sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Boletim PNLL nº 188 - 04 a 10/01/2010‏



Dicas de leitura


A divina quimera, de Eduardo Guimaraens

"Das rosas do jardim a virginal tristezapor que, por esta noite azul de outono frio,vem embalar-te a doce e mística purezaque reflete, a um fulgor de estrelas erradio,das rosas do jardim a virginal tristeza?
Um desejo augural, sob o candor do linhoque do teu corpo aviva a palidez, palpita.Perfumaram-te a carne os lírios do caminho. . .Vela-a, agora, através do meu amor, Perdita,um desejo augural, sob o candor do linho.
Tal num sonho de amor que se dilui sereno,esqueceste a carícia rósea do sorriso;e a tua boca sente o acre sabor terrenode uma desilusão no destino indeciso,tal num sonho de amor que se dilui sereno."




Tópicos, de Aristóteles

"Nosso tratado se propõe encontrar um método de investigação graças ao qual possamos raciocinar, partindo de opiniões geralmente aceitas, sobre qualquer problema que nos seja proposto, e sejamos também capazes, quando replicamos a um argumento, de evitar dizer alguma coisa que nos cause embaraços. Em primeiro lugar, pois, devemos explicar o que é o raciocínio e quais são as suas variedades, a fim de entender o raciocínio dialético: pois tal é o objeto de nossa pesquisa no tratado que temos diante de nós.Ora, o raciocínio é um argumento em que, estabelecidas certas coisas, outras coisas diferentes se deduzem necessariamente das primeiras. (a) O raciocínio é uma "demonstração" quando as premissas das quais parte são verdadeiras e primeiras, ou quando o conhecimento que delas temos provém originariamente de premissas primeiras e verdadeiras: e, por outro lado (b), o raciocínio é "dialético" quando parte de opiniões geralmente aceitas."



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