quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O fio da meada de Betty Vidigal


Na 196°edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 07 de novembro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM apreciamos o poema: O fio da meada de Betty Vidigal.

O FIO DA MEADA

Retomo o fio da meada
no ponto em que se partiu.
Foram doidices de fada,
pedras no fundo de um rio.
Retomo este pensamento
no ponto em que o abandonei.
Pedras no fundo do rio?
Foram loucuras do rei.
Reato o nó dos cabelos
no ponto em que se desata.
Eram pedras ou rubis?
Tonteiras de magnata.
Rubis, pérolas, safiras...
- e eram meros grãos de areia!
Quem se enganou a tal ponto?
Exageros de sereia.
Uns seixos tão pequeninos
nem riscam esta água inquieta.
Quem se empenha em recolhê-los?
Desatinos de poeta.

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