quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Quadro: Despertando os sentidos


Na 115° edição do ALACAZUM, que foi ao ar no dia 15 de fevereiro de 2009, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 Khz AM, oferecemos como estímulo aos sentidos o som da caixa de fósforo, acrescentando as seguintes informações:
O Palito de fósforo (fósforo de fricção) fabricado atualmente é um artigo, curto, fino, feito de madeira, papelão ou barbante encerado e geralmente fósforo vermelho (geralmente o trissulfuretofosfórico - P4S3) em uma das extremidades e que quando entra em atrito com outros objetos de principalmente superfícies ásperas se decompõe e arde diante de baixas temperaturas e incendeia os demais produtos produzindo fogo. Foi nos Estados Unidos que Alonzo D. Phillips de Springfield obteve, em 1836, uma patente para “fabricar fósforos de fricção” e os chamou “locofocos”. Mas o perigo ainda era grande e só foi resolvido após a descoberta do fósforo vermelho, em 1845. Foi o sueco Carl Lundstrom que introduziu em 1855 fósforos seguros, também chamados fósforos de segurança. Além de ser fabricado com fósforo vermelho, para uma maior segurança, seus ingredientes inflamáveis foram colocados em dois locais distintos: na cabeça do palito e do lado de fora da caixa, junto com o material abrasivo.

. É um elemento químico de símbolo P, número atômico 15 (15 prótons e 15 elétrons) e massa atómica igual a 31 u.O fósforo , vem do grego “ phosphorus”- portador de luz. Antigo nome do planeta Vênus, foi descoberto pelo alquimista alemão Henning Brand em 1669, na cidade de Hamburgo, ao destilar uma mistura de urina e areia na procura da pedra filosofal. Ao vaporizar a uréia obteve um material branco que brilhava no escuro e ardia com uma chama brilhante. Ao longo do tempo, as substâncias que brilham na obscuridade passaram a ser chamadas de fosforescentes. Brand, a primeira pessoa conhecida a descobrir o elemento químico, manteve esta descoberta por um tempo em segredo. Na Mitologia Grega, Fósforo (ou Eósforo) era um Deus Menor retratado como um cavaleiro armado com uma tocha. Sendo o representante do Planeta Vênus (que apenas era identificado com a Deusa do Amor, pelos romanos), Fósforo foi, mais tarde, com o advento do Cristianismo, identificado com a figura de Lúcifer, o Anjo portador da Luz que, por sua vaidade, caiu ao se julgar superior a Deus.

Os fósforos feitos em papelão apareceram anos mais tarde e o responsável por esta invenção foi Joshua Pusey, um conhecido advogado americano da Pensilvânia que amava fumar charutos. Um dia, Joshua foi convidado para jantar pelo prefeito da Filadélfia e ao se vestir, reparou que a caixa de fósforos que levava no bolso de seu colete era grande demais. Joshua Pusey levou adiante uma idéia e em 1889 patenteou fósforos de papelão, mas oito anos se passaram antes que alguém mostrasse interesse por seu invento. Fato que ocorreu em 1897, quando a Companhia de Ópera Mendelsohn o procurou. Eles queriam algo de diferente para divulgar a abertura da estação nova-iorquina. Pusey então, utilizou fósforos de papel com o nome da companhia impresso. A partir daí, os fósforos de papelão começaram a vender com incrível rapidez. Anos mais tarde, Joshua Pusey vendeu sua patente para a Diamond Match Company.

No Brasil, os palitos de fósforo são vendidos em caixinhas, que além de proporcionar o fogo, geralmente, a cozinha do brasileiro, é usada como instrumento de percussão de baixa renda. Em rodas de Samba, alguns ritmistas usam a caixinha de fósforos como marcador de ritmo para os enredos, ou alguns seresteiros usam a mesma como chocalho para incrementar o ritmo original do violão.

Mais de 500 bilhões de fósforos são usados a cada ano.

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