, 22 de abril de 2009

ALACAZUM comemora o Dia Nacional do Livro Infantil

Fábio Costa - Amigo do ALACAZUM

Gravuras que integram o livro:Fábulas de la Fontaine

Gravuras e o livro: D.Quixote de Miguel de Cervantes


Na 124° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, que foi ao ar no dia 19 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650Khz AM, festejamos o dia Nacional do Livro Infantil, comemorado no dia 18 de abril de 2009. O ALACAZUM fez a festa no dia 19 (domingo ALACAZUM) e contou com a colaboração do amigo Fábio Costa que vive na cidade de Amargosa-Bahia, ele ofertou 2 belíssimos exemplares de livros ao ouvinte-leitor ALACAZUM, contamos ainda com a colaboração do nosso parceiro:CONSTRUART que ofertou uma belíssima camisa com tema ecológico e uma deliciosa caixa de chocolate oferecimento do professor Reinaldo Varjão. A manhã foi de festa e muito conhecimento compartilhado. O ALACAZUM agradece o carinho da população do terrritório de cidadania do Baixo Sul da Bahia pela participação e reconhecimento de nossa proposta cultural que resiste a mais de dois anos.

ALACAZUM PARA VOCÊ!

Sítio do Pica Pau Amarelo

Atores e atrizes que integraram o elenco da série televisiva : "Sítio do Pica Pau Amarelo"- Década de 1970

Leitura realizada na 124° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, que foi ao ar no dia 19 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença650 KHZ AM, quando homenageamos Monteiro Lobato, o mais fabuloso contador de histórias que o Brasil já conheceu.

O sitio de Dona Benta foi se tornando famoso, tanto no mundo de verdade, como no mundo chamado mundo de mentira. O mundo de mentira ou mundo da fábula é como a gente grande costuma chamar a terra e as coisas do país das maravilhas. Lá onde moram os anões e os gigantes, as fadas e os sacis, os piratas, como o capitão Gancho e os anjinhos como flor das alturas. Mas o mundo da fábula não é realmente nenhum mundo de mentira, pois o que existe na imaginação de milhões e milhões de crianças é tão real como as páginas deste livro. “O que se dá, é que as crianças, logo que se transformam em gente grande, fingem não acreditar no que acreditavam”.


Fonte: Retirado do livro: "Sítio do Pica Pau Amarelo" de Monteiro Lobato


'Madame Bovary' :Manuscritos de Gustave Flaubert

As 4.500 folhas manuscritas da celebre novela que Gustave Flaubert publicou no ano de 1857, já se pode ler através da Web. Durante dois anos um grupo de 130 transcritores voluntátios provenientes de 17 paises como Argentina, Japão e Tailandia, passaram a limpo o manuscrito original que já está disponível de forma gratuita para os internautas.



Fonte: Revista eñe

Biblioteca mundial digital

A partir do dia 21 de abril estará disponível a biblioteca mundial digital- séculos de história e cultura reunidos em um clic de distancia e com acesso gratuito. A biblioteca mundial digital conterá a versão digitalizada de centenas de milhares de documentos, mapas, ilustrações, manuscritos das principais bibliotecas nacionais do mundo.



Fonte: Revista eñe

Livros nos semáforos

No lugar de dinheiro, livros. É assim que o jornalista Rodrigo Ratier está agindo com pedintes e ambulantes nos principais semáforos da cidade de São Paulo. Ao receber pedidos de esmolas, o jornalista oferece livros para as pessoas e, de acordo com ele, não recebe nenhuma recusa. Dentre as diversas experiências, veiculadas em sua matéria no site da revista nova escola, destaca-se a do ambulante que afirma ‘GANHAR UM LIVRO É SEMPRE BEM-VINDO” e da mãe que parou de fazer seus pedidos entre os carros por alguns instantes para ler um livro dado para sua filha de apenas 1 ano.


Boletim PNLL n° 151 de 13 a 19 de abril de 2009

Mec faz parceria com mercado editorial para produzir livros para professores


O Ministério da Educação e representantes do mercado editorial debateram em Brasilia, no dia 7 de abril, a criação do programa nacional biblioteca do professor (pnbp) No encontro que contou com a participação do Ministro da Educação Fernando Haddad, foi discutidaa a idéia de formar coleções destinadas aos professores. A previsão é que sejam editados 100 títulos de todas as disciplinas da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. O MEC se comprometeria a compra até 60 mil livros para distribuir às escolas públicas.



