domingo, 27 de abril de 2008

Neste contexto da "Geração Mimeógrafo" ou "Geração Marginal", surge o poeta Antonio Carlos de Brito, ou Cacaso como gostava de ser chamado. Cacaso nasceu em Uberaba (MG), em 1944. Em 1955, veio para o Rio de Janeiro, onde veio a falecer no ano de 1987, aos 43 anos, vítima de infarto. Formou-se em Filosofia, na UFRJ, em 1969, e lecionou Teoria Literária na PUC/RJ. Sua figura, antes de parecer uma revivescência do movimento hippie (óculos John Lennon, bolsa de couro e paletó sobre a camisa de meia manga), nos leva a refletir sobre as perdas da humanidade após a reação de 1968.Em 1967, publica sua primeira obra Palavra Cerzida que foi seguida por Grupo Escolar (1973); Segunda Classe (1975, em parceria com Luiz Olavo Fontes); Beijo na Boca (1975); Na corda Bamba (1978) e Mar de Mineiro (1982). Ensaísta, dissolveu sua tese em ensaios (por não aguentar os relatórios da FAPESP), assim como dissolveu sua carreira de professor para dedicar-se às artes.
Poesia
eu não te escrevo
eu te vivo
E viva nós!
In: Cacaso. Na corda bamba: Na corda bamba. 1978
Quando eu era criancinha
O anjo bom me protegia
Contra os golpes do ar.
Como conviver agora com
Os golpes?Militar?
In: Cacaso. Obra Aberta.
Já que estava à-toa resolvi fazer um poema
agora faço pra ficar à-toa.
in: Cacaso. Um homem sem profissão

Nenhum comentário: