domingo, 27 de abril de 2008

Banksy: um artista enigmático


"Uma nação sob um Circuito Fechado de Televisão (CCTV)" diz a nova interferência do artista Banksy.
"O enigmático artista, mantem sua identidade preservada mais a corrida desenfreada dos colecionadores a procura de suas obras que alcançam preços altos no mercado, colocaram este fantástico artista numa encruzilhada que só o futuro poderá desvendar", disse o artista plástico Horacio Martinez.

Banksy









QUADRO: ARTES VISUAIS

A escritora e apresentadora, Celeste Martinez e o artista plástico Horacio Martinez

Na 78º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, o artista plástico Horacio Martinez falou sobre Banksy, que é um dos mais conhecidos artistas de rua do mundo. Nascido em Bristol, Reino Unido em 1975 seus stencils são facilmente encontrados nas ruas de Londres.
Não se sabe sua identidade, não costuma dar entrevistas e fez da contravenção uma constante em seu trabalho, sempre provocativo.
Sua obra é carregada de conteúdo social expondo claramente uma total aversão aos conceitos de autoridade e poder.

QUAIS MÚSICOS ESCUTAMOS






















QUADRO: A SÉTIMA ARTE


Na 78º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, Violeta Martinez falou sobre o festival de Cannes. O festival de Cannes, foi criado no ano de 1946, é o mais prestigiado e famoso festival de cinema do mundo. Acontece todos os anos, no mês de maio, na cidade francesa de Cannes. No final dos anos de 1930, chocado pela ingerência dos governos fascistas alemão e italiano na seleção dos filmes da Mostra de Veneza, Jean Zay, ministro da instrução pública e de belas artes, propõe a criação, em Cannes, de um festival cinematográfico internacional. O sexagésimo primeiro festival de Cannes, que ocorrerá nos dias 14 a 25 de maio deste ano, terá 19 filmes concorrendo à Palma de Ouro, que é o prêmio máximo do evento. Os nomes dos concorrentes foram divulgados na última quarta-feira, 23 de abril pela organização do festival. Os americanos Clint Eastwood, Steven Soderbergh e Charlie Kaufman, os argentinos Pablo Trapero e Lucrecia Martel e os brasileiros Walter Salles e Daniela Thomas figuram entre os diretores indicados. Havia a expectativa de que o filme Blindness, de Fernando Meirelles, fosse selecionado para o festival, porém o filme "Linha de Passe" de Walter Salles consegiu a indicação. Linha de Passe foi filmado em São Paulo e conta com o ator Vinicius de Oliveira, de Central do Brasil no elenco.

78º EDIÇÃO DO ALACAZUM

A escritora e apresentadora Celeste Martinez e o artista plástico Horacio Martinez

ALACAZUM PARA VOCÊ!
Etevaldo da Conceição da banda de rock ET2
Erik Martinez- Argentina
Sofia e Benicio- Argentina
Betinho Comandante
Sr. Nonô e dona Beatriz do bairro da Vila Operária em Valença
Amália Grimaldi - escritora
Frank
Glória da av. Tancredo Neves
Marlene Queiroz
Jaidê do bairro da Bolívia

QUE É MUXOXO?

Na 78º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, a apresentadora Celeste Martinez instigou os radiouvintes, a respeito da palavra "muxoxo", revelando ao final o seu significado, conforme descrito abaixo:
muxoxo (Br., Ang.)
"muxoxo" (subst.) deriva diretamente do Quimbundo (Ang.). é um ruído seco, um estalido, que se faz com a língua e os lábios. habitualmente, acompanha-se da interjeição ah! serve para exprimir desprazer, contrariedade, desprezo ou desdém. mas, como nessa coisa de afetos se junta o norte e o sul, "muxoxo" vira "carinho" de acordo com a intenção. como diz o refrão, "quem desdenha quer comprar".muxoxo tamém se usa no sentido de "beijo repenicado", sobretudo na forma aferética "xoxo" (Pt.).tamém significa "desabafo", porque a contrariedade e o desprazer às vezes precisam de sair.quanto à grafia, vou por "muxoxo". etimologicamente.