Boletim PNLL edição 151 de 13 a 19 de abril de 2009

Burrice



Leitura realizada na 124° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, que foi ao ar no dia 19 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença650 KHZ AM, quando homenageamos Monteiro Lobato, o mais fabuloso contador de histórias que o Brasil já conheceu.

Caminhavam dois burros, um com carga de açúcar, outro com carga de esponjas.


Dizia o primeiro:


- Caminhemos com cuidado, porque a estrada é perigosa.


O outro redarquiu:


- Onde está o perigo? Basta andarmos pelo rastro dos que hoje passaram por aqui.


- Nem sempre é assim. Onde passa um, pode não passar outro.


- Que burrice! Eu sei viver, gabo-me disso, e minha ciência toda se resume em só imitar o que os outros fazem.


- Nem sempre é assim, nem sempre é assim... Continuou a filosofar o primeiro.


Nisto alcançaram o rio, cuja ponte caíra na véspera.


- E agora?


- Agora é passar a vau.


O burro do açúcar meteu-se na correnteza e, como a carga se ia dissolvendo ao contato com água, conseguiu sem dificuldade pôr pé na margem oposta.


O burro da esponja, fiel às suas idéias, pensou consigo:

Se ele passou, passarei também – e lançou-se ao rio.


Mas sua carga, em vez de esvair-se como a do primeiro, cresceu de peso a tal ponto que o pobre tolo foi ao fundo.


-Bem dizia eu! Não basta querer imitar, é preciso poder imitar- comentou o outro.




Retirado do livro: Fábulas de Monteiro Lobato

Livro na cesta básica dos brasileiros

O poeta brasileiro, Waly Dias Salomão, nascido em Jequié-Ba no ano de 1943 e falecido no ano de 2oo3, quando trabalho no Ministério da Cultura como assessor de Gilberto Gil, no inicio de seu mandato propôs a inclusão de um livro na cesta básica dos brasileiros.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O mês de abril


Leitura realizada na 124° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, que foi ao ar no dia 19 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença650 KHZ AM, quando homenageamos Monteiro Lobato, o mais fabuloso contador de histórias que o Brasil já conheceu.
Era em abril, o mês do dia de anos de Pedrinho e por todos considerado o melhor mês do ano. Por quê? Porque não é frio nem quente e não é mês das águas nem de seca – tudo na conta certa! E por causa disso inventaram lá no Sítio do Picapau Amarelo uma grande novidade: as férias – do – lagarto.

- Que história é essa?

Uma história muito interessante. Já que o mês de abril é o mais agradável de todos, escolheram-no para o grande “repouso anual” – o mês inteiro sem fazer nada, parados, cochilando como lagarto ao sol! Sem fazer nada é um modo de dizer, pois que eles ficavam fazendo uma coisa agradabilíssima: vivendo! Só isso! Gozando o prazer de viver...


- Sim – dizia Dona Benta – por que a maior parte da vida nós a passamos entretidos em tanta coisa, a fazer isto e aquilo, a pular daqui para ali, que não temos tempo de gozar o prazer de viver. Vamos vivendo sem prestar atenção na vida, e, portanto, sem gozar o prazer de viver à moda dos lagartos. Já repararam como os lagartos ficam horas e horas imóveis ao sol, de olhos fechados, vivendo, gozando o prazer de viver – só, sem mistura?


E era muito engraçada a organização que davam ao mês de abril lá no sítio. Com antecedência resolviam todos os casos que tinham de ser resolvidos, acumulavam coisas de comer das que não precisam de fogão – queijos, fruta, biscoitos, etc., botavam um letreiro na porteira do pasto: A FAMÍLIA ESTÁ AUSENTE. SÓ VOLTA NO COMEÇO DE MAIO. E depois de tudo muito arrumado e pensado, caíam no repouso.


Era proibido até pensar. Os cérebros tinham de ficar numa modorra gostosa. Todos vivendo – só isso! Vivendo biologicamente, como dizia o Visconde.


