sábado, 28 de agosto de 2010

Na 185°edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 185° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 22 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos a seguinte fábula:


A CURA


CHU ERA UM CÉLEBRE MÉDICO DO ESTADO DE CHIN. HAVIA OPERADO DE UM TUMOR AO REI SUAN E CUIDAVA DAS HEMORROIDAS DO REI JUI. A AMBOS, OS HAVIA MELHORADO. UM TAL SENHOR CHANG QUE PADECIA DE UM TUMOR NAS COSTAS, ROGOU A CHU QUE O CURARÁ.
- AGORA ESTE DORSO JÁ NÃO ME PERTENCE, CUIDE DA MANEIRA QUE VOCÊ QUISER- DISSE O REI.
CHU O TRATOU E O CUROU.
É INDISCUTIVEL QUE CHU ERA EXCELENTE NA ARTE DE CURAR MAS A PLENA CONFIANÇA QUE CHANG LHE MANIFESTARA FOI TAMBÉM UM IMPORTANTISSIMO FATOR DESTA MELHORA.



Fábulas e relatos da antiga China de Ché Dsí que viveu no século IV e III a.c.

Dica de Cinema

Na 185°edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 22 de agosto de 2o10, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM oferecemos como dica de cinema o filme: Amélie Poulain conforme ficha técnica:

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
(Fabuleux destin d'Amélie Poulain, Le, 2001) • Direção: Jean-Pierre Jeunet
• Roteiro: Guillaume Laurant (roteiro e diálogos), Jean-Pierre Jeunet (roteiro)
• Gênero: Comédia/Romance
• Origem: Alemanha/França
• Duração: 122 minutos
• Tipo: Longa-metragem

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

33 anos sem o rei do Rock



Na 185° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 22 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM relembramos 33 anos de ausência de Elvis Presley

Desafio Musical



Na 185° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 22 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM oferecemos como desafio musical a música: Filho da Bahia na interpretação de Fafá de Belém.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quadro: Zambra, sembra, samba



Na 185° edição do programa radiofõnico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 22 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos no quadro intitulado: Zambra, sembra, samba, o samba: Foi um rio que passou em minha vida com Paulinho da Viola.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quadro: A hora da Fábula

Na 185° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 22 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM desfrutamos da fábula : O lobo e o Cordeiro versão de Ruth Rocha

Um lobo estava bebendo água num riacho.
Um cordeirinho chegou e também começou a beber um pouco mais para baixo.
O lobo arreganhou os dentes e disse ao cordeiro:
- Como é que você tem a ousadia de vir sujar a água que eu estou bebendo?
- Como sujar? _ respondeu o cordeiro. _ A água corre daí pra cá, logo eu não posso estar sujando sua água.
- Não me responda! _ tornou o lobo furioso. _ Há seis meses seu pai me fez a mesma coisa!
- Há seis meses eu nem tinha nascido, como é que eu posso ter culpa disso? _ respondeu o cordeiro.
-Mas você estragou todo o meu pasto - tornou o lobo.
- Como é que eu posso ter estragado seu pasto se nem dentes eu tenho?
O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, não disse mais nada, pulou sobre ele e o comeu.

Água para todos

Na 185° edição do programa radiofõnico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 22 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM informamos sobre a água.

Desde os primeiros seres humanos na terra, passaram-se milhões de anos para o mundo atingir 1 bilhão de habitantes. Isso ocorreu nos primeiros anos do século XIX, em plena era industrial. Até então, o consumo de água havia crescido de modo gradativo, acompanhando o lento aumento da população.

Com as novas formas de produção e a invenção das máquinas, houve um rápido desenvolvimento de vários setores da sociedade, acompando também de um rápido crescimento demográfico. O nível de vida e as exigências de uma sociedade mais moderna fizeram que a demanda por água, para cada habitante, também aumentasse. O número de cidades cresceu enormemente, o que gerou o aumento de atividades em outros setores ( como o agrícola e de pecuária) e a necessidade de maior produção de energia. Assim, à medida que aumentou o desenvolvimento econômico, aumentou também a demanda por recursos hídricos.


