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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Escutamos: Vapor Barato com Gal Costa

Na 302° edição do Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 26 de maio de 2013, das 8 às 9 h da manhã de domingo, especialmente gravado, recordamos alguns trechos da leitura de edições passadas e mesclamos algumas novidades. Recordamos a leitura: João e o pé de feijão leitura feita por minha filha Violeta Martinez; o quadro a sétima arte em que foi divulgado o filme: A liberdade é azul e Lendas do povo de deus de Malba Than.
A canção vapor barato é de autoria de Jards Macalé e Waly Salomão. A canção ficou conhecida na voz da cantora Gal Costa , tornando-se uma das mais representativas de sua carreira.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ars Poética/ Operação Limpeza de Wally Salomão

Na 230° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 31 de julho de 2011, transmissão Rio Una FM 87,9 cujo tema: saudade recordamos a poesia de Wally Salomão.

Ars Poética/Operação Limpeza


Assi me tem repartido extremos, que não entendo...

(Sá de Miranda)

I-

SAUDADE é uma palavra

Da língua portuguesa

A cujo enxurro

Sou sempre avesso

SAUDADE é uma palavra

A ser banida

Do uso corrente

Da expressão coloquial

Da assembléia constituinte

Do dicionário

Da onomástica

Do epistolário

Da inscrição tumular

Da carta geográfica

Da canção popular

Da fantasmática do corpo

Do mapa da afeição

Da praia do poema

Pra não depositar

Aluvião

Aqui nesta ribeira.

II-

Súbito

Sub-reptícia sucurijuba

A reprimida resplandece

Se meta-formoseia

Se mata

O q parecia pau de braúna

Quiçá pedra de breu

Quiçá pedra de breu

CINTILA

Re-nova cobra rompe o ovo

Da casca velha

SIBILA

III-

SAUDADE é uma palavra

O sol da idade e o sal das lágrima

(da Revista Imã)



sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ARS POÉTICA /OPERAÇÃO LIMPEZA de Waly Salomão

Assi me tem repartido extremos, que não entendo...

(Sá de Miranda)



I-

SAUDADE é uma palavra

Da língua portuguesa

A cujo enxurro

Sou sempre avesso

SAUDADE é uma palavra

A ser banida

Do uso corrente

Da expressão coloquial

Da assembléia constituinte

Do dicionário

Da onomástica

Do epistolário

Da inscrição tumular

Da carta geográfica

Da canção popular

Da fantasmática do corpo

Do mapa da afeição

Da praia do poema

Pra não depositar

Aluvião

Aqui nesta ribeira.

II-

Súbito

Sub-reptícia sucurijuba

A reprimida resplandece

Se meta-formoseia

Se mata

O q parecia pau de braúna

Quiçá pedra de breu

Quiçá pedra de breu

CINTILA

Re-nova cobra rompe o ovo

Da casca velha

SIBILA

III-

SAUDADE é uma palavra

O sol da idade e o sal das lágrima

(da Revista Imã)




segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Waly Salomão


Waly Dias Salomão nasceu em 1943, em Jequié, Bahia, filho de pai sírio muçulmano e mãe beata sertaneja baiana. O primeiro livro de poemas, Me segura qu’eu vou dar um troço, foi lançado em 1971. Os poemas presentes no título de estréia foram escritos durante a temporada na prisão, rabiscados na cela que ocupava no Carandiru. A diagramação ficou por conta de Hélio Oiticica. A partir da década de 70, o poeta se tornou uma referência constante na produção artística do país. Criou, junto com Torquato Neto, a emblemática revista Navilouca (1974), marco da poesia alternativa (marginal) brasileira.
“Meus títulos sempre são uma provocação, uma isca para o leitor. Minha poesia está cada vez mais construída e elaborada – e menos montada sobre a verve verbal. Me considero quase a antítese da escritura automática dos surrealistas”, afirmava.