Retirado do livro: Viagem ao céu de Monteiro Lobato

sábado, 18 de abril de 2009

Dia(s) do Livro Infantil

Desde o ano 2000, comemora-se no Brasil o Dia Nacional do Livro Infantil em 18 de abril, data escolhida para lembrar o nascimento de Monteiro Lobato. Aliás, o mês de abril também marca o aniversário do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, o que faz com que mais de 60 países comemorem no dia 2 o Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil. As homenagens, tanto ao autor de O Patinho Feio e O Soldadinho de Chumbo quanto ao criador das histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, são uma boa oportunidade para repensarmos a importância da leitura por parte das crianças não apenas como exigência curricular, mas como um processo prazeroso de desenvolvimento humano e transformação social.

Boletim PNLL edição 151 de 13 a 19 de abril de 2009

Credo do contador de história

"Creio que a imaginação pode mais que o conhecimento.

Que o mito pode mais que a história.

Que os sonhos podem mais que os fatos.

Que a esperança sempre vence a experiência.

Que só o riso cura a tristeza.

E creio que o amor pode mais que a morte."

Robert Fulghum

18 de abril:dia nacional do livro infantil

Em homenagem ao nascimento de José Bento Monteiro Lobato, no dia 18 de abril comemoramos o Dia Nacional do Livro Infantil. Considerado um dos maiores escritores infantis.
Monteiro Lobato nasceu em uma fazenda em Taubaté e, além de dedicar-se aos livros infantis, usou a moral e a pedagogia de suas histórias para criticar o comportamento das pessoas e do Estado.
Quem nunca ouviu falar em Emília, Narizinho, Pedrinho, Tia Nastácia, Dona Benta, Visconde de Sabugosa e Marquês de Rabicó? Os personagens dos livros infantis de Lobato são conhecidos em todo país e encantam, até hoje, crianças e adultos.
Domingo, dia 19 de abril de 2009 das 9 as 12 horas transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 Hkz Am, o programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER homenageará Monteiro Lobato, com muitas atividades lúdicas e músicas de qualidade.
ALACAZUM é palavra mágica. Experimente dizer: ALACAZUM PARA VOCÊ!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

123° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 123° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 12 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, prestigiamos vários autores, apreciamos música de qualidade, seleção do Gugui Martinez, homenageamos antecipadamente o dia do Hino Nacional Brasileiro através de declamação realizada pela poetiza Celeste Martinez, contamos com a participação festiva do público, lembrando mais uma vez que vem se intensificando a aceitação e introsamento das famílias com a causa cultural desenvolvida pelo ALACAZUM neste dois anos e 5 meses.



ALACAZUM PARA VOCÊ!

Claudina Pereira de Pereira

Vida:


Internada no Hospital Psiquiátrico São Pedro de Porto Alegre (HPSPPA) pela primeira vez aos 23 anos, Claudina foi acostumando-se ao ambiente do sanatório e às internações cada vez mais freqüentes. Depois de viver junto de parentes, de tentar trabalhar e sustentar-se, e finalmente cair na mendicância e rolar no mundo, a poeta voltou mais 22 vezes ao HPSPPA, sendo abandonada pelos parentes e rejeitada pelo marido. Diagnosticada como esquizofrênica paranóide, encontrou no ato de escrever a possibilidade de uma existência mais branda. Alma no espelho, seu único livro publicado, é uma coletânea de poemas organizada por Ayrton Centeno, publicada pela Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre na série Outras Vozes, que tem o objetivo de dar visibilidade ao depoimento de sujeitos sociais marginalizados que registraram modos outros de ver o mundo através do texto ficcional.

Fonte:http://www.amulhernaliteratura.ufsc.br/catalogo/claudina_vida.html


Dez perguntas

Poema declamado na 123° edição do ALACAZUM

O que é experiência e prática?
O que é comando?
Que são meios de comunicação?
Que é varonil?
Que são manias?
Que é idiota?
Que é produzir?
Que é deixar a desejar?
Em medicina (em medicamentos): que quer dizer doses máximas e doses mínimas?
Que quer dizer doses?


Claudina Pereira de Pereira
(In: Alma no espelho, p.49.)

Simone Santana




Simone Santana (Ouro Preto-MG, 1981). Professora de Língua Portuguesa e Literatura em escolas estaduais. Escreve já há algum tempo, é inédita em livro e edita o blogue A Parede Lá de Casa. Atualmente, reside em Conselheiro Lafaiete-MG, uma cidadezinha muito simpática.

