Na 300° edição do programa radiofônico Alacazum palavras para entreter que foi ao ar no dia 12 de maio de 2013, das 8 às 9 da manhã de domingo, transmissão ao vivo Rio Una FM 87,9 cujo tema contemplou o dia das mães, apreciamos o poema de Casimiro de Abreu, intitulado: Minha mãe.
Minha mãe
Da pátria formosa distante e saudoso,
Chorando e gemendo meus cantos de dor,
Eu guardo no peito a imagem querida
Do mais verdadeiro, do mais santo amor:
- Minha mãe!-
Nas horas caladas das noites de estio
Sentado sozinho co´a face na mão,
Eu choro e soluço por quem me chamava
- O filho querido do meu coração'
- Minha mãe! -
No berço, pendente dos ramos floridos,
Em que eu pequenino feliz dormitava:
Quem é que esse berço com todo o cuidado
Cantando cantigas alegre embalava?
- Minha mãe! -
De noite, alta noite, quando eu já dormia
Sonhando esses sonhos dos anjos dos céus
Quem é que meus lábios dormentes roçava,
Qual anjo da guarda, qual sopro de Deus?
- Minha mãe! -
Feliz o bom filho que pode contente
Na casa paterna de noite e de dia
Sentir as carícias do anjo de amores,
Da estrela brilhante que a vida nos guia!
- Minha mãe! -
Por isso eu agora na terra do exílio,
Sentado sozinho co´a face na mão
Suspiro e soluço por quem me chamava:
- O filho querido do meu coração!
- Minha mãe! -
Nota: Este poema foi adaptado à música, sendo cantado como ensinamento moral no Colégio Abílio, fundado pelo inolvidável Abílio César Borges, Barão de Macaúbas, mestre de uma geração notável, dentre a qual sobressai o nome de Rui.
Un poema de María Paula Alzugaray
Há 2 meses
Nenhum comentário:
Postar um comentário