Retirado do livro: Água de Sonia Salem

terça-feira, 24 de agosto de 2010

CONTINUAÇÃO DA LEITURA DO LIVRO: A BOTIJA DE CLOTILDE TAVARES



Na 185° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 22 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, apreciamos mais um capítulo do livro: A botija de Clotilde Tavares.

A Macônaria


Na 185° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 22 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, informamos sobre a Macônaria e entrevistamos um Macôn, o Sr. Antonino de Sousa Menezes, justamente na semana em que se comemora o dia do maçôn- 20 de agosto.

O nome macônaria provém do francês maçonnerie, que significa "construção". O termo maçon ou maçon deriva do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer "pedreiro", e do alemão metz "cortador de pedra". O termo maçom portanto é o aportuguesamento do inglês; maçonaria por extenso significa "associação de pedreiros."

sábado, 21 de agosto de 2010

NA 184° EDIÇÃO DO ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 184° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 15 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos inicialmente classificados poéticos da Roseana Murray poetisa e escritora de obras infanto-juvenil, nascida no dia 27 de junho de 1950.



Classificados Poéticos.

Roseana Murray

Menino que mora num planeta
azul feito a cauda de um cometa
quer se corresponder com alguém
de outra galáxia.
Neste planeta onde o menino mora
as coisas não vão tão bem assim:
o azul está ficando desbotado
e os homens brincam de guerra.
É só apertar um botão
que o planeta Terra vai pelos ares...
Então o menino procura com urgência
alguém de outra galáxia
para trocarem selos,
figurinhas
e esperanças.

A alimentação infantil na escola

Na 184° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 15 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, informamos sobre a alimentação das crianças nos recintos das escolas.


Segundo dados do Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro o plástico compõe até 20% do lixo doméstico. Só em São Paulo, isso representa, todos os dias, uma montanha de 1.200 toneladas exclusivamente de plástico, que encheriam cem caminhões lotados

Uma pesquisa feita no ano passado nos EUA mostrou que a produção, a estocagem, a conservação e o transporte de alimentos enlatados, embutidos e das redes de fast food são responsáveis por quase 20% da queima de combustíveis fósseis do país.

O consumo do alimento industrializado em si não é um problema. Médicos e nutricionistas recomendam barras de cereais, iogurtes ou pães de forma, por exemplo. Prejudiciais à saúde são os alimentos com validade vencida, os excessivamente calóricos, os que têm excesso de sódio e gordura saturada (animal) ou aqueles com gorduras trans em qualquer quantidade. Por isso, pais e mães devem ficar de olho nos rótulos para evitar que produtos com estas características façam parte da alimentação de seus filhos e ensinar seus filhos a escolher em função do conteúdo dos alimentos.

Uma alimentação equilibrada ajuda no controle de açúcares e gorduras, contribui para uma vida com mais qualidade e combate males como hipertensão, diabetes e obesidade, responsáveis por metade das mortes no Brasil, segundo o SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), do Ministério da Saúde.

Pesquisa de 2005 da Unifesp entre 8.800 estudantes de 10 a 15 anos de escolas públicas e privadas de São Paulo, que registrou 23% de crianças e jovens com excesso de peso, ou seja, um em cada quatro. Quando tomados apenas os meninos das escolas privadas, o percentual sobe para 38% deles com sobrepeso, dois em cada cinco. “Nos últimos 15 anos, registramos a duplicação do percentual de crianças e jovens com excesso de peso”, alerta o médico.

Para evitar problemas atuais e futuros com a balança, a definição da merenda que o aluno leva para a escola e a oferta da cantina da escola têm papel importante na educação da criança. Desde pequena, ela deve ser estimulada a boas escolhas para si, para a sociedade e para o meio ambiente. “O problema vem de casa e tem de começar a ser solucionado lá. A alimentação saudável tem início com o exemplo dos pais”, comenta Fisberg clínico do centro de Adolescência da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo),

“A cantina da escola não pode ser tratada apenas sob o ponto de vista comercial, ela tem uma contribuição educacional, nutricional e cidadã. Ela deve alimentar, nutrir e educar”, afirma Martha Amodio, 32, nutricionista especialista em nutrição clínica, consultora do Sieeesp (sindicato das escolas particulares de São Paulo) e diretora clínica da empresa Comer e Aprender, que assessora a implantação de cantinas saudáveis nas escolas.