Rosário de lágrimas


Eles tinham dois filhos, muitos invernos, e um monte de contas de lágrimas, que enfeitavam os vãos da casa, em tristonhas cortinas. Ela usava lenço sobre os cabelos longos, sempre presos, um vestido de mangas compridas — para não mostrar os braços — olhos tristes, um avental sujo de cinzas, e era sempre assim, até um dia. Ele tinha um acordeão, um par de sapatos sempre gastos, a camisa aberta sobre o peito e óculos escuros, com que tapar tristeza. Ele viajava para longe, onde havia mar e automóveis. Ela viajava pelos campos, plantando milho, entre outras coisas, alecrim. Quando ele voltava, esculpia santos em pedra, ela colhia o milho, o trigo, e produzia milhões de biscoitos. Choveu um dia em que ele partiu, acordeão sobre o peito, os meninos colhendo contas, ela sovando grãos. A chuva encheu o rio, o rio carregou os meninos, e ela pediu a Santa Bárbara que parasse a chuva. Sozinha perseguiu a água, e encontrou os filhos. Sozinha cavou a terra, e plantou os filhos, na esperança que crescessem como pés de milho. Esperou no decorrer de todas as fases da lua, e esperou, e esperou. Eles não brotaram, ela nada colheu, e ele parecia ter se esquecido. Trocou o vestido por calças e saiu a campear o vento, que a fez passar além da curva. Ele sentiu ser hora de regressar. Encontrou a casa vazia, as plantas queimadas e seus filhos plantados na margem do rio. Mergulhou nas águas, tencionando permanecer no fundo, mas elas o lançavam de volta à superfície. Voltou ao trabalho de esculpir santos e tecer rosários com as contas de lágrimas que colhia. Ela se afastava, até que chegou à linha azul que chamavam oceano. Começou a esquecer quem era, vestiu-se com outras roupas, plantou outras sementes, colheu outros frutos. As estações se sucediam, a lua brincava de se banhar no sol, às vezes minguava. Até um dia. Ela caminhava pela feira. Deparou-se com um rosário de contas, era o passado que vinha. Deixou a casa abandonada, passou pela ponte, venceu a curva, seguiu em linha reta, deparou-se com o oceano, continuou caminhando e a encontrou na feira, contas de lágrimas entre os dedos. Ela o seguiu, fazendo o caminho inverso. Atravessou a velha ponte e viu os filhos plantados na margem do rio, viu o campo seco, viu seu marido esculpindo santos. As cortinas pareciam vivas, balançando na janela. Acariciou seus cabelos brancos e preparou biscoitos. Quando olhou o céu, era lua minguante, e os olhos dele já não tinham brilho. Plantou-o às margens do rio, ao lado dos filhos, e ficou esperando que eles brotassem, eternamente.



Simone Santana

Cristo de Bronze

Ferreira da Silva- Cristo de Bronze



Ó Cristos de ouro, de marfim, de prata,

Cristos ideais, serenos, luminosos,

Ensanguentados Cristos dolorosos,

Cuja cabeça a dor a luz retrata.

Ó Cristos de altivez intemerata,

Ó Cristos de metais estrepitosos

Que gritam como os tigres venenosos

Do desejo carnal que enerva e mata.

Cristos de pedra, de madeira e barro...

Ó Cristo humano, estético, bizarro,

Amortalhado nas fatais injúrias...

Na rija cruz aspérrima pregado

Canta o Cristo de bronze do pecado

Ri o Cristo de bronze das luxúrias!...

Cruz e Sousa


Você sabia que?

Você sabia que estabelecimentos comerciais e instituições financeiras são obrigados por lei ao recebimento de até 100 moedas do mesmo valor? Não é de agora. Está no artigo 9° da Lei 8.697 de 27 de agosto de 2003.

Você sabia que o pássaro papa-capim está ameaçado de extinção?

Através da portaria n° 1.522 de 19 de dezembro 1989 e da portaria n° 45-N de 27 de abril de 1992, o IBAMA, tornou público a lista oficial de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. Entre estas espécies, o papa-capim.

Por que o cão cheira o xixi dos outros cães e urina em cima?