FANZINE

Na 78º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, após refletir sobre a alternativa de publicação independente, utilizada por muitos poetas na década de 1970, com a chamada "Geração Mimeógrafo", a escritora e apresentadora Celeste Martinez, falou sobre o "Fanzine", possibilidade de produção independente utilizada atualmente.
Fanzine é uma abreviação de fanatic magazine, mais propriamente da aglutinação da última sílaba da palavra magazine (revista) com a sílaba inicial de fanatic.Fanzine é, portanto, uma revista editada por um fan (fã, em português). Trata-se de uma publicação despretensiosa, eventualmente sofisticada no aspecto gráfico, dependendo do poder econômico do respectivo editor (faneditor). Na sua maioria é livre de preconceitos, e engloba todo o tipo de temas, com especial incidência em histórias em quadrinhos (banda desenhada),ficção científica,poesia,música, feminismo, vegetarianismo, veganismo, cinema, jogos de computador e vídeo-games, em padrões experimentais. No Brasil o termo fanzine é genérico para toda produção independente. Houve, uma distinção entre fanzines (feitos por fãs) e produção independente (Produção artística inédita), mas a disseminação do termo "fanzine", fez com que toda a produção independente no Brasil fosse denominada fanzines.
O primeiro fanzine brasileiro foi o Ficção, criado por Edson Rontani em 1965 em Piracicaba, São Paulo. Criado em uma época que o termo que definia produção independente era "boletim", o fanzine trazia textos infomativos e uma interessante relação de publicações brasileiras de quadrinhos desde 1905.

QUADRO: A HORA DA POESIA

Nicolas Behr
A POESIA NÃO MORREU
ELA ESTÁ APENAS ENTERRANDO A GENTE.


Amorzinho
Amorzinho me deixou
Amorzinho tem um defeito:
não pode ver homem.


Aconteceu na 103
o porteiro do bloco i da 103
pegou a filha do sindico do bloco
o da 413 norte com o cara do
302 do bloco d da 209 sul
dentro do carro do zelador
do bloco f da 314 norte.


Vou regar o deserto com sangue
e chorar areia.



Manchete de 2001
objetos voadores
não identificados
sobrevoam a cidade
(eram duas borboletas)

Viva a poesia que liberta!
Viva a poesia que paga as contas
no final do mês!
Viva a poesia que não existe.


Quando minha veia poética
estourou, ela virou para mim
e disse: "deixa sangrar".

De dia corro com meus medos
à noite passeio com meus sonhos.


Não sou alegre
nem sou poeta
sou triste.

Nossa senhora do cerrado
protetora dos pedestres
que atravessam o eixão
às seis horas da tarde
fazei com que eu chegue
são e salvo na casa da Noélia.


Nicolas Behr, nasceu em Cuiabá em 1958. Seu primeiro livro: "Iogurt com farinha", lançado em 1977, em mimeógrafo vendeu 8 mil cópias de mão em mão. Até o ano de 1980 publicou 10 livros mimeógrafados.

GERAÇÃO MIMEÓGRAFO

Nos anos de chumbo, período da ditadura militar instaurada a partir de 1964, surgiu uma geração de poetas que ficaram conhecidos pelos nomes de "geração mimeógrafo" ou "geração marginal".Geração mimeógrafo pela característica de produção de suas obras: edições independentes, de baixo custo e comercializadas em circuitos alternativos, geralmente de mão em mão – particularmente em bares e universidades –, apesar de encontrarmos publicações melhor trabalhadas nesse período. Já em relação à "geração marginal" ou "poesia marginal", vamos encontrar divergências e condenação à inconveniência do nome. Alguns atribuem "marginal" à similaridade do trabalho desenvolvido pelo grupo em relação à produção literária brasileira nas décadas de 30 e 40 – vigorosa, militante e não convencional – ou da maneira que era possível em um ambiente de repressão; outros consideram que essa produção estava à margem do circuito editorial estabelecido (daí o recurso do informal).
O primeiro livro mimeografado é de 1969 e chama-se "Tombam os primeiros homens nos trigais" (autores: Marco Celso Viola, Nei Duclós e Mariza Scopel). O segundo é do mesmo ano e chama-se "Eu Digo" (os tres autores anteriores e mais Roque Callage).
Neste contexto da "Geração Mimeógrafo" ou "Geração Marginal", surge o poeta Antonio Carlos de Brito, ou Cacaso como gostava de ser chamado. Cacaso nasceu em Uberaba (MG), em 1944. Em 1955, veio para o Rio de Janeiro, onde veio a falecer no ano de 1987, aos 43 anos, vítima de infarto. Formou-se em Filosofia, na UFRJ, em 1969, e lecionou Teoria Literária na PUC/RJ. Sua figura, antes de parecer uma revivescência do movimento hippie (óculos John Lennon, bolsa de couro e paletó sobre a camisa de meia manga), nos leva a refletir sobre as perdas da humanidade após a reação de 1968.Em 1967, publica sua primeira obra Palavra Cerzida que foi seguida por Grupo Escolar (1973); Segunda Classe (1975, em parceria com Luiz Olavo Fontes); Beijo na Boca (1975); Na corda Bamba (1978) e Mar de Mineiro (1982). Ensaísta, dissolveu sua tese em ensaios (por não aguentar os relatórios da FAPESP), assim como dissolveu sua carreira de professor para dedicar-se às artes.
Poesia
eu não te escrevo
eu te vivo
E viva nós!
In: Cacaso. Na corda bamba: Na corda bamba. 1978
Quando eu era criancinha
O anjo bom me protegia
Contra os golpes do ar.
Como conviver agora com
Os golpes?Militar?
In: Cacaso. Obra Aberta.
Já que estava à-toa resolvi fazer um poema
agora faço pra ficar à-toa.
in: Cacaso. Um homem sem profissão