As principais inovações nos cardápios das cantinas escolares são a inclusão de sanduíches à base de vegetais e outros tipos de carne, salgados assados, bolos sem recheio ou cobertura, frutas frescas e picadas, sucos de frutas, água de coco e água mineral. “Não adianta simplesmente oferecer algumas frutas jogadas de qualquer jeito no balcão. Têm de ser antes de tudo higienizadas, frescas, atraentes e apresentadas de maneira ‘amigável’, ou seja, fáceis de comer”, alerta o médico. Em geral, nas escolas que adotaram novidades no cardápio, há uva (já retirada do cacho) e melancia, mamão, melão, morango, kiwi, maçã, pêra e banana (em pedaços), tudo servido em potes plásticos, que são reutilizáveis e recicláveis.

Para o pediatra, a variedade de escolha e a facilidade do acesso a outros alimentos pode quebrar com o padrão “coxinha-refrigerante-hambúrguer-batata frita”. “De vez em quando, não há problema, só não pode ser o padrão. Muita criança diz que não gosta de fruta e verdura porque não lhe é oferecido”, diz Fisberg. “Se oferecer, elas comem, e a maioria gosta.”

http://www.escolaresponsavel.com/index_arquivos/Page1940.htm

Poema ao farol da ilha rasa de Adalgisa Nery



Na 184° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 15 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 Khz Am, desfrutamos do poema: Poema ao farol da ilha rasa de Adalgisa Nery, nascida no dia 29 de outubro de 1905, no Rio de Janeiro e falecida em 07 de junho de 1980.

Crédito da pintura: Adalgisa Nery por seu ex-marido Ismael Nery

Poema ao farol da Ilha Rasa

O aviso da vida

Passa a noite inteira dentro do meu quarto

Piscando o olho.

Diz que vigia o meu sono

Lá da escuridão dos mares

E que me pajeia até o sol chegar.

Por isso grita em cores

Sobre meu corpo adormecido ou

Dividindo em compassos coloridos

As minhas longas insônias.

Branco

Vermelho

Branco

Vermelho

O farol é como a vida

Nunca me disse: Verde.

De Poemas (1937)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Desafio Musical


Na 184° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 15 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM oferecemos como desafio musical a música: Esperanças Perdidas com Originais do Samba.
Esperanças Perdidas de Adeilton Alves e Délcio Carvalho

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

CURIOSIDADE



Na 184° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRA PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 15 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM informamos sobre a expressão: Mão no trânsito, retirado do livro: A casa da mãe Joana de Reinaldo Pimenta.

Se você é daqueles que culpam o automóvel pelo caos do trânsito na sua cidade, pode ir mudando de ideia. O engarrafamento apareceu antes do automóvel. No século XIX, a movimentação de carruagens, carroças etc, nas ruas da cidade do Rio de Janeiro ficou tão intensa que, em 1847, o governo expediu um edital que estabelecia direções únicas nas vias masi movimentadas. Para orientar os condutores dos veículos, foi afixada em cada esquina uma placa de metal que exibia o desenho de uma mão com o dedo indicador estendido, apontando a direção do trânsito. No inicio do século XX, veio o automóvel, as placas das esquinas passaram a mostrar setas em vez de mãos, mas as expressões MÃO e CONTRA-MÃO já estavam consagradas pelo uso popular.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quadro: A hora do Samba



Na 184° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 15 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos o samba: O meu amor quer sambar na interpretação do Dudu Nobre.