Cada cão deixa a sua marca (que é o odor de sua urina) por onde passa para mostrar aos outros cães que aquele território é dele. Por isso ele cheira a urina do outro cão (que é o invasor) e deixa sobre ele o aviso: “Esse espaço é meu”! “Afaste-se”



Atum-Azul

Atum-Azul

A pesca indiscriminada fez sumir 90% dos grandes peixes e mudou a dieta humana. O atum-azul, não é um peixe qualquer. É o peixe. Primeiro porque ele tem sangue quente, o que lhe permite cruzar os mares do Ártico aos trópicos. Sua arrancada ao caçar ou fugir é mais potente que a de um Porche. Um atum-azul pode pesar o mesmo que um cavalo (500 quilos) e render 10 mil cortes do sashimi mais suculento e caro do mundo. É por isso que, enquanto cardumes deles nadam pelo Mediterrâneo, superpesqueiros rondam a sua caça com a ajuda de sonares e de aviões localizantes. O navio que chegar primeiro e fechar a rede de cerco em volta dos bichos leva o premio. E leva pra o Japão, país que captura 25% dos atuns-azuis dos oceanos. No maior mercado de peixes do planeta o Tsukiji, em Tóquio, um desses peixes é leiloado por até US$ 25 mil dólares. Os que são pescados pequenos ficam enjaulados em fazendas de engorda nas costas de países como Espanha, Itália e Turquia. Passam meses sendo alimentados com peixes gordurosos e depois são abatidos a tiros- isso mesmo, a tiros. Então seguem seu caminho rumo ao desaparecimento e às mesas dos aficionados por sushi. A saga do atum-azul começou na década de 90, depois que flotilha japonesa reduziu os estoques do Pacifico a 6% da população original. Em 10 anos de pesca no Mediterrâneo já o levaram ao risco de extinção.


Fonte: planeta sustentável

Guardiã Cibernética

Assim é a alcunha da nordestina Maria Elizabeth que decidiu usar a internet para expandir a cultura popular de sua terra. Mãe de quatro filhos, Maria resolveu “para brincar em casa com os meninos” recuperar o coco de umbigada, dança e ritmo que tem origem nas tradições negras e indígenas. A brincadeira cresceu. Saiu do seu quintal e ganhou o terreiro em frente a sua casa. Que não foi suficiente para mestres percussivos, poetas e amigos que vinham dançar e cantar com a família de Beth. A moça resolveu ganhar o mundo. Fez isso ao associar a cultura popular a algo novo para ela: a tecnologia. Aprendeu a usar o teclado do computador para escrever um projeto para o Ministério da Cultura. Aprovado criou a Casa de Dona Oxum, onde se dá a alfabetização digital para muitos de sua comunidade, além de colocar músicas tradicionais na rede para democratizá-las. Ao fazer isso, recuperou a dignidade de antigos mestres de coco de roda e de maracatu preservando, como uma guardiã cibernética a cultura de seu lugar.

Fonte: planeta sustentável

Jean Paul Ganem



O que um agricultor e um pintor têm em comum? Ora, o primeiro cria paisagens, o segundo as retrata em suas telas. Inspirado na Land Art, o artista tunisiano, Jean Paul Ganem, cria belas paisagens, mostrando que é possível unir com delicadeza estética consciência ambiental e engajamento social. A corrente surgiu nos Estados Unidos, na década de 60 com a intenção de levar as criações artísticas para além dos limites dos museus e galerias, aproximando-as das pessoas. Jean deu um passo ainda maior. Amparado pro patrocínios de ordem pública e privada, ele viaja o mundo à procura de paisagens “reais”, ou seja, habitadas por gente. Quando chega a uma propriedade e apresenta sua proposta de transformação dos espaços, costuma ser recebido como um filho desgarrado que à casa retorna ou como um forasteiro dono de idéias extravagantes. Mas a intenção do artista não é atrapalhar a rotina dos homens do campo. Pelo contrário, para ele o utilitário e o belo podem conviver em harmonia. Foi o que propôs a um plantador de trigo no interior da França. Em vez de semear apenas um tipo, por que não adicionar ao plantio outros dois, compondo uma tela xadrez tingida com três tons diferentes? Mescla de cores, poesia, humor e critica são ingredientes recorrentes que jogam com o observador.



