quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Poesia da Ana Esther



Na 337° edição do Alacazum palavras para entreter, que foi ao ar no dia 26 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, cujo tema: Infância e suas brincadeiras, apreciamos o segundo poema criado pela jovem versátil Ana Esther, retirado do site: www.respiracaocutanea.blogspot.com

AL. a. ca. zum, de Ana Esther

Na 337° edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 26 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, cujo tema: Infância e suas brincadeiras, apresentamos e desfrutamos da encantadora poesia, criada especialmente para o Alacazum, pela jovem Ana Esther, que mantem um blog chamado: respiracaocutanea.blogspot.com

Al. a. ca. zum


Ela trota
de xote
denota
em post´s
Por audio
Em
vídeo
palavra
sensível
Para
entreter
O sangue
visível
de
si.


Mas foge,
não olha,
acha que se esconde
Aos montes
mau sabe,
que todos
os cantos
que fazes-
as fases-
são puramente-
verdade-
pedaços
Celeste´s
de
Si.

Ana Esther


Escutamos: Peixinhos com Eddie

Na 337° edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 26 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, cujo tema: Infância e suas Brincadeiras, apreciamos a música: Peixinhos, com Eddie.

Na beira do rio
Na proa da maré
Tinha xié,
Tinha carangueijo
Tinha inoré
Tinha Guaiamum
Tinha?
Tinha
Dentro do mangue
Tinha guará
Tinha guaximi
Soconuianu
Tinha?
Tinha.
Tinha aradu
Ô professor, tem guaru?
Tem.


Mude, de Edson Marques

Na 337° edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 26 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo, 87,9 Rio Una FM, cujo tema: Infância e suas brincadeiras, apreciamos o poema: Mude. Autoria do poeta Edson Marques. Este poema serviu para comercial da Fiat. Acontece que a agência de publicidade, contratada consultou um site onde dizia que o poema: mude era de autoria da Clarice Lispector. Quando o autor verdadeiro autor, soube  reivindicou os direitos autorais, encontrou bastante dificuldade. Anos a fio na justiça. Até que conseguiu.




Mas comece devagar, porque a direção
é mais importante que a velocidade.
Mude de caminho, ande por outras ruas,
observando os lugares por onde você passa.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Descubra novos horizontes.


Não faça do hábito um estilo de vida.

Ame a novidade.
Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo sabor,
o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
Busque novos amigos, tente novos amores.
Faça novas relações.
Experimente a gostosura da surpresa.
Troque esse monte de medo por um pouco de vida.
Ame muito, cada vez mais, e de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, de atitude.

Mude.
Dê uma chance ao inesperado.
Abrace a gostosura da Surpresa.
Sonhe só o sonho certo e realize-o todo dia.
Lembre-se de que a Vida é uma só,
e decida-se por arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais prazeroso,
mais digno, mais humano.
Abra seu coração de dentro para fora.

Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.

Exagere na criatividade.
E aproveite para fazer uma viagem longa,
se possível sem destino.
Experimente coisas diferentes, troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você conhecerá coisas melhores e coisas piores,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento, a energia, o entusiasmo.
Só o que está morto não muda ! 

Autor: Edson Marques

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

João, o poeta açougueiro e ouvinte-leitor Alacazum!


João, o poeta açougueiro e a escritora e locutora do Alacazum, Celeste Martinez


Dia 27 de janeiro de 2014, no supermercado. Encontro João, funcionário deste estabelecimento mas que cultiva um mérito que é só dele. João, escreve. Se intitula: o poeta açougueiro. Já enviou várias produções para o programa radiofônico Alacazum palavras para entreter e inclusive participou ao vivo recitando um de seus poemas. Bom tê-lo como amigo  e ouvinte-leitor Alacazum.

Alacazum, poesia da Ana Esther


Na 337° edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 26 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã, transmissão ao vivo  87,9 Rio Una FM,  apresentação da escritora e locutora Celeste Martinez, cujo tema versou sobre Infância, desfrutamos da belíssima poesia da Ana Esther, que cultiva uma página ( pé de criatividade ) chamada: respiracaocutanea.blogspot.com.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Vídeo Poema de Celeste Martinez


Vídeo poema criado pela escritora e apresentadora do programa radiofônico Alacazum palavras para entreter no dia 21 de janeiro de 2014

Para Ana que conheci na virtualidade

Para Ana que conheci na virtualidade.