João Eduardo de Salles Nobre, o Dudu Nobre (Rio de Janeiro, 6 de novembro de 1974) é um compositor e cantor brasileiro.
Filho do engenheiro João Nobre e Anita Nobre. Aos seis anos de idade, começou a estudar piano clássico, e aos nove ganhou o instrumento que se tornaria inseparável, o cavaquinho. Dudu foi casado com a modelo e dançarina Adriana Bombom e tem duas filhas com ela: Olívia e Thalita. É ainda irmão da porta-bandeira Lucinha Nobre, primo do cantor e ator Seu Jorge e afilhado do sambista Zeca Pagodinho.


Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

CONTINUAÇÃO DA LEITURA DO LIVRO: A BOTIJA DE CLOTILDE TAVARES


Na 184° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 15 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650KHZ AM desfrutamos de mais um capítulo do livro: A Botija de Clotilde Tavares.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Na 183° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 183° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 01 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos na abertura do programa a poesia Ciúme do médico Mustafá Rosemberg de Sousa que reside na cidade de Valença Bahia.

Ciúme


Destrói toda razão de ser, aumenta a dor,
Escurece uma luz, da vela apaga a chama,
O tempo se entristece e perde o seu fulgor.
A vida se dissipa, alma viva reclama.

Humilhação e paixão reúnem com clamor
Idéias obsessivas. O egoísmo aclama
Ódio e depressão desvanecem o amor,
A raiva com delírio também inflama.

Soledade e agressão em núpcias se agitam
Dilapidada a mente, inveja doentia.
Em prantos se descobrem e se mortificam.


Imaginação fértil, plena de ridículo.
Paranóia instalada cheia de agonia
É psicopatia escrita no fascículo.


Mustafá Rosemberg de Sousa- Retirado do livro II Antologia de Escritores de Valença Bahia- Salvador Secretaria de Cultura Fundação Pedro Calmon 2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Histórias à brasileira recontadas por Ana Maria Machado


Na 183° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 01 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM desfrutamos a história Maria Sapeba recontada por Ana Maria Machado.

Maria Sapeba



Há muitos e muitos anos, num lugar que era aqui, tudo era muito diferente.
Tinha muitas árvores com pássaros, muito bicho na mata, muito peixe nos rios e no mar.
E pouca gente, morando em casas de palha e andando sem roupa - os índios. Esses índios caçavam e pescavam muito bem. Com flexas, com armadilhas, ou com um cipó que eles jogavam na água e deixava os peixes tão tontos que dava para pegar com a mão.
Um dos peixes mais gostosos era o que nós chamamos de linguado. Os índios chamavam de marassapé.
É um peixe achatado, que gosta de ficar deitado no fundo do mar, disfarçado de areia. E para se disfarçar, ele foi ficando todo esquisito. Não é como os outros peixes, com um olho de cada lado e uma boca no meio da cara. O lado de baixo dele é inteiro liso e branco. No lado de cima, cor de areia, ficam a boca e os dois olhos. Bem toro e diferente.
Um dia, os índios estavam sossegados na sua caça e pesca, quando chegaram uns barcos enormes, cheios de velas, com uma gente esquisita dentro.
Tinham cabelo na cara, feito rabo de quati. Mas não era.
Tinham umas coisas coloridas no corpo, feito pena de pássaro. Mas não eram.
Tinham uma proteção nos pés, feito casco de caititu. Mas não era.
Era barba, era roupa, era bota.
Eram os portugueses que estavam chegando por aqui. E, imagine só, achavam que estavam descobrindo uma terra onde os índios já moravam havia um tempão.
Gostaram dessa terra e foram ficando, começando a viver junto dos índios, a aprender coisa com eles, a ensinar outras coisas.
Quem mais ensinou e aprendeu, no começo, foram os padres jesuítas.
Em pouco tempo, estavam falando a língua dos índios e morando em aldeias parecidas com as deles.
E fazendo versinhos e teatro para ensinar a eles histórias de Jesus, dos santos e dos anjos.
Esta é uma história que os índios contavam no fim de algum tempo. A história do peixe marassapé ou maracápeba, que eles começaram a chamar de Maria Sapeba. Uma mistura do jeitão índio de explicar os bichos com as histórias que eles ouviram dos jesuítas. Contavam que antigamente Nossa Senhora gostava muito de vir passear na beira da praia.
Jogava o manto azul e branco dela, lá de cima do céu, e ele cobria o mar, fazia tudo ficar bem calmo e azul, só aquela espuminha alva para enfeitar, boa pros anjos virem brincar...
Então ela descia para descansar um pouco.
Mas tinha que voltar quando a maré começasse a encher, que era pro manto dela não atrapalhar quando o mar precisava de onde grande e forte.
Todo mundo precisa ficar um pouco bravo de vez em quando. Mar também precisa. Todo mundo tem que respeitar. Até Nossa Senhora.
Um dia, Nossa Senhora se distraiu catando conchinha na areia e ficou sem saber se já era hora de voltar.
De repente, olhou no fundo do mar ali perto e viu um peixe chamado Maria Sapeba, que nesse tempo era igual aos outros, com olho e boca no lugar.
Então Nossa Senhora achou que o peixe devia saber como estava a maré e perguntou:
- Maria Sapeba, a maré enche ou vaza?
Mas o peixe, em vez de responder, fez careta, boca mole e remedou, fazendo uma voz engraçada:
- Maria Sapeba, a maré enche ou vaza?
Ela perguntou outra vez:
- Maria Sapeba, a maré enche ou vaza?
Mas o peixe estava achando muito divertido ficar implicando com ela. Por isso, só achou graça, fez careta e repetiu de boca torta, falando mole:
- Maria Sapeba, a maré enche ou vaza?
Três vezes Maria Sapeba remedou.
E Nossa Senhora resolveu ir embora, de qualquer jeito.
Mas o menino Jesus, que tudo vê e tudo sabe, não gostou nada daquela falta de respeito com a mãe dele.
E fez Maria Sapeba ficar com a boca torta para sempre, para aprender. E os anjinhos ainda fizeram mais: transformaram Maria Sapeba no peixe mais gostoso de todo o mar, que todo mundo quer pegar e comer.
Por isso Maria Sapeba nunca mais pôde ter descanso.
A não ser quando se achata toda na areia do fundo e fica bem escondida, para ninguém ver.
Coisa que ela logo aprendeu, bem esperta. Para, pelo menos desta vez, fazer uma coisa certa.