Fonte: Planeta sustentável




quinta-feira, 16 de abril de 2009

El secreto

Dos jóvenes descubrieron
el secreto de la vida
en un repentino verso de
poesía.
Yo, que no conocía
el secreto, escribí
el verso.
Me contaron( a través de una tercera persona)
que lo encontraron
pero no era lo que era
incluso
lo que el verso era.
Sin duda,
ahora, más de una semana
después, olvidaron
el secreto,
el verso,
el nombre
del poema.
Las amo
por hallar lo que yo no puedo
y por amarme
por el verso que escribí
y por olvidarlo,
de manera que
cientos de veces,
hasta que la muerte
las encuentre,
puedan
descubrirlo nuevamente,
en otros versos,
en otros sucesos.
Y por
querer conocerlo
asumiendo que hay tal secreto,
Si,
sobre todo por eso.


Denise Levertov (Gran Bretaña)

Traducido del inglés por Myriam Rozenberg- Blog: http://www.elescaramujo.blogspot.com/

Publicado en PoemHunter

O segredo




Dois jovens
descobriram
o segredo da vida
em um repentino verso de poesia.
Eu, que não conhecia o segredo
Escrevi o verso. Me contaram
(através de uma terceira pessoa)
que o encontraram
mas não era o que era
incluso ou
o que o verso era.
Sem dúvida agora
mais de uma semana depois
esqueceram o segredo,
o verso,
o nome do poema.
As amo por achar
o que eu não posso
e por amar-me pelo verso que escrevi
e por esquecer de maneira
por centenas de vezes,
até que a morte as encontre,
possam descobri-lo novamente,
em outros versos,
em outros sucessos.
E por querer conhece-lo
assumindo que há tal segredo.
Sim,
sobretudo por isso

O segredo de Denise Levertov
traduzido do castellano para o português por Celeste Martinez

Planeta sustentável

A água é um líquido essencial para todos os seres vivos, porém no ritmo em que ela vem sendo usado pelo ser humano, pode acabar faltando. Para preservar a água do planeta não é preciso deixar a sujeir reinar. Com mais consciência e pequenas mudanças de comportamento no seu dia a dia é possivel diminuir - e muito- a quantidade de água que você gasta ao longo do ano. Então, começe agora e ajude a terra a continuar sendo o planeta cheio de água.


Elimine os vazamentos: um buraco com o tamanho da cabeça de um alfinete em um cano, desperdiça até 3,2 mil litros de água por dia. Essa quantidade mataria a sede uma família de 4 pessoas durante 1 ano. Em 1 mês o desperdício pode chegar a 96 mil litros. O suficiente para suprir a necessidade de água da mesma família por 33 anosw. Consuma consciência! E ajude a terra a continuar sendo o planeta cheio de água.

Dicas de Saúde

Grande parte da população não sabe, mas além da lavagem dos alimentos, é fundamental limpar embalagens, como latas, caixas e garrafas. É que é muito comum uma espécie de vírus presente nos corpos dos ratos mortos ou em suas fezes, que podem ser fatais aos seres humanos. Como a maioria dos produtos vendidos em supermercados passa pelos estoques – onde a freqüência dos ratos, na busca de comidas é notória ou em virtude do baixo controle sanitário- há o risco de as embalagens serem contaminadas. Os sintomas da contaminação são como os de infecção estomacal. E se não forem detectados e tratados a tempo, podem levar a morte.

Fonte: Revista Senac- educação ambiental n° 02

Quadro: por que canta o sabiá-laranjeira?



Na 123° edição do ALACAZUM, o sabiá-laranjeira, ave símbolo do Brasil e também ave-símbolo do ALACAZUM cantou por todos os amigos que fazem o ALACAZUM existir e por nossos parceiros culturais que divulgam suas marcas na nossa programação dominical. Você pode participar desta grande corrente de fortalecimento da cultura, divulgando a marca de sua empresa em nossa programação. Entra em contato através do e.mail: alacazum@hotmail.com ou Telefone: (75) 8133- 6005

ALACAZUM é uma palavra mágica! Experimente dizer: ALACAZUM PARA VOCÊ!

Mostra Fotográfica: bicho de rua


Agenda Nacional ALACAZUM

Recebemos correspondência eletrônica da artista visual Fernanda Melonio que diz o seguinte:


Depois de Lajeado e Torres, é a vez do público de Venâncio Aires, capital nacional do chimarrão, conferir a Mostra Fotográfica Bicho de Rua. A abertura do evento será na próxima quarta-feira, 15 de abril, na revistaria e tabacaria República do Café.