Noite.
Pouco mais das vinte e três horas.
Ela aparece no monitor.
Ajeito o auricular.
Na janela a mensagem:
“Posso te escutar mas não posso falar”.
Iniciamos o diálogo seguindo esta regra.
Na página virtual, o rosto dela são sorrisos.
Não preciso escutá-la.
E se não fosse possível ler suas mensagens digitalizadas...
O sorriso dela, diz palavras respostas.
Palavras perguntas – muito mais respostas –
- Você escreve poemas? Pergunto.
- Sim. Ela responde e na tela se expressa a concretização poética da resposta:

Inicio o caminho da leitura.
Balbucio.
Tropeço em alguns termos vestidos de desabitualidade.
Pareço criança aprendendo por primeira vez vocábulos.
Todo cuidado pra não cair.
Mas o ritmo me toma pela mão e sou absorvida pela poesia.
Ana, é poesia.
Ana, é dança.
Ana, é música.
Duvido de sua existência.
Por quê?
Como pode caber tanta essência de poesia em alguém?
Mesmo sem escutar o timbre da sua voz,
Escuto-a.
Sei,
Sinto,
A personalidade do tom da voz de Ana.
É assim: (                        )
Só eu posso escutar.
Pergunto em que mundo ela habita.
São Salvador da Bahia de Todos os Santos. Ela responde.
Logo ali, após as águas do atlântico.
Duvido mais uma vez da existência de Ana.
Como pode caber tanta essência de música em alguém?
Despeço-me. O sono rende-me.
Deitada, vistorio as gavetas com seus arquivos.
Revisto o sorriso de Ana.
Fecho os olhos.
Durmo.
Nenhum vestígio dela no calabouço da minha noite.
Quando amanheço...
 todavia recordo Ana.
E novamente duvido da sua existência.
Como pode caber tanta humanidade em alguém?
Apresso-me por desvendar o enigma.
Ligo o PC.
Abro a página do face book.
Procuro Ana.
Ei-la.
Envio solicitação de mensagem.
E...
até hoje aguardo resposta que não vem.

Valença, Bahia, 20 de janeiro de 2014

Celeste Martinez

Pare de tomar a pilula de Odair José

Na  336º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 19 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Uma FM, cujo tema: Literatura e Música na década de 1970; apresentamos como desafio musical a música: Pare de tomar a pilula de Odair José. Música que foi censurada na década de 1970.







A Cristaleira da mãe da Ivonete de Macária Andrade

Na  336º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 19 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Uma FM, cujo tema: Literatura e Música na década de 1970, apreciamos a poesia: A cristaleira da mãe da Ivonete, autoria da professora Macária Andrade que havia falecido nesta semana.

A Cristaleira da mãe de Ivonete

Simpática, forte, começando a grisalhar, era assim a mãe de Ivonete, a dona da cristaleira. Chamava-se D. Onélia. Morava no começo do Pasto da Fonte; hoje, rua Sete de Setembro.
Não sei o que minha mãe foi fazer lá. Do que me recordo é que, passados os momentos das apresentações e timidez, Ivonete apareceu, trazendo quatro ou cinco companheiras, moradoras das proximidades. Todas, não passávamos de sete a nove anos de idade. Coincidentemente, cultivávamos os mesmos gostos, as mesmas inclinações: pintanças.Éramos lideradas pela filha da dona da casa.
Enquanto os adultos conversavam, começamos a trabalhar. Contamos estórias, jogamos baralho, brincamos de roda... Até aí, tudo bem! Acontece que o tédio foi tomando conta de todas nós. Muita monotonia para umas pirralhas com tanta energia acumulada e que já precisavam “ esquentar as turbinas”.
Foi então que um dos “anjinhos” ( sei lá se fui eu) sugeriu: - vamos brincar de “picula”. Aclamado por unanimidade, foi eleito o arcanjo-mor, que logo passou a ditar as regras do jogo. Por exemplo: estaria “piculado”, o Serafim que triscasse a cristaleira.
A brincadeira repetia-se, continuava... A gritaria também... Uma delícia! Um paraíso na terra.
No calor do corre-corre, do pega-pega pra não deixar “picular”, um dos anjinhos não triscou, empurrou a vidraceira, quero dizer, a cristaleira é que tombou, quebrando tudo que havia dentro, fora e sobre...
Foi um Deus-nos-acuda!... Eu não fui..., nem eu...., eu também, não... De repente, todo mundo escafedeu. Sabem pra quem sobrou? Claro! Pra mim, que não tive pra onde correr.
Tadinha da mamãe! Teve que assumir, sozinha, o prejuízo da cristaleira e de todos os “cristais”.
Fui dormir naquela noite com a bunda quente, por certo vermelha, pelas palmadas que levei ao chegarmos em casa. Acho até que, por essas e tantas outras a que já havia me acostumado, fiquei “ desbundada”, melhor dizendo, para não fugir ao significado correto da palavra, sou, em algumas oportunidades, desbundada.