QUADRO: A HORA DO BRINDE



Água Mineral Natural DIAS D'ÁVILA, nosso parceiro cultural presente na 78º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER.
LISTA DOS PAÍSES QUE MAIS POLUEM O NOSSO PLANETA -expresso em milhares de toneladas de carbono (o "C", do "CO2"):
1 Estados Unidos 1.489.648
2 China 913.768
3 Rússia 390.616
4 Japão 316.164
5 Índia 279.899
6 Alemanha 227.364
7 Reino Unido 142.096
8 Canadá 133.890
9 Coréia do Sul 116.701
10 Itália (incluindo San Marino) 111.323
11 Ucrânia 100.427
12 México 99.964
13 Polônia 95.413
14 França (incluindo Mônaco) 92.878
15 África do Sul 86.532
16 Austrália 86.336
17 Brasil 78.666
18 Irã 78.585
19 Arábia Saudita 72.616
20 Coréia do Norte 68.794
21 Espanha 66.584
22 Indonésia 65.103
23 Tailândia 56.992
24 Turquia 54.042
25 Taiwan 53.475
26 Venezuela 51.144
27 Holanda 44.256
28 Argentina 37.629
29 Malásia 35.710
30 República Tcheca 33.495
31 Cazaquistão 33.471
32 Egito 29.829
33 Romênia 29.390
34 Bélgica 28.127
35 Usbequistão 27.936
36 Argélia 25.973
37 Paquistão 25.588
38 Iraque 24.916
39 Nigéria 22.435
40 Grécia 22.027
41 Singapura 21.909
42 Emirados Árabes 21.697
43 Filipinas 20.249
44 Colômbia 18.551
45 Noruega 18.470
46 Belarus 16.757
47 Áustria 16.557
48 Chile 15.884
49 Hungria 15.874
50 Israel 15.581
Fonte: Carbon Dioxide Information Center

ENQUETE

A enquete realizada pelo ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER entre os dias 20 a 27 de abril de 2008, foi a seguinte: Quais os 3 países que mais poluem o nosso planeta?
O ALACAZUM ofereceu 4 opções:
1-Canadá, Itália e França
2- Estados Unidos, China e Rússia
3- Japão, Alemanha e Índia
4-Estados Unidos, Japão e Canadá
14%dos internautas optaram pelo ítem nº 01
outros 71%, optaram pelo ítem nº 02
14% pelo ítem nº 4
Segundo a Folha on line, 2003 os Estados Unidos, seguido pela China e Rússia, são os três primeiros na lista dos 50 países que mais poluem o planeta terra ou seja no ranking de emissões de CO2 expresso em milhares de toneladas..
Parabéns aos visitante e obrigada pela audiência.
ALACAZUM PARA VOCÊ!!!!!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

22 DE ABRIL DIA INTERNACIONAL DA TERRA


Desde 1970, os norte-americanos comemoram o Dia da Terra. A data foi criada pelo senador Gaylord Nelson, que realizou, na ocasião, o primeiro protesto contra a poluição, nos EUA. A partir da década de 90, a proposta começou a se disseminar pelo mundo e, hoje, várias iniciativas isoladas aproveitam o dia 22 de abril para pensar sobre as principais demandas do planeta.
As notícias sobre o planeta não são as melhores no dia em que se comemora o Dia Mundial da Terra. A temperatura em todo o mundo está a aumentar graças ao dióxido de carbono que os homens enviam todos os dias para a atmosfera. O alerta chega da comunidade científica que é bem clara ao afirmar que este aumento de temperatura irá provocar até ao ano de 2050 a extinção de milhares de espécies animais. Mas há mais avisos e todos eles preocupantes. As águas dos oceanos vão subir e provocar grandes inundações em diversos pontos do planeta e daí que muitas das cidades que se encontram em zonas costeiras sejam alvo de risco sério de destruição. Outro dos alertas que surge neste Dia Mundial da Terra tem a ver com as doenças tropicais que devem aumentar em larga escala e dar origem a um surto de epidemias, mesmo em regiões onde este tipo de doenças já foi erradicado.
Não acredito em datas comemorativas entretanto quando se trata de uma campanha que visa a preservação do pouco que nos resta de nossas florestas e de espaços transitáveis de lazer, quando isso implica um ar menos poluído enfim uma racionalidade frente aos recursos naturais renováveis e não-renováveis... pensando assim vale juntar-se e não negar a chance de cooperar. Que este dia internacional da terra seja ocasião para refletir por alguns segundos nossos atos cotidianos e que nestes segundos que se condensam em horas seja também para re-educar o olhar diante da paisagem, para que isto se reverta em outros dias de hábitos e outros tantos meses em respeitar a terra, porque se não acreditarmos que o dia da terra é nosso dia ocorrerá que a cada "22 de abril" será uma repetição hipócrita dos nossos últimos dias.
Celeste Martinez - escritora

