Mostrando postagens com marcador O homem que contava histórias. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador O homem que contava histórias. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de setembro de 2013

O Homem que contava histórias


Na 318° edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 15 de setembro de 2013, das 8 às 9 h da manhã de domingo, transmissão ao vivo 87,9 Rio Una FM apreciamos O homem que contava histórias da Rosane Pamplona e Sônia Magalhães

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Na 282° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER

Na 282° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 23 de setembro de 2012 das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão ao vivo Rio Una FM 87,9 apreciamos a leitura do conto da Índia: A mensagem dos Pássaros.

Era uma vez um homem que, viajando por um país distante, comprou de um mercador um pássaro falante.
O homem levou a ave para casa e ali a tratou com todo o cuidado, abrigando-a numa gaiola dourada, onde nunca lhe faltava água e comida.
Todos os dias o pássaro pedia ao dono que o soltasse, mas ele não o atendia, chamando-o de ingrato.
- Eu lhe dou tudo o que há de melhor. Não vejo por que você quer voltar á selva de onde veio.
Um dia, o homem precisou viajar a trabalho. Antes de partir, disse ao pássaro:
-Vou passar pelo seu país. Quer que lhe traga alguma coisa?
O pássaro implorou que o levasse com ele, mas o dono foi inflexível.
- O máximo que posso fazer é levar notícias suas para seus irmãos pássaros.
- Está bem - conformou-se a pobre ave - Diga-lhes apenas que moro numa gaiola dourada.
O homem despediu-e e partiu. Dias depois, voltou, parecendo muito abalado quando procurou a sua preciosa ave:
- Não sei como lhe contar, mas uma tragédia aconteceu. Imagine que ao chegar ao seu país, fui até a orla da  floresta e chamei seus irmãos pássaros. Apareceram vários, e eu repeti a eles o que você me disse. Não entendo que estranho malefício havia na mensagem, mas imediatamente eles se entreolharam, reviraram os olhos e começaram a girar a cabeça, como se estivessem zonzos. Em seguida, caíram mortos no chão.
Assim que o homem terminou seu relato, o pássaro falante começou a revirar os olhos, a girar a cabeça e caiu, esticado como um pedaço de pau.
O homem se pôs a gritar e a lamentar, sem compreender como simples palavras pudessem ter um efeito tão catastrófico. Pesaroso, abriu a gaiola e retirou o corpo do bichinho, pousando-o sobre uma mesa.
Assim que se percebeu fora da gaiola, o pássaro abriu os olhos e voou rapidamente para a janela aberta., longe do alcance do dono.
- Obrigado, amigo. - disse ele - Você não entendeu nem as minhas palavras, como poderia entender uma mensagem sem palavras? Ao ouvirem que eu estava numa gaiola, eles compreenderam que deveriam me dizer como escapar. E você transmitiu muito bem o recado. Fique com sua gaiola. Eu ficarei com minha muito mais preciosa liberdade! Adeus.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Uma questão de ponto de vista (tradição sufi)

Na 251° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 15 de janeiro de 2012 das 8 ás 9 da manhã de domingo, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos um conto de tradição sufi, chamado: Uma questão de ponto de vista, retirado do livro: O homem que contava histórias de Rosane Pamplona e Sônia Magalhães.

À sombra de um coqueiro, um dia dois amigos cochilavam. Um macaco subiu no coqueiro e, percebendo os dois lá embaixo, atirou um coco na cabeça de cada um.
Os dois acordaram, assustados. Um deles, furioso, esbravejou:
- Esse macaco me paga!
Pegou o coco e foi correndo atrás do macaco, querendo acertar-lhe de volta o coco na cabeça. Praguejando, corria em vão, pois o ágil bichinho pulava de árvore em árvore e se afastava cada vez mais rápido.
Finalmente, o homem desistiu e, suado e aborrecido por não ter conseguido se vingar, voltou para a companhia do amigo, que continuava à sombra do coqueiro.
- Não entendo como voce não se enfureceu! - exclamou o que vinha chegando.
- Enfurecer-me por quê? Eu só tenho a agradecer....
Então o tolo homem percebeu que o amigo havia preenchido seu tempo fazendo, com a casca de seu coco, uma linda cuia. A água de coco ele havia bebido, e a polpa, saboreado com muito prazer.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O rio corre para todos, conto de tradição judaica

Na 236° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de setembro de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 apreciamos o conto: O rio corre para todos de tradição judaica.

Issac era um próspero comerciante, dono de um bem sortido armazém na cidade de Kabul. Um dia, viu com espanto e desagrado que outro armazém ia ser inaugurado no mesmo bairro.
Naquela noite, Issac não dormiu, incomodado pelos mais sombrios pressentimentos a respeito do novo concorrente. Inseguro quanto ao futuro, na manhã seguinte, foi procurar um rabino, a quem confessou seus temores.
- Você não tem com o que se preocupar. Eu vou lhe contar uma coisa: você já viu um cavalo que vai beber água do rio?
-Sim, por quê?
Já reparou em como ele às vezes relincha e bate os cascos, escavando a terra à beira da água?
- Deve ser porque está louco para beber água.
-Não. É porque vê na água cristalina a sua imagem. Pensando tratar-se de um outro cavalo que vai beber sua água, tenta espantá-lo e, com isso enlameia a água, antes limpida. Ele não sabe que o inimigo é ele mesmo e que, mesmo que houvesse outro cavalo, a água do rio seria suficiente para todos. Se soubesse disso, estaria mais confiante e beberia uma água mais pura.
E completou:
-Assim, volte para casa sossegado, meu bom Issac. Não permita que seu próprio medo estrague seus negócios. Lembre-se de que a prosperidade é como um rio inesgotável, que jorra para todos os que têm sede.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

QUANTO VALE UM REI? (CHINA)

Na 192° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de outubro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, antecipando o Dia Nacional da Leitura ( 12 de outubro ) e o dia da criança, usufruimos da leitura do livro: O homem que contava histórias da Rosane Pamplona e Sônia Magalhães.


Certo rei, tolo e presunçoso, perguntou a seu sábio- e ousado- bobo da corte:

- Diga-me com sinceridade, caro bobo: quanto você acha que eu valho?

- Mil e duzentas moedas de ouro - respondeu o bobo, sem pestanejar.

-Só isso? Você não pensa no que diz?! Fique sabendo que só a coroa que uso vale mil e duzentas moedas de ouro.

-Pois foi exatamente o que calculei - disse, inabalável o bobo.