segunda-feira, 5 de novembro de 2007

QUADRO: A HORA DA POESIA

Celeste Martinez, declamando sua poesia na 57ª edição do ALACAZUM










Papoulas guardam o céu de Hórus
e no palco do Tártaro
a sede não é nada para Tântalus.



Lanço discos de sol
em minha boca
e nasce Aton.



E no ventre de Íris
o filho de Orfeu
traz poemas sacros
óraculos.


Quero desvestir
o leito
negro
ébano
onde os titãs se escondem.



Quero miosótis azuis em Gaia
Quero úteros de flores
palpitando um novo homem
Quero no vinte e um
no sétimo mês
do sétimo dia
à hora sétima
sete vezes
revelado nas estrelas
o sonho de uma nova primavera.

DEUS
ZEUS
GAIA
TERRA.
Celeste Martinez, do livro VALENCIANDO antologia de escritores de Valença-Bahia

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