domingo, 20 de abril de 2008

QUADRO: SÉTIMA ARTE

Na 77º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, Violeta Martinez comentou sobre o filme:Novo Mundo, roteiro e direção de Emanuele Crialese, lançado na Itália e França no ano de 2006. Recebeu uma indicação ao European Film Awards de melhor diretor. Ganhou o leão de prata de revelação, o prêmio UNICEF, o prêmio Pasinetti de melhor filme, o prêmio FEDIC, o prêmio SIGNIS e o prêmio CinemAwenire, no festival de Veneza.

"Última Ceia" de Alfred Hrdlicka

Na 77º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER o artista plástico Horacio Martinez ressaltou a polemica que esta causando a obra do artista austriaco Alfred Hrdlicka, exibido no museu de São Estevão em Viena, ligado a Diocese de Viena. A Mostra intitulada: "Religião, Carne e Poder", apresenta uma versão homo-erótica, da "Últma Ceia".

Michelangelo Merisi "Caravaggio"

A Ceia em Emaús de Caravaggio

QUADRO: ARTES VISUAIS

Na 77º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER o artista plástico Horacio Martinez comentou sobre a vida e obra do pintor italiano Michelangelo Merise "O Caravaggio", nascido na cidade de mesmo nome no ano de 1573.

QUADRO: A HORA DO CONTO

Phoenicopterus spp.

