Nos anos de chumbo, período da ditadura militar instaurada a partir de 1964, surgiu uma geração de poetas que ficaram conhecidos pelos nomes de "geração mimeógrafo" ou "geração marginal".Geração mimeógrafo pela característica de produção de suas obras: edições independentes, de baixo custo e comercializadas em circuitos alternativos, geralmente de mão em mão – particularmente em bares e universidades –, apesar de encontrarmos publicações melhor trabalhadas nesse período. Já em relação à "geração marginal" ou "poesia marginal", vamos encontrar divergências e condenação à inconveniência do nome. Alguns atribuem "marginal" à similaridade do trabalho desenvolvido pelo grupo em relação à produção literária brasileira nas décadas de 30 e 40 – vigorosa, militante e não convencional – ou da maneira que era possível em um ambiente de repressão; outros consideram que essa produção estava à margem do circuito editorial estabelecido (daí o recurso do informal).
O primeiro livro mimeografado é de 1969 e chama-se "Tombam os primeiros homens nos trigais" (autores: Marco Celso Viola, Nei Duclós e Mariza Scopel). O segundo é do mesmo ano e chama-se "Eu Digo" (os tres autores anteriores e mais Roque Callage).
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