Macária Andrade 

Receita, de Nicolas Behr

Na  336º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 19 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Uma FM, cujo tema: Literatura e Música na década de 1970, apreciamos a poesia: Receita de Nicolas Behr
Receita
Ingredientes:
2 conflitos de gerações
4 esperanças perdidas
3 litros de sangue fervido
5 sonhos eróticos
2 canções dos Beatles

Modo de Preparar
Dissolva os sonhos eróticos
Nos dois litros de sangue fervido
E deixe gelar seu coração
Leve a mistura ao fogo
Adicionando dois conflitos de gerações
Às esperanças perdidas
Corte tudo em pedacinhos
E repita com as canções dos Beatles
O mesmo processo usado com os sonhos eróticos
Mas desta vez deixe ferver um pouco mais e mexa até dissolver
Parte do sangue pode ser substituído por suco de groselha
Mas os resultados não serão os mesmos
Sirva o poema simplesmente ou com ilusões

Nicolas Behr

Na 335° edição do Alacazum palavras para entreter

Na 335º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 12 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Uma FM, revivemos a abertura do programa de rádio do radialista baiano, Nilton Moura Costa, na década de 1970 e apreciamos a leitura do texto: Medo da eternidade de Clarice Lispector.

Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:
- Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.
- Como não acaba? - Parei um instante na rua, perplexa.
- Não acaba nunca, e pronto.
 Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, ás vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começava a me dar conta. Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.
- E agora, que é que eu faço? - Perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.
-Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
Perder a eternidade? Nunca.
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamos-nos para a escola.
- Acabou-se o docinho. E agora?
- Agora mastigue para sempre.
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente sem parar. Até que não suportei mais e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
- Olha só o que aconteceu! - Disse eu em fingido espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou.
- Já lhe disse, repetiu a minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca pro acaso.
Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

Clarice Lispector

Agosto 1964 de Ferreira Gullar

Na 335º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 12 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Uma FM, revivemos a abertura do programa de rádio do radialista baiano, Nilton Moura Costa, na década de 1970 e apreciamos a leitura do poema: Agosto de 1964 de Ferreira Gullar.

Entre lojas de flores e de sapatos, bares,
 mercados, butiques,
viajo
num õnibus Estrada de Ferro-Leblon.
Volto do trabalho, a noite em meio,
fatigado de mentiras.

O ônibus sacoleja. Adeus, Rimbaud,
relógios de liláses, concretismo,
neoconcretismo, ficções da juventude, adeus,
que a vida
eu a compro à vista aos donos do mundo.
Ao peso dos impostos, o verso sufoca,
a poesia agora responde a inquérito policial-militar.

Digo adeus à ilusão
mas não ao  mundo. Mas não à vida,
meu reduto e meu reino.
Do salário injusto,

da punição injusta,
da humilhação, da tortura,
do terror,
retiramos algo e com ele construímos um artefato
um poema
uma bandeira.

Ferreira Gullar 

Escutamos: Minha Filosofia

Na 335º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 5 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, onde recordamos o mote proferido pelo radialista baiano, já falecido, Nilton Moura Costa, apreciamos a música: Minha Filosofia com Casuarina

Minha filosofia de Aluisio Machado


Vai passar esse meu mal estar
Esse nó na garganta                  
Deixe estar
O próprio tempo dirá
Á gua demais mata a planta.
Tudo que é muito é demais
Peço me perdoe a redundância
Entre entrelinhas só quero lembrar
Que  a terra fértil um dia se cansa
É uma questão de esperar

Relógio que atrasa não adianta

E remédio que cura também pode matar
Como água demais mata a planta

domingo, 19 de janeiro de 2014

Radialista: Nilton Moura Costa

Na 335º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 12 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Uma FM, revivemos a abertura do programa de rádio do radialista baiano, Nilton Moura Costa, na década de 1970. Utilizamos a música: Eu te amo meu Brasil ( 1970) com os Incríveis e a locutora Celeste Martinez, apoiada nas memórias de infância, abriu com o seguinte texto:

“ Acorda minha gente!
Levanta a cabeça não esmoreça
Pra frente é que se anda
Vamos trabalhar!
O homem de cabeça baixa
É uma pessoa derrotada
Arrasada e que não serve para coisa alguma.”