As meias dos flamingos
Certa vez as cobras deram uma grande festa. Convidaram as rãs e sapos, os flamingos, os jacarés e os peixes. Os peixes como não caminham, não puderam dançar mas sendo a festa a beira do rio, os peixes próximos a areia, aplaudiam com o rabo. Os jacarés, para enfeitar-se bem colocaram no pescoço um colar de bananas e fumavam cigarros paraguaios. Os sapos, colaram escamas de peixes por todo o corpo e caminhavam, balancando-se como se nadassem. E cada vez que passavam, muito sérios pela beira do rio, os peixes lhe gritavam debochando.
As rãs, perfumaram todo o corpo e caminhavam em dois pés. Além do mais, cada uma levava, empendurado como um farol, uma lanterna, que balançava. Porém as mais belas eram as cobras. Todas, sem exceção estavam vestidas com roupas de baile da mesma cor de cada uma. As cobras vermelhas, vestiam uma saia vermelha, as verdes, de tom verde, as amarelas de tom amarelo. E as jararacas, uma saia de tom grafite, pintada com linhas de pó de tijolo e cinza porque é assim a cor das jararacas. E a mais fantástica de todas eram as cobras coral, vestidas com amplas gazas vermelhas, brancas e negras, bailando como serpentinas. Quando as cobras dançavam e davam voltas, apoiadas na ponta dos rabos, todos os convidados aplaudiam como loucos. Só os flamingos, que até então, tinham as patas brancas e o nariz muito grosso e torcido, só os flamingos, estavam tristes porque de pouca inteligência não souberam enfeitar-se. Invejavam as roupas de todos, sobretudo as roupas das cobras coral. Cada vez que uma cobra passava diante deles insinuando-se e fazendo ondular as gazas de serpentinas, os flamingos morriam de inveja.
Um flamingo, disse então:
- Eu sei o que vamos fazer. Vamos colocar meias vermelhas, brancas e negras e as cobras coral vão se apaixonar por nós.
E levantaram todos juntos vôo, cruzaram o rio e foram bater a um armazém do povo.
-Tan tan- bateram com as patas
- Quem é? perguntou o dono do armazém
-Somos nós os flamingos. Tem meias vermelhas, brancas e negras?
-Não, não há - respondeu o homem. Estão loucos? Em nenhum lugar vão encontrar meias assim.
Os flamingos foram então a outro armazém.
-Tan tan - tem meias vermelhas, brancas e negras?
O dono do armazém respondeu:
- O que disse? Vermelhas, brancas e negras? Em nenhum lugar existe meias assim. Vocês estão loucos. Quem são?
-Somos flamingos- responderam
-Então são seguramente flamingos loucos.
Foram a outro armazém
-Tan tan - tem meias vermelhas, brancas e negras?
O homem respondeu:
- De que cor? Vermelhas, brancas e negras? Somente a pássaros narigudos como vocês, ocorre pedir meias assim. Saiam daqui! E o homem os expulsou com a vassoura. Os flamingos procuraram todos os armazéns e em todos eles os expulsaram como loucos.
Então um tatu, que tinha ido tomar água no rio, para zombar dos flamingos, disse fazendo uma grande saudação:
- Boa noite, senhores flamingos. Eu sei o que vocês estão procurando talvez encontre em Buenos Aires mais terão que pedir por encomenda postal.
Minha cunhada, a coruja tem meias assim. Peça e ela lhe dará as meias vermelhas, brancas e negras.
Os flamingos agradeceram e foram a casa da coruja. Disseram:
-Boa noite, coruja! Viemos pedir as meias vermelhas, brancas e negras. Hoje é o grande baile das cobras e se colocarmos essas meias, as cobras de coral ficarão apaixonadas por nós.
- Com muito prazer - respondeu a coruja. Espere um segundo que já volto.
Preparou vôo, deixou os flamingos e em instantes retornou com as meias. Mais não eram meias e sim couros de cobras coral. Lindisimos couros récem retirados das cobras pela coruja.
-Aqui estão as meias - disse a coruja. Não se preocupe por nada. Apenas uma coisa: dancem de todas as formas como desejem mas não parem, por que em vez de dançar vocês vão chorar. Mas os flamingos como são bobos não entenderam bem que perigo havia para eles e loucos de alegria, colocaram as meias e foram para a festa.
Quando viram os flamingos, com tão belas meias, todos ficaram com inveja. As cobras queriam dançar com eles todavia os flamingos não paravam de dançar. Foi aí que as cobras começaram a desconfiar e não afastavam os olhos das meias e se abaixavam tratando de tocar com as línguas as patas dos flamingos. Porque, as línguas das cobras são como as mãos das pessoas. E os flamingos, dançavam e dançavam sem cessar embora cansadissimos. As cobras então pediram as rãs suas lanternas que eram bichinhos de luz e esperaram todas juntas os flamingos cairem cansados. Efetivamente um minuto depois, um flamingo caiu, tropeçou com o cigarro de um jacaré, cambaleou e caiu de costas. Em seguida, as cobras coral, aproximaram-se com os faróis e iluminaram as patas dos flamingos e viram o que eram aquelas meias. Lançaram um silbido que se escutou além da beira do Paraná.
-Não são meias - gritaram as cobras. Sabemos o que é. Nos tem enganado. Os flamingos mataram nossas irmãs e colocaram seus couros como meias. As meias que tem são de cobra coral.
Ao escutar, os flamingos, cheios de medo, quiseram voar mas estavam tão cansados que não conseguiram levantar uma só pata. Então as cobras coral se lançaram sobre eles e enroscando-se em suas patas começaram a morder as meias, arrancando-as aos pedaços enfurecidas, mordendo também as patas para que morressem. Os flamingos, loucos de dor, saltavam de um lado para o outro sem que as cobras coral se desenrolassem de suas patas. Até que ao final, vendo que já não restavam um só pedaço de meia, as cobras afastaram-se cansadas, ajeitando suas roupas de festa. Além do mais, elas tinhasm certeza que os flamingos iriam morrer, porque a metade das cobras que havia mordido eram venenosas. Mais os flamingos não morreram. Correram ao rio. Gritavam de dor e sua patas, antes brancas agora vermelhas devido aos venenso das cobras. Passaram dias e dias com grande dor e tendo sempre de cor de sangue devido ao veneno.
Isso faz muito tempo. E ainda hoje, lá estão os flamingos quase todos os dias com suas patas metidos em água tratando de acalmar o ardor que sentem. As vezes se afastam da beira do rio mais assim que volta a dor entram de novo na água. As vezes, o ardor que sentem é tão grande que encolhem uma pata e ficam horas inteiras sem poder estirá-las. Esta é a história dos flamingos que antes tinham as patas brancas agora vermelhas. Todos os peixes sabem o porquê e zombam dele. Entretanto enquanto os flamingos se curam na água, não perdem a oportunidade de vingar-se comendo muitos peixinhos que se aproximam demais rindo deles.
Horacio Quiroga
Do livro: Contos da selva de Edição argentina. Traduzido do castellano para o português por Celeste Martínez

77º edição ALACAZUM

ALACAZUM PARA VOCÊ!
Fábio Costa- técnico em Informática
Betinho Comandante
Dr. Carlos Maia
Tatiane
Cláudio Paulo
Erik Martinez
Dra. Carla Echazareta
Linda Queiroz- Sport Ciclo - parceiro cultural

QUAIS MÚSICOS ESCUTAMOS

























2008 ano internacional dos idiomas

Na 77º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER refletimos sobre as varias designações da tangerina ou do citrus reticulata cientificamente chamado. Na região sul do Brasil, é conhecida como Vergamota ou Bergamota. Em Minas Gerais, é mexerica. Na Bahia chamamos de tangerina, laranja-cravo. Outros a conhecem por Polkan, laranja-mimosa ou simplesmente "mimosa". Viva a diversidade cultural!

