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domingo, 1 de junho de 2014

Cego Aderaldo


Aderaldo Ferreira de Araújo
(* 24 de junho de 1878 + 29 de junho de 1967)
Ilustração: Jô Oliveira

 Fonte da imagem:http://acordacordel.blogspot.com.br/2013/06/o-cego-aderaldo.html

Na 352° edição do Alacazum palavras para entreter, apresentação da escritora e locutora Celeste Martinez e que foi ao ar no dia 25 de maio de 2014, das 8 às 9 h, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, cujo tema: Poetas e escritores que perderam a visão ao longo da vida. Entre os textos selecionados, a quadra do poeta repentista Aderaldo Ferreira de Araújo, conhecido por Cego Aderaldo.

domingo, 25 de maio de 2014

A Vida é uma poesia, de Sílvio Alves Júnior

Na 352° edição do Alacazum Palavras para Entreter, apresentação da escritora e locutora Celeste Martinez e que foi ao ar no dia 25 de maio de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, cujo tema: Escritores e poetas que perderam a visão; apreciamos o poema:  “ A vida é uma poesia” do poeta valenciana, Sílvio Alves Júnior, que perdeu a visão gradativamente.

A Vida é uma poesia

A vida é uma poesia
E se resume a tudo
Da mais bela forma
Ao mais rico conteúdo.

No ar que respiramos
Na maneira de olhar
Em caminhos que passamos
No modo de falar

No Perfume que usamos
Na roupa que vestimos
No jeito que andamos
Ou estamos nos sentindo

Quando se tem amor
Usamos o romantismo
Mensagens alegres
E palavras de otimismo

Ou até o contrário
Em expressão
Damos notícias ruins
Com lágrimas tristonhas

Nas coisas que vivemos
No nosso dia a dia
Nós podemos afirmar
A vida é uma poesia.


Jhonny Mayers

Confessional, de Glauco Mattoso

Na 352° edição do Alacazum Palavras para Entreter, apresentação da escritora e locutora Celeste Martinez e que foi ao ar no dia 25 de maio de 2014, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM, cujo tema: Escritores e poetas que perderam a visão; apreciamos o poema:  Confessional, do poeta paulistano, Glauco Mattoso.


Confessional

Amar, amei. Não sei se fui amado,
pois declarei amor a quem odiara
e a quem amei jamais mostrei a cara
de medo de me ver posto de lado.

Ainda odeio quem me tem odiado:
devolvo agora aquilo que declara
mas quem amei mão volta, e a dor não sara
não sobra nem a crença do passado.

Palavra voa, escrito permanece,
garante o adágio vindo do latim.
escrito é que nem ódio, só envelhece.

se serve de consolo, seja assim:
amor nunca se esquece, é que nem parece
tomara, pois, que alguém reze por mim..


Pedro José Ferreira da Silva - Glauco Mattoso - nasceu no dia 29 de junho de 1951, em São Paulo. Perdeu a visão progressivamente devido ao glaucoma.
No ano de 2008 completou 2.300 sonetos de uma série iniciada no ano de 1999, superando a histórica marca do italiano Giuseppe Delli ( 1791 - 1863 ) que em 1849 teria composto seu soneto número 2.279.