Contamos com a participação do professor Jorge ( Universidade Católica do Salvador ) que respondeu o desafio.

Abertura do seriado de TV : Batman


Pode parecer bobagem mas curtia bastante as sessões da tarde com seus seriados. Um dos preferido: Batman com sua trilha sonora e sua abertura carregada de onomatopeias .

Seriado: Batman


Na 335º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 12 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, informamos sobre o  seriado de TV “Batman” que estreou na rede americana ABC no dia 12 de janeiro de 1966.

Escutamos: Eu te amo meu Brasil, com a banda Os Incríveis


Na 335º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 12 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Uma FM, revivemos a abertura do programa de rádio do radialista baiano, Nilton Moura Costa, na década de 1970. Utilizamos a música: Eu te amo meu Brasil ( 1970) com os Incríveis.

Na 334° edição do Alacazum palavras para entreter


Na 334º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 5 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, cujo tema: Sonho, apreciamos o texto: Os dois que sonharam de Jorge Luis Borges, retirado do livro: Historia Universal de la infâmia.

 El historiador arábigo El Ixaquí refiere este sucesso:

“Cuentan los hombres dignos de fe ( pero solo Alá es omnisciente y poderoso y misiricordioso y no duerme ), que hubo em El Cairo um hombre poseedor de riquezas, pero tan magnánimo y liberal que todas lãs perdió menos la casa de su padre, y que se vio forzado a trabajar para ganar-se el pan. Trabajó tanto que el sueño lo rindió uma noche debajo de uma higuera de su jardín y vio em el sueño um hombre empapado que se saco de la boca uma moneda de oro y Le dijo: “ Tu fortuna está em Persia, em Isfaján; vete a buscarla”. A la madrugada siguiente se desperto y emprendió el largo viaje y afrontó los peligros de los desiertos, de lãs naves, de los piratas, de los idólatras, de los rios, de lãs fieras e de los hombres. Llegó al fin a Isfaján, pero em el recinto de esa ciudad lo sorprendió la noche y se tendió a dormir em el pátio de uma mezquita. Había, junto a la mezquita, uma casa y por el decreto de Dios Todopoderoso, uma pandilla de ladrones atavesó la mezquita y se metió em la casa, y lãs personas que dormían se despertaron com ele estruendo de los ladrones y pidieron socorro. Los vecinos también gritaron, hasta que el capitán de los serenos de aquel distrito acudió com sus hombres y los bandoleros huyeron por la azotea. El capitán hizo registrar la mezquita y em Ella dieron com el hombre de El Cairo, y Le menudearon tales azotes com varas de bambu que estuvo cerca de la muerte. A los dos dias recobro el sentido em la cárcel. El capitán lo mando buscar y Le dijo: Quién eres y cuál es tu pátria? El outro declaro “ Soy de la ciudad famosa de El Cairo y mi nombre es Mohamed El Magrebí”. El capitán Le preguntó: Qué te trajo a Persia? El outro opto por la verdad y Le dijo: Um hombre me ordeno em um sueño que viniera a Isfaján, porque ahí estaba mi fortuna. Ya estoy em Isfaján y veo que esa fortuna que prometió deben ser los azotes que tan generosamente me diste”.
Ante semejantes palabras, el capitán se rio hasta descubrir lãs muelas Del juicio y acabó por decirle: “ Hombre destinado y crédulo, três veces He soñado com uma casa em la ciudad de El Cairo em cujo fondo hay um jardín, y em el jardín um reloj de sol y después Del reloj de sol uma Higuera y luego de la higuera uma fuente, y bajo la fuente um tesoro. No He dado el menor crédito a esa mentira. Tú, sin embargo, engendro de uma mula com um demônio, hás ido errando de ciudad em ciudade, bajo la sola fe de tu sueño. Que no te vuelva a ver em Isfaján. Toma estas monedas e vete”
“ El hombre lãs tomo y regresó a la pátria. Debajo de la fuente de su jardín ( que era la Del sueño Del capitán) desenterro el tesoro. Así Dios Le Dio bendición y lo recompenso y exalto. Dios es el Generoso, el Oculto.