QUADRO: DICA DE LEITURA


Na 77º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER desfrutamos do conto: "As meias dos flamingos" do escritor uruguaio Horacio Quiroga

QUADRO: A HORA DO BRINDE

Água Mineral Natural DIAS D'ÁVILA, nosso parceiro cultural presente na 77º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER.

ENQUETE

A enquete realizada pelo ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER entre os dias 13 a 20 de abril de 2008, foi a seguinte:
Como era conhecida a República Oriental do Uruguai na década de 1960?
O ALACAZUM ofereceu 4 opções:
1-Cidade Luz
2- Pequena Veneza
3- Suiça Sul-Americana
4- Província gigante dos índios
28%dos internautas optaram pelo ítem nº 01
outros 57%, optaram pelo ítem nº 03
14% pelo ítem nº 4
Na década de 1960 a República Oriental do Uruguai, era conhecida como Suiça Sul-Americana. Parabéns aos visitante e obrigada pela audiência. ALACAZUM PARA VOCÊ!!!!!
Paris é conhecida como a Cidade Luz. Pequena Veneza, é a origem do nome Venezuela, denominada por Americo Vespúcio quando lá chegou em 1499 por lhe parecer uma cena da cidade de Veneza.
A Suiça é um pequeno estado federal localizado no centro da Europa. É uma das economias mais ricas do mundo e é sede de inúmeros bancos privados e de organizações internacionais. A sua história é marcada pela sua neutralidade política perante as outras nações e representa um marco de liberdade e de democracia para o mundo inteiro

domingo, 13 de abril de 2008

Benefits Supervisor Sleeping (A supervisora dormindo).

Afirmam que o alemão Lucian Freud se converterá no artista vivo mais caro. Sua obra "Benefits Supervisor Sleeping (A supervisora dormindo)" em leilão na casa Chistie's em Londres foi calculada em 25 e 35 milhões de dolares. O quadro é de 1995. Lucian Freud é neto de Sigmund Freud e nasceu no ano de 1922.

QUADRO: ARTES VISUAIS

Na 76º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, o artista plástico Horacio Martínez comentou sobre a vida do pintor Ferdinand Victor Eugéne Delacroix, nascido no subúrbio parisiense de Charenton Saint Maurice em 26 de abril de 1798.

A MORTE DE SARDANAPALO

Pintura de Eugéne Delacroix "A morte de Sardanapalo"

Amanhã
uma cega minoria
se erguerá ao amanhecer
e como viúvas negras
pelas ruas vazias desfilará.
Amanhã
os vermes das calçadas
mendigos descartáveis
crianças sem rótulos
colocarão sua meias-máscaras
rasgadas pela fome
e num gesto de súplica
agredindo a própria carne
se auto-mutilarão.
Amanhã
futuro que não chega
independente do Cristo
que se abre em redenção
fechará os braços
às cobaias deste tempo presente
Amanhã
o esquálido fazedor de mutantes
ressurgirá o suntuoso quadro de DELACROIX
"A MORTE DE SARDANAPALO"
e então
o amanhã
no hoje
será muito tarde.
Poema de Celeste Martínez do livro Valenciando- Antologia de escritores de Valença-Bahia-Brasil

QUADRO: A SÉTIMA ARTE

Na 76º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, Violeta Martínez comentou sobre o filme: " A insustentável leveza do ser" baseado no livro de Milan Kundera e adaptado para o cinema pelo diretor Philip Kaufman.

QUAIS MÚSICOS ESCUTAMOS





















QUADRO: DICA DE LEITURA


Sugerimos o livro: Fábulas y relatos de la antigua China (Fábulas e relatos da antiga China) Seleção e tradução para o Castellano de Wei Chin-Chi . Coleção Fontana

QUADRO: A HORA DO BRINDE


Água Mineral Natural DIAS D'ÁVILA, nosso parceiro cultural, presente na 76º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER. A NOSSA SAÚDE! TIM TIM!!!!!!