Com o objetivo de conscientizar adultos e crianças, a Mostra procura mostrar um lado de nossas cidades a que geralmente não damos atenção: animais que vivem nas ruas, ou mesmo em casas, mas que não são tratados com o devido respeito e dignidade.

Longe de ser apenas uma exposição fotográfica, "Bicho de Rua" é uma campanha de cidadania que procura mostrar às pessoas a importância da adoção de um bicho de rua e o quanto este ato requer responsabilidade, amor e consciência. Ao sair de uma situação de abandono e desprezo para o convívio e aceitação em um lar, os animais conseguem demonstrar, tanto quanto os seres humanos, a felicidade, gratidão e paz de um relacionamento respeitoso.

A Mostra conta com fotografias de Carolina Leipnitz, Fernanda Melonio, Ivânia Trento, Eduardo Costa, Aline Gobbi, Heinz Schnack e Daniele Spohr.

Agenda Internacional ALACAZUM

Recebemos correspondência eletrônica do amigo Sérgio Teixeira direto de Lisboa-Portugal. Ele que apresenta o programa RADIONOVELA através da http://www.radionovela.com.pt/ , aos domingos das 20 às 21 horas (hora de Portugal) pela Popular FM 90.9 Mhz ou em http://www.popularfm.com/ .




Ouve aqui a emissão do dia 5 de Abril de 2009.
http://www.zshare.net/audio/5837406729b4090f/

Para fazer o download do ficheiro mp3 carrega aqui.
http://www.zshare.net/download/5837406729b4090f/

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Quadro: Despertando os sentidos

Na 123° edição do ALACAZUM que foi ao ar no dia 12 de abril de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença Am oferecemos como estimulo sensorial, o som do espirro.


O espirro é uma expulsão de ar, convulsiva e semi-autônoma, do nariz e boca. Algumas doenças podem ser transmitidas pelo espirro que espalha até 40.000 gotículas infecciosas.


História:



Em 400 A.C. o general ateniense Xenofonte fez um dramático discurso estimulando seus soldados a segui-lo para libertar ou morrer contra os Persas. Ele falou por uma hora motivando seu exército e assegurando um retorno seguro a Atenas até que um soldado ressaltou sua conclusão com um espirro. Pensando que este espirro foi um sinal dos Deuses, os soldados saudaram Xenofonte e seguiram seu comando. Outro momento divino do espirro para os Gregos ocorreu na história de Ulisses. Ulisses retornou para casa disfarçado de mendigo e conversou com sua amada esposa Penélope. Ela disse para Ulisses, não sabendo de quem se tratava, que ele iria retornar em segurança para desafiar seus pretendentes. Neste momento o filho deles, Telêmaco, deu um sonoro espirro e Penélope riu alegremente, reafirmando que isto era um sinal dos Deuses.

Curiosidades:

Entre os Pagãos de Flanders, um espirro era um mal presságio. Quando São Elígio advertiu os pagãos contra suas práticas druidas, de acordo com sua companhia ou seu biógrafo Ouen, ele disse o seguinte: "Não observem presságios ou espirros violentos ou prestem atenção a qualquer passarinho cantando pela estrada. Se você está distraído na estrada ou em qualquer outro trabalho, faça o sinal da cruz e reze prece de Domingo com fé e deveção que nenhum inimigo irá machucá-lo".


Na Hungria, Eslováquia e Eslovênia e alguns países do oriente médio, o espirro que ocorre após alguém fazer uma afirmação é às vezes interpretada como uma confirmação por Deus de que a afirmação era verdadeira.


No Japão, as pessoas frequentemente acreditam que o espirro ocorrem quando elas estão sendo faladas ou mal-faladas pelas costas ou por uma pessoa muito distante.


É uma crença comum na Índia que alguém que espirra inesperadamente lembra ou é lembrado por uma pessoa querida. A maioria dos indianos considera espirrar saudável, e a inabilidade de espirrar ser causa para alarde. A revista americana Psychology Today publicou um artigo sobre cientistas indianos que nomearam a incapacidade de espirrar como "asneenzia"; os indianos têm utilizado o cheiro do tabaco como uma maneira artificial de induzir o espirro.