Del libro de lãs 1001 Noches, noche 351)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Eu tenho um sonho de Martin Luther King



A apresentadora Celeste Martinez com o livro: O jovem Martin Luther King de Christy Whitman



Na 334º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 5 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Uma FM, cujo tema, versou sobre “Sonho”, relembramos fragmentos do discurso do jovem líder negro Martin Luther King, cujo mote: Eu tenho um sonho, proferido no dia 28 de agosto de 1963, na capital norte-americana, com mais de 300 mil pessoas, entre brancos, negros, estudantes, donas de casa, agricultores, cantores, que vieram em caravanas do norte, sul, leste e oeste do país, se reuniram na ladeira do monumento de Washington e seguiram até o memorial Lincoln.

‘Há cem anos, um grande americano, cuja sombra simbólica aqui se projeta sobre nós, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que haviam se consumido nas chamas da injustiça. Chegou como uma alvorada para encerrar a longa noite de seus cativeiros.
Porém, passados cem anos, o negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do negro ainda é tristemente invalidada pelos grilhões da segregação e cadeias da discriminação. Cem anos depois, o negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontra exilado em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para discutir essa vergonhosa condição.
 De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para cobrar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Essa nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade.
Hoje é obvio que aquela America não pagou essa nota promissória. Em vez de honrar aquela obrigação sagrada, a America deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com “ fundos insuficientes”. Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidades nesta nação. Assim, nós viemos trocar esse cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar aas riquezas de liberdade e a segurança da justiça. Nós também viemos para recordar a America dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.

(... ) fragmento do discurso de Martin Luther King




Escutamos: Itamara Koorax


Na 334º edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 5 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, cujo tema, versou sobre “Sonho”,  apreciamos a poesia musicada, autoria de Martinho da Vila e interpretada pela cantora carioca Itamara Koorax, considerada por dois anos consecutivos ( 2008- 2009)  a terceira melhor cantora de jazz do mundo.


Sonho de um sonho

Sonhei
que estava sonhando um sonho sonhado
o sonho de um sonho
magnetizado
As mentes abertas
sem bicos calados
juventude alerta
os seres alados
sonho meu
Eu sonhava que sonhava
Sonhei
que eu era um rei que reinava como um ser comum
era um por milhares, milhares por um
ai meu deus
falso sonho que eu sonhava
ai de mim
eu sonhei que sonhava
mas sonhei

Martinho da Vila

domingo, 5 de janeiro de 2014

Eros e Psique de Fernando Pessoa

Na 334° edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 5 de janeiro de 2014, das 8 ás 9 da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, cujo tema: Sonho, a apresentadora Celeste Martinez interpretou texto de Fernando Pessoa.



Celeste Martinez, apresentadora do Alacazum palavras para entreter interpretando texto de Fernando Pessoa


Eros e Psique

Conta a lenda que dormia
Uma princesa encantada
A quem só despertaria
Um infante, que viria
De além do muro da estrada.

 Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que a Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o destino...
Ela dormindo encantada
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

Fragmento do poema Eros e Psique de Fernando Pessoa


A vida es sueño de Calderón de la Barca

Celeste Martinez interpreta fragmento da obra: A vida es sueño de Calderón de la Barca

A vida é sonho de Calderón de la Barca



Na 334° edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 5 de janeiro de 2014, das 8 às 9 h da manhã, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, cujo tema: Sonho, a apresentadora Celeste Martinez realizou a leitura de fragmento da obra: A vida é sonho de Calderón de la Barca





Celeste Martinez interpretando fragmento da obra: La vida es sueño de Calderón de la Barca


Escena Decimonovena

Segismundo, Es verdade, pues reprimamos esta fiera condición,
esta furia, esta ambición,
por si alguna vez soñamos;
y sí haremos, pues estamos
en mundo tan singular,
que el vivir sólo es soñar;
y la experiencia me enseña
que el hombre que vive sueña
lo que es hasta dispertar.
Sueña el rey que es rey, y vive
con este engaño mandando,
disponiendo y gobernando;
y este aplauso, que recibe
prestado, en el viento escribe;
y en cenizas le convierte

la muerte ( desdicha fuerte)