ENQUETE

A enquete realizada pelo ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER entre os dias 6 a 13 de abril de 2008, foi a seguinte: Em que ano o Tibete foi invadido pela China?
O ALACAZUM ofereceu 4 opções:
1- 1900
2- 1950
3- 1956
4- 1965
11%dos internautas optaram pelo ítem nº 01
outros 33%, optaram pelo ítem nº 02
44% pelo ítem nº 3
e os outros 11% pelo ítem nº 04
O Tibete foi invadido pela China no ano de 1950.
Parabéns aos visitante e obrigada pela audiência. ALACAZUM PARA VOCÊ!!!!!

76º EDIÇÃO ALACAZUM

ALACAZUM PARA VOCÊ!!!!!!!!!!!
Fábio Costa- Valença-Bahia
Erik Martínez- Argentina
Etevaldo da Conceição- Bairro São Félix- Valença-Bahia
Linda Queiroz- bairro do tento- Valença- Bahia
Família Pertile: Cristian, Alejandra, Nicolas, Guido e Tobias- Argentina
Amália Grimaldi - escritora Valença-Bahia
Ernest Frank -Valença-Bahia
Dra. Carla Echazareta - advogada da UBA- Argentina
Pablo Jara- Argentina
Devson- Valença-Bahia

sábado, 12 de abril de 2008

O GOSTO DO MAL E O MAU GOSTO

Na sociedade tecnológica se desfaz a noção de espaço, pois, graças à rapidez das informações, o tempo real exerce tirania sobre o espaço real: o mundo está em cada local. Assumem relevo a imediatidade e a interatividade, em razão do que na civilização da pressa não há lugar para a meditação, para a vivência do hábito da leitura e da análise da realidade, para o aprofundamento de dúvidas existenciais. O habitante do tempo, e não mais do espaço, vive o desenraizamento: está a todo o tempo em toda parte. Como destinatário de completas informações sobre o acontecido a cada instante, não mais se permitem ao homem o silêncio, o recolhimento, a reflexão, a intimidade. Na época do Orkut e do YouTube se torna público o privado e ocorre a rápida obsolescência do up to date. A sociedade torna-se histérica na busca incessante do novo que satisfaça, sôfrega na busca de emoções que não sejam virtuais por meios virtuais.
Dentro dessa atmosfera, as relações interpessoais fundam-se apenas na possibilidade de o outro satisfazer necessidades sensíveis. O outro se torna um objeto e logo cada qual vira também objeto do outro, com perda do recíproco respeito. Este quadro moral levou a duas situações dramáticas: o gosto do mal e o mau gosto.
O gosto do mal está espantosamente relatado no livro La Mort Spetacle - enquête sur l’horreur-realité, de Michela Marzano, ao mostrar a barbárie interior, consistente na busca crescente de registros na internet de filmes sobre sevícias, torturas e até assassinatos reais, efetivamente ocorridos, muitas vezes só para serem divulgados.
O horror vira espetáculo. Hoje se multiplicam as filmagens ou fotografias com celular de cenas de brutalidade contra as pessoas, para puro e simples divertimento. O enforcamento de Saddam Hussein, com o corpo balançando no vazio, correu a internet. Um site francês, “Vídeos de Decapitação”, revela Marzano, instalou fórum de discussão acerca da decapitação de Nicholas Berg no Iraque. As reações dos internautas transitaram entre o fascínio e a indiferente discussão sobre a qualidade da filmagem. A tragédia do Iraque tornou-se distração. Fora estas cenas tornadas públicas por “autoridades”, difunde-se o happy slapping (tapa divertido), ou seja, a difusão de filmes e fotografias de agressões à integridade física ou sexual de alguém, em que o sofrimento vira fonte de entretenimento. Lembro, entre tantos relatos de Michela Marzano, a difusão em escola de cenas de violação de uma colegial por diversos colegas, em Nice, em abril de 2007. A violência contra o outro se transmuda em divertimento compartilhado, pelo celular e pela internet.
De outra parte, os meios de comunicação, na busca desenfreada de audiência, recorrem a programações que satisfaçam mais facilmente os instintos do telespectador. Os índices de audiência passam a ser a régua pela qual se faz o juízo positivo ou negativo de um programa televisivo. Rompem-se, na conquista de índices de popularidade, as fronteiras éticas. Programas como o Big Brother indicam a completa perda do pudor, ausência de noção do que cabe permanecer entre quatro paredes. Desfaz-se a diferença entre o que deve ser exibido e o que deve ser ocultado. Assim, expõe-se ao grande público a realidade íntima das pessoas por meios virtuais, com absoluto desvelamento das zonas de exclusividade. A privacidade passa a ser vivida no espaço público.
O Big Brother Brasil, a Baixaria Brega do Brasil, faz de todos os telespectadores voyeurs de cenas protagonizadas na realidade de uma casa ocupada por pessoas que expõem publicamente suas zonas de vida mais íntima, em busca de dinheiro e sucesso. Tentei acompanhar o programa. Suportei apenas dez minutos: o suficiente para notar que estes violadores da própria privacidade falam, em péssimo português, obviedades com pretenso ar pascaliano, com jeito ansioso de serem engraçadamente profundos.
Mas o público concede elevadas audiências de 35 pontos e aciona, mediante pagamento da ligação, 18 milhões de telefonemas para participar do chamado “paredão”, quando um dos protagonistas há de ser eliminado. Em sites da internet se pode saber do dia-a-dia desse reino do despudor e do mau gosto. As moças ensinam a dança do bumbum para cima. As festas abrem espaço para a sacanagem geral. Uma das moças no baile funk bebe sem parar. Embriagada, levanta a blusa, a mostrar os seios. Depois, no banheiro, se põe a fazer depilação. Uma das participantes acorda com sangue nos lençóis, a revelar ter tido menstruação durante a noite. Outra convivente resiste a uma conquista, mas depois de assediada cede ao cerco com cinematográfico beijo no insistente conquistador que em seguida ridiculamente chora por ter traído a namorada à vista de todo o Brasil. A moça assediada, no entanto, diz que o beijo superou as expectativas. É possível conjunto mais significativo de vulgaridade chocante?
Instala-se o império do mau gosto. O programa gera a perda do respeito de si mesmo por parte dos protagonistas, prometendo-lhes sucesso ao custo da violação consentida da intimidade. Mas o pior: estimula o telespectador a se divertir com a baixeza e a intimidade alheia. O Big Brother explora os maus instintos ao promover o exemplo de bebedeiras, de erotismo tosco e ilimitado, de burrice continuada, num festival de elevada deselegância.
O gosto do mal e o mau gosto são igualmente sinais dos tempos, caracterizados pela decomposição dos valores da pessoa humana, portadora de dignidade só realizável se fixados limites intransponíveis de respeito a si própria e ao próximo, de preservação da privacidade e de vivência da solidariedade na comunhão social. O grande desafio de hoje é de ordem ética: construir uma vida em que o outro não valha apenas por satisfazer necessidades sensíveis. Proletários do espírito, uni-vos, para se libertarem dos grilhões da mundialização, que plastifica as consciências.
Estado de São Paulo, sábado, 2 de fevereiro de 2008
Miguel Reale Júnior, advogado, professor-titular da Faculdade de Direito da USP, membro da Academia Paulista de Letras, foi ministro da Justiça