Histórias à Brasileira- A moura torta e outras histórias Recontadas por Ana Maria Machado Ilustrada por Odilon Moraes

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

DESAFIO MUSICAL


Na 183° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 01 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM oferecemos como desafio musical a música: Desafio em quadras com a dupla popular sertaneja Alvarenga e Ranchinho.

Alvarenga e Ranchinho foi uma popular dupla sertaneja brasileira, formada em 1929 por Murilo Alvarenga (Itaúna, Minas Gerais, 22 de maio de 1911 - 18 de janeiro de 1978) e Diésis dos Anjos Gaia (Jacareí, São Paulo, 23 de maio de 1912 - 6 de julho de 1991).

A dupla sertaneja começou a carreira em apresentações em circos no interior de São Paulo no final da década de 1920. Em 1934, eles foram contratados pelo maestro Breno Rossi para cantar na Rádio São Paulo e, dois anos depois, mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde gravaram o primeiro compacto, em 1936, com músicas de carnaval. Trabalharam durante dez anos no Cassino da Urca, onde aprimoraram o talento para a sátira política, uma das principais características do duo Alvarenga e Ranchinho. Por causa das sátiras, participaram de dezenas de campanhas eleitorais Também fizeram participações em mais de 30 filmes.
Por toda a carreira, a dupla se separou e voltou diversas vezes. Na década de 1970 se apresentaram principalmente em cidades do interior. Em 1973, a gravadora RCA lançou "Os Milionários do Riso", um LP ao vivo. A parceria chegaria ao fim cinco anos depois, com a morte de Alvarenga.

