sábado, 28 de dezembro de 2013

Poesia de Maria do Carmo Gaspar de Oliveira

Na 332° edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 22 de dezembro de 2013 das  8 às 9 h da manhã, transmissão ao vivo  87,9 Rio Una FM informamos mais um livro como dica de leitura: Reminiscências de Maria do Carmo Gaspar de Oliveira.  O texto: Bem-me-que. Malmequer foi lido neste dia pela escritora Celeste Martinez.

Bem-me-quer. Malmequer

Na clareia da mata virgem mostraram-me umas florzinhas pequenininhas e disseram-me que era o bem-me-quer. Pense uma coisa que você deseja e vá tirando as pétalas assim: Bem-me-quer, malmequer. Se no final der bem-me-quer é porque você alcançará o que pediu. Que descoberta linda! Comecei radiosa, a desfolhar uma por uma: bem-me-quer, malmequer, fazendo várias vezes com as florezinhas que ia colhendo. Essa é a sensitiva, apontaram-me. Toquei nela. Encostei meus dedos e ela se fechou toda. Porque, heim? Perguntei intrigada. E surpresa com o que via e sentia. A florzinha não gostava de levar puxõezinhos-de-orelha de mamãe quando fazia alguma traquinada. E, então, emburrava triste e sentida. Traquinagem da qual ainda não tinha consciência. Mas que fazia parte de meu mundo de lazer. Identifiquei-me, de imediato com a sensitiva.

Autoria: Maria do Carmo Gaspar de Oliveira 

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