domingo, 6 de abril de 2008

NA 75º EDIÇÃO ALACAZUM

Na 75º edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER, contamos com a presença do jovem pesquisador na área de física, pela UFBA, o Renato Batista dos Santos, ele que obteve o terceiro lugar no 3º Encontro de Verão do ITA ( Instituto Tecnológico de Aeronáutica) ocorrido em São José dos Campos- SP. Seu trabalho se chama: "Simulação Monte Carlo de uma nanoestrutura artificialmente concebida e formada por átomos de carbono".
Celeste Martínez, apresentadora do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER entrevistando o estudante de física pela Universidade Federal da Bahia-Brasil (UFBA) Renato Batista dos Santos.


QUADRO: A HORA DA POESIA

Celeste Martinez do ALACAZUM declamando o poema: "A idéia" do poeta Augusto dos Anjos. Com esta performance, a apresentadora iniciou o diálogo com o convidado desta 75º edição, o estudante de física pela Universidade Federal da Bahia - (UFBA), o Renato Batista dos Santos.


A IDÉIA


DE ONDE ELA VEM?!

DE QUE MATÉRIA BRUTA

VEM ESSA LUZ QUE SOBRE AS NEBULOSAS

CAL DE INCÓGNITAS CRIPTAS MISTERIOSAS

COMO AS ESTALACTITES DUMA GRUTA?


VEM DA PSICOGENÉTICA E ALTA LUTA

DO FEIXE DE MOLÉCULAS NERVOSAS,

QUE, EM DESINTEGRAÇÕES MARAVILHOSAS,

DELIBERA, E DEPOIS, QUER E EXECUTA!


VEM DO ENCÉFALO ABSCONSO QUE A CONSTRINGE,

CHEGA EM SEGUIDA ÀS CORDAS DA LARINGE,

TÍSICA, TÊNUE, MÍNIMA, RAQUÍTICA...


QUEBRA A FORÇA CENTRÍPETA QUE A AMARRA

MAS, DE REPENTE, E QUASE MORTA, ESBARRA

NO MOLAMBO DA LÍNGUA PARALÍTICA.


Augusto dos Anjos