Fonte: Wkipédia

POESIA DA AMÁLIA GRIMALDI

Mais uma vez,
Voltei ao jardim
De densa folhagem...
Mais uma vez,
Voltei
A um tempo
Sem regresso.
A chuva de ontem,
Diluiu
A consciência mitológica
Da tua morada
No tempo...
Mais uma vez,
Senti vontade
De sentar
À grande mesa
Da varanda.
Senti vontade
Do café-com-pão...
Senti vontade
Da tua presença...
De conversar...
Mais uma vez,
As rolinhas voltaram,
Ciscando a terra molhada
Em busca
De insetos nutritivos...
Expansão continuada
De sobrevivência...
Mais uma vez,
Volto ao jardim interior.
Me perco,
Entre verdes intensos,
Para me achar
Posteriormente,
Abrindo
Janelas de ilusões,
Em salas
Esvaziadas de formas,
Mas, enxergando
A púrpura paisagem
Da melancolia...
Desmistificada
De desejos
E, de possibilidades...
Me entrego,
Ao puro deleite
Do café-com-pão...
Volto a um tempo,
Sem regresso....

Amália Grimaldi- retirado do livro II Antologia de Escritores de Valença Bahia. Secretaria de Cultura. Fundação Pedro Calmon, 2010

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Medo da própria sombra



Na 183° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 01 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM informamos sobre a expressão popular: Medo da própria sombra.


A expressão faz referência à história de um famoso cavalo.
Quando, por volta de 340 a.C., Filoneico quis vender um lindo e fogoso cavalo para Filipe II, rei da Macedônia, ouviu poucas e boas na frente de várias pessoas:
- Que cavalo nervosinho é esse, Filoneico? É bonito, mas ninguém consegue domar. Para que é que serve um cavalo se nenhum homem pode ficar em cima dele?
- Eu posso, pai.
- Cala a boca, Alexandre. Você e sua mania de grandeza.
- Eu posso!
Filipe II se sente publicamente confrontado pelo próprio filho e o desafia de volta:
- Está bem. Se você, com 15 anos, conseguir o que nenhum homem consegue, o cavalo é seu. Se não, assim mesmo eu compro, mas você vai ter que me pagar.
Alexandre se aproxima do animal ( o cavalo ). De alguma forma, percebe que o bicho se agita quando vê a própria sombra e o põe de frente para o sol, de modo que a sombra fique projetada para trás. Alexandre monta e cavalga para a frente, sempre em linha reta, sob o aplauso da platéia.
Filipe II cumpre a palavra. Agora o cavalo é de Alexandre, que lhe dá o nome de Bucéfalo (literalmente, em grego, cabeça de boi).
Alexandre, o Grande, adorava Bucéfalo, seu companheiro de muitas lutas, morto na batalha contra o rei da Índia. Em sua homenagem, Alexandre mandou celebrar no local uma magnífica cerimônia fúnebre e fundou a cidade de Bucéfala.
Em português, bucéfalo significa cavalo fogoso e também sujeito imbecil, em alusão ao comportamento do animal, que tinha medo da própria sombra.

Retirado do livro A casa da Mãe Joana de Reinaldo Pimenta

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Quadro: A hora da Fábula

Na 183° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 01 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos a fábula: As rãs e Júpiter da Ruthe Rocha.


As rãs e Júpiter

Há muito tempo as rãs viviam pedindo a Júpiter, o rei dos deuses que lhes desse um rei.
Júpiter, um dia, achando graça no pedido, jogou no meio da lagoa um tronco no lugar do rei que elas pediam.
Num primeiro momento as rãs ficaram cheias de medo e olharam o tronco com grande respeito.
Mas como o tronco não se mexesse, elas perceberam que haviam sido enganadas.
Voltaram a Júpiter, pedindo-lhe um rei verdadeiro.
Júpiter, irritado, mandou-lhes uma cegonha como rei.
A cegonha começou a devorar as rãs, uma a uma.
Voltaram as rãs a Júpiter, agora para pedir que o rei fosse substituido.
Júpiter mandou as rãs embora, dizendo:
-Vocês não gostaram do primeiro rei que não incomodava ningúém. Pois agora aguentem este.

CONTINUAÇÃO DA LEITURA DO LIVRO: A BOTIJA DE CLOTILDE TAVARES



Na 183° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 01 de agosto de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos mais um capítulo do livro: A botija de Clotilde Tavares.