Quadro: Desafio

Na 123° edição do ALACAZUM oferecemos como para a conquista de vários premios: 1 caixa de chocolate, 1 palavra-cruzada e 3 mini-livros de fábulas, oferecimento de "A LOJINHA CONFECÇÕES", a seguinte pergunta:

A páscoa vem antes ou depois de Jesus Cristo?

Páscoa

Na 123° edição do ALACAZUM que ocorreu justo no domingo dia 12 de abril- Páscoa- aproveitamos para comentar sobre o simbolo do coelho tão utilizado nesta ocasião.


A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.

Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida?


No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antigüidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.


E evidente, não devemos descartar a influencia do mercado, promovendo a venda destes produtos.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Pagu



Esta fotografia ao lado foi um dos documentos encontrados pela catadora de rua Selma Morgana Sarti, no ano de 2004, pertencente a escritora e jornalista Patrícia Rehder Galvão. A catadora encontrou jogados no lixo fotos e documentos originais da escritora e do jornalista Geraldo Ferraz, seu último companheiro. Entre os achados, estava uma foto de Pagu, com dedicatória para Geraldo.

Poesia

O que você está falando, menina?
Estou falando que.
Que o que?
que.
Vamos dizer, que a menina, minha amiga, pretenderia o que?
Que.

Patrícia Rehder Galvão(Pagu) escritora e jornalista brasileira, militante comunista com inúmeras prisões.

Centenário Patativa do Assaré

Sempre a cada edição o programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, homenagea o poeta Antônio Gonçalves (o Patatita do Assaré) com poesias declamadas pela escritora Celeste Martinez (apresentadora do ALACAZUM) ou através de canções cujas letras são de autoria do poeta. Nesta 123° edição, o ALACAZUM ofertou a poesia: O boi zebu e as formigas.

O boi zebu e as formigas


Um boi zebu certa vez
Moiadinho de suó,
Querem saber o que ele fez
Temendo o calor do só
Entendeu de demorá
E uns minuto cuchilá
Na sombra de um juazêro
Que havia dentro da mata
E firmou as quatro pata
Em riba de um formiguêro.
Já se sabe que a formiga
Cumpre a sua obrigação,
Uma com outra não briga
Veve em perfeita união
Paciente trabaiando
Suas foia carregando
Um grande inzempro revela
Naquele seu vai e vem
E não mexe com mais ninguém
Se ninguém mexe com ela.
Por isso com a chegada
Daquele grande animá
Todas ficaro zangada,
Começou a se açanhá
E foro se reunindo
Nas pernas do boi subindo,
Constantemente a subi,
Mas tão devagá andava
Que no começo não dava
Pra de nada senti.
Mas porém como a formiga
Em todo canto se soca,
Dos casco até a barriga
Começou a frivioca
E no corpo se espaiado
O zebu foi se zangando
E os cascos no chão batia
Ma porém não miorava,
Quanto mais coice ele dava
Mais formiga aparecia.
Com essa formigaria
Tudo picando sem dó,
O lombo do boi ardia
Mais do que na luz do só
E ele zangado as patada,
Mais força incorporava,
O zebu não tava bem,
Quando ele matava cem,
Chegava mais de quinhenta.
Com a feição de guerrêra
Uma formiga animada
Gritou para as companhêra:
Vamo minhas camarada
Acaba com os capricho
Deste ignorante bicho
Com a nossa força comum
Defendendo o formiguêro
Nos somos muitos miêro
E este zebu é só um.
Tanta formiga chegou
Que a terra ali ficou cheia
Formiga de toda cô
Preta, amarela e vermêa
No boi zebu se espaiando
Cutucando e pinicando
Aqui e ali tinha um moio
E ele com grande fadiga
Pruquê já tinha formiga
Até por dentro dos óio.
Com o lombo todo ardendo
Daquele grande aperreio zebu saiu correndo
Fungando e berrando feio
E as formiga inocente
Mostraro pra toda gente
Esta lição de morá
Contra a farta de respeito
Cada um tem seu direito
Até nas leis da natura.
As formiga a defendê
Sua casa, o formiguêro,
Botando o boi pra corrê
Da sombra do juazêro,
Mostraro nessa lição
Quanto pode a união;
Neste meu poema novo
O boi zebu qué dizê
Que é os mandão do podê,
E as formiga é o povo.
Do livro Ispinho e Fulô – Patativa do Assaré